Teoria dos Circuitos e do Sinal
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Teoria dos Circuitos e do Sinal
Teoria dos Circuitos e do Sinal Teoria dos Circuitos e do Sinal n Docente n n Gabinete n n 15 E-mail n n Luís Filipe Carvalho Simões [email protected] lfcsimoes@estv ipv..pt Página pessoal n www..estv www estv..ipv ipv..pt/paginaspessoais/lfcsimoes ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Teoria dos Circuitos e do Sinal - Aulas n Aulas teóricas n n 2 horas semanais (1+1) Aulas Teórico Teórico--Práticas n 3 horas semanais (2+1) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Teoria dos Circuitos e do Sinal - Horário 2ª 9 9:30 Teor Circ Sinal T 3ª 4ª 5ª 6ª 8 10:00 10:30 Teor Circ Sinal LMic TP2 11:00 Teor Circ Sinal TP1 11:30 12:00 LEP 12:30 13:00 A L M O Ç 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 Teor Circ Sinal T 11 Teor Circ Sinal TP1 & TP2 11 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal O Teoria dos Circuitos e do Sinal - Avaliação n Época normal n n n n Uma prova escrita de frequência frequência.. Uma prova escrita de exame exame.. Para ter aprovação na disciplina, o aluno terá de obter uma classificação final igual ou superior a 9,5. Época de Recurso n n Uma prova escrita de exame exame.. Poderão participar na época de recurso os alunos que não obtiverem aprovação na época normal ou os que, tendo obtido aprovação na época normal, pretendam obter melhoria de classificação.. classificação ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Calendário Escolar – Ano lectivo 2006/07 1º Semestre Início Fim Semestre 18/Set/2006 15/Dez/2006 Férias(Natal) 18/Dez/2006 03/Jan/2007 Época Normal (Frequências e exames) 04/Jan/2007 31/Jan/2007 Época de Recurso 07/Fev/2007 17/Fev/2007 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Definição de Circuito n Circuito será interpretado nesta cadeira como Sistema.. Assim Circuito será toda a entidade que Sistema processa sinais de entrada e gera sinais de saída ou algum comportamento desejado desejado.. Sinal de entrada Sistema ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sinal de saída Exemplos de sistemas • Circuito ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplos de Sistemas • Sistemas de travagem e embraiagem automóvel ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplos de Sistemas • Colónia de bactérias • Bolsa ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplos de Sistemas • Corpo humano ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Definição de Sinal n Um Sinal é um conjunto de informação ou dados dados.. n Os sinais contêm informação comportamento de algum fenómeno n Os sinais são representados matematicamente como função de uma ou mais variáveis independentes (geralmente o tempo) tempo).. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal sobre o Exemplos de sinais n Gravação de fala (palavra “We”) “We”).. § Perfil vertical do vento ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplos de sinais §Anomalias no campo geomagnético ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplos de sinais ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Aplicações da Teoria do Circuito e do Sinal n Caracterizar com precisão certos sistemas para perceber como reagirá o sistema a diferentes sinais de entrada entrada.. n Noutros problemas de análise de Teoria do Circuito e do Sinal, em vez da análise de um sistema importa antes o processamento de um sinal sinal.. n Em algumas aplicações é ainda necessário desenhar sistemas para retirar informação específica de sinais sinais.. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sinais contínuos e discretos no tempo n Uma forma de classificar sinais é fazê fazê--lo de acordo com a natureza da variável independente independente.. n Um sinal que é especificado para qualquer valor de t (variável independente tempo) é chamado de sinal contínuo.. contínuo n Um sinal que é especificado para valores discretos de t é chamado de sinal discreto discreto.. n O símbolo t denotará a variável independente tempo para sinais contínuos:: x(t) contínuos x(t).. Para sinais discretos o símbolo k desempenhará função semelhante semelhante:: x[k] x[k].. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplos de sinais contínuos no tempo n Sinais contínuos Tempo contínuo t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplos de sinais discretos no tempo n Sinais discretos Tempo discreto k § Exemplo de sinal discreto: índice Dow Jones semanal no ano de 1929. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Contínuos ou discretos no tempo? n Estes sinais serão contínuos ou discretos no tempo? ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sinais periódicos e aperiódicos n Um sinal contínuo x(t) será periódico se existir um valor T que satisfaça x(t)= x(t+n x(t+n..T) n qualquer que seja o t, sendo n um inteiro inteiro.. n Nesse caso x(t) será um sinal periódico de período T. n O período fundamental T0 é o menor valor positivo de T que verifica a equação anterior anterior.. n Um sinal que não verifique a equação anterior é dito aperiódico.. aperiódico ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sinais periódicos em tempo discreto n Um sinal discreto x[k] será periódico com período N, onde N é um inteiro positivo, se se mantiver inalterado após um deslocamento no tempo de N, ou seja seja:: x[k]= x[k+n x[k+n..N] qualquer que seja o k, sendo n um inteiro inteiro.. n O período fundamental N0 é o menor valor positivo que verifica a equação anterior anterior.. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplos de sinais periódicos n n Sinal periódico contínuo no tempo Sinal periódico discreto no tempo ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplos de sinais aperiódicos n n Sinal aperiódico contínuo no tempo Sinal aperiódico discreto no tempo ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sinais elementares: Degrau unitário n Degrau unitário Este sinal é definido por por:: 1, t> t>0 0 u(t)= 0, t< t<0 0 1, k>= k>=0 0 u[k]= 0, k< k<0 0 u(t) u[K] 1 1 t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal k Sinais elementares: Impulso unitário n Este sinal é representado por δ(t), sendo geralmente chamado de função delta de Dirac, ou simplesmente função delta delta.. Características: δ(0) à ∞ δ(t) δ(t) = 0, t ≠0 δ(t) +• •δ(t) dt = 1 -• t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sinais elementares: Impulso unitário n Para sinais discretos o impulso δ[k] tem uma representação de interpretação mais simples:: simples 1 δ[k] k ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Transformações na variável independente Sinal Sistema Sinal Transformado A maioria destas transformações ocorre na variável independente Dado que a variável independente na presente descrição de sinais é o tempo, estas operações são descritas como: n translação temporal n inversão temporal n escalonamento temporal Transformações na variável independente x(t) n translação temporal t n inversão temporal n escalonamento temporal x1(t) t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Transformações na variável independente x(t) x1(t)=x(t-t0) t0 n translação temporal n Considerando-se um sinal x(t), uma representação deste sinal deslocado no tempo será um novo sinal x1(t) que se relaciona com o anterior por: x1(t)=x(t-t0). inversão temporal n escalonamento temporal A translação no tempo é de t0 segundos. Para t0>0 ocorre um atraso no sinal (sinal deslocado para a direita num sistema de eixos), para t0<0 o sinal aparece adiantado (sinal deslocado para a esquerda). Transformações na variável independente x(t) n translação temporal n t Para t0>0 ocorre um atraso no sinal (sinal deslocado para a direita num sistema de eixos). x1(t)=x(t-t0) inversão temporal n escalonamento temporal t0 adiantado Para t0<0 o sinal aparece deslocado para a esquerda). x2(t)=x(t-t0) t0 t (sinal t Transformações na variável independente n translação temporal n inversão temporal n escalonamento temporal Note-se que a análise feita para tempo contínuo é também válida para tempo discreto. x1[k]=x[k-k0] ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Transformações na variável independente x(t) n translação temporal t n inversão temporal n escalonamento temporal x1(t) t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Transformações na variável independente n translação temporal n inversão temporal n escalonamento temporal Da inversão temporal de x(t) obtém-se um novo sinal x1(t) que se relaciona com o anterior através de: x1(t)=x(-t). O sinal x(-t) é obtido a partir do sinal x(t) fazendo uma reflexão em t=0. Note-se que o que quer que aconteça ao sinal original no instante t, acontece ao sinal invertido no instante –t. Assim, para inverter um sinal definido por uma expressão analítica, substitui-se t por –t. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Transformações na variável independente Inversão temporal de um sinal contínuo n translação temporal n Inversão temporal de um sinal discreto inversão temporal n escalonamento temporal Note-se que a análise feita para tempo contínuo é também válida para tempo discreto. x1[k]=x[-k] ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Transformações na variável independente x(t) n translação temporal t n inversão temporal n escalonamento temporal x1(t) t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Transformações na variável independente A compressão ou expansão de um sinal é conhecida como escalonamento temporal. n translação temporal A variável independente é multiplicada por um factor K que produz o efeito de escalonamento. n inversão temporal n escalonamento temporal • Para |K|>1, x(Kt) representará uma versão compactada de x(t) (o sinal existe num intervalo de tempo mais reduzido). • Para |K|<1, x(Kt) representará uma versão expandida de x(t) (o sinal existe num maior intervalo de tempo). ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Transformações na variável independente x(t) n translação temporal n inversão temporal t Para |K|>1, x(Kt) representará uma versão compactada de x(t) (o sinal existe num intervalo de tempo mais reduzido). x1(t)=x(Kt) n escalonamento temporal t Para |K|<1, x(Kt) representará uma versão expandida de x(t) (o sinal existe num maior x2(t)=x(Kt) intervalo de tempo). ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal t Transformações na variável independente n translação temporal n inversão temporal n escalonamento temporal ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sistemas n Um sistema pode ser caracterizado quanto ao tipo de sinais de entrada e de saída saída:: n Sistema Contínuo n Sistema Discreto n Sistema Analógico n Sistema Digital ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sistemas n Sistema Contínuo n Sistema Discreto n Sistema Analógico Um sistema de tempo-contínuo é um sistema em que sinais de entrada temporalmente contínuos são transformados em sinais de saída contínuos. x(t) n y(t) Sistema Digital Sinal de entrada de tempo contínuo ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sinal de saída de tempo contínuo Sistemas n Sistema Contínuo n Sistema Discreto um sistema de tempo-discreto transforma sinais discretos de entrada em sinais de saída também temporalmente discretos. y[k] n Sistema Analógico x[k] n Sistema Digital Sinal de entrada de tempo discreto ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sinal de saída de tempo discreto Sistemas n Sistema Contínuo n Sistema Discreto n Sistema Analógico n Sistema Digital Um sistema cujos sinais de entrada e saída são analógicos é um sistema analógico. Um sistema cujos sinais de entrada e de saída são digitais é um sistema digital. As expressões “tempo-contínuo” e “tempo-discreto” qualificam a natureza dos sinais ao longo do eixo temporal (eixo horizontal na representação comum de sinais). Os termos “analógico” e “digital” qualificam a natureza dos sinais quanto à amplitude (eixo vertical). ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sistemas Um sistema diz diz--se homogéneo se para qualquer entrada x(t) (que produz uma saída y(t) no sistema) e qualquer número real a, a resposta do sistema à entrada ax(t) seja ay(t) y(t).. n f(x) f(x) f(x)=sin(2x) 4.5 4 4 3.5 3.5 3 3 x(t) 2.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 2 2 1.5 1.5 1 1 0.5 0.5 -0.5 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 x Sistema 4.5 -0.5 -4.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0.5 -1 -1 -1.5 -2 -2 -2.5 -2.5 -3 -3 -3.5 -3.5 f(x)=3sin(2x) -4.5 4 a.x(t) -2.5 -2 -1.5 -1 2 1.5 1.5 1 1 0.5 0.5 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 Sistema -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 -0.5 -1 -1.5 -1.5 -2 -2 -2.5 -2.5 -4 4.5 f(x)=3sin(2x)*sin(8x) a.y(t) 0.5 -1 -3 4 x -4.5 -0.5 -3.5 3.5 2.5 2 -0.5 3 3 x -3 2.5 4.5 3.5 2.5 -3.5 2 4 3 -4 1.5 f(x) -4 -4.5 3.5 -4.5 1 -0.5 -1.5 f(x)-4 4.5 y(t) 2.5 x -4.5 f(x)=sin(2x)*sin(8x) 4.5 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal -3 -3.5 -4 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 Sistemas n Um sistema diz diz--se aditivo se para quaisquer dois sinais de entrada x1(t) e x2(t), a resposta à soma das entradas x1(t)+x2(t) é igual à soma das respostas a cada sinal sinal.. f(x) f(x) f(x)=1 4.5 4.5 4 4 3.5 3.5 3 2.5 2 1.5 3 x1(t) 2.5 2 1.5 1 0.5 x -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 -0.5 Sistema x -4.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 -1 -1 -1.5 2 x2(t) 2 1.5 1 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 1.5 2 2.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 y2(t) 0.5 x -4 1 1 0.5 -4.5 0.5 -0.5 -1.5 1.5 y1(t) 1 0.5 -4.5 f(x)=x 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 -0.5 Sistema x -4.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0.5 1 1.5 3 3.5 4 4.5 4 4.5 -0.5 -1 -1 -1.5 -1.5 -2 -2 -2.5 -2.5 -3 -3.5 4 3.5 3 x1(t)+ x2(t) 3.5 y1(t)+ y2(t) 3 2.5 2.5 2 2 1.5 1.5 1 1 0.5 x 0.5 x -4.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0.5 -0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 Sistema -4.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0.5 -0.5 -1 -1 -1.5 -1.5 -2 -2 -2.5 -2.5 -3 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal 1 1.5 2 2.5 3 3.5 Sistema Linear n Um sistema é linear se for simultaneamente aditivo e homogéneo,, ou seja, para quaisquer sinais de entrada homogéneo x1(t), x2(t)x1e(t)quaisquer valores escalares a1, ya12(t) , a resposta à entrada a1x1(t)+a2x2(t) seja a1y1(t)+a2y2(t) (sendo y1(t) e Sistema y2(t) as respostas do sistema aos sinais x1(t) e x2(t) isoladamente). isoladamente) x (t). y (t) 2.5 2.5 2 2 1.5 1.5 1 1 0.5 0.5 x -4.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 x 4.5 -4.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 -0.5 -1 -1 -1.5 -1.5 2 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 1.5 2 2.5 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 1 1 0.5 0.5 -0.5 0.5 1 2 1.5 x -4 1 2 2 1.5 -4.5 0.5 -0.5 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 -0.5 Sistema x -4.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0.5 1 3 3.5 4 4.5 -0.5 -1 -1 -1.5 -1.5 -2 -2 -2.5 -2.5 -3 -3.5 1/2x1(t)+ 4x2(t) f(x) 1/2y1(t)+ 4y2(t) f(x)=(1/2)+4*sin(2x) f(x) 4.5 4 3.5 3.5 3 3 2.5 2.5 2 2 1.5 1.5 1 1 0.5 0.5 x -4.5 -4 -3.5 -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0.5 -0.5 f(x)=(1/2)x+(4)sin(2x)*sin(8x) 4.5 4 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 Sistema x -4.5 -4 -3.5 -3 -1 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0.5 -0.5 -1 -1.5 -1.5 -2 -2 -2.5 -2.5 -3 -3 -3.5 -3.5 -4 -4 -4.5 -4.5 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 Sistema Invariante no Tempo Um sistema é dito invariante no tempo se uma translação temporal no sinal de entrada causa uma translação idêntica no sinal de saída saída.. Se y(t) é a saída correspondente à entrada x(t), um sistema invariante no tempo apresentará uma saída y(t--T) quando x(t y(t x(t--T) for a sua entrada.. entrada n y(t) x(t) Sistema t t x(t-T) Sinal de entrada deslocado y(t-T) Sistema t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sinal de saída deslocado Sistemas com e sem Memória n Se a saída de um sistema num instante t depende apenas da entrada nesse instante o sistema é chamado sem memória memória.. n Um sistema cuja saída em t é completamente determinada pelos sinais de entrada durante os T segundos prévios, [intervalo de (t-T) até t] é um sistema de memória finita com memória de T segundos segundos.. n Classifique quanto à memória o sistema descrito pela seguinte relação entre o sinal de entrada (x(t)) e o sinal de saída (y(t)) (y(t)):: n y(t) = 12 + 5x(t x(t--1) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sistemas causais e não causais n Um sistema diz diz--se causal se para um instante t1, a saída do sistema y(t1) resultante da entrada x(t) não depende de valores de x(t) posteriores a t1 (t>t1). x(t) y(t) Sistema t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal t Sistemas estáveis e instáveis n Um sistema é estável se, para qualquer sinal de entrada de amplitude limitada, a resposta do sistema y(t), é também de amplitude limitada limitada:: x(t) y(t) B2 B1 Sistema1 x(t) y(t) B2 B1 Instável Sistema2 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sistemas Inversos n Um sistema é inversível se, a partir da sua saída, se consegue determinar qual a entrada que lhe deu origem origem.. Isto implica que é possível construir um sistema inverso que quando ligado em série com o primeiro sistema permite obter o sinal original original.. y(t) x(t) Sistema1 f(t) Sistema2 f(t) =x(t) O Sistema2 é inverso do Sistema1 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sumário n n n Definição de Sinal Definição de Sistema (Circuito) Caracterização de sinais sinais:: n n n n Contínuos/Discretos Periódicos/Aperiódicos Analógicos/Digitais Transformações na variável independente independente:: n n n Translacção temporal Escalonamento temporal Inversão temporal ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Sumário n Sistemas n n n n n n n n Contínuos/Discretos Analógicos/Digitais Lineares/Não lineares Variantes/Invariantes no tempo Com/Sem memória Causais e não causais Estáveis/Instáveis Inversos ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Modelo de Sistemas n A teoria dos sistemas visa uma variedade de sistemas, desde eléctricos, mecânicos, hidráulicos, acústicos, electromecânicos, químicos, e ainda sociais, económicos e biológicos biológicos.. n O primeiro passo para a análise de um sistema é a construção do modelo do sistema sistema,, que é geralmente uma expressão matemática que aproxima o desempenho dinâmico do sistema sistema.. 2 x(t) f(x) 2 f(x)=sin(x) 1.8 1.8 1.6 1.6 1.4 1.4 1.2 1.2 1 1 0.8 0.8 0.6 0.6 0.4 x -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Sistema 0.2 x -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 -0.2 -0.2 -0.4 -0.4 -0.6 -0.6 -0.8 -1 -1.2 -1.4 -1.6 f(x)=sqrt(ln(sin(x)/2)*cos(sin(x))+tanh(pi/sin(x))) y(t) 0.4 0.2 -6 f(x) y (t ) = ln x(t ) ⋅ cos(x(t ) ) + tanh π 2 x(t ) -1.8 -0.8 -1 -1.2 -1.4 -1.6 -1.8 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal 2 3 4 5 6 7 8 9 Exemplo de Descrição Matemática de Sistemas Sistema mecânico translacional Os elementos básicos de modelação de sistemas mecânicos translacionais são massas, molas e amortecedores amortecedores.. Nas expressões seguintes seguintes:: M é a massa, K é a constante de elasticidade da mola e B é o coeficiente de amortecimento do amortecedor.. amortecedor n y(t ) f (t ) y(t ) f (t ) B dy(t ) = f (t ) dt Ky(t ) = f (t ) Componente diferencial (2ª ordem) Componente diferencial (1ª ordem) Relação linear ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Componente diferencial de ordem 0 d 2y(t ) M = f (t ) 2 dt Exemplo de Descrição Matemática de Sistemas n Sistema mecânico rotacional n Relação entre o binário de entrada (T - torque) e o ângulo de saída (θ) no sistema ilustrado na figura Componente diferencial (2ª ordem) d 2θ(t ) d θ(t ) J +B + K θ(t) = T (t) 2 dt dt Componente diferencial (1ª ordem) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo de Descrição Matemática de Sistemas n n Sistema electromecânico Uma vasta variedade de sistemas electromecânicos convertem sinais eléctricos em movimento mecânico e vice vice--versa versa.. Componente diferencial (2ª ordem) d 2θ dθ J 2 +B = KT i(t ) dt dt Componente diferencial (1ª ordem) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo de Descrição Matemática de Sistemas n No curso de Eng Eng.. Electrotécnica serão naturalmente mais comuns os sistemas eléctricos eléctricos.. n Também estes assumem uma descrição diferencial diferencial.. Sinal de entrada x(t) = Vs Sistema (tensão aos terminais da fonte) Sinal de saída y(t) = VC (tensão aos terminais do condensador) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo de Descrição Matemática de Sistemas iR (t ) = v (t ) − vC (t ) v R (t ) ⇔ iR (t ) = s R R dvC (t ) iC (t ) = C dt iR (t ) = iC (t ) ⇔ v s (t ) − vC (t ) dvC (t ) =C ⇔ R dt dvC (t ) 1 1 + vC (t ) = vs (t ) dt RC RC Dado que Vs = x(t) e que Vc = y(t), a equação tem uma descrição genérica: dy(t ) + ay(t ) = bx(t ) dt onde a=1/RC e b=1/RC ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Equações diferenciais lineares de coeficientes constantes – forma geral Os exemplos anteriores demonstram que um sistema de tempo tempo-contínuo pode ser descrito pela equação diferencial que relaciona a entrada com a saída, que tem a forma genérica genérica:: n d N y (t ) d N −1y (t ) dy(t ) d M x(t ) d M −1 x(t ) dx(t ) + a + ... + a + a y ( t ) = b + b + ... + b + b0 x(t ) N −1 1 0 M M −1 1 dt dt dt N dt N − 1 dt M dt M −1 O símbolo d/dt representa a operação de diferenciação. Substitui-se esta notação por D, obtendo-se uma expressão mais compacta: n n (D N ) + aN − 1 D N − 1 + ... + a1D + a0 y(t ) = (bM D M + bM − 1D M − 1 + ... + b1D + b0)x(t ) Derivadas de várias ordens da saída y(t) (até à ordem N) Derivadas de várias ordens da entrada x(t) (até à ordem M) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Equações diferenciais lineares de coeficientes constantes – forma geral n Uma classe significativa de sistemas pode então ser descrita por equações diferenciais, que no operador D assumem a forma genérica:: genérica (D N ) + aN − 1 DN − 1 + ... + a1 D + a0 y(t ) = (bM DM + bM − 1 DM − 1 + ... + b1 D + b0 ) x(t ) Q(D) n P(D) Com as seguintes atribuições polinomiais polinomiais:: Q(D) = D N + aN − 1D N − 1 + ... + a1 D + a0 P(D) = bM D M + bM − 1 DM − 1 + ... + b1 D + b0 Obtém-se uma nova equação comportamento do sistema: diferencial Q(D).y(t ) = P(D).x(t ) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal que determina Equações diferenciais lineares de coeficientes constantes – forma geral Sistema n O primeiro passo na análise de um sistema é determinar a equação diferencial que rege o seu comportamento d N y(t ) d N − 1 y(t ) dy(t ) d M x(t ) d M − 1 x(t ) dx(t ) + aN − 1 + ... + a1 + a0 y(t) = bM + bM − 1 + ... + b1 + b0 x(t ) N N −1 M M −1 dt dt dt dt dt dt n (D N Para simplificação da notação, passa-se a equação diferencial para o operador D ) + aN − 1 DN − 1 + ... + a1 D + a0 y(t ) = (bM DM + bM − 1 DM − 1 + ... + b1 D + b0 ) x(t ) n Atribuindo os polinómios Q(D) e P(D) obtém-se uma nova expressão Q(D).y(t ) = P(D).x(t ) n Do polinómio Q(D), de P(D) e da relação entre ambos, será possível extrair toda a informação sobre o sistema. Estes polinómios são portanto fundamentais no seu estudo. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta de um sistema descrito por equações diferenciais a um sinal de entrada n A saída de um sistema para t≥0 é resultado de duas causas independentes independentes:: n a resposta a entrada entrada--nula nula:: resulta apenas das condições iniciais em t= t=0 0 com o sinal de entrada x(t)= x(t)=0 0 para t≥0 (devida a propriedades internas do sistema como seja a existência de armazenamento de energia – bobinas e condensadores em circuitos eléctricos, molas em sistemas mecânicos, etc) n a resposta a estado estado--nulo nulo:: resulta apenas da entrada x(t) para condições iniciais nulas em t= t=0 0. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula n Mesmo sem uma entrada, um sistema pode apresentar um sinal de saída, para t≥0, devido a armazenamento interno de energia. y(t) x(t) Sistema n Esta resposta do sistema, que ocorre sem um sinal de entrada, é designada por: Resposta a entrada-nula ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a estadoestado-nulo n Naturalmente, um sistema, mesmo tendo um estado inicial nulo (sem energia armazenada), responde a um sinal de entrada. y(t) x(t) Sistema n Esta resposta do sistema, na ausência de um estado enegético inicial, é designada por: Resposta a estado-nulo ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta total de um sistema n A resposta de um sistema com estado inicial não nulo (com energia armazenada), a um sinal de entrada, será a soma da resposta a entrada-nula com a resposta a estado-nulo. y(t) x(t) Sistema Resposta Total = Resposta a estado-nulo + Resposta a entrada-nula ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta total de um sistema n As duas componentes da resposta de um sistema são independentes uma da outra, podendo uma ser calculada independentemente da outra. n Para o cálculo da resposta de um sistema para certas condições iniciais e determinado sinal de entrada, pode calcular-se separadamente o sinal gerado na saída e depois somar os sinais resultantes (de resposta a entradanula e de resposta a estado-nulo). Resposta Total = Resposta a estado-nulo + Resposta a entrada-nula ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula (y0(t)) de um sistema Um sistema é descrito pela equação diferencial no operador D: n (D n N ) + aN − 1 DN −1 + ... + a1 D + a0 y(t) = (bM DM + bM −1 DM − 1 + ... + b1 D + b0 )x(t ) Recorrendo aos polinómios Q(D) e P(D), a expressão anterior assume a forma:: forma Q(D).y(t ) = P(D).x(t ) n Relembrando o conceito de resposta a entrada entrada--nula nula:: y0(t) x(t) Sistema n Para determinar a expressão analítica da resposta a entrada entrada--nula, que designaremos por y0(t), a partir da equação do sistema, teremos de fazer x(t)= x(t)=0 0, obtendo obtendo--se a expressão expressão:: Q( D ) ⋅ y( t ) = P( D ) ⋅ 0 ⇔ Q( D ) ⋅ y0 (t ) = 0 (D N ) + aN − 1D N −1 + ... + a1 D + a0 y0 (t ) = 0 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de 1ª ordem n Um sistema de primeira ordem terá na expressão que descreve o seu comportamento derivadas até à primeira ordem de derivação no sinal de saída.. saída Sistema de ordem N: (D N ) + aN − 1 DN − 1 + ... + a1 D + a0 y(t) = (bM D M + bM − 1 D M − 1 + ... + b1 D + b0 )x(t) Sistema de 1ª ordem: ( D + a0 ) y(t ) = (bM DM n + bM −1D M −1 + ... + b1D + b0 )x(t ) Assim, a procura da resposta a entrada entrada--nula passa por determinar a saída y(t) na equação anterior, para uma entrada nula nula:: (D + a0 )y0 (t ) = 0 n =0 No operador d/dt obtém obtém--se então a expressão expressão:: dy0 dy0 + a0y0(t) = 0 ⇔ = −a0 y0 (t ) dt dt ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de 1ª ordem dy0 ( t ) dt = −a0y0 (t ) n A equação mostra que a resposta a entrada nula y0(t) é uma função cuja derivada é da mesma forma que ela própria (a menos de uma constante multiplicativa multiplicativa:: –a0). n Que função apresenta esta propriedade? n A função exponencial exponencial.. Vamos portanto assumir que a solução daquela equação será da forma forma:: y0 (t ) = ce λt Exponencial genérica ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de 1ª ordem n Conclui-se então que a resposta a entrada Concluientrada--nula de um sistema de 1ª ordem não assume uma qualquer forma, mas sim a forma de uma exponencial exponencial:: y0(t) x(t) Sistema 1ª ordem n λ>0 λ<0 y0 (t ) = ceλt Não esquecer que a expressão expressão:: y0 (t ) = ceλt Representa uma exponencial genérica, pelo que o formato de uma resposta a entrada entrada--nula de um sistema de 1ª ordem, não tem de ser necessariamente uma exponencial decrescente decrescente.. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de 1ª ordem Substituindo a solução solução:: y0 (t ) = ce λt na equação que permite determinar a resposta a entrada entrada--nula num sistema de 1ª ordem ordem:: dy0 ( t ) dt = −a0y0 (t ) Obtém--se Obtém se:: d ce λt ) = − a0ce λt ( dt ⇔ c λe λt = − a0ce λt ⇒ λ = − a0 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de 1ª ordem Então, a solução de (D + a0 )y0 (t ) = 0 Será da forma seja:: y0 (t ) = ce λt com λ = − a0 , ou seja y0 (t ) = ce − a0t É de notar que c é uma constante arbitrária; a solução na expressão anterior verifica a equação para qualquer valor de c. Consequentemente há uma infinidade de soluções possíveis para a equação. A solução única pode ser determinada se acrescentarmos uma restrição à solução. Esta restrição é vulgarmente dada na forma de uma condição inicial. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo para sistema de 1ª ordem y0(t) x(t) Sistema 1ª ordem dy ( t ) dt y0 (t ) = ceλt + 2 y ( t ) = 5 x(t ) Recorrendo ao uso do operador D. ( D + 2 ) y ( t ) = 5 x(t ) Como se procura a resposta a entradanula, anula-se a entrada x(t) ( D + 2 ) y0 ( t ) = 0 Como já se verificou que um sistema descrito por (D + a0 )y0 (t ) = 0 resposta com a y0 ( t ) = ce−2t apresenta uma − a0t forma: y0 (t ) = ce ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo para sistema de 1ª ordem y0(t) x(t) Sistema 1ª ordem y0 ( t ) = ce−2t Fica assim definida a taxa de queda da exponencial. n No entanto, nem tudo está definido quanto a esta exponencial. Repare-se que todas as exponenciais seguintes têm o mesmo parâmetro •, no entanto têm início num valor diferente. y0(t) y0(t) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal y0(t) Exemplo para sistema de 1ª ordem y0(t) x(t) Sistema y0(t) x(t) Sistema y0(t) x(t) Sistema n Conclui-se então que a resposta a entrada-nula só poderá ser completamente determinada se fôr conhecida a situação inicial do sistema. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula de um sistema de 1ª ordem Recapitulando: Um sistema de 1ª ordem descrito por uma equação diferencial na forma: (D + a0 )y0 (t ) = 0 Terá uma resposta a entrada-nula da forma: y0 (t ) = ce λt A equação diferencial que descreve o sistema permite que se determine o parâmetro • da resposta a entrada-nula. y0 (t ) = ce− a0t O parâmetro c dependerá das condições iniciais do sistema, ou seja, da energia que ele tem armazenada no início. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Caso particular de 1ª ordem i(t ) = v (t ) − vC (t ) vR (t ) ⇔ i(t ) = s R R dvC (t ) i(t ) = C dt v s (t ) − vC (t ) dvC (t ) =C ⇔ R dt dvC (t ) 1 1 + vC (t ) = vs (t ) dt RC RC Dado que Vs = x(t) e que Vc = y(t), a equação tem uma descrição genérica: dy(t ) + ay(t ) = bx(t ) Logo a resposta a entrada nula será dt dada por: y0 (t ) = ce − 1 t RC onde a=1/RC e b=1/RC ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de ordem N (D (D N N ) + ... + a D + a ) y (t ) = (b D + aN −1 DN −1 + ... + a1 D + a0 y(t ) = (bM DM + bM − 1 DM − 1 + ... + b1 D + b0 ) x(t) + aN −1D N −1 (D 1 0 0 M M ) + bM −1D M −1 + ... + b1D + b0 ) ⋅ 0 + aN −1D N −1 + ... + a1D + a0 y0 (t ) = 0 A soma pesada de diversas derivadas da resposta devem anular anular--se, pelo que a função exponencial preenche os requisitos como resposta resposta:: y0 (t ) = ceλt N (D N ) + aN −1D N −1 + ... + a1D + a0 ce λt = 0 c λ N e λt + caN −1λ N −1e λt + ... + ca1λe λt + ca0eλt = 0 c(λ N + aN −1λ N −1 + ... + a1λ + a0 )e λt = 0 Para uma solução não trivial (c=0 seria a solução trivial) teremos que ter: λ N + aN −1λ N −1 + ... + a1λ + a0 = 0 Este resultado significa que desde que λ verifique a equação anterior ceλt é solução da equação: (D N ) + aN −1D N −1 + ... + a1D + a0 y0 (t ) = 0 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de ordem N (D N ) + aN −1 D N − 1 + ... + a1 D + a0 y(t ) = (bM DM + bM − 1D M − 1 + ... + b1D + b0 )x(t ) N N −1 + ... + a1D + a0 O polinómio Q(D) é dado por: Q(D) = D + aN −1D Notar que o polinómio: λ N + aN −1λ N −1 + ... + a1λ + a0 = 0 é igual ao polinómio Q(D) da expressão com D substituído por λ. Ou seja, a equação anterior pode ser escrita na forma: Q(λ) = 0 Se exprimirmos Q(λ) numa forma factorizada, a equação anterior pode ainda ser escrita na forma: Q(λ) = (λ − λ1 )(λ − λ2 )...(λ − λN ) = 0 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de ordem N Q(λ) = (λ − λ1 )(λ − λ2 )...(λ − λN ) = 0 Quais as soluções desta equação? (λ − λ1) = 0 ∨ (λ − λ2 ) = 0 ∨ ... ∨ (λ − λ N ) = 0 ⇔ λ = λ1 ∨ λ = λ2 ∨ ... ∨ λ = λN Verifica-se claramente que λ1 , λ2 ,..., λ N são as soluções. Assim, para um sistema de ordem N, não há apenas uma solução como ocorria para os sistemas de 1ª ordem, mas sim N soluções. Por cada raiz λ há uma exponencial que verifica a equação, na forma: e λi t ,(i = 1,2,..., N) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de ordem N Observe que o polinómio Q(λ), que é característico do sistema, nada tem a ver com o sinal que se injecta na entrada do sistema. Por esta razão é chamado o polinómio característico do sistema. A equação Q(λ) = 0 é chamada equação característica do sistema. Na equação Q(λ) = (λ − λ1 )(λ − λ2 )...(λ − λ N ) = 0 verifica-se claramente que λ1, λ2 ,..., λN são as raízes da equação característica. Consequentemente são chamadas de raízes características do sistema. As exponenciais e λi t ,(i = 1,2,..., N ) na resposta a entrada-nula são chamadas de modos característicos do sistema. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de ordem N eλi t ,(i = 1,2,..., N ) Existe um modo característico para cada raiz característica do sistema, e a resposta a entrada-nula é uma combinação linear dos modos característicos do sistema como é visível pela expressão: y0 (t ) = c1e λ1t + c2e λ2t + ... + cN e λN t O atributo mais importante de sistemas LITC (lineares, invariantes no tempo e causais) são os seus modos característicos. Os modos característicos não só determinam a resposta do sistema a entrada-nula como também desempenham um papel importante na determinação da resposta a estado-nulo. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula y0(t) Sistema de ordem N Conclui-se então que um sistema descrito por uma equação diferencial de ordem n dada por: (D N ) + aN − 1D N − 1 + ... + a1D + a0 y (t ) = (bM D M + bM − 1DM − 1 + ... + b1D + b0 )x (t ) apresenta como resposta a entrada-nula: y0 (t ) = c1e λ1t + c2e λ2t + ... + cN e λN t Onde as raízes características se retiram da expressão: Q(λ) = (λ − λ1 )(λ − λ2 )...(λ − λN ) = 0 Ficam no entanto por determinar as constantes c1, c2, … , cN. À semelhança do que acontece para os sistemas de primeira ordem, estas constantes são determinadas utilizando informação sobre o estado inicial do sistema. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo: determinação da resposta a entradaentrada-nula de um sistema Um sistema LITC é especificado pela equação diferencial: d 2y(t ) dy(t ) dx(t ) + 6 + 8 y ( t ) = 3 + 5x(t ) dt 2 dt dt Determine y0 (t ) (resposta do sistema a entrada-nula) para as condições iniciais: . y0(0) = 3, dy0 (0) = −7 dt ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo: determinação da resposta a entradaentrada-nula de um sistema d 2y(t ) dy(t ) dx(t ) + 6 + 8 y ( t ) = 3 + 5x(t ) dt 2 dt dt O polinómio Q(D) determina-se directamente por inspecção: Q(D) = D2 + 6D + 8 Por substituição, verifica-se característico do sistema é imediatamente que o polinómio Q ( λ ) = λ 2 + 6λ + 8 A sua equação característica será obtida igualando o polinómio anterior a zero, ou seja, λ2 + 6λ + 8 = 0 Para achar as raízes características (fundamentais na determinação dos modos característicos) terá que se resolver a equação característica atrás obtida. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo: determinação da resposta a entradaentrada-nula de um sistema λ2 + 6λ + 8 = 0 ⇔ −6 ± 62 − 4 ⋅ 1 ⋅ 8 λ= ⇔ 2 ⋅1 λ = − 2 V λ = −4 As raízes características são portanto –2 e –4. Consequentemente os modos característicos serão e −2t ; e −4t A resposta do sistema a entrada-nula será uma combinação linear destes dois modos característicos: y0(t ) = c1e−2t + c2e −4t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo: determinação da resposta a entradaentrada-nula de um sistema e −2t f(x)=e^(-2x) e −4t f(x)=e^(-4x) t t A resposta a entrada-nula será uma combinação linear destes modos y0 (t ) = c1e−2t + c2e−4t y0(t ) = e−2t + e −4t ? f(x)=10*e^(-2x)+e^(-4x) f(x)=e^(-2x)+10*e^(-4x) f(x)=e^(-2x)+e^(-4x) y0(t ) = 10e −2t + e −4t ? y0(t ) = e −2t + 10e−4t ? t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo: determinação da resposta a entradaentrada-nula de um sistema y0 (t ) = c1e −2t + c2e −4t Esta é a forma geral da solução. Quaisquer que sejam as condições iniciais do sistema esta será a expressão que rege a saída. No entanto para definirmos a saída exacta nesta situação particular, é necessário determinar o valor de c1 e de c2. Isto é conseguido recorrendo às condições auxiliares que nos são dadas. y0 (0) = 3, dy0 (0) = −7 dt ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo: determinação da resposta a entradaentrada-nula de um sistema Repare-se que as restrições são, neste caso, dadas na forma de condições iniciais para a saída no instante inicial e para a derivada da saída também nesse instante y0 (0) = 3, dy0 (0) = −7 dt É de notar que dado que temos duas incógnitas c1 e c2 na expressão para y0(t), temos que recorrer a duas restrições para conseguir formar um sistema de duas equações a duas incógnitas retirando o valor de c1 e c2. Sabe-se já que a resposta a entrada-nula terá a forma: y0(t ) = c1e−2t + c2e −4t sujeita às restrições: y0 (0) = 3 dy0 (0) = −7 dt ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo: determinação da resposta a entradaentrada-nula de um sistema Forma genérica da resposta a entrada-nula (constantes c1 e c2 por determinar) Condições impostas à resposta a entrada-nula. y0 (t ) = c1e−2t + c2e−4t y0 (0) = 3 dy0 (0) = −7 dt dy0 (t ) = −2c1e −2t + −4c2e −4t dt Substituindo a forma genérica nestas restrições. c1e −2 • 0 + c2e c1 + c2 = 3 −4 • 0 =3⇔ dy0 (0) = (−2)c1e −2 •0 + (−4)c2e −4 •0 = −7 ⇔ dt −2c1 − 4c2 = −7 Chega-se a duas equações nas incógnitas c1 e c2 (duas equações a duas incógnitas), o que permite determinar o valor destas constantes e assim, a resposta a entrada-nula. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Exemplo: determinação da resposta a entradaentrada-nula de um sistema Obtém-se então o sistema de duas equações a duas incógnitas (c1 e c2): c1 + c2 = 3 −2c1 − 4c2 = −7 Resolvendo o sistema anterior obtém-se c1 = 5 , 2 c2 = 1 2 Assim sendo a resposta a entrada-nula está completamente determinada e é dada por: y0(t ) = 5 e−2t + 1 e−4t 2 2 5 f(x) f(x)=(5/2)*e^(-2x)+(1/2)*e^(-4x) Como se considera a resposta a partir de t=0, a expressão atinge a forma final: 4.5 4 3.5 3 y0 (t ) = 5 e −2t + 1 e −4t 2 2 2.5 2 1.5 1 0.5 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal x -1 -0.5 0.5 -0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Raízes múltiplas Considere-se o caso de ser dado o sistema: d 2y0 (t ) dy0 (t ) −4 + 4y0 (t ) = 0 2 dt dt de forma equivalente usando o operador D, (D 2 ) − 4D + 4 y0 (t ) = 0 O polinómio característico é dado por Q(λ) = λ 2 − 4λ + 4 sendo a equação característica do sistema: λ2 − 4λ + 4 = 0 ⇔ λ=2 V λ =2 Ou seja, para um sistema de segunda ordem não se obtiveram duas raízes simples, mas sim uma dupla. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Raízes múltiplas Seria intuitivo pensar que à semelhança do caso em que as raízes são simples, os modos seriam: = e2t ; e2t O que não está de acordo com o facto de que um sistema de segunda ordem terá necessariamente 2 modos característicos diferentes. O que se verifica na prática é que os modos característicos associados a uma raíz múltipla assumem uma nova configuração. Neste caso particular os modos seriam: e2t ; te2t Sendo a resposta a entrada-nula uma combinação linear dos modos característicos, terá a forma: y0 (t ) = c1e2t + c2te2t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Raízes múltiplas Foi já verificado que para raíz característica •i existe um modo associado: e λi t Este modo característico é válido para raízes simples da equação característica. Se houver repetição de um valor para as raízes, a forma da solução é ligeiramente modificada. É possível demonstrar-se que para a equação diferencial r (D − λ) y0 (t ) = 0 com uma raiz de multiplicidade r, os modos característicos são eλt , teλt , t 2eλt ,..., t r −1eλt sendo a solução da equação dada por uma combinação linear destes modos: ( ) y0(t ) = c1 + c2t + ... + cr t r −1 eλt ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Raízes múltiplas Consequentemente, para um sistema de polinómio característico factorizado Q(λ) = ( λ − λ1 ) ( λ − λ r +1 ) ... ( λ − λN ) r os modos característicos serão e λ1t , teλ1t ,..., t r −1e λ1t , e λr +1t ,..., e λN t e a solução será dada por ( ) y0 (t ) = c1 + c2t + ... + cr t r −1 eλ1t + cr +1eλr +1t + ... + cN eλNt ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Raízes complexas Considere-se agora o caso de ser dado o sistema d 2y0 (t ) dy0 (t ) +4 + 40y0 (t ) = 0 2 dt dt de forma equivalente usando o operador D, O polinómio característico é dado por λ2 + 4λ + 40 sendo a equação característica do sistema: λ2 + 4λ + 40 = 0 ⇔ λ= −4 ± 16 − 160 ⇔ 2 λ= −4 ± −144 ⇔ 2 −4 ± j12 λ= ⇔ 2 λ = −2 + j 6 V λ = −2 − j 6 Ou seja, as raízes características do sistema são complexas. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Raízes complexas λ = −2 + j 6 V λ = −2 − j 6 A estas raízes características correspondem necessariamente dois modos característicos: e(−2 + j 6)t ; e( −2 − j 6)t A solução do sistema para entrada-nula, pode ser escrita recorrendo à notação complexa, resultando em: y0 (t ) = c1e(−2 + j 6)t + c2e(−2 − j 6)t No entanto, esta notação complexa pode ser convertida em notação real arranjando a expressão anterior de forma conveniente: y0 (t ) = c1e( −2 + j 6)t + c2e( −2 − j 6)t = e−2t (c1e j 6t + c2e − j 6t ) Para um sistema real, a resposta terá que ser real. Isso apenas é possível se c1 e c2 forem conjugados. Sendo c1 e c2 expressos da seguinte forma c c1 = e j θ 2 e c − jθ c2 = e 2 ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Raízes complexas c jθ c1 = e 2 c2 = c − jθ e 2 substituindo-se em y0 (t ) = c1e(−2 + j 6)t + c2e( −2 − j 6)t = e −2t (c1e j 6t + c2e − j 6t ) obtém-se c j θ j 6t c − j θ − j 6t y0 (t ) = e ( e e + e e )⇔ 2 2 c y0 (t ) = e −2t (e j (θ + 6t ) + e − j (θ+ 6t ) ) 2 −2t Utilizando a fórmula de Euler: cos ϕ = ( 1 jϕ e + e− j ϕ 2 ) obtém-se: 1 j(θ+ 6t ) y0 (t ) = e c (e + e − j(θ+ 6t ) ) = 2 y0 (t ) = ce −2t cos(θ + 6t ) −2 t Quantas constantes ficam por determinar para se ter a resposta completa? O que é necessário para determinar essas constantes? ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a entradaentrada-nula para raízes do sistema complexas As raízes complexas aparecem em pares conjugados. Assim, tendo λ = α + jβ e λ = α − jβ como raízes do sistema, obtém-se uma resposta a entrada-nula: y0 (t ) = = = = = c j θ (α + jβ)t c − j θ (α − jβ)t e e + e e 2 2 c j θ αt j β t c − j θ αt − j β t e e e + e e e 2 2 c α t j β t j θ c αt − j β t − j θ e e e + e e e 2 2 c αt j (βt + θ) e e + e− j (βt + θ) 2 ceαt cos(βt + θ) A parte real das raízes características do sistema, •, controla a exponencial que envolve o coseno. A parte imaginária das raízes, •,controla a frequência do coseno. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Tendo λ = α + jβ e λ = α − jβ como raízes do sistema, obtém-se uma resposta a entrada-nula: y0 (t ) = ceαt cos(β t + θ) Função da componente real das raízes características na resposta a entrada-nula: e −t e −t cos(10t ) e −2t e−2t cos(10t ) e−4t e −4t cos(10t ) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Tendo λ = α + jβ e λ = α − jβ como raízes do sistema, obtém-se uma resposta a entrada-nula: y0 (t ) = ceαt cos(β t + θ) Função da componente imaginária das raízes características na resposta a entrada-nula: e −2t e−2t cos(10t ) e −2t cos(20t ) e −2t cos(30t ) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Raízes complexas y0 (t ) = ce αt cos(βt + θ) f(x) f(x)=e^(-2x)cos(10x) y0 (t ) x ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal c =1 α = −2 β = 10 θ=0 Resposta a entradaentrada-nula de um sistema de ordem N Forma das raízes: Forma dos modos: Raízes simples eλi t ,(i = 1,2,..., N ) λ1, λ2 ,..., λ N Raízes múltiplas (multiplicidade r) λ λ24 ,...,3 λ 1,4 eλt , teλt , t 2eλt ,..., t r −1eλt r vezes Raízes complexas conjugadas λ = α + jβ λ = α − jβ ceαt cos(β t + θ) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a estadoestado-nulo Determinou-se já a forma de calcular a resposta a entrada-nula de um sistema descrito por equações diferenciais. y0(t) x(t) Sistema 1ª ordem y0 (t ) = ceλt É agora necessário determinar a resposta de um tal sistema a um sinal de entrada não nulo, ou seja, determinar a resposta a estadoy(t) x(t) nulo. ????????????????? Sistema Sendo a variedade de possibilidades para o sinal de entrada infinita, a tarefa de conseguir prever a saída parece impossível. No entanto, a tarefa fica simplificada se interpretarmos o sinal de entrada como sendo uma combinação de sinais simples. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a estadoestado-nulo O sinal de entrada x(t) pode então (por aproximação) ser decomposto na soma de vários sinais mais simples: Neste caso x(t) é expresso como a soma de vários pulsos deslocados no tempo. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Expressando analiticamente o sinal de entrada x(t) como uma soma de funções mais simples: x(t ) = a1 x1(t ) + a2 x2 (t ) + ... + am xm (t ) dado estarmos a tratar de sistemas lineares, a resposta y(t), assume a forma: y(t ) = a1y1(t ) + a2 y2 (t ) + ... + am ym (t ) onde yr(t) é a resposta a estado-nulo a uma entrada xr(t). ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a estadoestado-nulo Podemos aproximar x(t) por uma soma de pulsos rectangulares de largura ∆λ e de valor (altura) variável. A aproximação melhora à medida que ∆λà0. Nesta situação um sinal de entrada arbitrário pode ser substituído por uma soma pesada (combinação linear) de pulsos. Assim, se conhecermos a resposta do sistema a um pulso, podemos imediatamente determinar a resposta do sistema a uma entrada arbitrária x(t) adicionando a resposta do sistema a cada pulso em que se pode decompor x(t). Isto é possível por estarmos a tratar de sistemas lineares. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Decomposição da entrada Sistema Sistema linear e invariante no tempo Sistema x(t ) = a1 x1(t ) + a2 x2 (t ) + ... + am xm (t ) y(t ) = a1y1(t ) + a2y2(t ) + ... + am ym (t ) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a estadoestado-nulo Por decomposição da entrada em sinais mais simples, é possível determinar a resposta a um sinal qualquer. A única condição necessária, é ser já conhecida a resposta do sistema a esse sinal mais simples. A decomposição do sinal de entrada ocorre na forma: x(t ) = a1 x1(t ) + a2 x2 (t ) + ... + am xm (t ) E a resposta do sistema na forma: y(t ) = a1y1(t ) + a2 y2 (t ) + ... + am ym (t ) Esta forma de análise só foi possível devido às propriedades da invariância temporal e da linearidade dos sistemas. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Quantificação do sinal que aproxima a entrada ∆τ ∆τ ∆τ ∆τ t=n∆τ A largura dos pulsos que aproximam o sinal x(t) é ∆τ. À medida que ∆τà0, o pulso rectangular sombreado localizado em t=n∆τ na figura, aproxima um impulso no mesmo instante de intensidade x(n∆τ)∆τ (a área sombreada debaixo do pulso rectangular). ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Quantificação do sinal que aproxima a entrada x(n∆τ) ∆τ ∆τ ∆τ t=n∆τ Apulso =x(n∆τ). ∆τ Fazendo ∆τà0 x(n∆τ) Este impulso continua a ter área x(n∆τ).∆τ, no entanto é agora um impulso localizado em t=n∆τ: x(n∆τ) ∆τ ∆τ ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal x(n∆τ)∆τ.δ(t- n∆τ) Resposta a estadoestado-nulo Os pulsos transformam-se no limite, à medida que a sua largura se aproxima de zero, em impulsos. Um sinal qualquer pode então ser interpretado como uma soma infinita de impulsos infinitesimalmente próximos. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal x(t) Resposta a impulso y(t) ????????????? Sistema Assim sendo, a resposta do sistema a um sinal de entrada é a soma da sua resposta às várias componentes de impulsos que compõe esse sinal de entrada. Mostra-se desta forma que conhecendo a resposta de um sistema a um impulso, podemos determinar a saída para um sinal de entrada genérico x(t). A resposta a impulso de um sistema LITC é vulgarmente designada por h(t). ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a Impulso h(t) •(t) Sistema A resposta a impulso h(t) é a resposta do sistema a um impulso de entrada aplicado em t=0 com todas as condições iniciais nulas em t=0-. Uma entrada impulsiva aparece momentaneamente em t=0 e depois desaparece, o que gera armazenamento de energia no sistema e cria condições iniciais não nulas no sistema instantaneamente para t=0+. Apesar de o impulso desaparecer para t>0, o sistema tem ainda uma resposta gerada pelas condições iniciais criadas pelo impulso. A resposta a impulso h(t) deve portanto consistir nos modos característicos do sistema para t≥0+. Como resultado h(t)=termos com modos característicos, t≥0+ ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a Impulso h(t)=termos com modos característicos, t≥0+ Esta resposta é válida para t>0. Mas o que acontece para t=0? Num dado instante t=0, pode no máximo ocorrer um impulso, assim a forma da resposta completa h(t) é dada por h(t)=Aδ(t) + termos c/ modos característicos, t≥0 A expressão geral para a resposta a impulso é dada por: h(t ) = bn δ(t ) + [P(D)y0 h (t )]u(t ) onde bn é o coeficiente do termo de ordem N em P(D), e y0h(t) é a resposta a entrada nula do sistema sujeito às seguintes condições n −1 y0nh− 2 (0) = y0nh−3 (0) = ... = y01h (0) = y0h (0) = 0 iniciais: y0h (0) = 1, k Onde y0h (0) é o valor da derivada de ordem k de y0(t) em t=0. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a Impulso deslocado no tempo h(t) •(t) Sistema h(t-τ) •(t-τ) τ Sistema τ Se h(t) é a resposta de um sistema LITC à entrada δ(t), então caso seja aplicada a entrada δ(t-τ), a saída do mesmo sistema será h(t-τ). Isso é devido à propriedade de invariância temporal dos sistemas LITC. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta a estadoestado-nulo δ(t) Sistema h(t ) t0 δ(t- t0) Sistema h(t − t0 ) n•• δ(t- n∆τ) Sistema h(t − n∆τ) x(n∆τ)∆τ.δ(t- n∆τ) Sistema x(n∆τ)∆τ ⋅ h(t − n∆τ) n•• x(t ) = +∞ ∑ x(n∆τ)δ(t − n∆τ)∆τ Sistema t0 n•• n•• y(t ) = n = −∞ +∞ ∑ n = −∞ Sistema ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal x(n∆τ)h(t − n∆τ)∆τ Resposta a estadoestado-nulo Para se aproximar o sinal de entrada tanto quanto possível, deverá fazer-se ∆τ→0 . Em termos de saída: Isto implica que: x(t ) = lim ∆τ → 0 +∞ ∑ x(n∆τ)δ(t − n∆τ)∆τ x(t ) = y(t ) = lim ∆τ → 0 n = −∞ se transforma em: ∑ x(n∆τ)h(t − n∆τ)∆τ n = −∞ Transforma-se em: +∞ ∫ x(τ)δ(t − τ)d τ y(t ) = −∞ x(t ) = +∞ +∞ ∫ x(τ)h(t − τ)d τ −∞ +∞ ∫ x(τ)δ(t − τ)d τ Sistema y(t ) = −∞ ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal +∞ ∫ x(τ)h(t − τ)d τ −∞ Integral de convolução Resposta a estadoestado-nulo x(t ) = +∞ ∫ x(τ)δ(t − τ)d τ Sistema y(t ) = −∞ +∞ ∫ x(τ)h(t − τ)d τ −∞ Note-se que a entrada é interpretada como sendo uma soma infinita de impulsos, cada um com a amplitude (área) do sinal de entrada no mesmo instante. Dada a linearidade e a invariância temporal dos sistemas em estudo, a saída será então uma soma infinita de respostas a impulso localizadas em cada instante e com o mesmo peso x(τ) do impulso que lhe deu origem. x(t ) = +∞ ∫ −∞ Sistema x(τ)δ(t − τ)d τ ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal y(t ) = +∞ ∫ −∞ x(τ)h(t − τ)d τ Integral de convolução y(t ) = +∞ ∫ x(τ)h(t − τ)d τ −∞ Dada a sua importância em diversas áreas da engenharia, o integral anterior recebe um nome particular: integral de convolução. A convolução de duas funções f1(t) e f2(t) é definido da seguinte forma: f1 * f2 = +∞ ∫ f (τ)f (t − τ)d τ 1 2 −∞ ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Propriedades do integral de convolução f1 * f2 = +∞ ∫ f (τ)f (t − τ)d τ 1 2 −∞ Propriedade comutativa: f1(t ) * f2 (t ) = f2 (t ) * f1(t ) Propriedade distributiva: f1(t ) * f2(t ) + f3(t ) = f1(t ) * f 2(t ) + f1(t ) * f 3(t ) Propriedade associativa: f1(t ) * f2 (t ) * f3(t ) = f1(t ) * f 2(t ) * f 3(t ) f1(t ) * f2 (t ) = c(t ) Propriedade do deslocamento temporal: f1(t ) * f2 (t − T ) = c(t − T ) f1(t − T ) * f2(t ) = c(t − T ) Convolução com um impulso: f (t ) * δ(t ) = +∞ ∫ f (τ)δ(t − τ)d τ −∞ Propriedade da duração: Se f (t) e f (t) têm a duração de T e T então 1 2 1 2 a duração de f1(t)*f2(t) será de T1+T2. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Tabelas de convolução A tarefa de convolução é consideravelmente simplificada pelo uso de uma tabela de convolução. Esta tabela, que lista vários pares de sinais f1(t) e f2(t) e o resultado da sua convolução f1(t)*f2(t), pode ser usado para determinar y(t), a resposta do sistema a uma entrada x(t), sem realizar a tarefa árdua de integração. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Resposta total de um sistema – intuitiva e analítica n x(t) c je j ∑ j =1 1 424 3 y0(t) λ t Resposta a entrada-nula Sistema x(t) x(t ) * h(t ) 14243 yen(t) Resposta a estado-nulo Sistema y(t) x(t) n ∑ c je λ jt + x(t ) * h(t ) j =1 Sistema Resposta_total = n c je j ∑ j =1 1 424 3 λ t Resposta a entrada-nula ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal + x (t ) * h(t ) 14243 Resposta a estado-nulo Resposta total de um sistema A resposta total de um sistema linear pode ser expressa como a soma da sua resposta a entrada-nula com a resposta a estado-nulo: Resposta_total = n j c e ∑ j j =1 1424 3 λ t + x (t ) * h(t ) 14243 Resposta a estado-nulo Resposta a entrada-nula Determinação da resposta total de um sistema a uma entrada: n Da equação diferencial do sistema determinam-se as raízes características e de forma imediata os modos característicos; n Pela combinação linear destes modos determina-se a expressão genérica da resposta a entrada-nula. n Os coeficientes c1, c2,...,cn nesta resposta são determinados recorrendo a n condições auxiliares; n Pela equação do sistema é possível determinar h(t), a resposta a impulso do sistema. n Conhecendo a resposta a impulso h(t) e a entrada do sistema x(t), determina-se a resposta a estado-nulo convolvendo x(t) com h(t). ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Estabilidade de um sistema Se um sistema LITC tem n raízes características distintas λ1, λ2,..., λn, a resposta a entrada-nula é dada por: y0 (t ) = Pelo conhecimento prévio de exponenciais: n ∑ c je λ jt j =1 lim e t →∞ λt 0 = ∞ Re λ < 0 Re λ > 0 Esboçando a localização das raízes num plano complexo, se uma raiz característica λ se localiza na metade esquerda do plano, a sua parte real é negativa (Re λ<0). Da mesma forma, se uma raiz λ se localiza na metade direita do plano complexo, a sua parte real é positiva (Re λ>0). Ao longo do eixo imaginário, a parte real é nula (Re λ=0). ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Estabilidade de um sistema lim e t →∞ λt 0 = ∞ Re λ < 0 Re λ > 0 y0(t) Re λ > 0 Re λ < 0 y0 (t ) = ceλt Os modos característicos relativos a raízes no lado esquerdo do plano complexo desaparecem à medida que tà∝ Os modos relativos a raízes localizadas no lado direito do plano crescem sem limite à medida que tà∝. Os modos correspondentes a raízes localizadas no eixo imaginário j βt são da forma e = cos ( β t ) + j sin ( βt ) e são limitados (nem desaparecem nem crescem sem limite) à medida que tà∝. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Estabilidade de um sistema: raízes múltiplas Os modos relativos a uma raiz λ repetida r vezes são eλt , teλt , t 2eλt ,..., t r −1eλt À medida que tà•, t k eλt à0, se Re λ <0 (λ na metade esquerda do plano complexo). Assim sendo, raízes múltiplas na metade esquerda do plano não causam instabilidade. Quando as raízes múltiplas estão no eixo imaginário (λ=jω), os modos correspondentes t k e j ωt = t k cos ( ωt ) + j sin ( ωt ) tendem para infinito à medida que tà•. Assim, raízes repetidas no eixo imaginário provocam instabilidade. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Localização das raízes características • estabilidade Localização das raízes características Resposta a entrada-nula y0(t) Im Sistema marginalmente estável c x t Re λ=0 Raíz real nula y0 (t ) = ceλt y0 (t ) = c ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Localização das raízes características • estabilidade Localização das raízes características Resposta a entrada-nula y0(t) Im Sistema instável c1 x t Re λ =0∨λ =0 Raíz dupla real nula y0 (t ) = c1e λt + c2te λt y0 (t ) = c1 + c2t ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Localização das raízes características • estabilidade Localização das raízes características Resposta a entrada-nula y0(t) Im Sistema estável x x t Re y0 (t ) = ceλt λ<0 Raízes simples reais negativas ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Localização das raízes características • estabilidade Localização das raízes características Resposta a entrada-nula y0(t) Im Sistema instável x x t Re y0 (t ) = ceλt λ>0 Raízes simples reais positivas ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Localização das raízes características • estabilidade Localização das raízes características y0(t) Im x Resposta a entrada-nula Sistema estável x t Re x x Raízes complexas com parte real negativa λ = α ± jβ α<0 y0 (t ) = ceαt cos ( βt + θ ) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Localização das raízes características • estabilidade Localização das raízes características x Resposta a entrada-nula y0(t) Im Sistema estável x t Re x x Raízes complexas com parte real negativa λ = α ± jβ α<0 y0 (t ) = ceαt cos ( βt + θ ) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Localização das raízes características • estabilidade Localização das raízes características Im Resposta a entrada-nula y0(t) x Sistema instável x t Re x x Raízes complexas com parte real positiva λ = α ± jβ α>0 y0 (t ) = ceαt cos ( βt + θ ) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal Localização das raízes características • estabilidade Localização das raízes características Resposta a entrada-nula y0(t) x Im Sistema marginalmente estável x t Re x x Raízes complexas com parte real nula (imaginárias puras) λ = α ± jβ α=0 α=0 y0 (t ) = ceαt cos ( βt + θ ) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal y0 (t ) = c cos ( βt + θ ) Localização das raízes características • estabilidade Localização das raízes características Resposta a entrada-nula y0(t) Im Sistema instável x Re x Raízes complexas duplas com parte real nula (raízes imaginárias puras duplas) ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal t Estabilidade de um sistema Sumariando: 1- Um sistema LITC é estável se, e só se, todas as raízes características se encontram na parte esquerda do plano complexo. As raízes podem ser simples ou múltiplas. 2- Um sistema LITC é instável se, e só se, uma ou ambas das seguintes condições se verificarem: i) pelo menos uma das raízes se encontra na metade direita do plano complexo; ii) existem raízes repetidas no eixo imaginário. 3- Um sistema LITC é marginalmente estável se, e só se, não existem raízes na metade direita, e existem raízes simples (não repetidas) no eixo imaginário. ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal ESTV – DEE – Teoria dos Circuitos e do Sinal