enlaces bonds - Maria Leal da Costa
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enlaces bonds - Maria Leal da Costa
enlaces bonds e s c u lt u r a s sculptures Maria Leal da Costa Sevilha Consulado Geral de Portugal 6 - 14 Novembro 2 0 07 b r ux e l a s Torre Madou 20 Novembro - 02 Dezembro 2 0 07 SevillA Consulado General de Portugal 6 - 14 Noviembre 2 0 07 B r us e l a s Torre Madou 20 Noviembre - 02 Diciembre 2 0 07 Seville General Consulate of Portugal 6 - 14 November 2 0 07 B R USS E L S Tour Madou 22 November – 02 December 2 0 07 5 E n l ac e s E n l ac e s bonds Exposição de Escultura de Maria Leal da Costa Exposición de escultura de Maria Leal da Costa Sculpture Exhibition — Maria Leal da Costa Sevilha, Consulado Geral de Portugal, de 6 a 14 de Novembro 2007 Sevilla, Consulado General de Portugal, del 6 al 14 de Noviembre 2007 Seville, General Consulate of Portugal 6 - 14 November Bruxelas, Edifício Madou, da Comissão Europeia, 22 de Novembro a 7 Dezembro de 2007 (em colaboração com Orfeu, Livraria Portuguesa em Bruxelas) Bruselas, Edifício Madou, de la Comisión Europea, del 22 de Noviembre al 7 de Diciembre de 2007 ber 2007 (en colaboración con Orfeu-Librería Portuguesa, Bruselas) (in association with Orfeu Portuguese Bookshop, Brussels) Exposição Organização Fundação Luso-Espanhola Ernâni Lopes Presidente e Comissão Europeia Comissário Ján Figel’ Responsável pela Educação, Formação, Cultura e Juventude Exposición Organización Fundação Luso-Espanhola Ernâni Lopes Presidente y Comisión Europea Comisario Ján Figel’ Responsable por Educación, Formación, Cultura y Juventud Exhibition Organization Fundação Luso-Espanhola Ernâni Lopes President and European Commission Ján Figel’ Member of the European Commission, responsible for Education, Training, Culture and Youth Logística Grupo Luís Simões Logística Grupo Luís de Simões Transportation Luís Simões Group Catálogo Textos Ernâni Lopes Ján Figel’ Joaquim Pinto da Silva Catálogo Textos Ernâni Lopes Ján Figel’ Joaquim Pinto da Silva Catalogue Texts Ernâni Lopes Ján Figel’ Joaquim Pinto da Silva Design Empírica Comunicação Design Empírica Comunicação Design Empírica Comunicação Fotografia João Frazão Malato de Sousa – Retrato Fotografia João Frazão Malato de Sousa – Retrato Photos João Frazão Malato de Sousa - Photo Tradução de Textos Onoma Gabinete de Traduções Traducciones Onoma Gabinete de Traducciones Text Translation Onoma Gabinete de Traduções Edição e Produção Fundação Luso-Espanhola Lisboa, 5 de Novembro de 2007 Edición y Producción Fundação Luso-Espanhola Lisboa, 5 de Noviembre de 2007 Edition and Production Fundação Luso-Espanhola Lisbon, 5th November, 2007 Brussels, Tour Madou, 22 November – 02 Decem- Éditeur: 2-9600523 ISBN: 2-9600523-4-X EAN: 9782960052343 7 Ernâni Rodrigues Lopes A arte é uma forma de comunicação. É isso que transparece da obra de Maria Leal da Costa. A natureza dá-nos materiais tão nobres, tão antigos, tão marcantes, mas também tão complementares: o ferro e a pedra; as raízes da História. E é precisamente a complementaridade e revivificação destes dois materiais tão longínquos quanto o Homem, que nos permitem concluir que nenhum deles valeria só, o que vale o seu conjunto. É esta também a mensagem da Fundação Luso-Espanhola: trazer uma nova visão de aproximação de dois povos antigos, distintos, mas complementares. Uma complementaridade que mantendo os traços característicos de cada um, lhe permite projectar-se para mais do que aquilo que é. E isso é cada vez mais importante no mundo global, sobretudo na economia global. Daí que “Enlaces”, para além de uma excelente mostra do poder da arte contemporânea, seja também uma mensagem de esperança na harmonia dos homens e dos povos, e um reflexo sólido de que no Mundo, como na História, tudo se complementa para se valorizar. Ernâni Rodrigues Lopes Presidente Fundação Luso-Espanhola El arte es una forma de comunicación. Esto es lo que se vislumbra en la obra de Maria Leal da Costa. La naturaleza nos proporciona materiales tan nobles, tan antiguos, tan marcantes, pero también tan complementarios como el hierro y la piedra; las raíces de la Historia. Y es precisamente la complementariedad y revivificación de estos dos materiales tan antiguos como el Hombre, lo que nos permite concluir que ninguno de ellos valdría por si mismo lo que vale junto con el otro. Éste también es el mensaje de la Fundação Luso-Española: una nueva perspectiva sobre la aproximación de dos pueblos antiguos, distintos, pero complementarios. Una complementariedad que manteniendo los trazos característicos de cada uno, le permite proyectarse más allá de lo que es. Y esto, cada vez es más importante en el mundo, sobre todo en una economía global. Así, “Enlaces”, además de una excelente muestra del poder del arte contemporáneo, es también un mensaje de esperanza para la armonía de los hombres y de los pueblos y un reflejo sólido de que en el Mundo, como en la Historia, todo se complementa para poder ser valorado. Ernâni Rodrigues Lopes Presidente Fundação Luso-Espanhola Art is a form of communication. This is what is revealed in the work of Maria Leal da Costa. Nature gives us old and noble materials, so striking but also so complementary: iron and stone; the roots of History. It is this ability to complement and revive these two materials as remote as Man that allows us to conclude that neither of them would be of as much value alone as together. This also is the message of the Fundação Luso-Espanhola (The PortugueseSpanish Foundation): to bring a new vision of approximation of two ancient and different, but complementary, people. This ability to complement, while maintaining the characteristics of each one, allows them to project themselves farther. And that is increasingly important in a global world, especially in a global economy. “Interlacings” is thus, not only an excellent sample of modern art, but a message of hope in the harmony of men and people, and a solid reflection that in the World, like in History, everything is complemented to be more valuable. Ernâni Rodrigues Lopes President Fundação Luso-Espanhola 9 Ján Figel’ Desde a assinatura do Tratado de Roma, há 50 anos, um número crescente de países (27 actualmente) desenvolveu em conjunto as suas instituições, sistemas judiciários, etc.. Mas para além deste processo institucional, um dos objectivos declarados no Tratado é “uma união cada vez mais próxima entre os povos da Europa”. Isto significa uma crescente diversidade de tradições, valores e aspirações de uma população que está quase a atingir o meio milhar de milhões de cidadãos. A Europa foi sempre um projecto cultural e a sua preocupação principal foi e é inevitavelmente a de como estabelecer o justo equilíbrio entre “unidade e diversidade”. Todos sabemos que a frase “unidade na diversidade “ esconde algumas inevitáveis tensões. Longe de ser um dilema, esta frase expressa talvez o princípio central da política europeia. É a estrela polar no nosso esforço de criar um verdadeiro sentido de pertença entre os povos da Europa, e dar significado ao nosso projecto histórico. Cultura e artes desempenham cada vez mais grande um papel neste projecto. A promoção de diversidade cultural e o ano do diálogo intercultural 2008 são iniciativas recentes da Comissão, visando futuros desenvolvimentos da política cultural europeia, conjuntamente com a promoção de cultura como um catalisador das faculdades criadoras. A construção de Desde la firma del Tratado de Roma, hace 50 años, un número creciente de países (27 actualmente) desarrolló en conjunto sus instituciones, sistemas judiciales, etc.. Pero además de este proceso institucional, uno de los objetivos declarados en el Tratado es “una unión cada vez más próxima entre los pueblos de Europa”. Esto significa, una creciente diversidad de tradiciones, valores y aspiraciones de una población que está a punto de alcanzar el medio millar de millones de ciudadanos. Europa ha sido siempre un proyecto cultural y su principal preocupación ha sido y es, inevitablemente, la de cómo establecer el preciso equilibrio entre “unidad y diversidad”. Todos sabemos que la frase “unidad en la diversidad” esconde algunas tensiones inevitables. Lejos de ser un dilema, esta frase expresa, tal vez, el principio central de la política europea. Es la estrella polar en nuestro esfuerzo por crear un verdadero sentido de pertenencia entre los pueblos de Europa y dar significado a nuestro proyecto histórico. Cultura e arte desempeñan, cada vez más, un gran papel en este proyecto. La promoción de la diversidad cultural y año del diálogo intercultural 2008 son iniciativas recientes de la Comisión, que pretenden futuros desarrollos de la política cultural europea y que junto con la Since the signing of the Treaty or Rome, 50 years ago, a growing number of countries have pooled together their institutions, government organisations, and legal systems. But in addition to this institutional process, one of the stated aims of the Treaty is “an ever closer union among the peoples of Europe”. This means a juxtaposition of the diverse traditions, values and aspirations of a population which is now approaching the half–billion. Building Europe has always been a cultural project and its main preoccupation has inevitably been how to strike the right balance between unity and diversity. We all must come to terms with the tensions hidden in the phrase ‘unity in diversity’. Far from being a dilemma, this phrase expresses perhaps the central principle of European policy–making. It is the pole star in our effort to create a true sense of belonging among the peoples of Europe, and to give meaning to our historic project. Culture and the arts play an increasingly large role in this project. Promotion of cultural diversity and intercultural dialogue are on top of the Commission’s recent proposals for a future European cultural policy, together with the promotion of culture as a catalyst of creativity. The building of cultural bridges between people, and the intercultural dialogues which they allow, are vital to the 11 pontes culturais entre didadãos, e os diálogos interculturais que elas permitem, são vitais à construção da Europa. Numa palavra, a contribuição potencial de artistas para construir não apenas a Europa, mas a União Europeia, está a ser finalmente reconhecida. Pablo Picasso terá dito: “Alguns pintores transformam o sol numa mancha amarela; outros transformam uma mancha amarela no sol”. Isto é a melhor expressão que conheço para representar o poder criativo de artistas, intelectuais e de operadores culturais. Bons artistas estão sempre à descoberta de novos pontos de vista e a tentar mergulhar de forma mais profunda na essência das coisas, colocando assim perguntas que ninguém formula. Convidam os cidadãos a trazer novas ideias ao mundo, e novas ideias são precisamente o que precisamos na presente fase do processo de integração europeia. Desejo que a exposição da escultora Maria Leal da Costa, em Sevilha, no Consulado Geral de Portugal e em Bruxelas, na Torre Madou, durante a presidência portuguesa, tenha o maior êxito! Ján Figel’ Comissário Europeu Responsável pela Educação, Formação, Cultura e Juventude promoción de la cultura actuarán como un catalizador de las facultades creadoras. La construcción de puentes culturales entre ciudadanos y los diálogos interculturales que estos permiten, son vitales para la construcción de Europa. En una palabra, la potencial contribución de artistas para construir no sólo Europa, sino la Unión Europea, está siendo finalmente reconocida. Pablo Picasso dijo: “Algunos pintores transforman el sol en una mancha amarilla; otros transforman una mancha amarilla en el sol”. Esta es la mejor expresión que conozco para representar el poder creativo de artistas, intelectuales y operadores culturales. Hay buenos artistas que están siempre descubriendo nuevos puntos de vista e intentando sumergirse de forma más profunda, en la esencia de las cosas, planteando así, preguntas que nadie formula. Invitan a los ciudadanos a aportar nuevas ideas al mundo y las nuevas ideas son, precisamente, lo que necesitamos en la actual fase del proceso de integración europea. Deseo que la exposición de la escultora Maria Leal da Costa, tanto en el Consulado General de Portugal en Sevilla, como en Bruselas, en la Torre Madou, durante la presidencia portuguesa, ¡tenga un gran éxito! building of Europe itself. In a word, the potential contribution of artists to the making not only of Europe, but of the European Union, is finally being recognised. Pablo Picasso once said: “Some painters transform the sun into a yellow spot; others transform a yellow spot into the sun”. This is the best expression I know of the creative powers of artists, intellectuals and cultural operators. Good artists are used to discovering novel viewpoints on things, they can dive deeper into their essence, they ask questions nobody else formulates. They invite people to bring new ideas into the world, and new ideas are precisely what we need in the present stage of the process of European integration. I wish the exhibition of sculptor Maria Leal da Costa in Sevilla, in the Portuguese Consulate, and in Brussels, in Tour Madou, during the Portuguese Presidency, every possible success! Ján Figel’ Member of the European Commission Responsible for Education, Training, Culture and Youth Ján Figel’ Comisario Europeo Responsable de Educación, Formación, Cultura y Juventud 12 13 A repulsa do ouropel La repulsa del oropel The repulsion of tincel Será porventura um lugar comum, nos nossos dias, dizer que um artista plástico não se insere numa determinada corrente ou escola. Será, mas não é pelo facto de a repisar até à exaustação que uma verdade, ou mentira!, o deixa de ser, reconhecendo embora o valor persuasivo da repetição, nem muito menos que a sua utilização operativa seja desnecessária. A mesma asserção aplica-se ao conceito de vanguarda, a mor das vezes transmudado, desnaturado, exactamente em categoria de escola e corrente, outorgando aos seus membros uma qualidade, um privilégio inatacável e restritivo. Por outro lado, hoje em arte não há um tempo internacional, menos ainda unânime que reconhecido, excepto se o considerarmos como aberto, lato abrangente, portanto, permissivo, logo inoperacional do ponto de vista crítico (longe vai o tempo, Tal vez sea un tópico afirmar en nuestros días, que un artista plástico no se incluye en una corriente o escuela determinada. Tal vez lo sea, pero no es por el hecho de repetirlo hasta la saciedad, que una verdad ¡o una mentira! deja de serlo, aún reconociendo el valor persuasivo de la repetición y mucho menos que su utilización operativa sea innecesaria. Idéntica afirmación se aplica al concepto de vanguardia, la mayoría de las veces transmutado, desnaturalizado, exactamente en categoría de escuela y corriente, otorgando a sus miembros una calidad, un privilegio inatacable y restrictivo. Por otro lado, en el arte, no existe en la actualidad, un tiempo internacional y menos aún unánime ni reconocido excepto si lo consideramos como abierto, dilatado, amplio, por lo tanto, permisivo, luego inoperacional desde el punto de vista crítico (qué lejos queda el tiempo, el último en It is perhaps commonplace in our days to say that a plastic artist does not fit into a particular current or school. Perhaps, but it is not by repeating exhaustingly that a truth, or lie!, stops being one, despite the power of persuasion by repetition, or even less that its operative use is unnecessary. This assertion can be applied to the concept of vanguard art, for the most part transformed, disnatured, categorized into a particular school or current, granting its members a quality, or an untouchable and restrictive privilege. On the other hand, there is no international time in art today, much less unanimous and recognized, unless we consider it open, broad, encompassing, therefore permissive, and inoperable from the point of view of the critic (What a long time ago it was a graça na obra de maria leal da costa o último neste sentido, em que Miguel Wandshcneider, em Circa 1968, Museu de Serralves, dizia, “em Portugal não faltam artistas sintonizados com os paradigmas emergentes, o que falta é uma assimilação e dominância desse mesmo paradigma”. Exactamente o que desapareceu, pulverizando-se sem remédio, foi esse mesmo conceito de paradigma único, mandante). É fincado nestas alegações que pretendo arrumar, em sumário, o percurso de Maria Leal da Costa e, no concreto, esta viragem sensível e sentida com as obras desta exposição preparada para Sevilha e Bruxelas. Desafiando-se e desafiada por um mote histórico-cultural – as relações com o Estado vizinho nas suas constituintes e contradições – a escultora ancorou-se num 14 la gracia en la obra de maria leal da costa este sentido, en el que Miguel Wandshcneider, en Circa 1968, Museo de Serralves, decía, “en Portugal no faltan artistas sintonizados con los paradigmas emergentes, lo que falta es una asimilación y el predominio de ese mismo paradigma”. Exactamente lo que ha desaparecido, pulverizándose sin remedio, ha sido ese mismo concepto de paradigma único, mandante). Queda bien patente en estas afirmaciones que pretendo ordenar, resumidamente, la trayectoria de Maria Leal da Costa y, en concreto, este cambio sensible y sentido, con las obras de esta exposición preparada para Sevilla y Bruselas. Desafiándose y desafiada por una divisa histórica-cultural – las relaciones con el Estado vecino en sus constituyentes y con- beauty in the sculpture of maria leal da costa when Miguel Wandshcneider of the Serralves Museum said, around 1968, that “in Portugal there is no lack of artists syntonized to emerging paradigms, what is lacking is an assimilation and dominance of that same paradigm”. Precisely what disappeared, pulverized beyond cure, was this same concept of unique paradigm). Based on these allegations I wish to list, in summary, the trajectory of Maria Leal da Costa, and specifically, this sensitive and deeply felt turn with the sculptures in this exhibition to take place in Seville and Brussels. Defying both herself and a historical and cultural legacy – the diversity and contradictions in the relations with this neighboring country – the artist anchored herself in a dictionary of forms wide, significant, simultaneously open and enigmatic, capable of representing these realities of the 15 dicionário de formas largo, significante, simultaneamente patente e enigmático, capaz de presentificar essas realidades da geografia, das histórias, das culturas, das sociedades que, aquém-Pirinéus, conjunta e separadamente vivem e sobrevivem. Não esqueçamos aqui a mutabilidade, a capacidade de reescrita próprias à História, por oposição à perenização (relativa) da obra de Arte. Não esqueçamos ainda que, em liberdade, o direito centrípeto a uma confluência, é companheiro igualitário – deve ser – do direito centrífugo à dispersão, e esta proposição é pertinente nos aspectos multifacetados das sociedades. Os assomos de mudança de rumo criativo que as esculturas Jogo de Memórias, na Câmara de Portalegre e, sobretudo, Gilreu, em Bruxelas e O Poder do Silêncio, em Vilnius, tanto denunciavam, assume-se aqui e agora como caminho seguro e não como simples experiências avulsas. Se hace camiño al andar prova-o assim Maria Leal da Costa numa pragmática de continuidade/ruptura de sentido ascendente, distinta, isso sim, dum por aí generalizado e aparente “triunfo” precoce, obviamente em declive a posteriori que, só pode ser, vazante. Enquadrando a sua obra numa tríade possível de abordagem do processo criativo: Tema, Substância, Acaso, estas obras evidenciam uma simplicidade plástica formal - apartada dos minimalismos redutores e dessa forma pura, tão do agrado da sociedade pósmoderna - acompanhada por um esquematismo criativo de linhas claras mas, insisto!, de significações abertas e motivadoras. De fora das grandes elaborações teóricas (e de “elaboradas explicações largamente denecessárias”, como acentuou explicitamente a Documenta 12, em Kassel, que Maria Leal da Costa, atenta e conhecedora, visitou, assim como visitou a Skulptur Project, em Münster), que amiúde escravizam o labor feito, não se julgue por isso, que o cinzel e o torno da escultora se passeiam diletantes sobre os materiais, num desnorte dirigido pelo acaso (longe também vai o Action Painting, esgotada que foi a sua efémera, ainda que valiosa, lição). Não! Há uma sabedoria de aplicação regrada entre este e a substância pretendida, isto é, entre um ponto de partida, ainda que indeciso e vago, e um ponto de chegada, um ensaiar, 16 tradicciones –, la escultora se ha fundamentado en un diccionario de formas holgado, significante, patente y enigmático a la vez, capaz de tornar presentes esas realidades de la geografía, de las historias, de las culturas, de las sociedades que, a este lado de los Pirineos, conjunta y separadamente viven y sobreviven. No olvidemos aquí la mutabilidad, la capacidad que la propia Historia tiene de reescribirse, por oposición a la perennización (relativa) de la obra de Arte. No olvidemos tampoco que, en libertad, el derecho centrípeto a una confluencia es compañero igualitario – debe serlo – del derecho centrífugo a la dispersión y esta proposición es pertinente en los aspectos multifacetados de las sociedades. Los atisbos de cambio de rumbo creativo que tanto delataban las esculturas “Jogo de Memórias”, en el Ayuntamiento de Portalegre y, sobre todo, “Gilreu” en Bruselas y “O Poder do Silêncio” en Vilnius, se asumen aquí y ahora, como un camino seguro y no como simples experiencias a granel. Se hace camino al andar, demuestra Maria Leal da Costa en una pragmática de continuidad/ruptura de sentido ascendente, distinta, eso sí, de un generalizado y aparente “triunfo” precoz, obviamente en declive a posteriori que, sólo puede ser, saliente. Enmarcando su obra en una posible tríada de abordaje del proceso creativo: Tema, Sustancia, Acaso, estas obras manifiestan una sencillez plástica formal - apartada de los minimalismos reductores y de esa forma pura, tan del agrado de la sociedad postmoderna - acompañada de un esquematismo creativo de líneas claras pero, insisto, de significados abiertos y motivadores. Al margen de las grandes elaboraciones (y de “elaboradas explicaciones ampliamente innecesarias”, como acentuó explícitamente Documenta 12, en Kassel, visitada por Maria Leal da Costa, atenta y conocedora, así como también visitó Skulptur Project, en Münster) teóricas, que a menudo esclavizan la labor realizada, no pensemos por ello, que el cincel y el torno de la escultora se pasean diletantes sobre los materiales, en una desorientación dirigida por el acaso (lejos quedan también Action Painting, una vez agotada su efímera, aunque valiosa, lección). ¡No! Hay una sabiduría de geography, history, and culture, of the societies on this side of the Pyrenees, which cohabit and survive together. Let us not forget the mutability, the rewriting capacity of History, as opposed to the (relative) perennialization of artwork. Let us not forget either that, in freedom, centripetal right of confluence is the equal companion – should be – to the centrifugal right of dispersion, and this proposition is pertinent in the multifaceted aspects of societies. The signs of change seen in the creative course of the sculptures in the exhibits Memory Games, in the City Hall of Portalegre, and especially, Gilreu, in Brussels, and The Power of Silence in Vilnius, is assumed to be here and now a safe course and not simply odd experiences. “The path is made by walking”, is proven by Maria Leal da Costa in a policy of continuity/break with the rising feeling, different from a generalized and apparent precocious “triumph”, obviously in decline a posteriori, which can only be receding. Incasing her work in a possible triad of approach to the creative process: Theme, Substance, Chance, these art pieces show a formal plastic simplicity – set apart from the constricting minimalism and that pure form which is so popular in the post modern society – accompanied by a creative schematization of clear lines, but, I insist!, of open and motivating meanings. Apart from the great theoretical elaborations (and of “entirely unnecessary and elaborate explanations”, as explicitly accentuated in Document 12, in Kassel, that Maria Leal da Costa, attentive and connoisseur, visited. She also visited the Skulptur Project in Munster), that often en- slave the work, it shouldn’t be concluded that the sculpturer’s chisel and lathe find their way dilettantely over the materials, in a disorientation directed by chance ( it has also been a long time since “Action Painting”, whose ephemeral but valuable lesson was exhausted). No! There is an ordered knowledge of application between this and the intended substance, that is, between a starting point, although undecided and vague, and a finishing point, a trial through proposals and drafts, patient interrogations of the material (Pareyson). The material is therefore a sort of obstacle on which the inventive activity is exercised (Umberto Eco). The work of Maria Leal da Costa is a um proceder através de propostas e esboços, interrogações pacientes da matéria (Pareyson). A matéria é assim uma espécie de obstáculo sobre o qual se exerce a actividade inventiva (Umberto Eco). A obra de Maria Leal da Costa é uma ondulação pacífica, mais de pulsão que de razão, não eliminando esta, antes a submetendo, numa rebelião de silêncio, sem estapafúrdios e excentridades, absolutamente independente e consciente de que a procura da identificação não tem nenhum interesse; pelo contrário, o interesse reside na diferença, posto que a criação justamente deriva dela dela (Gao Xingjian) . Há ainda uma busca da essencialidade, pela bipolaridade das peças que são levadas a um singelismo atractivo e peculiar, em brevidade de impulsos e palavras talhadas ou cortadas, numa capacidade de simplificar os meios para eliminar o desnecessário para que o necessário possa falar (Hans Hoffman). Nas conjugações felizes de mármores e ferros, nas alianças, certas ou aparentes, nos anéis encaixados ou sobrepostos, nas ramificações e penetrações de tubos, nos enroscados, não se ditam, não se decretam caminhos artísticos, vias únicas para a salvação das Artes, e muito menos da História. Antes há uma proposta de Graça, de encanto e sedução, capaz de levar mais fundo e enriquecer o passante, numa necessária e salutar desbanalização da vida (Leonardo Coimbra). Decorrentemente talento e produção se cruzam nestas obras, abstraídas duma obsessão de originalidade – preterida, como dissemos, à essencialidade – e na negativa da arte-espectáculo, numa contemporaneidade vivida sem temores ao cotejo e sem intenções de doutrinação. Não há mais Salões de Nadar onde os visitantes se horrorizam com as pinturas expostas ou críticos a chamar mordazmente fauves aos artistas petulantes. Podem colar excrementos às telas, defecar em perfomances bcbg (bon chic, bon genre) ou ainda automutilarem-se em directo; nada, mas nada, hoje em dia, pasma um público e uma crítica revestidos de carapaças resistentes a toda a insolência, por força da sua banalização e iteração. Os complexos, em Arte, podem não ser, e não o são na maior parte dos casos, de inferioridade, mas são seguramente sentimentos inferiores. aplicación normada entre ésta y la sustancia pretendida; es decir, entre un punto de partida, si bien indeciso y vago, y un punto de llegada, un ensayar, un proceder a través de propuestas y esbozos, interrogaciones pacientes de la materia (Pareyson). Así, la materia es una especie de obstáculo sobre el que se ejerce la actividad inventiva (Umberto Eco). La obra de Maria Leal da Costa es una ondulación pacífica, con más pulsión que razón, sin eliminar esta última, sometiéndola antes a una rebelión de silencio, sin extravagancias ni excentricidades, absolutamente independiente y consciente de que la búsqueda de la identificación no tiene ningún interés; al contrario, el interés reside en la diferencia, puesto que la creación deriva, precisamente, de ella (Gao Xingjian). Hay, además, una búsqueda de lo esencial, por la bipolaridad de las piezas que son elevadas a una sencillez atractiva y peculiar, con brevedad de impulsos y con palabras talladas o cortadas, con una capacidad de simplificar los medios para eliminar lo innecesario para que lo necesario pueda hablar (Hans Hoffman). En las afortunadas conjugaciones de mármoles y hierros, en las alianzas, ciertas o aparentes, en los anillos encajados o superpuestos, en las ramificaciones y penetraciones de tubos, en las atornillados, no se dictan, no se decretan caminos artísticos, únicas vías para la salvación de las Artes, y mucho menos de la Historia. Sino que hay una propuesta de Gracia, de encanto y seducción, capaz de profundizar y de enriquecer al transeúnte, en una necesaria y sana desbanalización de la vida (Leonardo Coimbra). Consiguientemente, talento y producción se mezclan en estas obras, abstraídas de una obsesión por la originalidad – preterida, como ya hemos dicho, ante lo esencial – y en la negativa del arteespectáculo, en una contemporaneidad vivida sin miedo a las comparaciones y sin pretensiones de adoctrinamiento. No hay más Salones de Nadar en los que los visitantes se horrorizan con las pinturas expuestas o los críticos llaman mordazmente fauves a los artistas petulantes. ya se peguen excrementos en las telas pacific undulation, more pulsation than reason, not eliminating it but rather submitting it in a rebellion of silence, without hare-brained excentricities, absolutely independent and conscious that “the search for identification has no interest; on the contrary, the interest resides in difference, which is precisely where creation is derived from” (Gao Xingjian). There is also a search for essentialism, through the bipolarity of the pieces that are taken to an attractive and peculiar simplicity, in brief impulses and sculptured or cut words, in a capacity to simplify the means to eliminate the unnecessary so that the necessary can speak (Hans Hoffman). In the happy union of marble and iron, the union, real or apparent, of incased or superimposed rings, in the ramifications and penetrations of pipes, in the twists, it is not possible to dictate artistic routes, single ways, for the salvation of the Arts, and much less of History. There is, rather, a proposal of Gracefulness/beauty, of charm and seduction, capable of enriching the passer-by and taking him deeper, in a necessary and edifying “debanalization of life” (Leonardo Coimbra). Consequently talent and production cross in these works, abstracted from an obsession of originality – deferring, as we said, from essentialism – and the negativeness of spectacle as art in a contemporaneity lived without fear of comparison and with no intentions of indoctrinization. There are no more Swimming Rooms where visitors are horrified by the paintings, or where critics sarcastically call the petulant artists “fauves”. They can put excrement on their canvases, defecate in “bcbg” (bon chic, bon genre) performances or even self mutilate themselves; nothing nowadays astonishes the public and critics, who have a resistant shell to insolence, by way of its banalization and iteration. In Art, complexes may not be, and in most cases aren’t, of inferiority, but are most likely feelings of inferiority. The work of Maria Leal da Costa is part of a widespread movement to return art to a space of negotiation (Document 12), where the pieces, like freedom, are not the end product but rather the trajectory, and 17 A produção de Maria Leal da Costa insere-se então numa muito abrangente movimentação para um certo retorno da arte a um espaço de negociação (Documenta 12), onde o trabalho, como a liberdade, não são desfechos mas antes trajectória, e onde se reassume a transcendência do objecto criado, que não é apenas o que ali está, mas também a sua capacidade de gerar individuais interpretações: nem definitivas, nem exclusivas, nem provisórias, nem aproximativas (Umberto Eco). E se ao crítico compete, de uma certa maneira eliminando a noção de belo, desvirginar, racionalizar (Gao Xingjian) a leitura da obra, considerando-a sempre como produto inacabado (Michel Butor), para o artista, em processo de elaboração, a independência, a indiferença, em relação àquele e ao público, deve ser total. Maria Leal da Costa, na fabricação de escultura, não se debate perdulariamente entre o verdadeiro e o falso, o retrocesso ou a evolução, problemas enfim exteriores à substância da Arte; contrapõe, em pedra e ferro, um empenhamento resoluto numa intenção, temperada por um preclaro talento. Eu sou bela, ó mortais, como um sonho de pedra (Baudelaire) Tervuren, 28 de Outubro de 2007 Joaquim Pinto da Silva o se defeque en perfomances bcbg (Bon chic, bon genre) incluso automutilarse en directo; nada, lo que se dice nada, pasma hoy en día, a un público y una crítica revestidos de caparazones resistentes a toda insolencia, por causa de su banalización e interacción. Los complejos, en Arte, pueden no serlo, y en la mayoría de los casos no lo son de inferioridad, sino que, seguramente, son sentimientos inferiores. Así, la producción de Maria Leal da Costa se incluye en un amplio movimiento hacia un cierto retorno del arte a un espacio de negociación (Documenta 12), donde el trabajo, así como la libertad, no son desenlaces sino trayectoria y donde se reasume la trascendencia del objeto creado, que no es apenas lo que ahí está, sino también su capacidad de generar interpretaciones individuales: ni definitivas, ni exclusivas, ni provisionales, ni aproximativas (Umberto Eco). Y si al crítico le corresponde, de una cierta manera, eliminando la noción de bello, desvirgar, racionalizar (Gao Xingjian) la lectura de la obra, considerándola siempre como producto inacabado para el artista, en proceso de elaboración, la independencia, la indiferencia en relación a ese y al público, debe ser total. Maria Leal da Costa, en la creación de escultura, no se debate disipadamente entre lo verdadero y lo falso, el retroceso o la evolución. Problemas en fin, exteriores a la sustancia del Arte; contrapone, en piedra y hierro, un empeño decidido en una intención, condimentada por un preclaro talento. where the transcendentalism of the created object is reassumed. It is not only what we see, but also its capacity to generate individual interpretations: neither definitive, exclusive, provisional, or approximate (Umberto Eco). If it’s up to the critic, (in a way eliminating the notion of beauty), to deflower, rationalize (Gao Xingjian) the interpretation of the piece, always considering it as an unfinished product (Michel Butor), it is up to the artist in the process of elaboration, to be totally indifferent to, and independent of critics and public opinion. When producing her sculptures, Maria Leal da Costa doesn’t question herself continuously about what is true and false, or evolution and regression, which are problems unrelated to the substance of Art. She displays, in stone and iron, a combination of determination and talent. I am beautiful, oh mortals, like a dream in stone (Baudelaire) Tervuren, 28 of October, 2007 Joaquim Pinto da Silva Maria Leal da Costa Yo soy bella, oh mortales, como un sueño de piedra (Baudelaire) Tervuren, 28 de octubre de 2007 Joaquim Pinto da Silva 18 19 01 Maria Leal da Costa “Todo o que espera sabe que a vitória é sua; Porque a vida é longa e a arte é um jogo. E se a vida é curta E o mar não chega à tua barca, Aguarda sem partir e sempre espera, Que a arte é maior e, aliás, não importa”. António Machado “Todo el que aguarda sabe que la víctoria es suya; Porque la vida es larga y el arte es un juguete. Y si la vida es corta, Y no llega la mar a tu galera, Aguarda sin partir y siempre espera, Que el arte es largo y, además, no importa”. António Machado “All those that wait know that victory is theirs; Because life is long and art is a game. And if life is short And the sea does not reach your vessel, Await without parting and always wait, For art is long, and anyhow, doesn’t matter”. António Machado Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 26 x 50 x 30 cm 20 21 02 Maria Leal da Costa “...caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar. Ao andar faz-se o caminho, e ao olhar-se para trás vê-se a senda que jamais se há-de voltar a pisar”. António Machado “ .. .caminante, no hay camino, Se hace camino al andar . Al andar se hace camino, Y al volver la vista atrás Se ve la senda que nunca Se ha de volver a pisar”. António Machado “ … walker, there is no path, The path is made by walking Walking makes the path And when you look back You see the path that never Will be stepped on again”. Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 68 x 40 x 40 cm António Machado 22 23 03 Maria Leal da Costa “Esse teu Narciso Já não se vê ao espelho Porque é o próprio espelho”. António Machado “Esse tu Narciso Ya no se ve en el espejo Porque es el espejo mismo”. António Machado “That Narcissus of yours Can no longer be seen in the mirror Because it is the actual mirror”. António Machado Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 64 x 35 x 18 cm 24 25 04 Maria Leal da Costa “Depois do viver e do sonhar, Está o que mais importa: O Despertar”. António Machado “Trás el vivir y el sonar, Está lo que más importa : Despertar ”. António Machado “After living and dreaming, Comes what is most important: Waking”. António Machado Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 64 x 40 x 17 cm 26 27 05 Maria Leal da Costa “O meu nome de ibero é Viriato. O princípio de ti, ó Mãe, sou eu. Eu é que fiz o acto De namorar o chão em vez do céu”. Miguel Torga “Mi nombre de íbero es Viriato. El principio de ti, oh Madre, soy yo. Yo, que he cometido el acto De enamorar al suelo en vez de al cielo”. Miguel Torga “My Iberian name is Viriato. The beginning of you, oh Mother, is me. I did the act Of courting the ground instead of the sky”. Miguel Torga Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 90x 60 x 50 cm 28 29 06 Maria Leal da Costa “Nossas horas são minutos Quando esperamos saber, E séculos quando sabemos O que se pode aprender”. Rafael Albertí “Nuestras horas son minutos Cuando esperamos saber, Y siglos cuando sabemos Lo que se puede aprender”. Rafael Albertí “Our hours are minutes When we expect to know, And centuries when we know What there is to be learned”. Rafael Albertí 30 Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 86 x 100 x 60 cm 31 07 Maria Leal da Costa “Tua verdade? Não, a verdade, E vem comigo procurá-la. A tua, podes guardá-la”. António Machado “¿Tu verdad? No, la verdad, Y ven conmigo a buscarIa. La tuya, guárdatela”. António Machado “Your truth? No, the truth, And come with me to find it. Yours, keep it”. António Machado Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 150 x 77 x 35 cm 32 33 08 Maria Leal da Costa “Venho e virei enquanto houver poesia, Povo e sonho na Ibéria . Venho e virei à tua romaria Oferecer-te a miséria Duma oração lusíada e sombria”. Miguel Torga “Vengo y vendré mientras haya poesía, Pueblo y sueño en Iberia. Vengo y vendré a tu romería A ofrecerte la miseria De una oración lusitana y sombría”. Miguel Torga “I come and will come as long as there is poetry, People and dream of Iberia. I come and will come to your procession To offer you the misery Of a prayer Lusitanian and shadowy”. Aço Acero Steel 150 x 100 x 50 cm Miguel Torga 34 35 09 Maria Leal da Costa “Terra nua e tamanha Que nela coube o Velho-Mundo e o Novo ... Que nela cabem Portugal e a Espanha E a loucura com asas do seu Povo”. Miguel Torga “Tierra desnuda y tamaña Que en ella cupo el Viejo Mundo y el Nuevo ... Que en ella caben Portugal y España Y la locura con alas de su Pueblo”. Miguel Torga “Land naked and great In which the Old World and New fit … In which Portugal and Spain fit And the madness with wings of its People”. Miguel Torga 36 Aço Acero Steel 97 x 110 x 53 cm 37 10 Maria Leal da Costa “Tudo passa e tudo fica, mas o nosso é passar, passar fazendo caminhos, caminhos sobre o mar.” António Machado “Todo pasa y todo queda, pero lo nuestro es pasar, pasar haciendo caminos, caminos sobre la mar.” António Machado “Everything passes and everything stays, But we must pass, Pass making paths, Paths over the sea”. António Machado 38 Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 136 x 56 x 46 cm 39 11 Maria Leal da Costa “Nunca mais se soube daquele homem, Suicida de uma tarde cinzenta. Diz-se somente que el tinha um sonho Tão grande como o mar que o recebera, Tão grande que ultrapassara a sua vida E que por isso se atirara ao mar Que engolira repentinamente Porque o peso do sonho o lançara para o fundo”. António Rebordão Navarro “Nunca más se supo de aquel hombre, Suicida de una tarde gris. Se dice apenas que tenía un sueño Tan grande como el mar que lo recibió, Tan grande que superó su vida Y que por eso se tiró al mar Que se lo tragó repentinamente Porque el peso del sueño lo había lanzado al fondo”. António Rebordão Navarro “Nothing more was ever known about that man, Suicide on a grey afternoon. It is only said that he had a dream As big as the sea that took him in, Bigger than his life And that is why he threw himself into the sea That swallowed him suddenly Because the weight of the dream cast him to the bottom”. Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 136 x 56 x 46 cm António Rebordão Navarro 40 41 12 Maria Leal da Costa “Com folhas de saudade um objecto deita raízes duras de arrancar!” Cesário Verde “¡Con hojas de añoranza un objeto echa raíces duras de arrancar!” Cesário Verde “With leaves of yearning an object grows roots hard to pull out!” Cesário Verde Calcário e Aço Calcáreo e Acero Limestone and Steel 46x 64x11 cm 42 43 13 Maria Leal da Costa “É assim que dormem os condutores dos povos:esculpidos em frisos de mármore e de sangue”. Albano Martins “Así es como duermen los conductores de los pueblos: esculpidos en frisos de mármol y de sangre”. Albano Martins “That is how they sleep the leaders of people: sculpted in friezes of marble and of blood” Albano Martins 44 Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 136 x 56 x 46 cm 45 14 Maria Leal da Costa “Somos uma coisa nós, em ambos um só fim, eu não sou eu sem vós, nem vos não estais sem mim. Em ambos uma só vida, é como cair em sorte, que não pode ser partida entre a nossa vida nem morte”. Nuno Pereyra “Somos una cosa nosotros, en ambos un solo fin, yo no soy yo sin vos, y vos no estáis sin mí. En ambos una sola vida, es como caer en suerte, que no puede ser partida entre nuestra vida ni muerte”. Somos hũa cousa nos, em ambos hũa soo fym, eu nam sam em mym sem vos, nem vos nam estays sem mym. Em ambos hũa soo vyda, a como cahyr em soorte, que nam pode ser partida Nuno Pereyra “We are one thing, in both just one end I am not me without you, nor are you not without me. In both only one life, It’s like falling into luck, that cannot be separated between our life and death.” antre nos vida nem morte. Nuno Pereyra Mármore e Aço Mármol y Acero Marble and Steel 50 x 44 x 10 cm Nuno Pereyra 46 47 curriculum vitae m a r i a l e a l d a c o s ta www.mlealdacosta.com DADOS PESSOAIS Nome Maria Ana de Sousa Leal da Costa DATOS PERSONALES Nombre Maria Ana de Sousa Leal da Costa PERSONAL DATA Name Maria Ana de Sousa Leal da Costa Data de nascimento 1 de Novembro de 1964 Fecha de nacimiento 1 de noviembre de 1964 Date of Birth November 1, 1964 Nacionalidade Portuguesa Nacionalidad Portuguesa Nationality Portuguese Naturalidade Sé, em Évora Lugar de nacimiento Sé, Évora Born Sé, Évora B. I. 6889005 D. N. I. 6889005 National Document No. 6889005 Morada Quinta do Barrieiro, Reveladas cx.10, 7330-336 Marvão, Portugal Domicilio Quinta do Barrieiro, Reveladas cx.10, 7330-336 Marvão, Portugal Address Quinta do Barrieiro, Reveladas cx. 10, 7330-336 Marvão, Portugal Telef. +351 964 043 733; +351 245 964 308 Fax +351 245 964 262 Tfno +351 964 043 733; +351 245 964 308 Fax +351 245 964 262 Phone +351 964 043 733; +351 245 964 308 Fax +351 245 964 262 www.mlealdacosta.com [email protected] www.mlealdacosta.com [email protected] www.mlealdacosta.com [email protected] FORMAÇÃO ACADÉMICA E PROFISSIONAL FORMACIÓN ACADÉMICA Y PROFESIONAL ACADEMIC AND PROFESSIONAL TRAINING 1979/82 - Curso de Interiores – Escola António Arroio – Lisboa 1979/82 - Curso de Interiores – Escuela António Arroio – Lisboa 1979/82 – Interior Design – Escola Antonio Arroio, Lisbon 1982/86 - Frequentou Curso de Escultura Escola Superior de Belas Artes – Lisboa 1982/86 - Participación en el Curso de Escultura, Escuela Superior de Bellas Artes – Lisboa 1982/86 - Attended a Sculpture course at the Escola Superior de Belas Artes, Lisbon 1994/95 - Atelier no Centro Internacional de Escultura 1994/95 - Taller en el Centro Internacional de Escultura 1994/95 – Workshop at the Centro Internacional de Escultura (International Sculpture Center) 1995/96 - Atelier na Fábrica Eduardo José – Pêro Pinheiro 1995/96 - Taller en Fábrica Eduardo José – Pêro Pinheiro 1996/98 - Atelier na Fábrica Urmal – Pêro Pinheiro 1996/98 - Taller en Fábrica Urmal – Pêro Pinheiro 1998/99 - Atelier NACEPOR – Portalegre 1998/99 - Taller NACEPOR – Portalegre 1999/07 – Atelier na Quinta do Barrieiro – Marvão 1999/07 – Taller en Quinta do Barrieiro – Marvão EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS EXPOSICIONES INDIVIDUALES 2006 Livraria Orfeu – Bruxelas – Bélgica 2006 Librería Orfeu – Bruselas – Bélgica 1995/96 – Workshop at the Fábrica Eduardo José, Pêro Pinheiro 1996/98 – Workshop at the Fábrica Urmal, Pèro Pinheiro 1998/99 – Workshop at NACEPOR, Portalegre 48 1999/07 – Workshop at Quinta do Barrieiro, Marvão Individual Exhibitions 2006 Orfeu Bookstore – Brussels, Belgium 49 50 Gina Sequeira Gallery – Benicia – Califórnia – EUA Encontros SIPO – Óbidos Galeria Belmonte20 – Porto Câmara Municipal – Marvão Gina Sequeira Gallery – Benicia – California – EE.UU. Encuentros SIPO – Óbidos Galería Belmonte20 – Oporto Ayuntamiento – Marvão Gina Sequeira Gallery – Benicia, California, U.S.A. SIPO Meetings – Obidos, Portugal Belmonte20 Gallery – Oporto, Portugal Municipal Town Hall – Marvão, Portugal 2005 Castelo São João da Foz – Porto 2005 Castillo São João da Foz – Oporto 2005 Castelo São João da Foz – Oporto, Portugal 2004 Palácio da Indepêndencia – Lisboa Convento de S. Clara – Portalegre Centro das Comunidades Portuguesas – Lisboa 2004 Palacio de Independencia – Lisboa Convento de S. Clara – Portalegre Centro de las Comunidades Portuguesas – Lisboa 2004 Palácio da Independência – Lisbon, Portugal S. Clara Convent – Portalegre, Portugal Center for Portuguese Comunities – Lisbon, Portugal 2003 Casa de Cultura de Chiclana – Chiclana – Espanha Museu de Tapeçarias – Portalegre Colégio Oficial de Arquitectos de Extremadura – Badajoz – Espanha 2003 Casa de la Cultura de Chiclana – Chiclana – España Museo de Tapicerías – Portalegre Colegio Oficial de Arquitectos de Extremadura – Badajoz – España 2003 Casa de Cultura de Chiclana – Chiclana, Spain Tapestry Museum – Portalegre, Portugal Colegio Oficial de Arquitectos de Extremadura – Badajoz, Spain 2002 Coudelaria de Alter – Alter do Chão 2002 Coudelaria de Alter – Alter do Chão 2002 Coudelaria de Alter (Alter Stud Center) – Alter do Chão, Portugal Galeria Pomar dos Artistas – Lisboa Galería Pomar dos Artistas – Lisboa Pomar dos Artistas Gallery – Lisbon, Portugal 1997 Galeria Palácio Póvoas – Portalegre FIL Interiores – Lisboa Galeria Maria Pia – Lisboa 1997 Galería Palacio Póvoas – Portalegre FIL Interiores – Lisboa Galería Maria Pía – Lisboa 1997 Palácio Povoas Gallery – Portalegre, Portugal FIL Interiores – Lisbon, Portugal Maria Pia Gallery – Lisbon, Portugal 1996 Galeria Municipal de Portalegre – Portalegre Galeria Pedra Malba – Palmela B. Calouste Gulbenkian – Ponte Sor Galeria Maria Pia – Lisboa 1996 Galería Municipal de Portalegre–Portalegre Galería Pedra Malba – Palmela B. Calouste Gulbenkian – Ponte Sor Galería Maria Pía – Lisboa 1996 Municipal Gallery of Portalegre – Portalegre, Portugal Pedra Malba Gallery – Palmela, Portugal B. Calouste Gulbenkian – Ponte Sor, Portugal Maria Pia Gallery – Lisbon, Portugal 1995 Galeria Álamo – Portalegre Galeria São Miguel – Évora C. Calouste Gulbenkian – Braga 1995 Galería Álamo – Portalegre Galería São Miguel – Évora C. Calouste Gulbenkian – Braga 1994 Convento de São Francisco – Portalegre Galeria São Miguel – Évora 1994 Convento de São Francisco – Portalegre Galería São Miguel – Évora EXPOSIÇÕES COLECTIVAS EXPOSICIONES COLECTIVAS 2007 Encontros de Arte na Leira – Caminha Câmara Municipal de Famalicão Galeria de São Mamede – Lisboa Galeria de São Mamede - Porto 2007 Encuentros de Arte en Leira – Caminha Ayuntamiento de Famalicão Galería de São Mamede – Lisboa Galería de São Mamede - Oporto 2006 Sala VIII Certamen De Artes Plásticas Sala El Brocense – Cáceres, Espanha Encontros de Arte na Leira – Caminha 2006 Sala VIII Certamen de Artes Plásticas Sala El Brocense – Cáceres, España Encuentros de Arte en Leira – Caminha 2005 Gal. Magia Imagem – Lisboa Galeria Belomonte – Porto 2005 Gal. Magia Imagem – Lisboa Galería Belomonte – Oporto 2004 III Bienal Internacional de Arte de la Mar – Salinas, España Casa de la Cultura de Villafranca de los Barros – España Casa de la Cultura de Punta Umbría – España Arte Estoril, Feria de Arte Contemporáneo – Estoril Galería Magia Imagem – Lisboa Centro Social Caixanova de Vigo – España 2003 Galería Convento de Sta Clara – Portalegre Galería Palacio Póvoas – Portalegre 2001 Galeria Artitudo – Castelo de Vide Pizarras Villar del Rey – Espanha Ministério da Cultura / Instituto Português do Património Arquitectónico – Évora Casa de Macau – Lisboa Pousada dos Lóios – Évora Hospital de Santa Marta – Lisboa Clube Militar / Instituto Internacional de Macau – Macau 2001 Galería Artitudo – Castelo de Vide Pizarras Villar del Rey – España Ministerio de Cultura / Instituto Portugués del Patrimonio Arquitectónico – Évora Casa de Macao – Lisboa Posada de Lóios – Évora Hospital de Santa Marta – Lisboa Club Militar / Instituto Internacional de Macao – Macao 2001 Artitudo Gallery – Castelo de Vide, Portugal Pizarras Villar del Rey – Spain Ministry of Culture / Portuguese Institute of Arquitectural Heritage – Évora, Portugal Casa de Macau – Lisbon, Portugal Pousada de Lóios – Évora, Portugal Hospital of Santa Maria – Lisbon, Portugal Military Club / International Institute of Macau – Macau 2000 S.E.S., Santa Clara – Califórnia – EUA Portuguese H. Museum, San José – Califórnia – EUA Galeria da Câmara Municipal de Marvão – Marvão Galeria da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz – Monsaraz As Idades do Futuro, I.E.F.P. – Milão 2000 S.E.S., Santa Clara – California – EE.UU. Portuguese H. Museum, San José – California – EE.UU. Galería del Ayuntamiento de Marvão – Marvão Galería del Ayuntamiento de Reguengos de Monsaraz – Monsaraz Las Edades del Futuro, I.E.F.P. – Milán 2000 S.E.S., Santa Clara – California, U.S.A. Portuguese H. Museum, San José – Califórnia, U.S.A. Municipal Gallery of Marvão – Marvão, Portugal Municipal Gallery of Reguengos de Monsaraz – Monsaraz, Portugal Ages of the Future, I.E.F.P. – Milan, Italy 1999 Fescaça – Sousel Fescaça – Santarém Palácio Póvoas – Portalegre 1999 Fescaça – Sousel Fescaça – Santarém Palacio Póvoas – Portalegre 1999 Fescaça - Sousel, Portugal Fescaça – Santarém, Portugal Palácio Povoas – Portalegre, Portugal 2004 III Bienal Internacional de Arte de la Mar – Salinas, Espanha Casa da Cultura de Villafranca de los Barros – Espanha Casa da Cultura de Punta Umbría – Espanha Arte Estoril, Feira de Arte Contemporânea – Estoril Galeria Magia Imagem – Lisboa Centro Social Caixanova de Vigo – Espanha 1998 Pousadas de Portugal – Pousada dos Lóios – Évora 1998 Posadas de Portugal – Posada de Lóios – Évora 1998 Pousadas de Portugal – Pousada de Lóios – Évora, Portugal 2003 Galeria Convento de Sta Clara – Portalegre Galeria Palácio Póvoas – Portalegre 1995 Álamo Gallery – Portalegre, Portugal São Miguel Gallery – Évora, Portugal C. Calouste Gulbenkian – Braga, Portugal 1994 Convento of São Francisco – Portalegre, Portugal São Miguel Gallery – Évora, Portugal COLLECTIVE EXHIBITIONS 2007 Art Encounters in Leira – Caminha, Portugal Town Hall of Famalicão, Portugal São Mamede Gallery – Lisbon, Portugal São Mamede Gallery – Oporto, Portugal 2006 VII Exhibition of Plastic Arts, El Brocense Room – Cáceres, Spain Art Encounters in Leira – Caminha, Portugal 2005 Magia Imagem Gallery – Lisbon, Portugal Belomonte Gallery – Oporto, Portugal 2004 III Bienal Internacional de Art de la Mar – Salinas, Spain Casa de Cultura de Villafranca de los Barros – Spain Casa de Cultura de Punta Umbría – Spain Arte Estéril, Modern Art Fair – Estoril, Portugal Magia Imagem Gallery – Lisbon, Portugal Caixanova Social Centre in Vigo – Spain 2003 Convento of Santa Clara Gallery – Portalegre, Portugal 51 52 Galeria Magia Imagem – Lisboa Ayuntamento de Punta Umbría - Espanha Galería Magia Imagem – Lisboa Ayuntamiento de Punta Umbría - España 2002 Galeria Magia Imagem – Lisboa F.T.E. – Açores, Ponta Delgada F.T.E. – Açores, Terceira Alma Lusa – Lisboa 2002 Galería Magia Imagem – Lisboa F.T.E. – Azores, Ponta Delgada F.T.E. – Azores, Terceira Alma Lusa – Lisboa Palácio Povoas Gallery – Portalegre, Portugal Magia Imagem Gallery – Lisbon, Portugal City Hall of Punta Umbría – Spain 2002 Magia Imagem Gallery – Lisbon, Portugal F.T.E. – Azores, Ponta Delgada, Portugal F.T.E. – Azores, Terceira, Portugal Alma Lusa – Lisbon, Portugal 2001 “Arte é Feminino VII” – Câmara de Vendas Novas Alma lusa – Lisboa 2001 “Arte é Feminino VII” – Ayuntamiento de Vendas Novas Alma lusa – Lisboa 2001 “Arte é Feminino VII” – City Hall of Vendas Novas, Portugal Alma Lusa – Lisbon, Portugal 2000 I.E.F.P. – FIL – Lisboa Galeria Palácio Póvoas – Portalegre Galeria Magia Imagem – Lisboa FIMAL – Vila Viçosa 6ª Exposição Int. Artes Plásticas – Vendas Novas 2000 I.E.F.P. – FIL – Lisboa Galería Palacio Póvoas – Portalegre Galería Magia Imagem – Lisboa FIMAL – Vila Viçosa 6ª Exposición Int. Artes Plásticas – Vendas Novas 2000 I.E.F.P. – FIL, Lisbon, Portugal Palácio Povoas Gallery – Portalegre, Portugal Magia Imagem Gallery – Lisbon, Portugal FIMAL – Vila Viçosa, Portugal Sixth Int. Exhibit of Plastic Arts – Vendas Novas, Portugal 1999 Galeria Palácio Póvoas – Portalegre Instituto de Emprego – F.I.L. – Lisboa PLMJ – Sociedade de Advogados – Lisboa Ajuda de Mãe – Lisboa Instituto de Emprego – Milão Clube de Tiro – Lisboa 1º Encontro Internacional de Pedra – Vila Viçosa 1999 Galería Palacio Póvoas – Portalegre Instituto de Empleo – F.I.L. – Lisboa PLMJ – Sociedad de Abogados – Lisboa Ajuda de Mãe – Lisboa Instituto de Empleo – Milán Club de Tiro – Lisboa 1er Encuentro Internacional de Pedra – Vila Viçosa 1999 Palácio Povoas Gallery – Portalegre, Portugal Employment Institute – FIL, Lisbon, Portugal PLMJ – Lawyers firm, Lisbon, Portugal Ajuda de Mãe – Lisbon, Portugal Employment Institute – Milan, Italy Shooting Practice Club - Lisbon First International Meeting of Stone – Vila Viçosa, Portugal 1998 Galeria Café dos Artistas – Lisboa 1998 Galería Café dos Artistas – Lisboa 1998 Café dos Artistas Gallery – Lisbon, Portugal 1997 FIIC – Lisboa Galeria Magia Imagem – Lisboa Palácio da Independência – Lisboa 1997 FIIC – Lisboa Galería Magia Imagem – Lisboa Palacio de Independencia – Lisboa 1997 FIIC – Lisbon, Portugal Magia Imagem Gallery – Lisbon, Portugal Palácio da Independência – Lisbon, Portugal 1996 Expo Arte 96 – Lisboa FIA 96 – Lisboa Galeria Magia Imagem – Lisboa Salão de Primavera – Galeria de Arte Casino Estoril Palácio da Independência – Lisboa 1996 Expo Arte 96 – Lisboa FIA 96 – Lisboa Galería Magia Imagem – Lisboa Salón de Primavera – Galería de Arte Casino Estoril Palacio de Independencia – Lisboa 1995 Espaço Oikos – Lisboa Galeria Gymnásio – Lisboa 1º Encontro “O ofício da Pedra” – Batalha Salão Primavera – Galeria Arte Casino Estoril 1995 Espacio Oikos – Lisboa Galería Gymnásio – Lisboa 1er Encuentro “O ofício da Pedra” – Batalha Salón Primavera – Galería Arte Casino Estoril 1996 Expo Arte 96 – Lisbon, Portugal FIA 96 – Lisbon, Portugal Magia Imagem Gallery – Lisbon, Portugal Primavera Room – Art Gallery of the Casino of Estoril, Portugal Palácio da Independência – Lisbon, Portugal 1995 Espaço Oikos – Lisbon, Portugal Gymnásio Gallery – Lisbon, Portugal First Encounter “The Stone Trade” – Batalha, Portugal Primavera Room – Art Gallery of the Casino of Estoril, Portugal 1994 Galeria Penta Hotel – Lisboa Galeria Arte Casino Estoril XII Salão de Outono – Galeria Arte Casino Estoril 1994 Galería Penta Hotel – Lisboa Galería Arte Casino Estoril XII Salón de Otoño – Galería Arte Casino Estoril 1994 Penta Hotel Gallery – Lisbon, Portugal Arte Gallery of the Casino of Estoril, Portugal XII Fall Room – Art Gallery of the Casino of Estoril, Portugal COLECÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS COLECCIONES PÚBLICAS Y PRIVADAS PUBLIC AND PRIVATE COLLECTIONS Ayuntamiento de Punta Umbria – Espanha Ministério da Cultura – Lisboa Museu da Cidade – Lisboa Museu do Mármore – Vila Viçosa Inst. Politécnico de Portalegre – Portalegre B. Calouste Gulbenkian – Ponte Sôr Câmara Municipal de Portalegre Câmara Municipal de Marvão Unilever - Lisboa Atelier ARDECO – Decoração – Lisboa Banco Comercial Português – Tagus Park – Paço d’Arcos Banco Comercial Português – Lisboa Banco Português do Atlântico – Porto Caja Salamanca y Sória – Viseu T.C.S. – Publicidade Promoções, SA – Lisboa Mundileasing – Lisboa Organon – Farmacêutica – Lisboa P L M J – Sociedade de Advogados – Lisboa Instituto Internacional de Macau – Macau Hotel Ribeira Grande – Açores EPUL – Lisboa Colégio Oficial de Arquitectos de Extremadura – Espanha – Badajoz Banco Espírito Santo – Algarve Ayuntamiento de Punta Umbría – España Ministerio de Cultura – Lisboa Museo de la Ciudad – Lisboa Museo del Mármol – Vila Viçosa Inst. Politécnico de Portalegre – Portalegre B. Calouste Gulbenkian – Ponte Sôr Ayuntamiento de Portalegre Ayuntamiento de Marvão Unilever - Lisboa Taller ARDECO – Decoración – Lisboa Banco Comercial Português – Tagus Park – Paço d’Arcos Banco Comercial Português – Lisboa Banco Português do Atlântico – Oporto Caja Salamanca y Soria – Viseu T.C.S. – Publicidade Promoções, SA – Lisboa Mundileasing – Lisboa Organon – Farmacéutica – Lisboa P L M J – Sociedad de Abogados – Lisboa Instituto Internacional de Macao – Macao Hotel Ribeira Grande – Azores EPUL – Lisboa Colegio Oficial de Arquitectos de Extremadura – España – Badajoz Banco Espírito Santo – Algarve City Hall of Umbría – Spain Ministry of Culture – Lisbon City Museum – Lisbon Marble Museum – Vila Viçosa Polytechnic Institute of Portalegre – Portalegre B. Calouste Gulbenkian – Ponte Sor City Hall of Portalegre City Hall of Marvão Unilever – Lisbon ARDECO Workshop, Decoration – Lisbon Banco Comercial Portugues – Tagus Park, Paço de Arcos Banco Comercial Portugues – Lisbon Banco Portugues do Atlântico – Oporto Caja Salamanca y Sória – Viseu T.C.S., Publicidade Promoções, S.A. – Lisbon Mundileasing – Lisbon Organon, Pharmaceuticals – Lisbon P.L.M.J. Law Firm – Lisbon International Institute of Macau – Macau Hotel Ribeira Grande – Azores EPUL - Lisbon Official School of Architects for Extremadura – Badajoz Banco Espirito Santo – Algarve ESCULTURA PÚBLICA ESCULTURA PÚBLICA Escultura Busto do Conde de Ervideira – Praça principal da Vendinha – Évora 2007 Escultura Busto del Conde de Ervideira – Plaza principal de Vendinha – Évora 2007 Escultura “Jogo de Memórias” – Câmara de Portalegre 2006 Escultura “Jogo de Memórias” – Ayuntamiento de Portalegre 2006 Escultura Busto de Paul Harris _ Jardim de Alvalade – Lisboa 2006 Escultura Busto de Paul Harris - Jardín de Alvalade – Lisboa 2006 Escultura da Torre de Belém à esc. 1:50 – Espaço fronteiro à Torre de Belém – Lisboa 2005 Escultura de la Torre de Belém a escala 1:50 – Espacio delantero de la Torre de Belém – Lisboa 2005 Escultura “Musa” – Jardim 25 de Abril – Castelo de Vide 2004 Escultura “Musa” – Jardín 25 de Abril – Castelo de Vide 2004 Escultura “Castanheiro” – Rotunda no centro urbano da Portagem – Marvão 2004 Escultura “Castanheiro” – Rotonda en centro urbano de Portagem – Marvão 2004 PUBLIC SCULPTURES Bust of the Count of Ervideira, Main square of Vendinha – Evora 2007 “Memory game” – City Hall of Portalegre 2006 Bust of Paul Harris, Alvalade Garden – Lisbon 2006 Sculpture of the Tower of Belem on a scale of 1:50, space near the Tower of Belem – Lisbon 2005 “Muse”, 25th of April Park – Castelo de Vide 2004 53 Cavalo Lusitano – Rotunda do Campo da Feira – Portalegre 2002 “Cavalo Lusitano” – Rotonda de Campo da Feira – Portalegre 2002 “Chestnut tree”, roundabout in the center of Portagem – Marvão 2004 Monumento ao prof. Mendes dos Remédios – Nisa 1999 Monumento al prof. Mendes dos Remédios – Nisa 1999 Lusitano horse, roundabout of the Fairground – Portalegre 2002 “Ciprestes” – Vila Viçosa 1999 “Ciprestes” – Vila Viçosa 1999 Monumento to Professor Mendes dos Remédios – Nisa 2002 Escultura comemorativa dos 20 anos da A.P.P.M. – Instituto Politécnico – Portalegre 1996 Escultura conmemorativa de los 20 anos de A.P.P.M. – Instituto Politécnico – Portalegre 1996 “Cypresses” – Vila Viçosa 1999 PRÉMIOS E CONCURSOS PREMIOS Y CONCURSOS Commemorative sculpture of the 20 years of the A.P.P.M., Polytechnic Institute – Portalegre 1996 Seleccionada para representar Portugal no “STONE SCULPTURE SYMPOSIUM VILNOJA 2007”, Lituânia. Seleccionada para representar a Portugal en “STONE SCULPTURE SYMPOSIUM VILNOJA 2007”, Lituania. AWARDS AND TENDERS 1º Lugar do Concurso Público para a concepção e execução de um monumento alusivo ao cavalo Alter Real” - Rotunda no centro urbano de Alter do Chão -2003 Seleccionada no X Prémio Ibérico de Escultura, Ciudad de Punta Umbría, Espanha - 2003 1er Puesto del Concurso Público para diseño y ejecución de un monumento alusivo al caballo Alter Real” - Rotonda en centro urbano de Alter do Chão -2003 Seleccionada en el X Premio Ibérico de Escultura, Ciudad de Punta Umbría, España - 2003 1º Lugar no XI Premio Ibérico de Escultura, Ciudad de Punta Umbría, Espanha -2004 Seleccionada para a exposição na III Bienal Internacional de Arte de la Mar – Salinas, Espanha -2004 1er Puesto en el XI Premio Ibérico de Escultura, Ciudad de Punta Umbría, España -2004 3º Lugar no II Concurso de Artes Plásticas Conxemar 2004 – Vigo, Espanha Seleccionada para a exposição no concurso internacional de escultura 2004 da Casa da Cultura de Villafranca de los Barros – Espanha – 2004 Seleccionada para o VIII Certame de Artes plásticas “Sala El Brocense”, Diputacion de Cáceres – Espanha 2006 Menção Honrosa Concurso FIA 1996 Seleccionada para la exposición en la III Bienal Internacional de Arte de la Mar – Salinas, España -2004 3er Puesto en el II Concurso de Artes Plásticas Conxemar 2004 – Vigo, España Seleccionada para la exposición en el concurso internacional de escultura 2004, de la Casa de la Cultura de Villafranca de los Barros – España – 2004 Seleccionada para el VIII Certamen de Artes plásticas “Sala El Brocense”, Diputación de Cáceres – España 2006 Selected to represent Portugal in the “STONE SCULPTURE SYMPOSIUM VILNOJA 2007”, Lithuania First place in the public tender to conceive and execute a monument allusive to the horse of Alter Real, now situated in the roundabout in the urban centre of Alter do Chão, 2003 Selected in the X Prize for Iberian Sculpture, City of Punta Umbría, Spain, 2003 First place in the XI Prize for Iberian Sculpture, City of Punta Umbría, Spain, 2004 Agradecimentos Agradecimentos acknowledgments Consulado Geral de Portugal em Sevilha Consulado General de Portugal en Sevilla General Consulate of Portugal in Seville Forum Portugal-Andalucía Forum Portugal-Andalucía Forum Portugal-Andalucía Centro Cultural Lusófono Centro Cultural Lusófono Centro Cultural Lusófono Invited to exhibit in the III Bienal Internacional de Art de la Mar, Salinas, Spain, 2004 Third place in the II Contest of Plastic Arts, Conxemar 2004, Vigo, Spain Invited to exhibit in the 2004 international sculpture exhibition, Casa da Cultura de Villafranca de los Barros, Spain, 2004 Invited for the VIII Exhibition of Plastic Arts, “El Brocense” Room, Diputación de Caceres, Spain 2006 Mención de Honor Concurso FIA 1996 Honourable Mention FIA contest 1996 54 55 Organização | Organización | Organization Promotor em Bruxelas | Promotor en Bruselas | Promoter in Brussels Orfeu - Livraria Portuguesa 43, W i ll e m d e Zw i j g e r s t r a at / R u e d u Ta c i t u r n e, 43 10 0 0 B R USSEL- B R UXEL L E S België-Belgique o r f e u @ sk y n e t . b e | w w w. o r f e u . n e t PORTUGAL ESPAÑA Rua Tierno Galván, Torre 3 - 612 Amoreiras 1070-274 Lisboa Telf. 351 213 714 741 Fax 351 213 714 747 Palacio de Miraflores, Carrera de S. Jerónimo, 15 28014 Madrid Tfno. 34 914 547 273 Fax 34 914 547 001 LISBOA MADRID REPRESENTACIÓN www.fleweb.com VIGO REPRESENTACIÓN López de Neira, 3 Oficina 301 36202 Vigo Fax 34 986 449 787 Tfno. 34 986 447 135