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ISSN 2446-6786 Volume 26 | nº 2 | abril / maio / junho 2015 Uma publicação da Academia Brasileira de Neurocirurgia 99 Editorial Mensagem do editor A partir desta edição [vol 26(2)], o Jornal Brasileiro de Neurocirurgia lança uma nova seção: Imagens Clínicas. As normas podem ser verificadas nas Instruções para os Autores que foi reformulada para facilitar o check-list. Ainda pensando em inovações, estamos lançando o ABNc News com a finalidade de manter todos informados com as publicações recentes de outros periódicos e de interesse à comunidade neurocirúrgica e afins. Todos podem colaborar com esta seção. Enviem suas colaborações para a ABNc News diretamente ao e-mail:[email protected], citando a fonte bibliográfica, que publicaremos os respectivos abstracts. Contamos com a participação de todos nas inovações de nosso periódico. Ricardo Ramina Editor-Chefe J Bras Neurocirurg 26 (2): 99, 2015 100 ISSN 2446-6786 Órgão Oficial da Academia Brasileira de Neurocirurgia Indexado nas Bases de Dados LILACS e LATINDEX Volume 26 Número 2 Biênio 2015/2017 EDITOR CHEFE EDITORES CIENTÍFICOS ASSOCIADOS Instituto de Neurologia de Curitiba - PR Fundação Beneficência Hospital de Cirurgia; Hospital de Urgência de Sergipe / Aracaju - SE Ricardo Ramina EDITOR EXECUTIVO Luiz Roberto Aguiar Carlos Umberto Pereira Daniel Benzecry de Almeida Instituto de Neurologia de Curitiba / Curitiba - PR Pontifícia Universidade Católica de Curitiba - PR Marcos Vinícius Calfat Maldaum EDITOR CIENTÍFICO Murilo Sousa de Meneses Paulo Henrique Pires de Aguiar Pontíficia Universidade Católica de São Paulo - SP EDITOR EMÉRITO Apio Cláudio Martins Antunes Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas / Campinas – SP Instituto de Neurologia de Curitiba / Curitiba – PR EDITORES EXECUTIVOS ASSOCIADOS Jerônimo Buzetti Milano Instituto de Neurologia de Curitiba / Curitiba - PR Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre - RS Luis Fernando Moura da Silva Junior SECRETÁRIA EXECUTIVA Maurício Coelho Neto Marli Aico Ataka Uchida Instituto de Neurologia de Curitiba / Curitiba - PR Instituto de Neurologia de Curitiba / Curitiba - PR Osvaldo Vilela Filho Universidade Federal de Goiânia / Goiânia – GO Yvens Barbosa Fernandes Centro Médico de Campinas / Campinas – SP J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 101 . CONSELHO EDITORIAL INTERNACIONAL Alejandra Rabadán - University of Buenos Aires / Buenos Aires / Argentina Alvaro Campero - Universidad Nacional de Tucumán / San Miguel de Tucumán / Tucumán / Argentina Ana Paula Narata - Centre Hospitalier Universitaire de Tours – Hôpital Bretonneau / Paris / France André Guelman Machado - Cleveland Clinic Foundation / Cleveland / Ohio / USA Andrés Cervio – Instituto Fleni / Ciudad Autónoma / Buenos Aires / Argentina Antonio Daher Ramos - Hospital Jorge Mendez / Valência / Venezuela Daniel Prevedello - Ohio State University / Athens / Ohio / USA Edgardo Spagnuolo - CLAEH Medical School / Punta del Este / Maldonado / Uruguay Enrique Osório Fonseca - Universidad El Bosque / Bogotá / Nova Jérsei / Colombia Franco de Monte - M.D. Anderson Cancer Center / Houston / Texas / USA Gerardo Guinto - Hospital ABC / Santa Fe / México DF / México Graziela Zuccaro - Hospital de Clínicas de la Universidad de Buenos Aires / Buenos Aires / Distrito Federal / Argentina Jacques Morcos - University of Miami / Miami / Flórida / USA Jorge Mura - Instituto de Neurocirugía Asenjo / Universidad de Chile / Santiago / Chile Julio Antico - Instituto FLENI / Buenos Aires / Distrito Federal / Argentina Kristofer Luiz Fingerle Ramina - Universitätsklinikum Tübingen / Tübingen / Germany Leonidas Quintana Marin - Universidad de Valparaíso / Valparaíso / Chile Marcelo Platas - Universidade de Buenos Aires / Buenos Aires / Distrito Federal / Argentina Marco Portillo Gonzalles Showing - Universidad Nacional Mayor de San Marcos / Lima / Peru Marcos Soares Tatagiba - University Hospital Tübingen / Tübingen / Germany Tobias Alécio Mattei - Eastern Maine Medical Center / Bangor / ME / USA Wolfgang Deinsberger - University of Kassel / Kassel / Germany J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 102 . CONSELHO EDITORIAL NACIONAL Albedy Moreira Bastos - Universidade Federal do Pará / Belém / PA Carlos Thadeu Parisi de Oliveira - Universidade de São Francisco / Bragança Paulista / SP Cesar Neves - Universidade Federal do Pará / Belém / PA Durval Peixoto de Deus - Clínica Santa Mônica / Goiânia / GO Edson Mendes Nunes - Hospital Eduardo Rabello / Rio de Janeiro / RJ Felipe Andrés Constanzo Navarrete - Instituto de Neurologia de Curitiba / Curitiba / PR Feres Eduardo Chaddad Neto - Unicamp / São Paulo / SP Flávio Belmino Barbosa Evangelista - Hospital Universitário Walter Cantídio / Universidade Federal do Ceará / Fortaleza / CE Flávio Leitão Filho - Instituto José Frota / Fortaleza / CE Guilherme Lepski - Faculdade de Medicina da USP / São Paulo / SP; Universidade Eberhard Karls / Tübingen / Alemanha Guilherme Ramina Montibeller – Instituto de Neurologia de Curitiba / Curitiba / PR Gustavo Rassier Isolan - Centro Avançado de Neurologia e Neurocirugia (CEANNE) / Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Porto Alegre / RS Hélio Ferreira Lopes - Instituto Nacional do Câncer / Rio de Janeiro / RJ Hildo Cirne de Azevedo Filho - Universidade Federal de Pernambuco / Hospital de Restauração / Recife / PE Jean Gonçalves de Oliveira - Hospital Beneficência Portuguesa / São Paulo / SP José Arnaldo Mota Arruda - Universidade Federal do Ceará / Fortaleza / CE José Marcos Rotta - Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo / São Paulo / SP José Maria Modenesi Freitas – Hospital Meridional / Cariacica / ES Leandro José Haas – Hospital Santa Isabel / Blumenau / SC Lucas Alves Aurich - Instituto de Neurologia de Curitiba / Curitiba / PR Márcio Francisco Lehmann - Universidade Estadual de Londrina / Londrina / PR Marcos Masini - Universidade Nacional de Brasília / Brasília / DF Samuel Tau Zymberg - Unifesp / São Paulo / SP Sebastião Gusmão - Universidade Federal de Minas Gerais / Belo Horizonte / MG J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 103 Expediente Academia Brasileira de Neurocirurgia Filiada à World Federation of Neurosurgical Societies Diretoria e Conselho Deliberativo Biênio 2015/2017 Presidente (2015/2017): Osvaldo Vilela Filho - Goiânia - GO Vice-presidente (2017/2019): Ricardo Ramina - Curitiba - PR Presidente eleito (2019/2021): Francisco Flávio Leitão Carvalho Filho - Fortaleza - CE Editor do site: Luiz Roberto Aguiar - Curitiba - PR Editor chefe do jornal: Ricardo Ramina - Curitiba - PR Editor executivo do jornal: Luiz Roberto Aguiar - Curitiba - PR Editor científico do jornal: Paulo Henrique Pires de Aguiar - São Paulo - SP CONSELHO DELIBERATIVO Albedy Moreira Bastos - PA Ápio Cláudio Martins Antunes - RS Carlos Tadeu Parise de Oliveira - SP Durval Peixoto de Deus - GO Flávio Belmino Barbosa Evangelista - CE Helio Ferreira Lopes - RJ Hildo Rocha Cirne Azevedo Filho - PE José Arnaldo Motta de Arruda - CE José Luciano Gonçalves de Araújo - RN José Marcus Rotta - SP Luiz Roberto Aguiar - PR Marcos Masini - DF Osvaldo Vilela Filho - GO Paulo Henrique Pires de Aguiar - SP Sebastião Nataniel Silva Gusmão - MG SECRETARIA PERMANENTE Secretário Geral: Edson Mendes Nunes - RJ Secretário Auxiliar: Hélio Ferreira Lopes - RJ Marco Antonio Herculano - SP SEDE PRÓPRIA Rua da Quitanda, 159, 10º andar, Centro 20091-005 – Rio de Janeiro, RJ – Brasil Telefax: (21) 2233-0323 [email protected] PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Midia Arte www.midiaarte.com.br J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 104 Novas normas para publicação Indexado nas Bases de Dados LILACS e LATINDEX O Jornal Brasileiro de Neurocirurgia é o órgão oficial da Academia Brasileira de Neurocirurgia e se propõe a publicar artigos sobre Neurocirurgia e todas as ciências afins. Os volumes são anuais e compostos por 4 publicações trimestrais. Assim, trabalhos inéditos, sob a forma de artigos originais, relatos de casos, artigos de revisão, notas breves e imagens clínicas, poderão ser aceitos, desde que não tenham sido enviados para publicação em outro periódico. Preferencialmente os artigos devem ser redigidos em Inglês, com abstract em Inglês e resumo em Português ou Espanhol. Alternativamente, poderão ser redigidos em Português ou Espanhol, com respectivo resumo/resumen e um abstract em Inglês (obrigatório). Todos os artigos também deverão conter título em Inglês. Todo e qualquer trabalho poderá receber modificações, para que se adapte à estrutura geral do Jornal. Os artigos que não se enquadrarem às normas ou que não forem adequados às necessidades editoriais do Jornal serão retornados ao autor correspondente, para as devidas adaptações. Ricardo Ramina, MD, PhD Editor-Chefe Submetendo seu artigo Somente serão aceitos artigos submetidos “on line” através da página http://www.abnc.org.br clicando-se no ícone “Envie seu Artigo”. Inicialmente, é necessário que o autor se cadastre e utilize os dados de login que foram enviados para o seu e-mail, através do ícone: “Cadastre-se para enviar seu artigo”. Após o envio do artigo, o autor receberá um e-mail confirmando o recebimento. A seguir, o artigo passará pela nossa equipe de revisão para verificação de estrutura adequada às normas abaixo. Em caso de adaptações necessárias, o autor receberá e-mail com a solicitação para continuidade do processo. Somente após atendimento ao check-list da equipe editorial, será iniciado o processo de revisão para aceite do artigo. Tabelas, algoritmos e gráficos: podem ser inseridos no arquivo do texto. Tipos dos Artigos • artigos originais • relatos de casos • artigos de revisão • notas breves • imagens clínicas (nova categoria) Aceite dos Artigos Os artigos serão aceitos após avaliação do Conselho Editorial e cumprimento das etapas de tramitação. Os artigos que não se enquadrarem às normas ou que não forem adequados às necessidades editoriais do Jornal serão retornados ao autor correspondente, para as adaptações necessárias. Inicialmente, avalia-se o rigor às normas de preparação dos artigos, a citação dos registros nos Conselhos e Comitês e o potencial para publicação. Quando aprovado nas etapas anteriores o artigo será encaminhado para análise por pares (peer review) e os avaliadores os classificarão da seguinte forma: aceito, rejeitado ou requer revisões, seja de forma ou de conteúdo. Os pareceres emitidos pelos avaliadores serão apreciados pelo Editor Científico, e posteriormente um parecer final será enviado ao autor correspondente. Estrutura do Artigo: Página de Rosto: títulos do artigo em português/espanhol e inglês (obrigatórios), nome completo do(s) autor(es) e da instituição a qual pertencem, seguidos de cidade e estado. Nome da instituição em que foi feito o estudo, cidade e país; dados completos de autor correspondente com endereço postal e e-mail; Declaração de conflito de interesses e agência financiadora; se aplicável, aprovação do artigo ao Conselho Nacional de Saúde (CONEP-CNS) ou Comitê de Ética em Pesquisa da instituição onde foi realizado o trabalho ou citação do registro na Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (ICMJE). Resumo/Resumen (português/espanhol) e Abstract em inglês (obrigatório), com máximo de 200 palavras, transmitindo a ideia geral da publicação e estruturado (introdução/introduction, objetivo/ objective, métodos/methods, resultados/results e conclusão/ conclusion). Artigo de Revisão, Notas Breves e Imagens clínicas dispensam a estruturação do resumo. Palavras-Chave/ Palabras-Clave e Key-words: após Resumo/ Resumen e Abstract (mínimo de 3 e máximo de 5). Texto: fonte Arial ou Times New Roman 12, sem recuo de parágrafo e justificado em espaço duplo. Referências: normas Vancouver. Em ordem alfabética, com numeração sobrescrita e arábica, por exemplo1,20. Comunicações pessoais e trabalhos em preparação poderão ser citados no texto, mas não constarão das referências. Imagens Clínicas: máximo de 3 autores, texto de 150 palavras e 12 referências bibliográficas. Exemplos de referências Fonte: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html, International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) Recommendations for the Conduct, Reporting, Editing and Publication of Scholarly Work in Medical Journals: Sample References Artigos de periódicos 1)Até 6 autores Harbell J, Terrault NA, Stock P. Solid organ transplants in HIVinfected patients. Curr HIV/AIDS Rep. 2013 Sep;10(3):217-25. doi: 10.1007/s11904-013-0170-z. 2)Mais de 6 autores Patel MA, Kim JE, Theodros D, Tam A, Velarde E, Kochel CM, et al. Agonist anti-GITR monoclonal antibody and stereotactic radiation induce immune-mediated survival advantage in murine intracranial glioma. J Immunother Cancer. 2016;4:28. doi: 10.1186/s40425-0160132-2. Livros Donald PJ, editor. Surgery of the skull base. Philadelphia: LippincottRaven; 1998. Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Capítulos de livros Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations in human solid tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, editors. The genetic basis of human cancer. New York: McGraw-Hill; 2002. p. 93113. J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 105 Novas normas para publicação Indexado nas Bases de Dados LILACS e LATINDEX Dissertações e teses Borkowski MM. Infant sleep and feeding: a telephone survey of Hispanic Americans [dissertation]. Mount Pleasant (MI): Central Michigan University; 2002. Trabalhos apresentados em congressos, simpósios, encontros, seminários e outros Petersen R, Grundman M, Thomas R, Thal L. Use of titanium mesh for reconstruction of large anterior cranial base defects; 2004 July; United States, Philadelphia; 2004. Artigos em periódicos eletrônicos Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANA acts in an advisory role. Am J Nurs. 2002 Jun [cited 2002 Aug 12];102(6):[about 1 p.]. Available from: http://www.nursingworld. org/AJN/2002/june/Wawatch.htmArticle Textos em formato eletrônico Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatísticas da saúde: assistência médico-sanitária. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acessado em: 5/2/2004. Responsabilidade Intelectual Ao submeter o artigo ao Jornal Brasileiro de Neurocirurgia automaticamente os autores transferem direitos de cópia à publicadora do periódico e assumem a responsabilidade intelectual e legal pelos resultados e pelas considerações apresentados. Conforme resolução CNS nº 196/1996, o autor deve mencionar a submissão e a aprovação do artigo ao Conselho Nacional de Saúde (CONEP-CNS) ou Comitê de Ética em Pesquisa da instituição onde foi realizado o trabalho. No caso de ensaios clínicos, é obrigatória a citação do registro na Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (ICMJE). Publicação de Figuras As figuras serão automaticamente publicadas em Preto e Branco. Valores para impressão de foto colorida Quantidade 1 2 3 Valor R$ 500,00 R$ 900,00 R$ 1.200,00 R$ 1.400,00 R$ 1.500,00 4 5 ou mais OBS: Para figuras coloridas, na Carta ao Editor deverá constar interesse para entrarmos em contato passando dados do recolhimento da taxa. Check-list de submissão Antes de enviar seu artigo, confira se todos os requisitos abaixo foram preenchidos: 1) Título em Português ou Espanhol (segundo o idioma utilizado) 2) Título em inglês (obrigatório) 3) Página de rosto: a. Nome da instituição em que foi feito o estudo, cidade e país; b. Grau e filiação dos autores; c. Dados completos de autor correspondente com endereço postal e e-mail; d. Declaração de conflito de interesses e agência financiadora; e. Declaração de submissão e a aprovação do artigo ao Conselho Nacional de Saúde (CONEP-CNS) ou Comitê de Ética em Pesquisa da instituição onde foi realizado o trabalho. Atenção: no texto do artigo também deverá constar esta informação; f. No caso de ensaios clínicos, é obrigatória a citação do registro na Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (ICMJE). Atenção: no texto do artigo também deverá constar esta informação. 4) Abstract/Resumo/Resumen: introdução, objetivo, método, resultados, conclusão. (Artigo de Revisão, Notas Breves e Imagens clínicas dispensam a estruturação do resumo) a. Key-words/Palavras-Chave/Palavras-clave ou: no mínimo 3 a 5 termos 5) Referências: ser numeradas na ordem alfabética e sobrescritas antes da pontuação; Sistema Vancouver; incluir todos os autores quando até 6; quando mais, listar os 6 primeiros seguidos de “et al.” Exemplos de Referências, segundo ICMJE: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html 6) Texto: fonte Arial ou Times New Roman 12, justificado e em espaço duplo. 7) Letter to the Editor: ofício submetendo seu artigo à apreciação contendo: a. declaração de que sua publicação é exclusiva neste periódico e enquanto não receber parecer negativo deverá informar ao editor para retirada do mesmo; b. declaração de que transfere automaticamente direitos de cópia e permissões à publicadora do periódico e que assume a responsabilidade intelectual e legal pelos resultados e pelas considerações apresentados. c. Declaração que não foi publicado anteriormente e nem está sob avaliação em outro periódico, todos os autores estão de acordo e, se aceito, não poderá ser publicado da mesma forma em qualquer idioma, sem o consentimento por escrito do JBNc. 8) Figuras: Em caso de existência de figuras coloridas, indicar seu interesse em publicar em preto e branco (padrão) ou coloridas (na dependência de depósito após aceite), as figuras devem ter alta resolução para impressão (300 dpi) em formato jpeg. Atenção: Artigos submetidos sem estes pré-requisitos serão devolvidos aos autores para adequação antes de sua avaliação. Utilize o mesmo número de manuscrito para reenviar o arquivo. Author’s Guide The Brazilian Journal of Neurosurgery (JBNc) is the official journal of the Brazilian Academy of Neurosurgery (ABNc). The JBNc publishes scientific articles about Neurosurgery and related areas. Each volume is annual, with 4 quarterly publications. Unpublished papers, either as originals, case reports, reviews, short notes or clinical images should be accepted. J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 106 Índice 4) Text: font Arial or Times New Roman 12, justified, doublespaced Papers should be preferably in English, with Abstract / Key-words in English. If written in other language (Portuguese or Spanish), it should be provided a translated title, with Resumo/Resumen and PalavrasChave/Palavras-Clave. All papers must have a title in English. 5) References: Vancouver system. Alphabetical order, Superscript, and Arabic numbered. Personal communications should only be mentioned in the text, but not in the references. Up to 6 authors, list all authors. More than 6 authors followed by et al. Every paper can be changed to be conformed to the general structure of the Journal. Submitted manuscripts that do not fulfill Author’s Guide checklist or the editorials purposes of this Journal will be returned to the corresponding author for revising and adapting it. References examples can be found in International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) Recommendations for the Conduct, Reporting, Editing and Publication of Scholarly Work in Medical Journals - Sample References: http://www.nlm.nih. gov/bsd/uniform_requirements.html Ricardo Ramina, MD, PhD Editor-in-chief 6) Tables, algorithms and graphics can be embedded in the text file or be sent afterwards as a PowerPoint file. Submiting your paper Only online submissions will be accepted (http://www.abnc.org. br). Click on the icon “Envie seu artigo/Submit manuscript”. If you are not already enrolled on the system, please click on the icon “Cadastre-se para enviar seu artigo/Create an account”. After uploading the file, an auto-reply will be sent to the registered author’s e-mail. Afterwards, the manuscript will be submitted to a first revision of the check-list, and manuscript structure according to the Author’s Guide. The author will receive an e-mail in case of any necessary change before being submitted to a peer-review by experts of the Editorial Board. Papers accepted: • Originals • Case reports • Reviews • Short notes • Clinical Images (new) Steps of manuscript submission and peer-review process: 1) Online manuscript submission after author’s log in or register 2) First checklist review of Paper structure to initiate peer-review process (if not according to the Author’s guide, paper will be returned to the author) 3) Editor-in-chief assigns reviewer 4)Reviewer classifies the paper as accepted, rejected or author query (structure or contents) 5)Author receives reply with revisions needed, and submits Online the new file with all changes highlighted in bold or red letters 6) Manuscript accepted: author receives a reply 7) Manuscript not accepted: author receives a reply Structure Intellectual Responsability By submitting the paper to JBNc, in advance the authors agree that copyright and permissions are transferred automatically to the publisher of the periodical, and they assume intellectual and legal responsibility for the results and comments presented. All paper should have the approval from the Research Ethics Committees of the institution where the research was conducted. Clinical trials must be enrolled at World Health Organization (WHO) and International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE). Figures All figures are automatically published in black and white. If the authors choose to publish color figures it should be mentioned in the Letter to the Editor, and the instructions will be sent. Charges for Color Figures Quantity 1 2 3 4 5 or more Cost R$ 500,00 R$ 900,00 R$ 1.200,00 R$ 1.400,00 R$ 1.500,00 Submission Check-list Before submitting your paper, please check if these items were fulfilled: 1) Title in Portuguese or Spanish (according to the chosen idiom) 2) Title in English (mandatory) 3) Title Page: a. Institution in which the study was conducted, city and country b. Authors: name, affiliation and highest degree c. Complete data from corresponding author: name, postal and electronic addresses 1) Title-page: titles in English and Portuguese or Spanish; all authors’ names; Academic Degrees and current positions; affiliations; corresponding author with email address. Declaration of conflict of interests, d. Declaration of conflicts of interest; sponsor data. All authors are requested to disclose any actual or potential conflict of interest including any financial, personal or other relationships with other people or organizations 2) Abstract and Resumo/Resumen: structured and not exceeding 200 words (Reviews, Brief notes, and Clinical Images – non-structured abstracts) e. Approval from the Institutional Ethics Committee (attention: this information should also be on the paper); 3) Key-words and Palavras-Chave/Palabras-Clave: at least 3 – 5 key-words f. Trials should be approved according to ICMJE clinical trial registration policy (attention: this information should also be on the paper); J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 107 Índice g. Declaration that the work has not been published previously. That it is not under consideration for publication elsewhere, that its publication is approved by all authors and tacitly or explicitly by the responsible authorities where the work was carried out, and that, if accepted, it will not be published elsewhere in the same form, in English or in any other language, including electronically without the written consent of the copyright-holder. 4) Abstract and Resumo/Resumen: up to 200 words (Reviews, Brief notes, and Clinical Images – non-structured abstracts) 5) Key-words and Palavras-Chave/Palabras-Clave: at least 3 – 5 key-words 6) Text: font Arial or Times New Roman 12, justified, doublespaced 7) References: Alphabetical order, Superscript, and Arabic numbered. Vancouver system. Personal communications should only be mentioned in the text, but not in the references. Up to 6 authors all the authors should be listed, above 6 authors followed by et al. References examples can be found in International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) Recommendations for the Conduct, Reporting, Editing and Publication of Scholarly Work in Medical Journals - Sample References: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html 8) Letter to the Editor: letter containing, a. Declaration that until receiving a formal negative letter, the authors are obliged to withdraw the submission to send it to another Journal. Otherwise, the editorial process will continue and this Journal shall not be responsible by plagiarism detection cases. b. Declaration that the authors transfer copyright and permissions to this Journal, and respond for intellectual and legal responsibilities for the results and considerations presented in the paper. c. Declaration that the work described has not been published previously. That it is not under consideration for publication elsewhere, that its publication is approved by all authors and if accepted, it will not be published elsewhere in the same form, in English or in any other language, including electronically without the written consent of the copyright-holder. 9) Figures: Figures are automatically printed in black and white. The authors should manifest their intention to publish color figures (wire transfer details will be sent in private e-mail). Files must be jpeg with high resolution (300 dpi). Attention: Manuscripts submitted in disagreement to the above check-list will be returned to the author before peer-review. Use the same manuscript ID to submit the new file. J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 108 Índice Contents / Índice Original Articles / Artigos Originais Spinal Meningiomas: a report of 14 cases and literature review ................110 Meningiomas Espinhais: relato de 14 casos e revisão da literatura Carlos Umberto Pereira, Luiz Antônio Araújo Dias, Roberto Alexandre Dezena Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. ........................................................................................................116 A New Horizon in the Treatment of Hyperacute Ischemic Stroke: first mechanical thrombectomy performed in Uruguay Alejandra Jaume, Roberto Crosa, Matías Negrotto, Federico Salle Review / Revisão Serotonina Exerce Papel Importante na Dor em Coluna? Uma Proposta de Estudo .........................................................................................131 Serotonin Plays an Important Role in Spine Pain? A Study Proposal Rogério Aires, João Marinello, Renata Resende Challenges in the Diagnosis and Treatment of Hiccup in Neurological Patients ......................................................................................134 Desafios no Diagnóstico e Tratamento de Soluço em Pacientes Neurocríticos Nícollas Nunes Rabelo, Daniel Alves Branco Valli, Igor de Souza Furtado, Luciano José Silveira Filho, Vitor Hugo Honorato Pereira, George Santos dos Passos, Marco Aurélio Ferrari Sant’Anna, Neiffer Nunes Rabelo, Luiz Antônio Araujo Dias, Luiz Antônio Araujo Dias Junior, Koji Tanaka, Fernando Eduardo Plastina, Carlos Umberto Pereira Case Report / Relato de Caso Termocoagulação por Radiofrequência Estereotáxica para Tratamento do Hamartoma Hipotalâmico ..............................................................................139 Stereotactic Radiofrequency Thermocoagulation for the Treatment of Hypothalamic Hamartoma Heloá Rodrigues Ferreira, Paulo Henrique Tavares Nava, Ledismar José da Silva, João Batista Arruda J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 109 Índice Spontaneous Subarachnoid Hemorrhage Associated with the Use of Warfarin ...............................................................................................145 Hemorragia Subaracnoide Espontânea Associada ao Uso de Warfarin Linoel Curado Valsechi, Lucas Crociati Meguins, Dionei Freitas de Morais, Antônio Ronaldo Spotti Adelgaçamento dos Ossos Parietais. Considerações de Dois Casos .............148 Thinning of the Parietal Bones. Report of Two Cases and Literature Review Carlos Umberto Pereira, Francisco de Assis Pereira, Roberto Alexandre Dezena, Victor Hugo Bernardino de Oliveira, Fábio Ramos Reis, Tercio Ferreira Oliveira Estado de Mal Epiléptico Refratário: Tratamento Cirúrgico ......................151 Refractory Status Epilepticus: Surgical Treatment Adrielle Araújo Dias, Catarine Ottobeli, Ledismar José da Silva Síndrome Episódica de Midríase Unilateral. Relato de caso .......................159 Episodic Unilateral Mydriasis Syndrome. Case report. Carlos Umberto Pereira, Ana Cristina Lima Santos, José Anísio Santos Júnior Short Note / Nota Breve Hematoma Epidural Agudo. Um Problema Médico-legal ............................162 Acute Epidural Hematoma. A Medico-legal Case Carlos Umberto Pereira, Debora Moura da Paixão Oliveira Errata e Corrigenda Errata e Corrigenda ........................................................................................165 Scientific Events / Eventos Científicos Agenda de Eventos Científicos........................................................................ 166 J Bras Neurocirurg 26 (2): 100 - 109, 2015 110 Original Spinal Meningiomas: report of 14 cases and literature review Meningiomas Espinhais: relato de 14 casos e revisão da literatura Carlos Umberto Pereira1 Luiz Antônio Araújo Dias2 Roberto Alexandre Dezena3 ABSTRACT Objectives and Introduction: This study aims to present the cases and surgical outcomes of 14 cases of spinal meningiomas, along with an updated review of the medical literature of the disease. Spinal meningiomas are benign neoplasms that account for 25% to 50% of all intradural extramedullary tumors, and with a prevalence of up to 2:100,000/year, primarily affecting female adults. Treatment is primarily surgical. Patients and methods: We selected patients with diagnosis of spinal meningiomas, admitted in three different Brazilian hospital facilities from January 1995 to January 2014. Later, the cases were analyzed for age, clinical and neurological examination, neuroimaging studies, treatment, histopathological examination and prognosis. Results and Conclusion: Ten patients were female and four male with average age of 53 years. Pain was present in all patients; twelve patients (85%) had abnormal motor function in the lower limbs; paresthesia in eight (57%) and hypoesthesia in four (28%); sphincter changes in four (28%) and Brown-Sequard syndrome in one case (7%). Thirteen patients (92%) underwent laminectomy, and one patient (7%) was submitted to laminoplasty. During the follow-up sensory changes were present in six (42%), abnormal motor function in four (28%), urinary incontinence in two (14%) and neuropathic pain in one patient (7%). The extent of resection is considered the most important factor in determining the rate of recurrence. In this work, “en bloc” resection was possible in most of the cases. Recurrence risk in five years after total resection of the tumor was null, and in ten years was 13%. Spinal arachnoiditis is the most frequent complication in postoperative period, which has a poor prognosis. Key words: Spinal tumors; Meningioma; Spinal canal; Treatment. RESUMO Objetivo e Introdução: O presente estudo tem como objetivo principal a apresentação dos casos e resultados cirúrgicos de 14 casos de meningiomas espinhais, e uma revisão atualizada da literatura médica sobre a doença. Os meningiomas espinhais são neoplasias benignas que respondem por 25% a 50% de todos os tumores intradurais e extramedulares, com prevalência de até 2:100.000 habitantes/ano, acometendo principalmente indivíduos adultos do sexo feminino. O tratamento é preferencialmente cirúrgico. Pacientes e métodos: Foram selecionados pacientes com diagnósticos de meningiomas espinhais, internados em três diferentes complexos hospitalares brasileiros no período de janeiro de 1995 a janeiro de 2014. Os casos foram posteriormente analisados quanto à idade, exame clínico e neurológico, exames de neuroimagens, tratamento, exame histopatológico e prognóstico. Resultados e Conclusão: Foram selecionados dez pacientes do gênero feminino e quatro do masculino, de média de 53 anos de idade. A dor esteve presente em todos os pacientes; doze pacientes (85%) apresentaram alterações motoras em membros inferiores; parestesia em oito (57%) e hipoestesia em quatro (28%); alterações esfincterianas em quatro (28%) e síndrome de Brown-Séquard, um caso (7%). Treze pacientes (92%) foram submetidos à laminectomia e um paciente (7%) à laminoplastia. No seguimento ambulatorial alterações sensitivas estavam presentes em seis (42%), alterações motoras em quatro (28%), incontinência urinária em dois (14%) e dor neuropática em um paciente (7%). A extensão da ressecção é considerada o fator de maior importância na determinação da taxa de recidiva. Neste trabalho, foi possível a ressecção em bloco na maioria dos casos. O risco de recidiva em cinco anos após a ressecção total do tumor foi nula, e em dez anos foi de 13%. A complicação mais frequente no pós-operatório é a aracnoidite espinhal que apresenta prognóstico reservado. Palavras-chave: Tumores medulares; Meningioma espinhal; Canal espinhal; Tratamento. Introduction Meningiomas are benign, slow-growing, well-circumscribed, extra-axial tumors, with a tendency to spread laterally into the subarachnoid space28,55,63. Spinal meningiomas account for 25% to 50% of all intradural and extramedullary tumors with a prevalence of 0.5 to 2:100,000/year1,16,20,39,53,61,63. The ratio between spinal and intracranial meningiomas varies between 1:2 and 1:1622,31,41,59. Meningiomas are tumors of adulthood and the elderly with the highest incidence between the fifth and seventh decades of life with a rare occurrence in childhood13,20. The relation of female to male cases ranges from 4:1 to 8:120,21,28,34,41,45,48,63,67,68,70. Females in the childbearing age are more affected, due to a possible association in estrogen dependence70. The presence of hormone receptors MD, PhD. Neurosurgery, Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, Sergipe; Division of Neurosurgery, Hospital de Cirurgia, Aracaju, SE MD, PhD. Division of Neurosurgery, Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP 3 MD, PhD. Division of Neurosurgery, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG 1 2 Received March 3, 2015. Accepted July 4, 2016 Pereira CU, Dias LAA, Dezena RA. - Spinal Meningiomas: report of 14 cases and literature review J Bras Neurocirurg 26 (2): 110 - 115, 2015 111 Original for progesterone, androgens, prolactin and steroids have been demonstrated in these tumors48,58. There are reports on the association between progression of pregnancy and brain meningiomas, thus demonstrating the hormonal role in the development of these tumors. However, in relation to those located in the spinal column, the described frequency is lower, probably due to the emergence of these in older women8. Genetic studies show a complete or partial loss of chromosome 22 in half the cases of meningiomas with an also observed relation with genes 1p, 5p, 9p, 10q and 17q2,20,34. Approximately half the patients with type II neurofibromatosis present spinal tumors and, of these, 10% are meningiomas. The most frequent site is the posterior, posterolateral or lateral thoracic region (64% to 84%), followed by anterior cervical (14% to 27%) and lumbar (2% to 14%)9,67. In comparison to the axial array approximately 40% are ventrolateral, 21% dorsolateral and 13% lateral. Extradural extensions are present in 5% to 6%. Atypical locations as intramedullary, epidural or extraforaminal are rare17,30,35,43,51,54,66,69. Usually located in the dorsal region with intradural extramedullary location, most of the cases are solitary tumors. They are considered mesodermal tumors that originate in the arachnoid cells next to nerve roots, with slow growth laterally to the subarachnoid space until the moment they become symptomatic20,52. Spinal meningiomas do not penetrate the pia mater due to the existence of intermediate leptomeningeal membrane, located between pia mater and the arachnoid, contrary to what occurs with intracranial meningiomas. The spinal meningioma is usually solitary, but there are reports of multiple cases associated with type II neurofibromatosis31,39,47,50,62. Histologically, the most common varieties in the spinal column are the psammomatous subtypes followed by meningoendotelial and transitional9,18,20. Some aspects may be in plaques or calcifications6,15,18,32,42,65. The differential diagnosis of spinal meningiomas consists of herniated disc, syringomyelia, osteoporosis, arthritis, Parkinson’s disease and schwannomas55,60. They are clinically manifested through signs and symptoms associated with progressive myelopathy39. Radicular or spinal pain are the most common complaints, followed by motor disorders, and sensory, gait and sphincter changes22,29,41,64. The duration of symptoms is long, reaching more than a year in most cases20,29,41,59,61. The delay in diagnosis is more pronounced in elderly patients due to symptoms being attributed to pre-existing conditions as cerebral arteriosclerosis, parkinsonism, diabetic neuropathy, Pereira CU, Dias LAA, Dezena RA. - Spinal Meningiomas: report of 14 cases and literature review osteoarthritis, osteoporosis and pernicious anemia25,27. Magnetic resonance imaging (MRI) is the diagnostic test of choice, since it shows the location, extent, axial position and possible presence of associated injuries and vertebral malformations, edema or syringomyelic cavities13,20,31,44-46,48,56. In most cases the tumor images are isointense or hypointense on T1 in the spinal cord sequences and slightly hyperintense on T2 with large uptake of gadolinium, showing the dural tail and sometimes meningeal strengthening4,10,33,49. The presence of intratumoral calcifications can produce a dark signal in the image sequence in T2, and is best viewed with computerized tomography6, 48. Spinal meningiomas are less vascularized and present less intratumoral calcification in relation to intracranial meningiomas52. Selective arteriography has been used by Roux and collaborates to locate the anterior spinal artery and observe details of the tumor vasculature, particularly in those located anteriorly due to high surgical risk. Computed myelotomography is considered a complementary to MRI, especially to identify intradural tumors in the lower lumbosacral portion or in cases of tumors with intra and extradural affection, and is still used in cases where MRI is contraindicated1,44,56. Treatment of meningiomas consist in the surgical approach, with the primary objective to perform complete resection of the tumor, with a success rate ranging from 82% to 98% of cases22,28,41. The greatest technical difficulty depends on the axial location of the tumor, especially in cases located in the ventral portion, being sometimes necessary to section the dentate ligaments for their removal. The use of intraoperative ultrasound facilitates locating and reducing the opening of the dura mater36. Gambardella et al., in a series of ten cases of dorsal spinal meningiomas located in the anterior portion with a transpedicular-transacetabular combined approach, obtained positive results in 80% of cases. Misra and Morgan approached nine cases of spinal meningiomas located in the anterior portion and used several access with bone resections, some needing fixing and spinal stabilization. The technique of choice regarding tumor implantation has been discussed; those located posteriorly are possible to extract the tumor base and perform a restitution through dura mater, but in those ventrally located, such approach is difficult and many authors have done electrocoagulation. Additional radiation as adjuvant treatment in cases of partial tumor removal have been contraindicated by several authors22,47. J Bras Neurocirurg 26 (2): 110 - 115, 2015 112 Original Patients and methods Discussion We selected patients with confirmed diagnosis of spinal meningiomas who were admitted to the Service of Neurosurgery of Santa Casa de Misericordia in Ribeirão Preto, Service of Neurosurgery of the João Alves Filho Hospital (Aracaju Sergipe) and the Department of Neurosurgery of the Clinical Hospital of the Federal University of Triângulo Mineiro, from January 1995 to January 2014. The cases were later analyzed by age, symptoms, neurological examination, neuroimaging, treatment, histopathology and prognosis. Meningiomas are the second most common type of tumor of the spinal canal63, only behind the nerve sheath tumors. In several papers a predominance of these tumors on women over men is demonstrated, a fact also reflected in this study, with 10 females and 4 males20, 46, 59, 64. Spinal meningiomas are rare in children and more common in elders, with the average age of the patients in this study being of 53 years, which is consistent with the findings of other authors22,41,63,67. Results For this study, 14 patients were selected, with ten females (86%) and four males (14%). Ages ranged between 33 and 69 years, with an average of 53 years. Regarding the symptoms, pain was present in all patients; twelve patients (85%) had abnormal motor function in the lower limbs; paresthesia was present in eight (57%) and hypoesthesia in four (28%); sphincter alterations in four (28%) and Brown-Sequard syndrome in one case (7%). All patients were investigated by computerized tomography (CT) and magnetic ressonance imaging (MRI). In ten cases the neuroimaging studies showed thirteen tumors located in the thoracic and lumbar regions, being characterized as intradural extramedullary tumors, with an evident ‘dural tail’ sign. In 60% of cases the tumor was located at the T2-T8 level and in 40% between T10-T12, with a predilection for the T12 level. Thirteen patients (92%) underwent laminectomy, and one patient (7%) underwent laminoplasty. The surgical findings were predominantly well-defined, ovoid, fibroelastic lesions, which allowed, in most cases, their ‘en bloc’ resection. Histologically, it was found that six (42%) were of the psammomatous type, four (28%) were transitional, two (14%) were meningothelial type, one (7%) was fibrous and one (7%) had mixed histopathology (transitional / psammomatous). During the patients’ evolution it was observed that five (35%) had full recovery. During follow-up sensory changes were noted in six (42%), abnormal motor function in four (28%), urinary incontinence in two (14%) and neuropathic pain in one patient (7%). Pereira CU, Dias LAA, Dezena RA. - Spinal Meningiomas: report of 14 cases and literature review The symptoms vary according to the size of the tumor and its location in the neuroaxis. Most patients present with radicular pain and motor changes, about half of them have sensory symptoms, and a third has a sphincter control deficit, and the average duration of symptoms is fourteen months2. In this article, all patients had pain, 12 of them had motor abnormalities, 8 had sensory changes and 4 had sphincter changes. The best diagnostic test is the magnetic resonance imaging (MRI). CT scan is also useful, and was the chosen imaging method for all patients in this study. Only four of them also underwent MRI. Spinal meningiomas are most commonly posterolateral lesions, and are more frequent in the thoracic spinal canal, as found in this series: 13 cases of thoracic location and only 1 case in the lumbar spine. Surgery is the treatment of choice, and spinal meningiomas have a good prognosis in most cases. There are, however, some factors for post-surgical prognosis, including: the presence of neurological deficit, prolonged duration of symptoms, the patient’s age and subtotal excision in surgery. The extent of the resection is considered the most important factor in determining the rate of relapse in both spinal and cerebral meningiomas12. ‘En bloc’ resection was possible in most cases in this article. Recurrence risk within five years after total resection of the tumor is null, and in ten years of 13%. The most frequent complication in the postoperative period is spinal arachnoiditis, which has an obscure prognosis65. Intraoperative mortality rate varies between 1% and 5.3%41,45,63. J Bras Neurocirurg 26 (2): 110 - 115, 2015 113 Original References 17. Frank BL, Harrop JS, Hanna A, Ratliff J. Cervical extradural meningioma. Case report and literature review. J Spinal Cord Med. 2008;31(3):302-305. 1. Albanese V, Platania N. Spinal intradural extramedullary tumors. Personal experience. J Neurosurg Sci. 2002;46(1):18-24. 18. Freidberg SR. Removal of an ossified ventral thoracic meningioma. Case report. J Neurosurg. 1972;37(6):728-730. 2. 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Getúlio Guaritá, 130 ZIP Code 38025-440 Uberaba, Minas Gerais, Brazil E-mail: [email protected] +55-34-33185320 +55-34-91412181 Pereira CU, Dias LAA, Dezena RA. - Spinal Meningiomas: report of 14 cases and literature review J Bras Neurocirurg 26 (2): 110 - 115, 2015 116 Original Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay A New Horizon in the Treatment of Hyperacute Ischemic Stroke: first mechanical thrombectomy performed in Uruguay Alejandra Jaume1,2 Roberto Crosa2 Matías Negrotto2 Federico Salle1 RESUMEN Introducción: El Accidente Cerebro Vascular (ACV) es la patología más costosa que existe, consumiendo del 2 al 4% de los recursos de la salud, siendo la segunda causa de muerte y primer causa de discapacidad a nivel mundial. En Uruguay las afecciones cardiovasculares ocupan el primer lugar dentro de las enfermedades crónicas con el mayor número de mortalidad anual (27% de las defunciones). En el año 2012, murieron 2.542 uruguayos por ACV, o sea 7 personas por día. Materiales y Métodos: Se hizo una extensa revisión bibliográfica enfocada en el stroke: en Pubmed y en revistas de gran impacto como Interventional Neuroradiology, the New England Journal of Medicine, Stroke y otras. Se revisaron protocolos y guías de recomendación utilizados en diferentes centros de referencia mundial. Presentamos el primero de los casos tratados mediante trombectomía mecánica en la historia del Uruguay con el objetivo de mostrar esta alternativa eficaz y complementaria a la trombólisis farmacológica i/v dentro de un protocolo establecido. Discusión: El ictus isquémico representa aproximadamente el 80% de los ACV; responde a una constelación de patologías por lo cual su diagnóstico etipoatogénico y prevención se tornan más difíciles que en otras patologías vasculares. Existen 3 hitos que marcaron la historia del manejo diagnóstico-terapéutico con impacto positivo sobre la morbi-mortalidad del ACV: 1) la creación de las unidades de Stroke; 2) el uso de trombolíticos i/v; y 3), recientemente, la trombectomía mecánica. En este último año hubo un cambio en el paradigma de tratamiento del ACV mediante la presentación de 5 nuevos estudios (MR CLEAN, ESCAPE, EXTEND-IA, SWIFT PRIME, REVASCAT) que demostraron clara eficacia del tratamiento endovascular en pacientes con ACV isquémico de menos de 6 horas de evolución, con oclusión de grandes vasos del sector anterior arterial. Conclusión: Los últimos grandes avances en el tratamiento del stroke isquémico cambiaron el encare standard de esta entidad, incluyendo los 3 tratamientos con evidencia clase 1A (unidad de stroke, tromboliticos i/v, y trombectomía mecánica). Es así, que los pacientes con ACV isquémico deben ser atendidos por un equipo multidisciplinario, contando con todas las herramientas necesarias y demostradas, para brindarle al paciente la mejor posibilidad de un correcto diagnóstico y tratamiento eficaz, así como una rehabilitación precoz. Palabras-claves: Accidente cerebro vascular isquémico; Trombolíticos; Endovascular; Pronóstico ABSTRACT Introduction: The Cerebrovascular Accident (CVA) is the most costly disease that exists, consuming 2 to 4% of health resources, being the second cause of death and leading cause of disability worldwide. In Uruguay, cardiovascular diseases rank first in chronic diseases with the highest number of annual deaths (27% of deaths). In 2012, 2,542 Uruguayans died because of a stroke event, in other words, 7 people per day. Materials and Methods: We did an extensive literature review focused on stroke: in PubMed , and in journals of high impact such as Interventional Neuroradiology, the New England Journal of Medicine, and Stroke among others. Protocols and guidelines used in different reference centers of the world were reviewed. We report the first case treated with mechanical thrombectomy in the history of Uruguay with the aim of showing this effective and complementary alternative to pharmacological intravenous thrombolysis within an established protocol. Discussion: Ischemic stroke accounts for about 80% of strokes and responds to a constellation of diseases for which etiopathogenic diagnosis and prevention becomes more difficult than in other vascular pathologies. There are three landmarks that marked the history of diagnosis and therapeutic management with a positive impact on morbidity and mortality of stroke: 1) creating Stroke units; 2) use of i/v thrombolytics; and 3) recently, mechanical thrombectomy. In the last year there was a change in the paradigm of stroke treatment by the submition of 5 new studies (MR CLEAN, ESCAPE, EXTEND- IA, SWIFT PRIME REVASCAT) that showed clear efficacy of endovascular treatment of patients with ischemic stroke less than 6 hours of evolution, with occlusion of large blood vessels in the anterior circulation. Conclusion: The latest breakthroughs in the treatment of ischemic stroke changed the way with this entity, including the 3 treatments with level of evidence 1A (stroke units, i/v thrombolytics, and mechanical thrombectomy). Thus, patients with 1 2 Servicio de Neurocirugía, Hospital Maciel, ASSE, Uruguay. Centro de Neurocirugía Endovascular, MUCAM, Montevideo, Uruguay. Received Jun 3, 2016. Corrected Jun 21, 2016. Accepted Jul 14, 2016 Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 117 Original ischemic stroke should be treated by a multidisciplinary team, counting with all necessary and proven tools to give the patient the best chance of a correct diagnosis, effective treatment and early rehabilitation. Key words: Ischemic cerebrovascular accident; Thrombolytics; Endovascular; Prognosis Introduccion El accidente cerebro vascular (ACV) es la primer causa de morbilidad en el mundo, y puede ser dividida en ACV isquémico o hemorrágico. Aproximadamente el 85% de los ACV son de causa isquémica, siendo definido como la isquemia de las células nerviosas por no recibir oxigeno, a causa de la hipoperfusión cerebral, determinada por la disminución u obstrucción del flujo sanguíneo cerebral10. Los factores de riesgo conocidos para esta patología son: hipertensión arterial, arritmias cardiacas u otras enfermedades del corazón, diabetes mellitus, dislipemia, obesidad, sedentarismo, tabaquismo y consumo excesivo de alcohol, entre otros. Aproximadamente el 30% de los pacientes que sufren un ACV tienen los factores de riesgo controlados2. La historia del accidente cerebrovascular se extiende por muchos siglos, siendo Hipócrates (460-370 aC) el primero en definir al derrame cerebral como “apoplejía” hace más de 2400 años. Dicha palabra griega que significa “golpeado por la violencia” apareció en los primeros escritos de Hipócrates (Garrison 1969). Galeno (201 dC) describe por primera vez un ataque de apoplejía como perdida brusca y completa del movimiento y la sensación, con alteración de conciencia. J Cohnheim (1839 a 1884) discípulo de Virchow, introduce el termino “infarto cerebral” (1872), definiendo dos tipos de lesiones utilizadas durante 100 años: “necrosis isquémica”, e “infarto hemorrágico”. En 1905 Chiari, y luego Hunt, Moniz, y Hultquist describen una posible asociación entre la enfermedad de la arteria carótida y el accidente cerebrovascular. El interés por esta patología aumento gradualmente durante la década de 1940 y 1950. En 1954 se realizo la primer conferencia en EEUU patrocinado por la American Heart Asociación, y en 1962 (Bennett, 1967) se compone el Consejo sobre la Enfermedad Cerebrovascular. En 1989 la Sociedad Internacional de Stroke fue establecida, y en 1991 se publico el primer volumen de las revistas de enfermedades cerebrovasculares. En la década de 1970 (Kennedy 1970; Drake, 1973) se introduce el concepto de stroke como una emergencia medica, lo que llevo a la creación de las primeras unidades de ACV10. Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. El Accidente Cerebrovascular (ACV) es la patología más costosa que existe, consumiendo del 2 al 4% de los recursos de la salud a nivel mundial8. Según los datos de la Organización mundial de la Salud (OMS) es la segunda causa de muerte y la primer causa de discapacidad24. A pesar del surgimiento de los centros de ACV a nivel mundial, se prevé un aumento del numero de ACV en el futuro (2005 al 2030 de 16 a 23 millones con una mortalidad que pasara de 5,7 a 7,8 millones anuales)30. Debido a que la prevención del ACV es mucho menos eficaz que en el infarto agudo de miocardio (IAM), en algunas regiones del mundo ya hoy los ACV causan más muertes que los IAM30. Existen alrededor de 16 millones de nuevos casos anualmente con 5,7 millones de muertos, dentro de los cuales la incidencia de los ACV isquémicos es alrededor de 345 casos cada 100.000 habitantes por año. En los Estados Unidos hay 150000 mil muertos cada año por un ACV, y cada 45 segundos una persona sufre un ictus encefálico. En China aproximadamente 1,5 millones de personas mueren por año a causa de un stroke. Si tomamos la epidemiología basado en la etiopatogenia, se evidencia que la mayor proporción de pacientes con ACV caen dentro de causas indeterminadas. En Uruguay, al igual que los países que consumaron la transición demográfica y la transición epidemiológica, las afecciones cardiovasculares ocupan el primer lugar dentro de las enfermedades crónicas con el mayor número de mortalidad anual (27% de las defunciones). Por el momento estas patologías presentan mayor mortalidad que: cáncer, enfermedades respiratorias, accidentes, y otras causas. Desde hace varios años la mayor causa de mortalidad cardiovascular corresponde al grupo de enfermedades cerebrovasculares; en el año 2012, murieron 2.542 uruguayos por ACV, o sea 7 personas por día. Según el Instituto Nacional de Estadística (INE), en el 2007 se registraron 3320 muertos por ACV. En este momento se carece de un sistema centralizado que nos indique la incidencia y prevalencia del ACV en Uruguay. El diagnostico etipopatogenico en Uruguay es escaso, dado que un gran porcentaje de los ACV en agudo siguen siendo estudiado solo con Tomografía, y muchas veces de manera tardía por falta de conocimiento de dicha patología; o a pesar de conocerla por falta de la estructura instrumental necesaria. J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 118 Original Uruguay abarca una extensión territorial de 176.000 Km2, siendo el segundo país más pequeño de America del Sur. Tiene una población de 3.286.314 habitantes, con varias características que lo hacen un país particular al momento de realizar estudios sobre el diagnostico y tratamiento del ACV: a.el 94,66% de la población vive en zonas urbanas, b.aproximadamente el 55% de sus habitantes lo hace dentro del área Metropolitana, c.el área metropolitana se centra en la capital del país, Montevideo, siendo este el departamento más pequeño del país con una superficie de tan solo 530 Km2, con una población de 1.319.108 habitantes, d.tiene la mayor tasa de cobertura médica de America Latina con el 97%, e. posee una de las mayores tasas de unidades móviles por habitante, lo que se incrementa en el área metropolitana; con unidades especializadas a cargo de Médicos, f.tiene una baja tasa de natalidad, una alta tasa de expectativa de vida, y una población que se reconoce como la mas envejecida del continente Americano, y, g.se distingue del resto del continente por su alta tasa de alfabetización (97,3%), y una gran clase media urbana. Estas características tan peculiares lo hacen ideal para implementar un sistema adecuado de atención a los ACV. de las guías canadienses del manejo del stroke hiperagudo6. También fue tenida en cuenta la actualización 201528 de las guías American Heart Association/American Stroke Association (AHA/ASA) de 201320 para el tratamiento endovascular del paciente con stroke isquémico agudo. Se realizó una lectura y análisis de los 5 primeros ensayos clínicos positivos para tratamiento endovascular del stroke isquémico (MR CLEAN3, ESCAPE13, EXTEND-IA5, SWIFT PRIME29, REVASCAT21). Dado el gran avance tecnológico en nuestro medio con equipamiento con tecnología de última generación tanto en la esfera radiológica (uno de los neuro-angiográfos más modernos del mundo como el AlluraClarity 2015 de Philips), así como en los dispositivos a utilizar; se comenzó a tratar pacientes con ACV isquémico. Es así, que luego de los 2 primeros casos realizados en el Uruguay, estando incluido el primer paciente con stroke isquémico tratado mediante trombectomía mecánica con solitaire stent retriever (Covidien) en nuestro país, que creemos marcará un antes y un después en la historia de esta patología, permitiendo estar a nivel del primer mundo en cuanto a diagnostico y técnicas de tratamiento, es que se comenzó a elaborar un proyecto de trabajo mas extenso, dando motivación para la realización de este trabajo. Se realizó un proyecto conformado por un equipo multidisciplinario para discutir las técnicas diagnósticas y terapéuticas a aplicar en cada caso en particular al ACV isquémico mediante un protocolo estandarizado. Debido a los grandes avances que hemos asistido en los últimos tiempos, se ha desarrollado un proyecto multidisciplinario de diagnostico y tratamiento del ACV en forma protocolizada, que permite instrumentar todas las técnicas recomendadas para esta patología con el mayor nivel de evidencia científica. La población de estudio incluido abarca a todos los potenciales usuarios de Medica Uruguaya (se realiza en este centro ya que cuenta con el equipamiento completo y personal entrenado), con edades de entre 18 y 80 años que consultan con ACV isquémico agudo de hasta 8 horas, así como pacientes de otras instituciones que cumplen con los criterios mencionados, pudiendo ser trasladados para el tratamiento. Materiales y Metodos De manera de objetivar el estado clínico en el inicio y durante el seguimiento de los pacientes se utilizaron la escala de National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) (Tabla 1) y la escala de Rankin Modificada (mRS) (Tabla 2). Se hizo una extensa revisión bibliográfica enfocada en el stroke; en Pubmed, incluyendo revistas de gran impacto como Interventional Neuroradiology, the New England Journal of Medicine, Stroke y otras. A su vez, se revisaron protocolos y guías de recomendación utilizados en diferentes centros de referencia mundial como por ejemplo la actualización 2015 Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. En el siguiente protocolo se utilizan todas las técnicas J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 119 Original Protocolo ACV Prototipo para Procedimentos Diagnósticos rTPA y Procedimiento Endovascula PASO 1: Llamada de Unidad de Emergencia Móvil (UEM) El coordinador de la Unidad de Emergencia Móvil llamará al Departamento de Emergencia cuando deba trasladar un posible ACV. La llamada será recepcionada por ventanilla de admisión quienes convocarán al médico responsable del protocolo en cada guardia para solicitar los siguientes datos: edad, hora de inicio de los síntomas, NIHSS primario y tiempo estimado de llegada. Se registrará la hora de llamada. PASO 2: Llamada Primarias Una vez recibida la llamada de la UEM, el médico a cargo convocara al Imagenólogo, Neurólogo de Guardia y Neurointervencionista. Estas llamadas deberá realizarlas personalmente el Médico de guardia a cargo del paciente, Y DEBE REGISTRARSE LA HORA DE LAS MISMAS. PASO 3: Llegada del Paciente al Departamento de Emergencia Se realizará una valoración inicial, con estado general del paciente, tiempo de evolución del cuadro con HORA PRECISA de instalación de los síntomas, escala de NIHSS, glicemia capilar, y exámenes (rutinas, tiempo de coagulación) diagnósticas y terapéuticas disponibles actualmente, con el mayor nivel de evidencia científica. Cada paciente es correctamente informado sobre el protocolo, el cual debe firmar un consentimiento informado aceptando participar del plan piloto, pudiendo retirarse en cualquier momento. Todos los pacientes son evaluados por un equipo multidisciplinario (neurólogo, intensivista, imagenólogo, neuro-intervencionista endovascular, y neurocirujano) determinando de esta forma y según el protocolo la conducta a seguir con cada caso en particular. Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. Se brindará una explicación breve de los pasos a seguir al paciente o responsable del mismo que pueda firmar un consentimiento informado de los procedimientos planteados. REGISTRO DE NIHSS Y CONTROL DE PRESIÓN ARTERIAL CADA 15 MINUTOS. PASO 4: Una vez definido el planteo de probable ACV, se realizará TRASLADO al TOMÓGRAFO, para realizar TOMOGRAFÍA con ANGIOTOMOGRAFÍA DE J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 120 Original CRANEO. Una vez obtenida la imagen, descartada la HEMORRAGIA y OTROS DIAGNÓSTICOS de exclusión, con TOMOGRAFÍA NORMAL o con ISQUEMIA YA CONFIGURADA, se valorara the Alberta Stroke Early CT Score (ASPECTS) (Tabla 3), identificando pacientes con pequeño o moderado infarto cerebral a aquellos que presentan un ASPECTS igual o mayor a 6; y, junto con el TIEMPO DE EVOLUCION DEL EVENTO se definirá la conducta a seguir: 1. ACV isquémico: HORA DE INICIO CONOCIDA Y MENOR A 3 HORAS. a. Si AngioTC sin oclusión proximal del sector anterior: Valorar criterios de inclusión-exclusión para realizar factor activador del plasminógeno recombinante (rTPA) intravenoso (i/v), y en el caso de que este indicado realizar rTPA i/v. En caso de tener criterios de exclusión para realizar rTPA i/v y presentar NIHSS mayor a 6 se trasladará al angiógrafo para arteriografía y según resultado se evaluara tratamiento endovascular, así como continuar con el mantenimiento de rTPA. b. Si AngioTAC con oclusión proximal del sector anterior, trasladar al angiógrafo, para valorar tratamiento endovascular, el cual se discutirá con Neurointervencionista a cargo. Realizar rTPA i/v si cumple con los criterios para la misma, iniciando lo antes posible con bolo y mantenimiento desde el tomógrafo y durante traslado a angiografo. 2. ACV isquémico: HORA DE INICIO CONOCIDA ENTRE 3 Y 4.5 HORAS a. Si AngioTAC sin oclusión proximal del sector anterior: y ASPECTS menor a 6, NO CORRESPONDE realizar rTPA i/v (gran extensión del ACV). En caso de presentar NIHSS mayor a 6 se trasladará al angiógrafo para evaluar tratamiento endovascular. Si ASPECTS mayor a 6 (extensión menor del ACV), valorar otros criterios de inclusiónexclusión para realizar rTPA i/v. Realizar rTPA i/v si corresponde, lo antes posible, y trasladar al angiógrafo, para valorar tratamiento endovascular. Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. b. Si AngioTAC con oclusión proximal del sector anterior: si ASPECTS menor a 6, NO CORRESPONDE realizar rTPA. Independiente del valor de APECTS, si presenta un NIHSS mayor a 6 se debe trasladar al angiógrafo, para evaluar tratamento endovascular, el cual se discutirá con Neurointervencionista a cargo. 3. ACV isquémico: HORA DE INICIO CONOCIDA ENTRE 4.5 Y 6 HORAS. Sin criterio para Rtpa i/v por el tiempo de evolución. Se valorara: a. Si ASPECTS menor a 6, realizar tratamiento médico con ingreso al sector que corresponda según estado clínico del paciente según pautas de ACV del servicio. b. Si ASPECTS igual o mayor a 6, y NIHSS mayor a 6, se trasladará al Angiografo para evaluar tratamento endovascular. 4. ACV isquémico: HORA DE INICIO CONOCIDA ENTRE 6 Y 8 HORAS. Sin criterio para Rtpa i/v por el tiempo de evolución. Se valorara: a. Si ASPECTS menor a 6, y pobre colateralidad, realizar tratamiento médico con ingreso al sector que corresponda según estado clínico del paciente según pautas de ACV del servicio. b. Si ASPECTS igual o mayor a 6, con NIHSS mayor o igual a 6, buena colateralidad y core pequeño, traslado al Angiógrafo para valorar tratamento endovascular. 5. ACV isquémico: HORA DE INICIO CONOCIDA MAYOR A 8 HORAS. Naquel paciente en que se conozca la hora del inicio del evento y esta sea mayor a 8 horas, se solicitará tomografía de craneo en el tomógrafo sin entrar en el protocolo de Stroke, cumpliendo con las pautas para ACV del servicio. J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 121 Original 6. ACV isquémico: HORA DE INICIO INCIERTA Se considera de inicio incierto aquel evento en el que no se sabe la hora de inicio, pero se descubre al despertar en la mañana, o con afasia (y sin acompañante que sepa tiempo de evolución). En aquel paciente en que se desconozca hora de inicio del evento, se transladará al resonador, para realizar una resonancia magnetica de craneo (flair y difusión, perfusión y angioresonancia). Con difusión positiva y Flair negativo se asocia a ACV menor o igual a 5 hs de evolución, se realiza mismatch por perfusión. En caso de mismatch positivo valorado por Neurointervencionista e imagenólogo, con oclusión proximal y NIHSS mayor a 8, se trasladará al Angiógrafo para tratamento endovascular. En caso de no poder realizar perfusión, se sigue el mismo criterio que en punto 3) 4,5 a 6 hs, valorando escala de ASPECTS y NIHSS. En los restantes casos se realizará tratamiento médico con ingreso al sector correspondiente según el estado clínico del paciente. Luego de rTPA sistémico o tratamiento endovascular: El paciente será trasladado a cuidado intermedio o CTI. Se realizará un control evolutivo de: de PA y NIHHS, haciendo las observaciones pertinentes en cada paciente. Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. Resultados En un periodo de 4 meses (Agosto-Noviembre del 2015), desde el inicio del tratamiento endovascular del stroke isquemico agudo en el Uruguay, se comenzo la inclusión de los pacientes mencionados anteriormente. En este periodo se registraron 30 casos de ACV isquémico en la Medica Uruguaya pasibles de inclusión en el protocolo, y de dichos casos, 9 fueron los candidatos al tratamiento endovascular. Esto fue decidido por un equipo multidisciplinario, discutiendo cada caso en particular, ajustados al protocolo descrito anteriormente para la inclusión de los pacientes. De los 9 pacientes, a 5 se les realizo trombectomía mecánica, y a 4 trombolisis quimica intrarterial. Solo 2 fallecieron (causas neurologicas), y el resto tuvo una muy buena evolucion con mRS menor a 2. A continuación se ilustraran dos casos de ejemplo, uno con cada tecnica utilizada. Caso Clínico 1 63 años, como antecedentes personales a destacar: insuficiencia cardíaca, fracción de eyección ventricular (FEVI) de 25%, asmática. Estando internada en la mutualista por su patología cardíaca, el 2/6/15 hora 7:30 de la mañana instala de forma brusca: afasia global, negligencia espacial, hemiplejia derecha, y tendencia al sueño, NIHSS de 23, presenciada por medico de sala. Se realiza una tomografía computada (TC) a los 45 minutos luego de iniciado los síntomas, que no muestra áreas de isquemia, ASPECTS 10 (Figura 1). No tenía criterio de inclusión para rTPA i/v por su patología cardíaca (anticoagulada).Con el hallazgo tomográfico se decide solicitar arteriografía diagnostica y eventualmente terapéutica de emergencia. Se realiza arteriografía a las dos horas del inicio de los síntomas (Figura 2), que evidencio trombo proximal a nivel de la arteria cerebral media (ACM) izquierda. J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 122 Original angiográficos (Figura 4), con perfusión angiográfica (Figura 5), obteniéndose una clara reperfusión imagenológica cerebral, con TICI (thrombolysis in Cerebral Infarction) 2B (Tabla 4). Figura 1. No se evidencia áreas de isquemia, ASPECTS 10 Figura 3. Trombo dentro del stent. Figura 2. Se observa en la inyección por carótida interna izquierda: a. proyección de frente; b. proyección oblicua anterior derecha, amputación de la ACM proximal izquierda a nivel de M1 (flecha negra). Con el hallazgo angiográfico de oclusión proximal vascular del sector anterior del polígono de Willis, con menos de 2 horas de evolución desde el inicio de los síntomas, el equipo tratante (neurólogo, radiólogo, neurocirujano endovascular, neurocirujano, emergencista, e intensivista) decide realizar una trombectomía mecánica con solitaire stent retriever. Se realiza dicho procedimiento sin complicaciones, obteniendo la extracción de 2 trombos (Figura 3). Se completa el tratamiento con trombolítico intra-arterial, y luego se realizan los controles Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. Figura 4. Control angiográfico post-trombectomía en las diferentes proyecciones: a. Oblicua anterior derecha, b. frente, que demuestran reperfusión del árbol vascular silviano (flecha), correspondiente a un TICI 2B. J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 123 Original Figura 5. a. Estudio de flujo-perfusión angiográfica pre trombectomía; b. perfil y frente; c. Post-trombecotmia; d. perfil y frente, con clara mejoría en la reperfusión imagenológica. Paciente ingresa a centro de terapia intensiva (CTI), se extuba a las 24 horas, NIHSS de 9 a los 3 días, mejoría de su déficit focal neurológico, sin negligencia espacial, hemiparesia derecha leve que vence gravedad y opone resistencia, afasia leve (comprende y se expresa con palabras). Se realiza TC de control (Figura 6), y pasa a sala a los 4 días con posterior rehabilitación, se otorga alta a los 15 días con mRS de 2. Control a los 3 meses mRS 1. Figura 6. Consolidación de áreas de isquemia en el territorio superficial y profundo de ACM izquierda, y de la arteria cerebral posterior izquierda. Caso Clínico 2 43 años, antecedentes familiares con patología arterial del joven. El 10/7/15, Hora 8:05 AM, en domicilio caída de silla, se constata: negligencia espacial izquierda, hemiplejia izquierda, desviación conjugada de la mirada a derecha, tendencia al sueño, bien orientada, cumple órdenes, 14 puntos en la escala de coma de Glasgow (GCS), NIHSS de 14. Se realiza una tomografía computada (TC) a las 2 horas luego de iniciado los síntomas, que evidencia la arteria cerebral media derecha hiperdensa, como signo precoz de isquemia: ¨signo de la cuerda¨, sin áreas configuradas, ASPECTS 10 (Figura 7). Tenía criterio de inclusión para el tratamiento con rTPA iv, por lo que se hizo un bolo, mientras se traslado al angiografo. Se realizo arteriografía a las 3 horas de iniciado los síntomas (Figura 8), que evidencio una disección a nivel de carótida interna derecha suprabulbar, con la típica imagen en ¨pico de flauta¨. Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 124 Original Con el hallazgo angiográfico de disección carotidea, con hipoperfusión del hemisferio derecho, con 3 horas de evolución desde el inicio de los síntomas, el equipo tratante (neurólogo, radiólogo, neurocirujano endovascular, neurocirujano, emergencista, e intensivista) decide realizar trombolisis química (tirofiban intra-arterial) desde la arteria carótida interna izquierda. Se accede al hemisferio derecho por la arteria cerebral anterior izquierda, comunicante anterior, y arteria cerebral anterior derecha, atravesando el trombo a nivel de arteria cerebral media derecha (Figura 9). Se realiza dicho procedimiento sin complicaciones. Luego se realizan los controles angiográficos (Figura 10), obteniéndose una reperfusión imagenológica cerebral, con TICI 2A. Figura 7. ¨Signo de la cuerda¨ (Flecha negra) en ACM derecha. Figura 9. Se atraviesa trombo desde carótida interna izquierda (flecha negra). Figura 8. Se observa en la inyección por carótida común derecha, proyección de perfil: a. amputación de la arteria carótida interna derecha, imagen en pico de flauta con afinamiento progresivo de la misma (flecha blanca); b. estasis de contraste en la falsa luz, típica imagen de disección (flecha negra). Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 125 Original Figura 10. Control angiográfico post-tratamiento inyección carótida interna izquierda, proyección de frente, que demuestran reperfusión del hemisferio derecho por colaterales (flecha negra). Paciente ingresa a cuidado intermedio, no requirió IOT, lucida, GCS 15, NIHSS de 6 a los 5 días, mejoría de su déficit focal neurológico, sin negligencia espacial, no desviación conjugada de la mirada, hemiparesia izquierda leve. Se realiza TC de control (Figura 11), y pasa a sala a los 3 días con posterior rehabilitación. Se otorga alta a los 10 días con mRS de 1. Control a los 3 meses mRS de 0. Figura 11. Consolidación de áreas de isquemia en el territorio superficial y profundo de ACM derecha. Discusion Los accidentes cerebro-vasculares constituyen una verdadera “PLAGA” en términos de salud publica, a pesar de los extraordinarios avances que se produjeron en neurología vascular durante los últimos 40 años9. “El tiempo es cerebro”: se estima que por cada minuto de retraso en el tratamiento de un accidente cerebrovascular isquémico, 1,9 millones de células cerebrales mueren, 13,8 mil millones de sinapsis, y 12 kilómetros de fibras axonales se pierden; así como también cada hora sin tratamiento, el cerebro pierde tantas neuronas como lo haría en casi 3 a 6 años de envejecimiento normal6. Es por esto que nos vemos obligados a afrontar este desafío para modificar la morbimortalidad de los pacientes que sufren esta enfermedad devastadora a nivel mundial; sabiendo que nuestro país no escapa a esta regla. A su vez, es la primera causa de discapacidad en Uruguay. Esto Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 126 Original no solo afecta la calidad de vida del paciente, familia y entorno social, sino que determina una gran demanda de recursos humanos y elevados costos en salud. Requiere asistencia desde la etapa aguda y durante períodos prolongados, con la finalidad de facilitar la recuperación neurológica y evitar complicaciones que empeoren el pronóstico vital y funcional17. El ictus isquémico representa aprox. el 80% de los ACV7; y responde a una constelación de patologías por lo cual su diagnóstico etipoatogénico y prevención se tornan mas difíciles que en otras patologías vasculares. Si se toma como referencia la clasificación de TOAST 1 para demostrar la etiopatogenia de esta patología, se encuentra que divide a los ACV isquémicos en 5 subtipos: 1) Aterosclerosis de gran calibre (20%), 2) Cardioembolismo (20%), 3) oclusión de pequeño vaso (25%), 4) Stroke de otras causas (5%), y 5) causa Indeterminada (30%). Debemos destacar que los estudios vasculares intracraneanos al momento de la realización de este trabajo no estaban incluidos en el protocolo diagnóstico lo que podría explicar el alto porcentaje de causas criptogenéticas. Históricamente el manejo del ACV isquémico a transitado por tres hitos relevantes que marcaron el encare diagnósticoterapéutico.1) la creación de las unidades de Stroke; 2) el uso de trombolíticos i/v; y más recientemente 3) la trombectomía mecánica. En las últimas décadas del siglo 20, se logró el desarrollo de unidades de ACV2. El primer paso fue considerar el ACV como emergencia médica, dado que los tratamientos aplicables con eficacia, tienen una estrecha ventana terapéutica. De esta manera fue necesario establecer una forma de organización adecuada en el sistema sanitario para los pacientes con ictus agudo. A principios de 1950 se desarrolló el primer estudio sobre la organización de atención al paciente con ACV agudo. En 1970 y en 1973, se establecen las primeras unidades de stroke como unidades de cuidados intensivos para el tratamiento de esta patología en agudo. Inicialmente no hubo mejorías en cuanto a la reducción de la morbi-mortalidad, pero ya a partir del 2002, se evidencio un claro beneficio en términos de una reducción de la mortalidad e institucionalización a largo plazo, así como mejores resultados funcionales de los pacientes que ingresaban a un centro con unidad de ACV2. Es así, que se comenzó a tratar los ACV en dichas unidades, compuestas por camas con monitorización continua, y un equipo multidisciplinario (enfermeras, fisioterapeutas, asistente Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. social, psicólogo, fonoaudiólogo, neurólogo, imagenólogo, neurointervencionista, y neurocirujano) entrenados de forma adecuada para realizar un tratamiento rápido, y eficaz, con rehabilitación precoz12. Actualmente existen tres posibles categorías de atención al ACV: 1) la unidad de stroke admitiendo solamente casos agudos con un periodo corto de hospitalización y luego transferencia; 2) la unidad de ACV combinando asistencia durante la fase aguda de la rehabilitación, y posterior prevención secundaria; y 3) la unidad de ictus puramente para rehabilitación, donde se reciben los pacientes clínicamente estabilizados con secuelas de accidente cerebrovascular2. En el año 1995 se publicó el primer estudio con impacto positivo, siendo estadísticamente significativo en cuanto al uso de rTPA i/v en el ACV isquémico: NINDS – 231. El mismo demostró en un n=333, que los pacientes tratados con rTPA iv en comparación con placebo en menos de 3 horas desde el inicio de los síntomas, tuvieron al menos 30% mejor evolución en cuanto a discapacidad a 3 meses, con un porcentaje de hemorragia: 6,4% rTPA vs. solo 0,6 en control (p<0,001); y una mortalidad a 3 meses 17% vs. 21% (p=0,30). Las conclusiones fueron estadísticamente significativas con un claro beneficio del tratamiento con rTPA i/v, con un número necesario de tratar (NNT) de 8 para obtener resultados favorables. En el 2008 se publicó el segundo trabajo estadísticamente significativo de manera positiva para el tratamiento con rTPA i/v: el ECASS III15. El mayor aporte de este trabajo es el aumento de la ventana terapéutica de menos de 3 horas, ampliando la utilización del rTPA i/v hasta dentro de las primeras 4,5 horas de iniciados los síntomas. No hubo diferencias en cuanto a la mortalidad, pero si en cuanto a la morbilidad, con un NNT 14 para “resultados Favorables”. Es así, que a partir de estos dos trabajos, se comienza a implementar esta técnica, siendo nivel de evidencia clase 1A en las guías de la American Heart Association/American Stroke Association (AHA/ASA) del 201320. A pesar de ser un tratamiento altamente eficaz en los pacientes adecuadamente seleccionados, se continuo en la búsqueda de nuevas técnicas terapéuticas, dado que el porcentaje de pacientes pasibles de tratar con rTPA i/v es de aproximadamente el 10%20, teniendo pobre eficacia en la recanalización de vasos del sector proximal (menos del 15% de recanalización en segmentos M1, menos del 10% de recanalización a nivel J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 127 Original termino carotídeo, y menos del 0,5% de recanalización en carótida cervical). Es así, que en la búsqueda de mejorar el tratamiento de esta patología cuya prevalencia y morbimortalidad es elevada como mencionamos anteriormente, surgen 5 trabajos ensayo clínico controlados, con nivel de evidencia clase 1A, en el ultimo año: MR CLEAN3, ESCAPE13, EXTEND-IA5, SWIFT PRIME29, y REVASCAT21, que cambiaron los paradigmas en cuanto al tratamiento del stroke isquémico. Estos trabajos demostraron clara eficacia del tratamiento endovascular en pacientes con ACV isquémico de menos de 6 horas de evolución, con oclusión de grandes vasos del sector anterior arterial. El MR CLEAN3, fue el primero en publicarse en Enero del 2015. Incluyó un n=500 (233 intervención, y 267 grupo control), edad mayor a 18 años, NIHSS mayor a 2, con menos de 6 horas de evolución desde el inicio de los síntomas al tratamiento, confirmando oclusión vascular proximal por angio-TC, con un ASPECTS de 7-10. Se realizó rTPA i/v al 90% de los pacientes incluidos (87% intervención, vs. 91% control), con la desventaja de una espera entre el inicio de trombolíticos i/v y la terapia endovascular, por lo que no se observaron cambios significativos en cuanto a la mortalidad pero si en la morbilidad con un mRS de 0-2: 33% con tratamiento endovascular vs. 19% grupo control. Presentó una tasa de reperfusión (TICI) relativamente baja 59% (2b-3), que también fue explicada por la demora del comienzo de la terapia endovascular. ESCAPE13 incluyo un total de 315 pacientes (165 intervención, vs. 150 control), con un NIHSS mayor a 12, ASPECTS mayor a 5, una ventana terapéutica de 12 horas, con diagnóstico de oclusión proximal mediante angio-TC y perfusión para valoración de circulación. Se hizo rTPA i/v en el 76% de los pacientes incluidos (72,7% intervención, vs. 78,6% grupo control). Este trabajo fue detenido precozmente por el claro beneficio y eficacia del tratamiento endovascular vs. el grupo control. Se observó una tasa de reperfusión TICI (2b3) del 72%, con una evolución favorable mRS de 0-2 del 53% con intervención vs. 29% grupo control (NNT=4); y una disminución de la mortalidad del 10% vs. 19% en grupo control. EXTEND-IA , fue el estudio más pequeño con un n= 70 (35 intervención, vs. 35 control), el criterio de selección fue con imagen-perfusión, sin límite en la edad, ni limite en el NIHSS, con un tiempo de tratamiento menor a 4,5 horas, con 5 Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. diagnóstico de oclusión proximal. Se realizó rTPA i/v en el 100% de los pacientes, con taza de reperfusión TICI (2b-3) del 86%, con claros resultados favorables mRS de 0-2 del 71% con intervención vs. 40% grupo control, y una disminución de la mortalidad del 9% vs. 20% en grupo control. En el SWIFT PRIME29, se reclutaron 196 casos (98 vs. 98), de edad entre 18 y 80 años, con un NIHSS entre 8 y 29, ASPECTS mayor a 6. El 98% recibió rTPA i/v antes de las 4,5 hs. Se diagnosticó oclusión de gran vaso por angio-TC o angio-MR. Se observó una tasa de reperfusión TICI (2b-3) del 88%, con una evolución favorable mRS de 0-2 del 60% con intervención vs. 36% grupo control, sin cambios significativos en la mortalidad. El REVASCAT21 fue el último trabajo publicado, valorando la eficacia de la trombectomia mecánica dentro de las 8 horas luego de iniciado los síntomas. Se incluyeron 206 pacientes (103 vs103), edad entre 18 y 80 años, NIHSS mayor de 6, con diagnóstico de oclusión proximal mediante angio-TC, ASPECTS mayor a 7. El 73% recibió rTPA i/v, la taza de reperfusión TICI (2b-3) fue de 66%, con claros resultados favorables mRS de 0-2 del 44% con intervención vs. 28% grupo control, sin cambios significativos en la mortalidad. Luego de analizar toda la bibliografía expuesta, es importante destacar, que cuando uno mira cada tratamiento por separado, la trombectomía mecánica tiene mayor costo que el rTPA i/v. Sin embargo en un trabajo que analiza el costo-utilidad de dicho procedimiento, se evidencia que los años de vida potenciales beneficiosos ajustados por calidad, son mayores utilizando trombectomía mecánica, haciendo que esta intervención sea rentable14. Este es un factor importante para su consideración en la decisión del manejo terapéutico del ACV, ya que la carga económica del accidente cerebrovascular se estima en 9 mil millones por año en el Reino Unido ($ 38 mil millones en los Estados Unidos). Es así, que las decisiones para implementar nuevas tecnologías en el sistema de salud, cada vez mas, se están haciendo teniendo en cuenta consideraciones económicas, tales como la rentabilidad y el impacto presupuestario (costobeneficio del tratamiento)11. Se estima que es necesario uno centro de ACV cada 1.000.000 de personas aproximadamente14; y el mismo debe contar con unidad de stroke (acceden el 100% de los pacientes), rTPA i/v (aproximadamente el 10% de los pacientes diagnosticados), y angiógrafo con las posibilidades técnicas para tratamiento J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 128 Original endovascular (aproximadamente del 20 al 30% de los pacientes)14. En los pacientes en que el tratamiento medico con rTPA i/v así como el neuro-intervencionismo endovascular ha fallado, o en aquellos que no se pudo realizar dicho tratamiento porque no tenían los criterios de inclusión, y presentan una peoría clínicaimagenologica, debe considerarse el tratamiento quirúrgico (hemicraniectomía decompresiva) como ultima escala terapéutica. Habitualmente dicho tratamiento quedo relegado para aquellos pacientes con ACV maligno que no respondieron al tratamiento mencionado anteriormente (nivel de evidencia clase 1B)20. El termino ACV maligno fue utilizado por primera vez por Hacke, en 199616. Se define ACV maligno, a todo infarto isquémico que presente los criterios clínicos, evolutivos e imagenologicos, utilizados en los 3 trabajos randomizados realizados hasta el momento actual en Europa: DESTINY21, DECIMAL18 y HAMLET32. Los criterios clínicos incluyen la instalación brusca de síntomas en el territorio de la ACM, así como sintomatología neurológica vinculada a otros territorios vasculares cerebrales. El criterio evolutivo implica un descenso en el nivel de conciencia progresivo desde el inicio de los síntomas, pudiendo observarse hasta el quinto día, con mayor frecuencia en los primeros tres, con un NIHSS mayor de 16. Los criterios imagenológicos consisten en la aparición de signos que sugieran una isquemia de por lo menos el 50% del territorio de la ACM, ASPECT menor de 7, o un volumen del ACV mayor a 145 cc en la difusión18. En Uruguay aproximadamente el 5% de los ACV tienen un comportamiento maligno4. Es discutido la monitorización de la presión intracraneana (PIC) en los ACV isquémicos. En el preoperatorio, no se evidencio eficacia con el monitoreo, ya que varias publicaciones demostraron la franca peoría clínica-imagenologica sin aumentos de la PIC27. Por lo tanto la monitorización de la PIC se reserva para el postoperatorio, permitiendo pesquisar complicaciones luego de la cirugía, así como guiar el tratamiento medico en aquellos pacientes con hipertensión endocraneana posterior a la craniectomía decompresiva26. En cuanto a la indicación de cirugía (hemicraniectomía decompresiva), dado la elevada morbi-mortalidad que Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. presentan estos pacientes, es un punto controversial la indicación de la misma, con el objetivo no solo de mejorar la mortalidad, sino de “salvar la función cerebral”, mejorando la calidad de vida. Los únicos 3 ensayos clínicos controlados realizados hasta el momento actual mencionados anteriormente (DESTINY18, DECIMAL21 y HAMLET32), han demostrado de manera estadísticamente significativa los beneficios de la craniectomía decompresiva en el tratamiento del ACV maligno, en pacientes menores de 60 años. Analizando dichos trabajos se demostró una reducción significativa en la mortalidad de 70% (tratamiento conservador), vs. 20% (craniectomía decompresiva)18. También se tuvo un impacto positivo en el pronostico funcional, medido por el mRS, comprobando un aumento del 30% en los pacientes operados con mRS 4 (no autovalido), y un 10% de los pacientes con mRS 2 y 3 (autovalidos), sin modificación significativa en el porcentaje de pacientes con mRS 5 (dependencia total)18. A su vez, a diferencia de lo que se pensaba antiguamente, la evidencia demuestra el claro beneficio del tratamiento quirúrgico independientemente del hemisferio cerebral involucrado32. Es importante realizar un tratamiento precoz, ya que la cirugía es más beneficiosa para estos pacientes (aproximadamente menos de 48hs). Aquellos pacientes que hayan recibido fibrinolíticos intravenosos o intra-arteriales, no tienen contraindicada la cirugía, ya que se demostró que no aumenta el riesgo de complicaciones hemorrágicas intra o post craniectomía decompresiva, aun cuando esta se realiza en la primeras 24 hs luego de administrados los fármacos25. En el caso de los pacientes entre 61 y 70 años, los estudios demuestran que debería tenerse en cuenta el tratamiento quirúrgico analizando cada caso en particular19. En cuanto a la táctica quirúrgica, lo descrito es una hemicraniectomia decompresiva, con resección ósea de entre 12 y 14 cm de diámetro antero-posterior, y una amplia resección de hueso temporal hasta llegar a la base, teniendo como objetivo disminuir la presión en el interior del cráneo (compartimiento inextensible). Otra táctica quirúrgica mencionada en la literatura es la resección del parénquima cerebral isquémico, con mejoría en el pronostico funcional, sin cambios significativos en el pronostico vital; aunque algunos autores no están a favor de dicha táctica, dada la posibilidad de lesionar áreas penumbra afectando en forma negativa la evolución funcional de los pacientes23. Hasta el momento no hay trabajos randomizados que demuestren de manera J Bras Neurocirurg 26 (2): 116 - 130, 2015 129 Original significativa la eficacia de un tratamiento quirúrgico con respecto al otro. Independientemente de la táctica quirúrgica utilizada los factores pronósticos protectores en los pacientes operados son: edad menor a 60 años, GCS mayor a 6, ausencia de cambios pupilares, tiempo de evolución de los síntomas, volumen del ACV menor a 200cc en la TC, y mejoría del efecto de masa (desviación de línea media menor a 10mm) luego de la craniectomía decompresiva16. En este trabajo, elaboramos un protocolo para el tratamiento endovascular adaptado a nuestro sistema de salud, concluyendo que la aplicación del mismo en todo el sistema sanitario lograría reducir la morbi-mortalidad de esta patología. Es así que buscamos disminuir los actuales magros resultados en el tratamiento del ACV, que representan un elevado costo social y económico. Debemos recordar que muchos de estos casos se dan en pacientes jóvenes, con varios años de vida por delante y por ende la necesidad de rehabilitación. El número necesario a tratar es de 6 para prevenir un peor outcome y de dos para prevenir mayor discapacidad posterior y/o muerte. La rehabilitación es uno de los pilares más importantes para lograr la reinserción de un paciente con ACV a su vida previa. Debe comenzar lo mas precoz posible, estar guiada por un equipo entrenado en neuro-rehabilitación, realizando fisioterapia dirigida a cada paciente según patología, contando con apoyo psicológico y social para el paciente y la familia con el fin de acompañar el proceso de aceptación de la enfermedad así como para lograr una adaptación a la nueva situación clínica del paciente y su entorno. Se debe informar adecuadamente al paciente para que el mismo sea participe activo de su evolución22. Conclusiones Los últimos grandes avances en el tratamiento del stroke isquémico cambiaron el encare standard de esta entidad, estando en las ultimas guías de mayor relevancia de esta patología a nivel mundial: guías de Canadá 2015, y guías de la AHA 2015, incluidos los 3 tratamientos como evidencia clase 1A (unidad de stroke, rTPA i/v, y trombectomía mecánica). Es así, que los pacientes con ACV isquémico deben ser atendidos por un equipo multidisciplinario: neurólogo, neuro intervencionista endovascular, neurocirujano, intensivista, fisiatra, fisioterapeuta, enfermería entrenada y formada en esta patología, contando con todas las herramientas necesarias y demostradas: unidad de ACV; rTPA i/v, y tratamiento endovascular; para brindarle al paciente la mejor posibilidad de un diagnostico, y tratamiento eficaz, así como una rehabilitación precoz. Jaume A, Crosa R, Negrotto M, Salle F. - Nuevos Horizontes en el Tratamiento del Accidente Cerebro Vascular Isquemico Hiperagudo: proyecto de un protocolo para la selección de pacientes, para el tratamiento endovascular adaptado al sistema de salud en el Uruguay. Referencias 1. Adams HP Jr, Bendixen BH, Kappelle LJ, Biller J, Love BB, Gordon DL, et al. Classification of subtype of acute ischemic stroke. Definitions for use in a multicenter clinical trial. TOAST. 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Key words: Serotonin; Spine; Pain; Depression Introdução As cirurgias de coluna vêm crescendo em número nos últimos anos em todos os países, sendo suas indicações as mais diferentes possíveis. O limiar de dor em um paciente deve ser considerado para se determinar uma insistência em um tratamento clínico para reabilitação, melhora da analgesia e reforço de musculatura paravertebral com o intuito de prorrogar uma indicação cirúrgica ou se determinar uma indicação mais precoce. Vários estudos, tabelas e mecanismos têm sido propostos para se identificar a falência no tratamento clínico e indicação cirúrgica e este trabalho tem o propósito de apontar a dosagem de serotonina como um importante adjuvante para se adiar um procedimento cirúrgico ou mesmo controlar a dor pósoperatória. Fisiologia da Serotonina A serotonina (5-Hidroxitriptana ou 5HT) é produzida em várias partes do corpo humano, como o intestino e cérebro a partir do aminoácido triptofano (Fig. 1) e armazenada nas vesículas 1 2 no axônio, corpos celulares e dendritos13. Esta é transportada em vesículas através do transportador de monoamina vesicular (VMAT). Figura 1. Produção da serotonina Na síntese da serotonina, a primeira etapa é limitante, ou seja, a enzima triptofano hidrolase é quem determina a velocidade da produção de 5HT. A neurotransmissão é desencadeada pelo potencial de ação no neurônio pré-sináptico, que leva à conexão das vesículas com a membrana plasmática. Quando na fenda sináptica, a 5HT pode-se ligar ao auto-receptor de 5HT (atuando diretamente na sua produção) ou ao transportador de 5HT, sendo reconduzida ao citoplasma do neurônio présináptico tendo dois caminhos: ligando-se novamente ao VMAT ou sofrendo degradação pelo sistema de monoamina oxidase (MAO-A) na mitocôndria. A base terapêutica da manutenção da serotonina em níveis elevados, ocorre pelos seguintes mecanismos de ação (Tabela 1): Neurocirurgião do Centro Neurocirúrgico do Crânio e da Coluna e do Hospital Bandeirantes, São Paulo, SP, Brasil Neurologista do Centro Neurocirúrgico do Crânio e da Coluna e do Hospital Bandeirantes, São Paulo, SP, Brasil Received Nov 20, 2015. Corrected May 8, 2016. Accepted May 20, 2016 Aires R, Marinello J, Resende R. - Serotonina Exerce Papel Importante na Dor em Coluna? Uma Proposta de Estudo J Bras Neurocirurg 26 (2): 131 - 133, 2015 132 Review Discussão A serotonina é um neurotransmissor responsável por alterações no sono, transtornos de humor, percepção de dor13. Não foi identificada na literatura a sua relação direta ou indireta com o resultado do tratamento clínico ou cirúrgico de coluna (PubMed), somente com a depressão. Vários estudos demonstram múltiplos fatores como um mau prognóstico em pós-operatório de cirurgia de coluna, tais como condição social, comportamento biológico, condição médica pregressa e psicossocial1,7,10. Formas de Abordagem da Serotonina Abordagem pré-operatória: sugere-se a dosagem da serotonina sérica em pacientes com dor na coluna vertebral, refratária ao tratamento clínico (medicamentoso e reabilitação), com exames de imagem normais ou considerados pelo médico assistente como normais. Quando alterados, iniciar a dosagem máxima de inibidores da recaptação da serotonina ou inibidores da recaptação da serotonina-norepinefrina. Abordagem pós-operatória: sugere-se a dosagem da serotonina sérica em pacientes com dor pós-operatória, refratária ao tratamento clínico (no mesmo formato préoperatório), com exames de imagem mostrando boa fixação, respeito à dinâmica de coluna vertebral, sem acidentes no intra-operatório (que justifiquem a dor pós-operatória). Repetir o tratamento como na conduta pré-operatória. Mantém-se o tratamento por um período mínimo de 1 mês, pois as medicações têm um pico de ação 15 dias após o início do tratamento, tanto no pré, quanto no pós operatório. Repetir a dosagem de serotonina em 3 meses após o início do tratamento. Caso não ocorra melhora da dor, mesmo na vigência de tratamento adequado para o paciente, sugere-se a troca da medicação (de inibidores da recaptação da serotonina para inibidores da recaptação da serotonina-norepinefrina ou vice-versa), associando a anti-inflamatórios hormonais ou não hormonais. Repete-se a dosagem de serotonina a cada 3 meses até o aumento da mesma e consequente melhora da dor. Se necessário, no intercurso do tratamento, associar antiinflamatórios não hormonais ou analgésicos. Aires R, Marinello J, Resende R. - Serotonina Exerce Papel Importante na Dor em Coluna? Uma Proposta de Estudo Muitos autores9,11,16 demonstraram que pacientes com depressão pré ou pós-operatória podem ter um prognóstico pós-operatório ruim. Este fato foi discordado por Ng et al.14 (2009) que não evidenciou correlação entre a depressão e restrição física ou álgica. A relação médico-paciente e a falta de um diagnóstico correto interferem diretamente no grau de satisfação e insatisfação do segundo6. Entretanto, na própria literatura há divergência sobre os critérios de seleção dos pacientes, nas abordagens e interpretações dos dados clínicos relevantes5. Já foi sugerida uma abordagem psicossocial prévia a um procedimento cirúrgico na coluna, mas os resultados foram dúbios, sem uma conclusão2. Sabe-se porém que 19,8% dos canadenses depressivos têm dor na coluna3. Fatores apoiam a serotonina como um importante hormônio neurotransmissor na percepção da dor que está no manejo medicamentoso da dor crônica (neuropática ou não), prevalecendo ainda os antidepressivos tricíclicos, inibidores da recaptação da serotonina e serotoninérgicos na primeira linha de tratamento dos quadros álgicos12. Caso houvesse um marcador mais fidedigno da percepção da dor e depressão, talvez muitas cirurgias consideradas desnecessárias poderiam ser evitadas. Estas cirurgias estudadas por Epstein et al.4 podem chegar a 17,2% e as dores, que eram agudas e poderiam ser tratadas com medicações específicas, tornam-se crônicas em até 80% dos pacientes, reduzindo a qualidade de vida do paciente e aumentando as possibilidades de descompensação de outras comorbidades8,15. J Bras Neurocirurg 26 (2): 131 - 133, 2015 133 Review Conclusão Os autores entendem que a depressão e a baixa de serotonina podem levar o paciente a uma maior susceptibilidade à dor; bem como ao aumento da dor, podendo levar à depressão e baixa da serotonina. A dosagem de serotonina pode ser um adjuvante para se detectar um provável bom ou mau prognóstico em pacientes pré ou pós-operatório de cirurgia de coluna. Um estudo clínico prospectivo com dosagens seriadas de serotonina durante o tratamento clínico e pós-operatório poderia dirimir estas dúvidas. Referências 1. Aalto TJ, Malmivaara A, Kovacs F, Herno A, Alen M, Salmi L et al. Preoperative predictors for postoperative clinical outcome in lumbar spine stenosis: systematic review. Spine (Phila P1976). 2006;31(18): e648-663. 2. Celestin J, Edwards RR, Jamison RN. Pretreatment psychosocial variables as predictors of outcomes following lumbar surgery and spinal cord stimulation: a systematic review and literature synthesis. 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Corresponding Author Rogério Aires Centro Neurocirúrgico do Crânio e da Coluna Rua Castro Alves, 457. Conjuntos 92/93 CEP 01532-001, Aclimação, São Paulo, SP, Brazil [email protected] Não há conflitos de interesses neste artigo. 8. Köhler S, Cierpinsky K, Kronenberg G, Adli M. The serotoninergic system in the neurobiology of depression: relevance for novel antidepressants. J Psychopharmacol. 2016;30(1):13-22. 9. Linton SJ. A review of psychological risk factors in back and neck pain. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(9):1148-1156. 10. Mannion AF, Elfering A. Predictors of surgical outcome and their assessment. Eur Spine J. 2006;15 Suppl 1:S93-108. 11. McKillop AB, Carroll LJ, Battié MC. Depression as a prognostic Aires R, Marinello J, Resende R. - Serotonina Exerce Papel Importante na Dor em Coluna? Uma Proposta de Estudo J Bras Neurocirurg 26 (2): 131 - 133, 2015 134 Review Challenges in the Diagnosis and Treatment of Hiccup in Neurological Patients Desafios no Diagnóstico e Tratamento de Soluço em Pacientes Neurocríticos Nícollas Nunes Rabelo1 Daniel Alves Branco Valli1 Igor de Souza Furtado1 Luciano José Silveira Filho1 Vitor Hugo Honorato Pereira1 George Santos dos Passos1 Marco Aurélio Ferrari Sant’Anna2 Neiffer Nunes Rabelo3 Luiz Antônio Araujo Dias4 Luiz Antônio Araujo Dias Junior5 Koji Tanaka5 Fernando Eduardo Plastina5 Carlos Umberto Pereira6 ABSTRACT Hiccup is a prevalent event in the general population and can be found from milder, (so-called benign) to persistent and intractable forms. Hiccups have several causes, but stimulation of the phrenic nerve with compression, deformation and traction are among the most prevalent which could be consequence of mediastinal or lung cancer, gastric and/or esophageal distention, gastroesophageal reflux, instruments (catheters and intubation), cholecystitis, pericarditis or neurological causes. The objective of this paper is to stablish one treatment protocol and hiccup treatment in acute, persistent and intractable stages. A literature review was performed at Scielo, Pubmed, Ebsco, Clin Neuropharmacol, and ScienceDirect databases. Articles and publications from 1970 to 2015 were selected. The relevance of this article is the challenge for diagnostic and the difficulty to stablish the best plan to be addressed in cases of persistent or intractable hiccups in neurological patients, since they probably have many causes. Key words: Hiccup; Protocol; Pathophysiology. RESUMO Soluço é um evento prevalente na população em geral e pode se manifestar desde as formas mais leves (ditas benignas) até as formas persistentes e intratáveis. Diversas são as causas do soluço, porém a estimulação do nervo frênico por compressão, deformação e tração estão entre as mais prevalentes, podendo ser consequência de neoplasias mediastinais ou pulmonares, distensão gástrica e/ou esofágica, refluxo gastroesofágico, instrumentos (cateteres e intubação), colecistite, pericardite ou neurológicas. O objetivo do trabalho é definir e atualizar protocolos de atendimento e tratamento de soluços nas fases aguda, persistente e intratável. Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando base de dados Scielo, Pubmed, Ebsco, Clin Neuropharmacol, e ScienceDirect. Foram selecionados artigos e publicações do período de 1970 a 2015. Propõe-se um protocolo-padrão de atendimento do soluço. A relevância do presente artigo se encontra no desafio do diagnóstico e na dificuldade de definir a melhor conduta frente aos casos de soluços persistentes ou intratáveis em pacientes neurológicos, que provavelmente possuem muitas causas. Palavras-chave: Soluço; Protocolo; Fisiopatologia. Introduction Hiccup is an involuntary event characterized by intermittent and spasmodic contraction of the diaphragm and intercostal muscles. As a result, there is a sudden inhalation followed by the closure of the glottis producing a characteristic sound. Hiccups can be divided into three categories based on their duration: 1. Attack of hiccups: Episodes that last up to 48 hours; 2. Persistent hiccups: Episodes lasting from 48 hours to one month; 3. Intractable hiccups: Episodes lasting more Neurosurgery Residency Program, Department of Neurosurgery, Hospital Santa Casa, Ribeirão Preto, São Paulo Medical Student, Faculdade Barão de Mauá, Ribeirão Preto, São Paulo 3 Medical Student, Faculdade Atenas, Paracatu, Minas Gerais 4 Neurosurgeon, Professor of Neurusurgery, Hospital Santa Casa; Ribeirão Preto, São Paulo 5 Neurosurgeon, Department of Neurosurgery, Hospital Santa Casa, Ribeirão Preto, São Paulo 6 Neurosurgeon, Department of Neurosurgery, FBHC; and Neurosurgery Service, Aracaju, Sergipe 1 2 Received Jun 11, 2016. Corrected Jul 26, 2016. Accepted Jul 30, 2016 Rabelo NN, Valli DAB, Furtado IS, Silveira Filho LJ, Pereira VHH, dos Passos GS, Sant’Anna MAF, Rabelo NN, Dias LAA, Dias Jr LAA, Tanaka K, Plastina FE, Pereira CU. - Challenges in the Diagnosis and Treatment of Hiccup in Neurological Patients. J Bras Neurocirurg 26 (2): 134 - 138, 2015 135 Review than one month¹. Similar to burping, hiccups are common and usually occur occasionally. Only when multiple or prolonged episodes occur, it is considered pathological. The medical term for hiccups is singultus. In general, only left unilateral contractions of the diaphragm are involved, but sometimes also on both sides of the diaphragm and intercostal muscles². Hiccups are mediated by a reflex arc consisting of afferent vagal, phrenic and sympathetic nerves; central processing in the brainstem; and efferent signals to the diaphragm and intercostal muscles. An injury or stimulus that depolarizes one of the branches of this reflex arc can cause hiccups³. Diagnosis Diagnosis of short breath (SOB) can be done through exams, in addition to clinical manifestation: 1. Fluoroscopy of the diaphragm, due to the presence of intra-abdominal disorders associated to chronic and intrathoracic hiccup; 2. Electromyography of the diaphragm, scalene and intercostal muscles, recommended against the sense of presence of pharyngeal globus, and may appear as a result of the unilateral involvement of the diaphragm, whose focus will be to observe the phrenic nerve of the injured side, or bilateral diaphragmatic movement due to an afferent or central origin; 3. Magnetic Resonance Imaging (MRi) to confirm neurovascular compression in midbrain; 4. Laboratory tests such as complete blood count (CBC), chemistry screening, abdominal X-ray, endoscopy and/or chest X-ray, used in case of symptoms affecting body organs5. Pathophysiology The most important muscle of respiration is the diaphragm. It consists of a relatively thin muscle, dome-shaped, with lower ribs inserted. It is supplied by the phrenic nerves from the third, fourth and fifth cervical segments. When it contracts, the abdominal contents are forced down and forward, and the vertical dimension of the thoracic cavity is increased. Furthermore, the margins of the ribs are lifted and moved out, causing an increase in the transverse diameter of the chest. The external intercostal muscles connect to the adjacent ribs and are inclined down and forward. When they contract, the ribs are tensioned up and forward, causing lateral and anteroposterior movement in both diameters of the chest. The lateral dimension increases due to the ‘bucket-handle’ movement of the ribs. The intercostal muscles are supplied by the intercostal nerves that leave the cord at the same level. Intercostal muscles paralysis alone does not seriously affect the breathing because the diaphragm is very effective. The accessory muscles of inhaling include the scalene muscles that elevate the first two ribs, and sternocleidomastoid, which elevates the sternum. The mechanism of the diaphragm and intercostal muscles together is responsible to generate an increase in thoracic volume and consequent negative pressure, which will contribute to the airflow into the lungs. The exhalation is passive and quiet during normal breathing. The lungs and the chest wall are elastic and tend to return to their resting position, after being actively expanded during inhaling. During exercise and voluntary hyperventilation, expiration becomes active. The most important muscles of expiration are the abdominal wall, including the rectus abdominis, internal and external oblique, and the transversus abdominis muscles. Concerning to breath control, this consists of three basic elements: sensors capture information and feed the central controller in the brain that coordinates the information and, in turn, sends impulses to the effectors (respiratory muscles) that promote ventilation. The sensors comprise the chemical control of respiration and work in order to maintain appropriate concentrations of oxygen, carbon dioxide and hydrogen ions in the tissues. The excess of carbon dioxide or hydrogen ions in blood basically acts directly on the respiratory center, generating large increase in inspiratory and expiratory engines signals to the breathing muscles. The chemosensitive area is bilaterally situated lying 0.2 mm beneath the ventral surface of the medulla. The respiratory center is composed by various groups of neurons located bilaterally in the medulla and the brainstem pons. This respiratory center is divided into three main groups of neurons: 1. dorsal respiratory, located in the dorsal portion of the medulla, responsible for inhalation; 2. ventral respiratory, located in the ventrolateral part of the medulla, primarily by exhalation; 3. pneumotaxic center, found in the upper dorsal portion of the pons, primarily responsible for the frequency control and respiratory amplitude6. The hiccup is characterized by massive inhaling, occurring due to a sudden and repeated involuntary contraction (spasmodic) of the diaphragm and external intercostal muscles, interrupted by a sudden momentary and concomitant closure of the vocal Rabelo NN, Valli DAB, Furtado IS, Silveira Filho LJ, Pereira VHH, dos Passos GS, Sant’Anna MAF, Rabelo NN, Dias LAA, Dias Jr LAA, Tanaka K, Plastina FE, Pereira CU. - Challenges in the Diagnosis and Treatment of Hiccup in Neurological Patients. J Bras Neurocirurg 26 (2): 134 - 138, 2015 136 Review folds suspending the air exchange, producing a characteristic hoarse noise. Such noise is explained by a clonic spasm of the diaphragm, passing through the glottis which is narrow, and the simultaneous traction of the larynx causing the abrupt passage of inspiratory air, leading to a contraction along with the noise. This occurs due to the movement of the breathing muscles in an unusual way, which are coordinated by the above spinal center, connecting the upper cervical segments of the spinal cord7. The hiccup is a reflex of the normal breathing that triggers a reflex arc that is transmitted by vagus nerve and sensory fibers of the phrenic nerve in his afferent branch, and the motor fibers in his efferent limb, to contract these nerves together8. Pathophysiology and central connections of this reflex are not well defined. Reflex arc can be related to phrenic nerve in the sympathetic chain, and vagus nerve and its branches. Hypothetically, the reflex arc has continued in central respiratory cerebellar, by the reticular ascending activated formation and hypothalamus, which act as central mediators and ultimately the nerves of the glottis and intercostal muscles and diaphragm. The hindbrain also participates in this event as part of the bulbar parasympathetic system and lists the efferent fibers composed of the phrenic, vagus and recurrent laryngeal and intercostal nerves between the first and eleventh thoracic vertebrae. The nerve branches of the fifth, sixth and seventh cervical vertebrae and hemidiaphragms, trapezius muscle and glottis are the effectors of the reflex arc, connected to the glossopharyngeal nerve. Vagus and phrenic nerves are related to SOB and sixth to twelfth thoracic sympathetic fibers, and associate hiccup to a variety of intra-abdominal and intrathoracic disorders. The SOB, characterized by a change of respiratory rhythm, does not correspond to a normal physiological phenomenon, but is occasionally determined by spastic contraction of the hemidiaphragm and induced excitation of the phrenic nerve, usually unilateral. These phrenic stimulation are produced by different mechanisms, particularly mechanical, but predominantly compressive and tensile, or phrenic nerve deformation in any part of its path, as in hepatomegaly, gastric distension, tumor compression and / or lymphnode, etc9. Treatment Treatment depends largely on Hiccup’s etiology. As an example, can be mentioned a treatment with a proton pump inhibitor or an H2 blocker, when the gastroesophageal reflux disease is a possible cause of SOB. If no cause can be found the initial treatment is based on physical maneuvers, which are easy to implement and have low risk for the patient. As physical maneuvers, we highlight those that stimulate the nasopharynx or uvula, interrupting the normal respiratory function and stimulating the vagus nerve, since the pharmacological therapy should be initiated when the physical maneuvers fail or do not achieve significant results. A variety of classes of drugs have been used for treatment10. As complementary and alternative if hiccups are refractory to physical maneuvers and to drug therapy, acupuncture and hypnosis may be suggested. In several studies acupuncture was effective (among 16 cancer patients, 13 had complete remission). Hypnosis also proved to be effective in some studies and has the advantage of not presenting risks and complications for patients. The surgical approach can be successful in cases refractory to conventional treatments, such as phrenic nerve crush or blockage with a local anesthetic. Patients treated with the implantation of a device that controls the diaphragm excursions by electrical stimulation of the phrenic nerve also had success. On Table 1 the main drugs used on hiccup treatment can be seen. Rabelo NN, Valli DAB, Furtado IS, Silveira Filho LJ, Pereira VHH, dos Passos GS, Sant’Anna MAF, Rabelo NN, Dias LAA, Dias Jr LAA, Tanaka K, Plastina FE, Pereira CU. - Challenges in the Diagnosis and Treatment of Hiccup in Neurological Patients. J Bras Neurocirurg 26 (2): 134 - 138, 2015 137 Review Conclusion The combination of medication have been reported as successful in improving SOBs. Gabapentin, Baclofen or both have proven to be useful in conjunction with Omeprazole and Cisapride, and the use of all four drugs has also been satisfactory. However, Cisapride is no longer available due to its severe side effects. The advantage of using multiple medications should always be considered and balanced with potential side effects, particularly in a patient population with a high burden of disease and use of various medications11-15. Surgical approach is the intrathoracic pacemaker placement in the left hemi-diaphragm. This is placed at the level of the left phrenic nerve, and pericardium, through a minimum thoracotomy. An electrode is connected to a receiver located at the subcutaneous level to control the movements of the diaphragm by electrical stimulation of this nerve19. Another surgical procedure is microvascular decompression, through which a suboccipital craniectomy is performed, lateral to the foramen magnum, and incision on the cervical spinal joint. This procedure is used to relieve the pressure on the tenth cranial nerve and medulla16-19. Graphic 1 shows a proposed protocol to the treatment of hiccup. The relevance of this article is the challenge for diagnostic and the difficulty to define the best treatment plan to be addressed in cases of persistent or intractable hiccups in neurological patients, since they probably have many causes. This paper shows several types for the diagnosis and their treatment. References 1. Amato D. Serotonin in antipsychotic drugs action. Behav Brain Res. 2015;277:125–135. 2. Dobelle WH. Use of breathing pacemakers to suppress intractable hiccups of up to thirteen years duration. ASAIO J. 1999;45: 524-525. 3. Farin A, Chakrabarti I, Giannotta S, Vaynman S, Samudrala S. Microvascular descompression for intractable singultos: Technical Case Report. Neurosurgery. 2008;62(5): E1180-1181. 4. Fibla JJ, Goméz G, Farina C, Estrada G, León C. Colocación de marcapasos diafragmático por toractomía mínima para tratamiento de hipoincoercible. Rev Chilena de Cirugía. 2002;54(5):526-528. 5. Howard RS. Persistent hiccups. BMJ. 1992; 305(6864):12371238. 6. 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J Bras Neurocirurg 26 (2): 134 - 138, 2015 139 Case Report Termocoagulação por Radiofrequência Estereotáxica para Tratamento do Hamartoma Hipotalâmico Stereotactic Radiofrequency Thermocoagulation for the Treatment of Hypothalamic Hamartoma Heloá Rodrigues Ferreira1 Paulo Henrique Tavares Nava1 Ledismar José da Silva2 João Batista Arruda³ RESUMO Introdução: Os hamartomas hipotalâmicos, que ainda não possuem causa definida, são compostos de tecidos heterotópicos raros e histologicamente benignos. Classicamente, se associam a crises gelásticas, mas não é incomum que se manifestem através de outros tipos de crises convulsivas. Os pacientes com hamartomas hipotalâmicos comumente apresentam distúrbios cognitivos, desordens endócrinas e transtornos psiquiátricos. Recomenda-se, como tratamento padrão, o uso de medicação para controle dos sintomas, enquanto para os pacientes refratários, a alternativa é a abordagem cirúrgica. Objetivo: Discutir as indicações, fazer comparações entre técnicas cirúrgicas, evidenciar a utilidade e o sucesso da termocoagulação por radiofrequência estereotáxica em uma paciente de 26 anos com diagnóstico de hamartoma hipotalâmico e comparar as vantagens e as desvantagens das várias técnicas cirúrgicas para este fim. Conclusão: A utilização da técnica de termocoagulação por radiofrequência guiada por método estereotáxico é um procedimento viável e seguro para pacientes com diagnóstico de hamartoma hipotalâmico cuidadosamente selecionados. Palavras-chave: Hamartoma hipotalâmico; Epilepsia gelástica; Termocoagulação por radiofrequência estereotáxica. ABSTRACT Introduction: Hypothalamic hamartomas still do not have a defined cause, and are composed of rare histologically benign heterotopic tissues. Even though classically associated with gelastic crises, it is not uncommon their association with other types of seizure. The patients presenting with hypothalamic hamartomas generally have cognitive impairment, endocrine disorders, and psychiatric disorders. Standard recommended procedure is medication to control the symptoms, whereas for the patients resistant to conventional clinical treatments surgical approach is the treatment of choice. Objective: Our aim is to discuss the indications for stereotactic radiofrequency thermocoagulation, comparing surgical techniques, evidencing its usefulness. A case of success is reported in a 26-year-old patient diagnosed with hypothalamic hamartoma. Advantages and disadvantages of the various surgical techniques used to treat this type of tumor were compared. Conclusion: Stereotactic radiofrequency thermocoagulation is a secure and effective procedure for carefully selected patients presenting with hypothalamic hamartomas. Key words: Hypothalamic hamartoma; Gelastic epilepsy; Stereotactic radiofrequency thermocoagulation. Introdução Os hamartomas hipotalâmicos (HH) são tumores histologicamente benignos e raros, oriundos de crescimento focal a partir de grupos celulares do próprio tecido7,25. Localizam-se no assoalho do terceiro ventrículo, no tuber cinereum ou nos corpos mamilares25. A incidência de HH na população é de um caso para cada 200.000 habitantes44. Classicamente associados a crises gelásticas10,25, os HH também podem se manifestar através de outros tipos de crises epilépticas, incluindo a síndrome epiléptica catastrófica, potencial causa de desordens cognitivas, endócrinas e psiquiátricas. A doença apresenta suas manifestações de forma progressiva26, como resultado do aumento do número de conexões do HH com o cérebro no decorrer do tempo32. Como tratamento ideal, visa-se o controle da doença utilizando terapia medicamentosa; porém, uma característica particular da crise gelástica é a sua refratariedade a esta terapêutica44. A alternativa, então, seria a abordagem cirúrgica, que pode ser feita por desconexão do tumor empregando microcirurgia, associada ou não a técnica endoscópica, radiocirurgia e Medical Student, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), Goiânia, GO, Brasil Neurosurgeon, Adjunct Professor of Neurology, Medicine Faculty, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), Goiânia, GO, Brasil ³ Neurosurgeon, Instituto de Neurologia de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil 1 2 Received Nov 23, 2015. Corrected Dec 11, 2015. Accepted Dec 11, 2015 Ferreira HR, Nava PHT, da Silva LJ, Arruda JB. - Termocoagulação por Radiofrequência Estereotáxica para Tratamento do Hamartoma Hipotalâmico J Bras Neurocirurg 26 (2): 139 - 144, 2015 140 Case Report termocoagulação por radiofrequência estereotáxica (TRE). No presente relato, apresenta-se o tratamento cirúrgico do HH utilizando TRE, tendo como objetivos discutir as indicações, fazer comparações entre técnicas cirúrgicas, evidenciar a utilidade e o sucesso da TRE em uma paciente de 26 anos com diagnóstico de hamartoma hipotalâmico e comparar as vantagens e as desvantagens das várias técnicas cirúrgicas para este fim. Relato de Caso Discussão cirúrgica O sistema estereotáxico (Micromar, Diadema, SP) e o programa para cálculo das coordenadas (Armando Alamanos Bouza) foram utilizados para o procedimento cirúrgico. Para estimulação e registro do HH foi implantado eletrodo de profundidade. O registro apresentou dificuldades técnicas por contaminação elétrica. Entretanto, a estimulação do contato distal do eletrodo, dentro da lesão hipotalâmica (variando de 1V a 4V e de 5Hz a 100Hz), provocou a reprodução de crises gelásticas compatíveis com a fenomenologia clínica habitual da paciente. Paciente de 26 anos, do sexo feminino, com diagnóstico de crises gelásticas e parciais complexas, fármaco-resistentes, sem aura, apresentando automatismos gestuais e mastigatórios. As crises se iniciaram aos 2 anos de idade, caracterizadas por risos imotivados, sem perda da consciência. Aos 15 anos, surgiram as crises parciais, os automatismos gestuais e mastigatórios, seguidos de perda de consciência. Semanalmente, a paciente apresentava pelo menos um episódio de crise gelástica e de três a cinco crises parciais complexas, apesar do uso otimizado de oxcarbazepina, clobazan e outros esquemas antiepilépticos previamente utilizados. No videoeletroencefalograma, detectou-se atividade epileptiforme rítmica durante crises descognitivas, sem início focal determinado. A ressonância magnética de crânio revelou HH na parede do terceiro ventrículo, medindo 7,5 mm × 5,0 mm × 5,0 mm (Figura 1). Após a remoção do eletrodo de profundidade foi utilizado eletrodo de radiofrequência (diâmetro de 1,27 mm, comprimento de 245 mm e ponta exposta de 2 mm) no HH e duas lesões foram realizadas a 70°C por 70s, sendo a primeira na porção mais ventral do tumor e a segunda, 3 mm acima da primeira lesão (Figura 2). Durante o procedimento e no pósoperatório não houve intercorrências. Figura 1. Ressonância nuclear magnética evidenciando hamartoma hipotalâmico na parede do terceiro ventrículo. Figura 2. Ressonância nuclear magnética no pós-operatório imediato, evidenciando ablação de hamartoma hipotalâmico. Ferreira HR, Nava PHT, da Silva LJ, Arruda JB. - Termocoagulação por Radiofrequência Estereotáxica para Tratamento do Hamartoma Hipotalâmico J Bras Neurocirurg 26 (2): 139 - 144, 2015 141 Case Report Discussão Como já mencionado, os HH são tumores histologicamente benignos e raros, frequentemente associados a crises gelásticas25. Quando há refratariedade ao tratamento medicamentoso, a abordagem cirúrgica é a melhor opção33. Outros fatores etiológicos de menor incidência para crises gelásticas são lesões dos lobos frontal ou temporal, tumores pituitários e trauma craniano2,6,24,36. O HH tem atividade epileptogênica intrínseca, em consequência do aglomerado de neurônios excitatórios3,11,34,42. A ocorrência de outros tipos de epilepsia, como parcial complexa ou generalizada29,31,35,40, é atribuída a um processo de epileptogênese secundário17. Esse processo ocorre em três estágios. O primeiro é conhecido como dependente e as descargas epileptogênicas detectadas no foco secundário são oriundas do foco primário. No segundo estágio, conhecido como intermediário, o foco secundário pode desaparecer após tratamento do HH. Já no terceiro estágio, conhecido como independente, o foco secundário permanece, independentemente da remoção do tumor primário27. Alguns autores destacam a importância das conexões talamocorticais na manutenção do foco epileptogênico secundário e no surgimento de distúrbios cognitivos e comportamentais39. Essa teoria tenta explicar a dificuldade do tratamento clínico ou cirúrgico do HH38. No HH, a manifestação clínica inicial se dá como crises gelásticas, que podem se iniciar já nos primeiros anos de vida22,28,31. Essas crises são caracterizadas por serem breves, estereotipadas com risos e/ou choros imotivados5, eventualmente cursando com automatismos orofaciais23. Podem evoluir para outros tipos de crises, sendo a parcial simples a mais comum, seguida pela parcial complexa e as generalizadas5. Simultaneamente às crises gelásticas, é possível que ocorram sinais autonômicos, como taquicardia, desordens respiratórias, rubor facial e dilatação pupilar8,40,41. Assim como descrito na literatura, a paciente do presente caso iniciou o quadro com crises gelásticas que evoluíram para outros tipos de crises convulsivas. Classicamente, o diagnóstico do HH é realizado na presença de crises gelásticas ou convulsões associadas a puberdade precoce utilizando-se ressonância magnética de crânio13. O Ferreira HR, Nava PHT, da Silva LJ, Arruda JB. - Termocoagulação por Radiofrequência Estereotáxica para Tratamento do Hamartoma Hipotalâmico tempo médio para o diagnóstico é de 8–36 anos18 e, no presente caso, o diagnóstico ocorreu após 23 anos dos sintomas iniciais. Para caracterização do HH desta paciente, foi utilizada a seguinte classificação, proposta por Delalande e Fohlen9: tipo I – abaixo do terceiro ventrículo, tem plano horizontal de implantação e pode ser lateralizada de um lado; tipo II – localização intraventricular e plano de inserção vertical; tipo III – associação dos tipos I e II; tipo IV – inclui todos os HH gigantes. Em relação aos registros no eletroencefalograma (EEG), há limitações para demonstrar atividade epileptiforme em decorrência da profundidade da lesão e das complexas conexões do hamartoma30, dados em concordância com os achados eletroencefalográficos da paciente. Durante os estágios iniciais da doença, o EEG é normal entre as crises, porém, pode revelar depressão difusa da atividade de fundo nas crises difusas4,22. É comum em pacientes com HH a presença de distúrbios cognitivos e comportamentais12,19,21,37, sendo a depressão maior e o transtorno de ansiedade os mais frequentes1. Isso foi observado na paciente em questão, que apresentava quadro de ansiedade. Entre as opções cirúrgicas disponíveis atualmente, podem ser citadas a ressecção por técnica microcirúrgica, a radiocirurgia e a termocoagulação por radiofrequência, embora, atualmente, seja controverso qual destas técnicas seria a mais indicada43. A abordagem pela via pterional permite acesso limitado ao componente intraventricular do HH26 e, embora tanto esta via como a transcalosa interfornicial45 proporcionem bons resultados, há maior incidência de complicações no pósoperatório. A radiocirurgia traz como principal vantagem a segurança. Entretanto, as lesões do HH são radio-resistentes, a resposta clínica é tardia e alguns pacientes evoluem com radionecrose ou oncogênese18. Esse tipo de intervenção é indicado em ressecções incompletas ou HH pequenos43. Em HH pequenos, a TRE é uma opção viável43. Tratase de técnica mais segura do que as cirurgias abertas, e as complicações no pós-operatório, quando presentes, são transitórias e causadas pelo edema perilesional, desaparecendo em até uma semana18. Embora hipertermia e febre pósoperatória ocorram em maior proporção do que nas técnicas abertas, as desvantagens da TRE são aceitáveis18. J Bras Neurocirurg 26 (2): 139 - 144, 2015 142 Case Report A maior série de pacientes tratados por TRE foi realizada no Japão14–16,18. Foram tratados 25 pacientes, entre os quais 19 (76%) evoluíram sem epilepsia gelástica20. No entanto, não houve melhora endocrinológica dos pacientes com puberdade precoce20. Como complicações transitórias pós-operatórias foram registradas hipertermia, hiperfagia, hiponatremia, síndrome de Horner e redução da memória de curto prazo20. Em outro estudo, foram avaliados cinco pacientes com HH intraventricular menor do que 15 mm submetidos a TRE, em seguimento de 50,6 meses16,18. Entre esses pacientes, três não apresentaram mais convulsões e dois obtiveram melhora de 90% na frequência das crises, sem complicações no pósoperatório. Após 18 meses de seguimento, a paciente deste relato apresentou redução significativa das crises gelásticas, desaparecimento das parciais complexas, diminuição da ansiedade e a imagem obtida por ressonância magnética evidenciou ausência de recidiva (Figura 3). Todos esses resultados demonstram o sucesso do procedimento cirúrgico empregado. Conclusão A utilização da técnica de termocoagulação por radiofrequência guiada por método estereotáxico é um procedimento viável e seguro para pacientes com diagnóstico de hamartomas hipotalâmicos cuidadosamente selecionados. Referências 1. Ali S, Moriarty J, Mullatti N, David A. Psychiatric comorbidity in adult patients with hypothalamic hamartoma. Epilepsy Behav. 2006;9(1)111-118. doi: 10.1016/j.yebeh.2006.03.016. 2. Arroyo S, Lesser RP, Gordon B, Uematsu S, Hart J, Schwerdt P, et al. Mirth, laughter and gelastic seizures. Brain. 1993;116(4):757780. doi: 10.1093/brain/116.4.757. 3. Beggs J, Nakada S, Fenoglio K, Wu J, Coons S, Kerrigan JF. 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Universitária, 1440, Setor Universitário 74605-010, Goiânia, GO, Brasil E-mail: [email protected] Ferreira HR, Nava PHT, da Silva LJ, Arruda JB. - Termocoagulação por Radiofrequência Estereotáxica para Tratamento do Hamartoma Hipotalâmico J Bras Neurocirurg 26 (2): 139 - 144, 2015 145 Case Report Spontaneous Subarachnoid Hemorrhage Associated with the Use of Warfarin Hemorragia Subaracnoide Espontânea Associada ao Uso de Warfarin Linoel Curado Valsechi1 Lucas Crociati Meguins1 Dionei Freitas de Morais1 Antônio Ronaldo Spotti1 ABSTRACT Introduction: The most common cause of Subarachnoid Hemorrhage (SAH) is trauma and among spontaneous causes the rupture of intracranial aneurysms represents about 75 to 80%. The association between SAH and use of warfarin is a rare condition. Case Report: Female, 50 years, submitted to valvuloplasty surgery on May 2011, and in use of Warfarin since then, presented after one year with a severe headache, describing it as “the worst of her life”, associated to paresis in the left side of the body. Admited to the hospital in GCS 15 with neck stiffness due to hemiparesia in the left side and nasolabial sulcus shift to the right. The head CT (computed tomography) showed SAH Fisher II, without sign of ischemia. The international normalized ratio (INR) was 10. AngioCT did not show aneurism. The patient was taken to ICU, anticoagulant was suspended, the INR was corrected with fresh plasma, and K vitamin and neuroprotective measures were taken. After one month of hospitalization the patient had medical discharge in GCS 15, asymptomatic, with normalized INR and reintroduction of Warfarin. Conclusion: Intracranial hemorrhage associated to the use of oral anticoagulants is the leading cause of death in these patients. However, among them the isolated SAH is a rare event and therefore with few reports in the literature. The INR reversal therapy with the use of prothrombin concentrate, fresh frozen plasma and vitamin K have been adopted in the approach of these patients. Key words: Subarachnoid Hemorrhage; Warfarin; International normalized ratio RESUMO Introdução: A causa mais comum de HSA é traumática e dentre as causas espontâneas, a ruptura de aneurismas intracerebrais representa cerca de 75 a 80%. A associação de HSA com o uso de Warfarin é uma condição rara. Relato de caso: Paciente feminino, 50 anos, submetida a cirurgia de valvuloplastia em março de 2011 em uso de Warfarina desde então, apresentou 1 ano após quadro de cefaléia de forte intensidade, descrita como a pior da vida, associado a fraqueza em hemicorpo esquerdo. Admitida no hospital em Glasgow 15, com rigidez de nuca, hemiparesia em dimido esquerdo proporcionada e desvio de rima para direita. TC de crânio (tomografia computadorizada) evidenciou HSA Fisher II sem sinais de isquemia. International normalized ratio (INR) de 10. AngioTC não evidenciou formação aneurismática. Encaminhada para UTI, foi suspenso o anticoagulante oral, corrigido o INR com plasma fresco e vitamina K e realizadas medidas neuroprotetoras. Paciente teve alta um mês após admissão, em GCS 15, sem déficit motor, assintomática, com retorno da Warfarina e INR ajustado. Conclusão: As hemorragias intracranianas induzidas pelo uso de anticoagulante oral são a principal causa de morte nesses pacientes, porém dentre elas a HSA isolada é um evento raro e, portanto com poucos relatos na literatura. A terapia de reversão do INR com administração de concentrado de protrombina, plasma fresco e vitamina K tem sido adotada na abordagem desses pacientes. Palavras-chaves: Hemorragia subaracnoide; Warfarin; International normalized ratio Introduction The most common cause of Subarachnoid Hemorrhage is trauma. Among the spontaneous causes of SAH, the rupture of intracranial aneurysms represents about 75 to 80%. Amongst other etiologies are arteriovenous malformations, dural sinus thrombosis, vasculitis, cerebral artery dissection and clotting disorders5. intraparenchymal hemorhages. However, SAH is a rare event in those cases, and in order to assign it to the use of anticoagulants it is necessary to exclude the existence of aneurysms or other vascular disorders by taking tests such as neuraxis MRI or cerebral angiography2. The objective of this article is to report an spontaneous SAH case associated to the use of warfarin and accomplish a short review about the subject. Relationship between intracranial hemorrhage and the use of oral anticoagulants is well established by literature, mainly 1 Division of Neurosurgery, Hospital de Base, Department of Neurologic Sciences, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São Paulo, Brazil. Received Sept 9, 2015. Accepted Apr 26, 2016 Valsechi LC, Meguins LC, Morais DF, Spotti AR. - Spontaneous Subarachnoid Hemorrhage Associated with the Use of Warfarin J Bras Neurocirurg 26 (2): 145 - 147, 2015 146 Case Report Case Report Female, 50 years, hypertensive, submitted to valvuloplasty surgery on May, 2011 and since then in use of Warfarin, presented on May, 2012 with a severe headache, described as “the worst of her life”, associated to paresis in the left body. Admited to the hospital in GCS 15, with neck stiffness, hemiparesia in the left side and nasolabial sulcus shift to the right. The head CT (computed tomography) showed SAH Fisher II, without sign of ischemia. Laboratorial exams showed INR of 10. AngioCT did not show aneurism. The patient was taken to ICU, and anticoagulant was suspended, the INR was corrected with fresh plasma and K vitamin and neuroprotective measures were taken. Arteriography also did not reveal aneurism. During hospitalization she presented a bilateral pulmonary embolism and cerebral salt-wasting, both properly corrected. After one month of hospitalization the patient was discharged in GCS 15, asymptomatic, with normalized INR and reintroduction of Warfarin. Figure 2. Brain AngioCT showing no evidence of aneurysms Discussion Figure 1. Brain CT showing SAH Fisher II Over 5-12% of intracranial bleeding are related to oral anticoagulants, the most lethal complication of their use. Intracranial bleeding can be divided into intraparenchymal, subdural / epidural and subarachnoid. Seventy percent of the cases are intraparenchymal, whose location in descending order of frequency is: in deep regions of the brain, cerebral hemispheres, cerebellum and brain stem. However, the relationship with SAH is a rare condition8. Olsen et al. have shown that there is no increased risk of SAH associated with the use of oral anticoagulants7. On the other hand, more recent studies have suggested this association mainly with combined vitamin K antagonists, evidenced by Risselada et al. and Garcia-Rodriguez4,9. Other authors have even pointed INR > 3.5 in patients under warfarin intake presenting intracranial haemorrhage, a two-fold risk of fatal event10. The use of prothrombin complex concentrate associated with Valsechi LC, Meguins LC, Morais DF, Spotti AR. - Spontaneous Subarachnoid Hemorrhage Associated with the Use of Warfarin J Bras Neurocirurg 26 (2): 145 - 147, 2015 147 Case Report fresh plasma and vitamin K also has shown good results in the literature as an approach for reversal of warfarin in cases of intracranial hemorrhage (ICH). However, as shown by Huttner, the time of reversal therapy does not seem to be related to increased bruising, being possible to occur after complete reversal of the INR with administration of frozen plasma and vitamin K. There was also no evidence of increased mortality or rebleeding in cases that restarted the use of warfarin after intracranial hemorrhage in high-risk group for thrombosis1,3,6,11. The initial volume of intracranial hemorrhage and its expansion, level of consciousness and site of bleeding are some of the factors related to the prognosis of the patient. In a multivariate analysis of mortality predictors were included INR > 3, intraventricular hemorrhage and massive SAH3. In another study, in addition to the volume of the ICH and the low level of consciousness, hyperglycemia was also considered as a factor of prognosis worsening because of the possible effect of swelling and hematoma enlargement in the area around the dead cells6. Conclusion Intracranial hemorrhage associated to use of oral anticoagulants are the leading cause of death in these patients, however among them the isolated SAH is a rare event and therefore with few reports in the literature. The INR reversal therapy with the use of prothrombin concentrate, fresh frozen plasma and vitamin K has been adopted in the approach of these patients, although there is no consensus in literature that the time of reversal therapy influences the increasing of bleeding or the prognosis of patients. References 1. Cabral KP, Fraser GL, Duprey J, Gibbons BA, Hayes T, Florman JE, Seder DB et al. Prothrombin complex concentrates to reverse warfarin-induced coagulopathy in patients with intracranial bleeding. Clin Neurol Neurosurg. 2013;115(6):770-774. 2. Campos RR, Cunha AM, Santos MES, Aguiar GB. Spontaneous Subarachnoid hemorrhage induced by warfarin Use: Case Report and Literature Review. J Bras Neurocirurg. 2011;22 (4): 190-193. Valsechi LC, Meguins LC, Morais DF, Spotti AR. - Spontaneous Subarachnoid Hemorrhage Associated with the Use of Warfarin 3. Claassen DO, Kazemi N, Zubkov AY, Wijdicks EF, Rabinstein AA.. Restarting anticoagulation therapy after warfarin associated intracerebral hemorrhage. Arch Neurol. 2008;65(10): 1313-1318. 4. García-Rodríguez LA, Gaist D, Morton J, Cookson C, GonzálezPérez A.. Antithrombotic drugs and risk of hemorrhagic stroke in the general population. Neurology. 2013 6;81(6):566-574. 5. Greenberg MS. Handbook of neurosurgery. 7th ed. New York: Thieme Medical Publishers, 2010. p. 1034. 6. Huttner HB, Schellinger PD, Hartmann M, Köhrmann M, Juettler E, Wikner J, et al. Hematoma growth and outcome in treated neurocritical care patients with intracerebral hemorrhage related to oral anticoagulant therapy: comparison of acute treatment strategies using vitamin K, fresh frozen plasma, and prothrombin complex concentrates. Stroke. 2006;37(6):14651470. 7. Olsen M, Johansen MB, Christensen S, Sørensen HT. Use of vitamin K antagonists and risk of subarachnoid hemorrhage: a population-based case-control study. Eur J Intern Med. 2010;21(4):297-300. 8. Ricarte IF, Calente FG, Alves MM, Gomes DL, Valiente RA, Carvalho FA et al. Cerebral Vasospasm and Delayed Cerebral Ischemia after Warfarin-Induced Subarachnoid hemorrhage. J Stroke Cerebrovasc Dis. 2015;24(9):e275-278. 9. Risselada R, Straatman H, van Kooten F, Dippel DW, van der Lugt A, Niessen WJ, et al. Platelet aggregation inhibitors, vitamin K antagonists and risk of subarachnoid hemorrhage. J Thromb Haemost. 2011;9(3):517-523. 10. Witt DM, Delate T, Hylek EM, Clark NP, Crowther MA, Dentali F, et al. Effect of warfarin on intracranial hemorrhage incidence and fatal outcomes. Thromb Res. 2013;132(6):770-775. 11. Yung D, Kapral MK, Asllani E, Fang J, Lee DS; Investigators of the Registry of the Canadian Stroke Network. Reinitiation of anticoagulation after warfarin-associated intracranial hemorrhage and mortality risk: the Best Practice for Reinitiating Anticoagulation Therapy After Intracranial Bleeding (BRAIN) study. Can J Cardiol. 2012;28(1):33-39. Corresponding Author Linoel Curado Valsechi Rua Lucas Mangini, 183/24 - Vila Santa Candida. São José do Rio Preto, São Paulo, Brazil. Zip code: 15091-270 J Bras Neurocirurg 26 (2): 145 - 147, 2015 148 Case Report Adelgaçamento dos Ossos Parietais. Considerações de Dois Casos Thinning of the Parietal Bones. Report of Two Cases and Literature Review Carlos Umberto Pereira1 Francisco de Assis Pereira2 Roberto Alexandre Dezena3 Victor Hugo Bernardino de Oliveira4 Fábio Ramos Reis4 Tercio Ferreira Oliveira4 RESUMO Introdução: A ocorrência de adelgaçamento dos ossos parietais tem sido pouco descrita na literatura médica. Localiza-se na porção posteromedial do osso parietal. Sua prevalência é de 0,25 a 0,8% da população geral. acometendo mais o sexo feminino. Sua etiopatogenia não está esclarecida e não existe tratamento especifico. Métodos: Foram analisados os parâmetros de sexo, idade e causas. Ambos casos foram do gênero feminino e as idades foram 68 e 78 anos. Resultados: Nossos casos foram achados incidentais de imagem, sendo em um caso devido a traumatismo cranioencefálico e outra por cefaleia crônica. Conclusão: O adelgaçamento dos ossos parietais tem sido incomum, encontra-se associado com várias doenças e não existe tratamento especifico. Palavras-chave: Crânio; Osso parietal; Tomografia computadorizada. ABSTRACT Introduction: The occurrence of thinning of the parietal bones has been poorly described in the medical literature. Located in the posteromedial portion of the parietal bone its prevalence is 0.25 to 0.8 % of the general population, and affects more females. Pathogenesis is not clear and there is no specific treatment. Methods: Sex, age and causes were analyzed. Both cases were female and ages of 68 and 78 years. Results: Our cases were incidental findings in analysis of image; in one case due to head trauma and the other chronic headache. Conclusion: The thinning of the parietal bones has been unusual. It is associated with various diseases and there is no specific treatment. Key words: Skull; Parietal bone; Computed tomography. Introdução Relato dos Casos A ocorrência de depressão externa do osso parietal é rara11. Sua prevalência é estimada em 0,25% a 0,8% da população geral1,2. O gênero feminino é o mais acometido e apresenta a doença em idade avançada2,5,10. A região posterolateral do osso parietal é a mais acometida1,2,4,9. Sua fisiopatologia é desconhecida e não existe tratamento especifico7. Caso 1. MTO. Feminino, 68 anos de idade, aposentada. Paciente com história de cefaleia crônica. Cefaléia holocraniana diária, pulsátil e intensidade moderada, melhora com o uso de analgésicos simples. Antecedente pessoal: Hipertensão arterial e Diabetes mellitus. Exame neurológico: normal. Tomografia de crânio sem contraste: Atrofia cerebral moderada. Presença de adelgaçamento biparietal (Figs. 1a e 1b). Os autores apresentam dois casos de adelgaçamento dos ossos parietais como achados incidentais de exame de imagem. São discutidos diagnóstico diferencial e achado de imagem. MD, PhD, Neurosurgeon, Chief of Neurosurgery Service of FBHC, Neurosurgeon of Neurosurgery Service of HUSE, Aracaju – Sergipe MD, PhD, Medicine Department of Universidade Federal de Sergipe, Aracaju – Sergipe 3 MD, Neurosurgeon, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba - MG 4 Medical Students, Members of the Neuroscience League, Universidade Federal de Sergipe, Aracaju – Sergipe 1 2 Received Jul 11, 2016. Corrected Jul 31, 2016. Accepted Aug 13, 2016 Pereira CU, Pereira FA, Dezena RA, de Oliveira VHB, Reis FR, Oliveira TF. - Adelgaçamento dos Ossos Parietais. Considerações de Dois Casos. J Bras Neurocirurg 26 (2): 148 - 150, 2015 149 Case Report Discussão Figura 1 a. Tomografia crânio sem contraste demonstrando atrofia cerebral moderada e adelgaçamento biparietal. b. janela óssea apresentando adelgaçamento simétrico dos ossos parietais. Caso 2. FNO. Feminino, 78 anos de idade, doméstica. Vítima de queda da própria altura no lar. Deu entrada na emergência com cefaleia e náuseas. Exame físico: Eupneica, estado geral regular, nuca livre, tumefação de partes moles na região parietal direita. Exame neurológico: Escore na escala de coma de Glasgow na admissão de 13 e ausência de déficit motor focal. Tomografia de crânio sem contraste: hemorragia subaracnóidea e contusão cerebral parietal direito sem efeito de massa, adelgaçamento do osso parietal esquerdo (Figs. 2a e 2b). Submetida a tratamento conservador, recebeu alta médica após 4 dias de internação com orientação para o lar e retorno ambulatorial. O adelgaçamento dos ossos parietais tem sido pouco discutido na literatura. Antigamente esta doença era descrita como “senile bone atrophy, senile biparietal atrophy and senile cranial atrophy” para enfatizar a atrofia óssea da senilidade, porém, com o acometimento em adulto jovem, houve uma mudança deste ponto de vista1,2,11. O adelgaçamento externo da parte póstero-medial bilateralmente é uma característica morfológica do crânio de paciente com adelgaçamento do osso parietal e não é considerado como uma variedade anatômica1,10,11. Existem dois tipos de adelgaçamento: achatado e sulcado. Na maioria dos casos o adelgaçamento é do tipo achatado7. Acomete mais o gênero feminino, na proporção de 1.9:1 masculino2. A idade de aparecimento desta patologia em mulheres é de 72 anos e nos homens 63 anos2. Segundo Yilmaz et al.10, não apresenta relação com raça ou etnia geográfica. A etiopatogenia ainda hoje é desconhecida, porém, tem sido associada com osteoporose, tumores primários e secundários, síndrome de Gorham-Stout, hiperparatireoidismo, doenças granulomatosas, osteomielite, mastocitose sistêmica, necrose asséptica, corticoterapia prolongada, diabetes mellitus, atrofia inflamatória aguada associada com traumatismo craniano, cisto ósseo aneurismático e angiomatose cística, sendo em algumas ocasiões de origem idiopática8. Segundo Tsutsumi et al.8, foram descritos cinco tipos de osteólises idiopáticas: osteólise hereditária multicêntrica com herança dominante, osteólise hereditária multicêntrica com herança recessiva, osteólise não hereditária multicêntrica com nefropatia, doença de Gorham-Stout e doença de Winchester. Geralmente são assintomáticos, podendo apresentar dor de leve intensidade no local. Usualmente é um achado incidental, fato este que ocorreu em nosso pacientes. Yilmaz et al.10 descreveram um caso de adelgaçamento biparietal em um paciente que sofreu um traumatismo craniano leve e apresentou fratura parietal e hematoma epidural subjacente. Figura 2. a e b. Tomografia de crânio sem contraste apresentando hemorragia subaracnóidea, contusão parietal e adelgaçamento do osso parietal esquerdo. b. TC com janela óssea apresentando o adelgaçamento parietal esquerdo, com preservação da tábua óssea interna do osso parietal esquerdo. Pereira CU, Pereira FA, Dezena RA, de Oliveira VHB, Reis FR, Oliveira TF. - Adelgaçamento dos Ossos Parietais. Considerações de Dois Casos. Nagayoshi et al.6 demonstraram no exame de tomografia crânio (TC) um adelgaçamento simétrico de forma ovalada entre a proeminência parietal e a sutura sagital11. A localização unilateral é rara10, fato este observado em um dos nossos pacientes. Portanto, o exame de TC com janela óssea pode evidenciar o comprometimento da tabua óssea externa e da J Bras Neurocirurg 26 (2): 148 - 150, 2015 150 Case Report díploe, respeitando a tábua óssea interna, fato este observado em nossos casos. Takata et al.7 demonstraram que o grau de reabsorção da lâmina externa e da díploe foram maiores que da lâmina interna. Lim e Sohn5 observaram a ausência da lâmina externa e díploe em pacientes com adelgaçamento parietal, porém, com lâmina interna do osso parietal intacta2. Há relato de caso de perfuração parietal3. Takata et al.7, estudaram os efeitos terapêuticos do tratamento com alendronato em pacientes osteoporóticos com adelgaçamento do osso parietal e os resultados mostraram que a reabsorção óssea acelerada faz parte do processo fisiopatológico relacionado com o adelgaçamento ósseo parietal. Segundo Yilmaz et al.10, não existe tratamento específico para esta doença. Em nossos casos não foi determinada a provável causa. Apesar de um deles ter história de diabetes mellitus, não está elucidada sua associação. 10. Yilmaz MB, Egemen E, Ozbakir B, Tekiner A. Epidural hematoma after minor trauma on patient with biparietal osteodystrophy. J Korean Neurosurg Soc. 2013;53(1):57-58. doi: 10.3340/jkns.2013.53.1.57. 11. Yiu Luk S, Fai Shum JS, Wai Chan JK, San Khoo JL. Bilateral thinning of the parietal bones: a case report and review of radiological features. Pan Afr Med J. 2010;4:7. Corresponding Author Carlos Umberto Pereira, MD, PhD Av. Augusto Maynard, 245/404 Bairro São José 49015-380 - Aracaju – Sergipe E-mail: [email protected] No momento, a causa da reabsorção óssea excessiva do crânio, especialmente da parte póstero-medial do osso parietal, ainda não foi esclarecida2,7,8. Estudos adicionais serão necessários para elucidar o mecanismo bioquímico do adelgaçamento do osso parietal. Referências 1. Bruyn GW. Biparietal osteodystrophy. Clin Neurol Neurosurg. 1978;80(3):125-148. 2. Cederlund CG, Andrén L, Olivecrona H. Progressive bilateral thinning of the parietal bones. Skeletal Radiol. 1982;8(1):29-33. 3. Durward A. A note on symmetrical thinning of the parietal bones. J Anat. 1929; 63(Pt 3): 356–362. 4. Farrell B, Gerard PS. Imaging of parietal thinning. N Y State J Med. 1991;91(11):509-510. 5. Lim ST, Sohn MH. Bilateral symmetric photon defects in the parietal bones on Tc-99m MDP bone scintigraphy: bilateral parietal thinning. Clin Nucl Med. 2001;26(6):570-571. 6. Nagayoshi Y, Kawamo H, Sugiyama S, Kuroda Y, Ogawa H. A woman with progressive thinning of the skull. Intern Med. 2009;48(16):1481-1482. 7. Takata S, Takao S, Yoshida S, Hagashi F, Yasui N. Therapeutic effects of one-year alendronate treatment in three cases of osteoporosis with parietal thinning of skull. J Med Invest. 2008;55(3-4):297-302. 8. Tsutsumi S, Yasumoto Y, Ito M. Idiopathic calvarial thinning. Neurol Med Chir (Tokyo). 2008;48(6):275-278. 9. Wilms G, Van Roost W, Van Russelt J, Smits J. Biparietal thinning: correlation with CT findings. Radiologe. 1983;23(8):385-386. Pereira CU, Pereira FA, Dezena RA, de Oliveira VHB, Reis FR, Oliveira TF. - Adelgaçamento dos Ossos Parietais. Considerações de Dois Casos. J Bras Neurocirurg 26 (2): 148 - 150, 2015 151 Case Report Estado de Mal Epiléptico Refratário: Tratamento Cirúrgico Refractory Status Epilepticus: Surgical Treatment Adrielle Araújo Dias1 Catarine Ottobeli1 Ledismar José da Silva2 RESUMO Objetivo: O estado de mal epiléptico (EME) é uma emergência neurológica caracterizada por crises epilépticas prolongadas, com duração maior do que 30 minutos. O EME que não responde a doses adequadas de dois anticonvulsivantes iniciais é caracterizado como refratário, quadro com elevada morbimortalidade. Nos casos em que a terapia medicamentosa se mostra ineficaz e nos quais há alto grau de concordância entre a semiologia, os exames de imagem e o eletroencefalograma, a abordagem cirúrgica deve ser considerada. Com base no exposto, este artigo teve como objetivo relatar o caso de um paciente submetido a tratamento cirúrgico do EME refratário. Métodos: Relato de caso com base na análise retrospectiva do prontuário e dos exames complementares. Resultados: Paciente com EME refratário foi submetido a tratamento cirúrgico com ressecção focal após 14 dias do início do quadro. As crises cessaram imediatamente. Conclusão: Houve completa resolução do EME refratário com boa evolução após o tratamento cirúrgico. Portanto, nos pacientes refratários ao tratamento clínico, a abordagem cirúrgica deve ser considerada. Palavras-chave: Estado de mal epiléptico; Estado de mal epiléptico refratário; Tratamento cirúrgico; Crises epilépticas refratárias ABSTRACT Objective: Status epilepticus (SE) is a neurological emergency characterized by prolonged seizures that last more than 30 minutes. SE that is unresponsive to appropriate doses of two anticonvulsants is characterized as refractory, a condition with high morbidity and mortality. In cases the drug therapy proves ineffective and a high degree of correlation is found between symptomatology, imaging tests, and electroencephalogram, the surgical approach should be considered. Based onthis fact, the study aimed to report the case of a patient who underwent surgical treatment for refractory SE. Methods: A case report based on retrospective analysis of medical records and additional tests was concluded. Results: A patient with refractory SE underwent surgical treatment with focal resection after 14 days of onset. The seizures ceased immediately. Conclusion: Complete resolution of refractory SE with good outcome was achieved after the surgical treatment. Therefore, in patients refractory to the medical treatment the surgical approach should be taken into consideration. Key words: Status epilepticus; Refractory status epilepticus; Surgical treatment; Refractory seizures Introdução O estado de mal epiléptico (EME) é uma emergência neurológica30. Alguns autores o caracterizam por crises epilépticas prolongadas, com duração maior do que 30 minutos39, enquanto outros se baseiam no tempo mínimo de 5 minutos, pois a partir deste período é improvável a resolução da crise sem intervenção1,38,41. O EME que não responde a doses adequadas de dois ou três anticonvulsivantes iniciais é caracterizado como refratário1,38,44. A incidência do EME varia de 8 a 40 por 100 mil habitantes/ ano dependendo do país estudado, dos critérios utilizados e das variáveis demográficas consideradas8,26. O estado refratário 1 2 ocorre em 10–70% dos adultos e crianças com EME, com mortalidade de 22%1,16,39. O tratamento é feito com drogas de primeira e segunda linhas. Entretanto, para os casos refratários, podem ser empregadas drogas indutoras de coma e o tratamento cirúrgico deve ser considerado19. O EME refratário é uma emergência neurológica que pode deixar sequelas importantes ou mesmo levar a óbito. A instituição precoce do tratamento diminui a morbimortalidade, e o tratamento cirúrgico em casos selecionados melhora seu prognóstico. Com base no exposto, o presente artigo tem como objetivo apresentar o relato de caso de um paciente submetido a tratamento cirúrgico do EME refratário. Acadêmica de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, GO, Brasil MD, Neurocirurgião, Instituto de Neurologia de Goiânia, Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, GO, Brasil Received Jun 11, 2016. Corrected Jun 24, 2016. Accepted Jun 25, 2016 Dias AA, Ottobeli C, da Silva LJ. - Estado de Mal Epiléptico Refratário: Tratamento Cirúrgico J Bras Neurocirurg 26 (2): 151 - 158, 2015 152 Case Report Relato de Caso Paciente do sexo masculino, de 24 anos, deu entrada no pronto socorro em novembro de 2013 com quadro de crise convulsiva focal fácio-braquial à direita e afasia de expressão há dois dias. Apresentava antecedente de cirurgia para epilepsia do lobo temporal esquerdo e implante de estimulador do nervo vago. Fazia uso de lamotrigina (400 mg/dia), topiramato (200 mg/dia), flunarizina (20 mg/dia) e clonazepam (4 mg/dia). Em decorrência da refratariedade das convulsões ao uso de diazepam e fenitoína, decidiu-se pela internação do paciente. As medicações de uso crônico foram mantidas e foi adicionado valproato de sódio (2 g/dia). Figura 1. Disposição dos eletrodos para a realização de eletrocorticografia. Os eletrodos em destaque correspondem a F2-F3, onde houve o início das crises. Durante o período de internação, houve aumento progressivo da frequência e duração das convulsões, de forma que, no sétimo dia de internação, o paciente foi transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI), com diagnóstico de estado de mal epiléptico refratário, tendo sido necessária a realização de coma induzido com fentanil e midazolam. As crises continuaram e foi adicionado fenobarbital ao esquema terapêutico. Após 6 dias em ventilação mecânica, o paciente desenvolveu febre associada a secreção purulenta orotraqueal. Foi diagnosticada pneumonia e instituído tratamento com moxifloxacino. No 21º dia de internação, por causa da refratariedade ao tratamento clínico, foi indicado tratamento cirúrgico. A eletrocorticografia (Figura 1) permitiu a localização do foco epileptogênico (Figura 2), verificando-se seu ritmo recrutante (Figura 3) e a propagação rápida para F2 e F3 (Figura 4). Figura 2. Evento ictal: alteração rítmica de ondas agudas iniciando na região de eletrodo anterior F2-F3. Foi realizada ressecção focal na região do opérculo frontoparietal esquerdo (área 43 de Brodmann), com resolução do EME refratário (Figura 5). O exame anatomopatológico evidenciou gliose. O paciente recebeu alta da UTI no segundo dia do pós-operatório e alta hospitalar no quarto dia. Figura 3. Evolução para ritmo recrutante. Dias AA, Ottobeli C, da Silva LJ. - Estado de Mal Epiléptico Refratário: Tratamento Cirúrgico J Bras Neurocirurg 26 (2): 151 - 158, 2015 153 Case Report sugerem que a fármaco-resistência6,22,31 e o dano neuronal instalam-se antes do período usual de 30 minutos33. Esses dados são explicados pelo “tráfego de receptores”, que ocorre com a persistência da crise, uma vez que há diminuição dos receptores GABA na membrana sináptica, pela internalização em vesículas endoplasmáticas, ao passo que receptores NMDA são mobilizados para a membrana. Consequentemente, há fármaco-resistência a determinadas drogas (benzodiazepínicos, barbitúricos, propofol), estímulo excitatório sustentado e indução de apoptose celular1,2,36. Figura 4. Propagação rápida para os eletrodos envolvendo F2-F3 mais posterior e F1-F2 anterior. A prevalência do EME é duas vezes maior no sexo masculino e três vezes maior em negros. Quanto à idade, há picos de incidência em crianças e idosos8,42. Em mais da metade dos casos, não havia história prévia de epilepsia. As causas mais comuns de ocorrência do EME em adultos são uso irregular de anticonvulsivantes, retirada do álcool e infecções do sistema nervoso central (SNC)14. Por outro lado, as causas mais frequentes em crianças são doença febril, encefalopatia aguda hipóxico-isquêmica e infecções do SNC46. A suspeição do EME para propósito de tratamento devese iniciar aos 5 minutos do episódio e seus objetivos são estabilizar o paciente (via aérea, respiração e circulação), cessar a crise e impedir a sua recorrência. Simultaneamente, deve-se investigar a causa e realizar tratamento imediato das condições que ameacem a vida do paciente5,19. Figura 5. Ressecção focal da região do opérculo frontoparietal à esquerda (área 43 de Brodmann). Discussão Embora o EME seja definido classicamente por crises com duração superior a 30 minutos, alguns autores sugerem que este tempo deva ser alterado para 5 minutos6,23,27,28,32. Tal mudança fundamenta-se em três constatações. A primeira é que, a partir desse período, apenas uma pequena parcela das crises, clínicas ou eletroencefalográficas, cessará espontaneamente21,28,47. As duas outras advêm de estudos com animais, cujos resultados Dias AA, Ottobeli C, da Silva LJ. - Estado de Mal Epiléptico Refratário: Tratamento Cirúrgico Os exames laboratoriais solicitados devem incluir hemograma completo (infecção), glicemia, eletrólitos (especialmente sódio, potássio, magnésio e cálcio), provas de função hepática e renal e outros, a critério médico19,46. Se o paciente estiver em uso de drogas antiepilépticas, seus níveis séricos devem ser dosados. Quando não houver etiologia clara para o EME, deve ser realizado exame toxicológico completo. Quando o exame físico ou a história clínica sugerirem algum agente tóxico específico, este deve ser dosado5. Elementos da história clínica do paciente, que incluem epilepsia, medicamentos em uso, infecções recentes, uso de álcool, traumas, cirurgias cranianas e qualquer anormalidade cerebral, associados a exame físico direcionado auxiliarão o profissional no manejo adequado do paciente46. O eletroencefalograma (EEG) deve ser realizado o mais rápido possível, desde que o paciente esteja estável, pois nos casos de EME não-convulsivo, este exame é necessário para a confirmação diagnóstica. Além disso, em até 70–80% dos casos J Bras Neurocirurg 26 (2): 151 - 158, 2015 154 Case Report com apresentação clínica de crises convulsivas generalizadas, o EEG mostra características focais46. O tratamento de primeira linha do EME deve ser feito para todos os pacientes, sendo os benzodiazepínicos as drogas de escolha5,46. Ao comparar as terapias com lorazepam, diazepam associado a fenitoína, fenobarbital e fenitoína, foi constatado que o lorazepam é a droga mais eficaz e rápida para cessar as crises, com taxa de sucesso de 64,9%49. A terapia de segunda linha tem como objetivo cessar as crises quando a primeira falha, mas também deve ser empregada como terapia de manutenção naqueles pacientes que não estão mais em crise. As drogas que podem ser empregadas são fenitoína/fosfofenitoína, valproato de sódio, fenobarbital e levetiracetam, além de midazolam em infusão contínua5. A droga de escolha é a fenitoína/fosfofenitoína5,46. A resposta agregada a uma segunda droga é de 7% e a uma terceira droga é de 2,3%49. A persistência das crises após a utilização das terapias de primeira e segunda linhas caracteriza o EME refratário38. Nesses casos, a conduta a ser realizada é a infusão intravenosa contínua de drogas antiepilépticas, levando à necessidade de monitoração cardiovascular, ventilação assistida e EEG contínuo5,43,46. A terapia deve ser guiada pelos achados eletroencefalográficos e, assim que houver a supressão das crises, a conduta terapêutica deve ser mantida por mais 24 a 48 horas, seguida da retirada gradual das drogas em infusão contínua5. EEG, indicando uma zona epileptogênica única26,50. Além da refratariedade e da investigação multimodal concordante, também podem ser considerados critérios para a escolha do tratamento cirúrgico o envolvimento progressivo de maiores áreas corticais e as morbidades acumuladas pelo tratamento9. Outros fatores podem ser levados em conta no processo de decisão, devendo cada caso ser analisado individualmente. As características que indicaram a cirurgia no paciente do caso relatado foram a refratariedade medicamentosa, as complicações advindas da internação prolongada e a eletrocorticografia concordante com a manifestação clínica. Embora o tempo de crise até a indicação cirúrgica ainda seja um tópico controverso, sabe-se que influencia diretamente o desfecho no que diz respeito ao sucesso na resolução das crises e à morbimortalidade. Alguns autores aconselham a neurocirurgia após três tentativas de terapia medicamentosa durante um curso de duas semanas26,30. Em um trabalho de revisão, ficou demonstrado que 90% dos pacientes operados com menos de 4 semanas do início do EME ficaram livres das crises, porém naqueles operados com tempo superior houve resolução em 60% dos casos50. A justificativa apresentada pelos autores é que, durante crises prolongadas, surgem focos epileptogênicos secundários que podem se tornar independentes, o que diminuiria o sucesso da abordagem cirúrgica50. No presente caso, houve intervalo de 14 dias para a realização da cirurgia e o EME refratário foi resolvido no pósoperatório imediato. A adição de topiramato no manejo do EME após falha das terapias convencionais é sugerida por alguns autores15,51. Sendo este medicamento um anticonvulsivante com mecanismos de ação diversos, envolvendo canais iônicos e receptores, sua eficácia seria maior do que a de outras drogas antiepilépticas nos casos refratários15. As doses utilizadas em adultos variam de 300 a 1600 mg por dia e, em crianças, de 2 a 25 mg/kg/ dia, administradas por via entérica15,51. As taxas de sucesso no controle do EME variam de 62% a 100%20,45,48. Em média, 71% dos pacientes têm as crises interrompidas em até 72 horas após o início da administração20. As variáveis relacionadas com pior prognóstico são idade avançada e etiologias agudas. Entretanto, alguns estudos demonstraram que a duração prolongada das crises também está associada com prognóstico desfavorável e com queda da efetividade do tratamento medicamentoso8,25,29,35,44. Em um estudo, observou-se que a persistência do EME por mais de 1 hora leva a maior mortalidade. Nos estados convulsivos generalizados, a mortalidade geral em adultos foi de 20%; no entanto, foi reduzida para 2,6% quando a crise cessou em menos de 30 minutos46. Em outro trabalho, foram encontrados resultados semelhantes, com mortalidade de 35% e de 3,7%, respectivamente14. Nos casos de manejo prolongado, quando a terapia medicamentosa provou ser ineficaz, a abordagem cirúrgica está indicada9. O tratamento cirúrgico é indicado principalmente quando o EME é refratário às medicações e há alto grau de concordância entre a semiologia, os exames de imagem e o Outros preditores relacionados a desfecho negativo no EME refratário foram múltiplas comorbidades e apresentação inicial em coma. Esses resultados foram obtidos ao se comparar dois grupos de pacientes com SE prolongado, com duração média Dias AA, Ottobeli C, da Silva LJ. - Estado de Mal Epiléptico Refratário: Tratamento Cirúrgico J Bras Neurocirurg 26 (2): 151 - 158, 2015 155 Case Report das crises de 4 e 5 dias, respectivamente, o primeiro tratado com sucesso e o segundo, com desfecho fatal12. O paciente do presente caso apresentava preditores de bom prognóstico, como idade, nível de consciência preservado na admissão e ausência de patologias médicas gerais, exceto pela história prévia de epilepsia. Esses dados podem ter influenciado de forma positiva o desfecho pós-cirúrgico. A literatura disponível acerca do tratamento cirúrgico do EME refratário está sistematizada nas Tabelas 1 e 2, com 16 publicações totalizando 49 pacientes. Destes, 83,7% foram operados com técnicas ressectivas, sendo a displasia cortical a patologia mais frequente com 55% dos casos. A idade média na qual os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico foi de 9,5 anos. Os procedimentos cirúrgicos para tratamento do EME englobam técnicas ressectivas e desconectivas: ressecção focal, lobectomia, hemisferectomia, calosotomia e transecções subpiais múltiplas21,30,39. Os procedimentos mais realizados são a ressecção cortical e a hemisferectomia. Há resolução imediata do EME em 96,8% dos casos e, após o seguimento, 77% dos pacientes permanecem livres de crises50. Em nosso paciente, foi realizada ressecção focal do opérculo frontoparietal esquerdo com base nos achados clínicos e eletroencefalográficos. As crises cessaram imediatamente, concordando com as taxas de resolução mostradas na literatura50. Houve desenvolvimento de disartria transitória, com resolução em uma semana. Observa-se na Tabela 1 que os pacientes com crises focais e patologias estruturais bem definidas, como displasia cortical, são candidatos a ressecções focais e apresentam altas taxas de resolução do EME17,24,40. Além disso, o tempo de crise até a realização da cirurgia foi menor nesses casos. Os pacientes submetidos a cirurgias ressectivas permaneceram em crise, em média, 23 dias até a intervenção, em comparação aos 157 dias de pacientes submetidos a cirurgias desconectivas. Tais dados corroboram as características supracitadas que tornam o paciente candidato ideal para o tratamento cirúrgico. Tabela 1. Tratamento cirúrgico do estado de mal epiléptico (EME) com técnicas ressectivas. Dias AA, Ottobeli C, da Silva LJ. - Estado de Mal Epiléptico Refratário: Tratamento Cirúrgico J Bras Neurocirurg 26 (2): 151 - 158, 2015 156 Case Report Tabela 2. Tratamento cirúrgico do estado de mal epiléptico (EME) com técnicas desconectivas. Conclusão 7. Cherian KA, Weidenheim K, Legatt AD, Shifteh K, Abbott IR, Moshé SL. Extensive apoptosis in a case of intractable infantile status epilepticus. Epilepsy Res. 2009;85(2–3):305–310. O EME refratário causa importante morbimortalidade, tanto pela lesão neuronal quanto pelas complicações adquiridas durante a internação. No caso relatado, evidenciou-se completa resolução do EME refratário com boa evolução após o tratamento cirúrgico. Portanto, nos pacientes refratários ao tratamento clínico, a abordagem cirúrgica deve ser considerada. 8. Chin RF, Neville BG, Scott RC. A systematic review of the epidemiology of status epilepticus. Eur J Neurol. 2004;11(12):800–810. Referências 11. D’Giano CH, Del C García M, Pomata H, Rabinowicz AL. 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Apresentamos um caso de sequela de traumatismo cranioencefálico no lobo frontal esquerdo associado a crises convulsivas e midríase unilateral transitória. Conclusão: Este trabalho é um alerta à comunidade médica sobre a possibilidade da midríase unilateral episódica, decorrente de focos epileptogênicos no córtex cerebral, podendo simular um falso sinal de compressão do terceiro nervo craniano. Palavras-chave: Midríase unilateral; Crises convulsivas; Falso sinal de localização. ABSTRACT Introduction: Benign episode of unilateral mydriasis associated with convulsive crisis is rare. Its pathophysiology is controversial. We present a case of traumatic brain injury sequel in the left frontal lobe associated with seizures and transient unilateral mydriasis. Conclusion: This paper is an alert to the medical community about the possibility of episodic unilateral mydriasis resulting from epileptogenic foci in the cerebral cortex, and which may simulate a false signal of compression of the third cranial nerve. Key words: Unilateral mydriasis; Seizures; False localizing sign. Introdução Relato do Caso A dilatação unilateral da pupila (midríase) é um sinal de alarme associado às condições neurológicas graves. A maioria dos casos de midríase unilateral é decorrente de processo benigno5,14. A midriase unilateral pode ocorrer como sinal de dissecção da artéria aorta e/ou carótida13, pós-cirurgia de reconstrução nasal7, pós-ceratotomia fotorefrativa por excimer laser PRK11, glaucoma de ângulo fechado1, pupila tônica de Addie12,14, exposição a agente tópico midriático3,17, oftalmoplegia enxaquecosa12,16,21, traumatismo cranioencefálico6, oclusão de carótida interna9, neurite retrobulbar15, e durante e imediatamente após crises convulsivas12,17,18,22. JTS, 32 anos, masculino. Vítima de traumatismo cranioencefálico há três anos. Deu entrada na emergência após episódio de crise convulsiva e queda da própria altura. Apresentava cerca de quatro a cinco crises convulsivas generalizadas por mês e segundo os familiares não fazia uso regular de medicação anticonvulsivante. Exame neurológico: paciente sonolento e midríase esquerda. Tomografia computadorizada de crânio sem contraste demonstrou lesão hipodensa no lobo frontal esquerdo, sem efeito de massa (Figuras 1 e 2). Após duas horas de observação, apresentou melhora do nível de consciência e regressão da midríase. Recebeu alta hospitalar com medicação anticonvulsivante e orientação para acompanhamento ambulatorial. Os autores apresentam um caso de midríase unilateral episódica em um paciente com sequela de traumatismo cranioencefálico e discutem sua provável fisiopatologia. 1 2 Neurocirurgião. Serviço de Neurocirurgia do HUSE. Aracaju, Sergipe. Médico Residente do HU da Universidade Federal de Sergipe. Aracaju, Sergipe. Received Jul 14, 2016. Corrected Jul 21, 2016. Accepted Jul 22, 2016 Pereira CU, Santos ACL, Santos Jr JA. - Síndrome Episódica de Midríase Unilateral. Relato de Caso J Bras Neurocirurg 26 (2): 159 - 161, 2015 160 Case Report da midríase unilateral durante crises convulsivas. O primeiro consiste de que um foco irritativo local (giro frontal médio) causaria alterações pupilares semelhantes às observadas em animais, como descrito anteriormente. O segundo consiste na anisocoria devido à interrupção do trajeto que interfere na dilatação ipsilateral pupilar8. Esta explicação se baseia no fato de que a midríase bilateral deve ser o resultado da excitação de várias áreas do córtex, promovida em simulações experimentais e nas crises convulsivas. Sendo assim, a dilatação bilateral deveria ocorrer caso não houvesse lesão das fibras corticais ipsilaterais22. Figuras 1 e 2. Tomografia computadorizada do crânio sem contraste demonstrando lesão hipodensa na região frontal esquerda , sem efeito de massa. Conclusão Discussão O aparecimento de midríase unilateral pós-crise convulsiva é raro22, sua fisiopatologia permanece especulativa14,17, sendo inicialmente proposto que seria decorrente da hipoatividade do sistema nervoso parassimpático e hiperatividade do simpático ou uma combinação de ambos2,15,20. Estudo realizado em animais para analisar os efeitos da estimulação elétrica cortical no tamanho e na reatividade pupilar, observou que a estimulação no giro temporal superior apresentava miose ipsilateral sem associação com movimentos oculares extrínsecos10. Em contraste, a estimulação no lobo occipital resultou em desvio contralateral dos olhos associados com grande dilatação pupilar no olho em adução. O estímulo elétrico no giro frontal médio desenvolveu midríase associada a desvio no olho contralateral. Em outras partes do lobo frontal, a estimulação produziu dilatação da pupila ipsilateral com abdução do olho ipsilateral ou então, dilatação da pupila contralateral sem desvio dos movimentos oculares extrínsecos19,22. Nesses achados, pôde-se concluir que a dilatação da pupila acrescida de abdução do olho durante a crise convulsiva deve ser resultado de foco epiléptico no lobo frontal contralateral22. A dilatação contralateral da pupila deve ser resultado de ablação cortical localizada9 ou hemidecorticalização4. Em nosso caso a lesão no lobo frontal esquerdo seria provavelmente o foco epileptogênico. Diante do exposto, nosso artigo visa alertar à comunidade médica sobre a possibilidade da midríase unilateral ser decorrente de focos epileptogênicos em córtex cerebral e não de lesão compressiva no terceiro nervo craniano, já que nesses casos a intervenção cirúrgica é mandatória. Referências 1. Alkhalil M, Lewis S, Hawker M, Dick D. Persistent unilateral mydriasis and headache. BMJ Case Rep. 2009;2009. pii: bcr11.2008.1260. doi: 10.1136/bcr.11.2008.1260. 2. Avnon Y, Nitzan M, Sprecher E, Rogowski Z, Yarntsky D. Autonomic asymmetry in migraine: augmented parasympathetic activation in left unilateral migraineurs. Brain. 2004;127(Pt 9):2099-2108. 3. Balaguer-Santamaria JA, Escofet-Soteras C, Chumbe-Soto G, Escribano-Subias J. Episodic benign unilateral mydriasis. Clinical case in a girl. 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ABSTRACT The acute epidural hematoma is considered a life-threatening emergence of neurosurgery. HE has caused problems in medical advice and legal issues, when they provoke sequels or death due to medical malpractice. The authors advise to the early diagnosis and appropriate treatment to avoid complications to the patient. Key words: Acute epidural hematoma; Head injury; Legal medicine. O traumatismo cranioencefálico (TCE) é considerado um problema de saúde pública que causa incapacidade física e até óbito em adultos jovens. O hematoma epidural (HE) é o acúmulo de sangue que ocorre entre a tábua óssea interna do crânio e a dura-máter cerebral4,22. A mortalidade associada com HE varia entre 5% a 10% dos casos5,9. O óbito geralmente é decorrente de parada respiratória pela hérnia uncal que comprime o mesencéfalo4. O tratamento cirúrgico permanece a conduta ideal na redução da morbidade e mortalidade13. Têm sido relatados na literatura casos de HE devido a TCE leve1,3,13,17,22. Sua associação com TCE leve é mais rara em relação ao moderado e grave13,22. O TCE leve pode ser devido a acidente de trânsito, queda acidental da própria altura, agressão física, maus tratos e práticas esportivas1,3,5,22. O HE apresenta evolução aguda, subaguda e crônica16,23. O HE agudo e subagudo ocorre em 24% a 65% dos casos e podem associarse com contusão cerebral, lesão axonal difusa, hematoma subdural e intracerebral4,6,9,19. A principal localização do HE é temporal, seguida de temporoparietal (zona despregável de Marchand), onde existe uma menor espessura da escama do osso temporal e íntima relação anatômica com a artéria meningéia média, favorecendo seu rompimento após um trauma2,4,6. 1 2 O exame de radiografia simples de crânio evidencia traço de fratura entre 60% a 90% dos casos, mas sua ausência não exclui a presença de um HE4,7,14. A tomografia computadorizada (TC) é o exame de eleição demonstrando uma lesão hiperdensa biconvexa21,23. A janela óssea confirma a presença de fratura observada na radiografia simples de crânio. Segundo Frankhauser e Kiener8, nas primeiras horas do trauma a TC pode ser negativa. A maioria dos pacientes com HE apresenta alteração do nível de consciência na admissão hospitalar. A incidência de pacientes com HE em estado de coma na emergência varia entre 22% a 56% dos casos3,4,10,11. Doze a 44% dos pacientes permanecem conscientes no lapso de tempo entre o trauma e o procedimento cirúrgico e anormalidades pupilares são observadas entre 18% a 44% dos casos4,6. A manifestação clinica clássica, descrita na literatura de perda da consciência após o trauma, seguida do intervalo lúcido por minutos ou horas e, em seguida, torpor com hemiparesia contralateral e midríase homolateral à lesão ocorre entre 10% a 27% dos casos. A perda da consciência ocorre com frequência no momento da injúria, sendo recuperada em seguida (minutos ou horas) e depois piora de maneira progressiva até chegar ao coma. O tempo decorrido entre a perda da consciência inicial e sua recidiva após um período breve de vigília denomina-se intervalo lúcido, sendo a média MD, Neurosurgeon, Neurosurgery Service, Hospital de Urgência de Sergipe, HUSE, Aracaju, Sergipe PhD, Ciências da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Aracaju, Sergipe Received Jun 14, 2016. Corrected Jul 30, 2016. Accepted Aug 3, 2016 Pereira CU, Oliveira DMP. - Hematoma Epidural Agudo. Um Problema Médico-legal. J Bras Neurocirurg 26 (2): 162 - 164, 2015 163 Short Note de duração entre 4 e 8 horas. Durante o período de intervalo lúcido o paciente pode queixar-se de cefaleia e vômitos ou apresentar sinais neurológicos focais, a depender da gravidade do caso. Durante a piora secundária, pode apresentar déficit motor contralateral ao hematoma e anisocoria homolateral à lesão12. Segundo Rilley et al.18 a preservação do nível de consciência após um traumatismo ou sua recuperação por um tempo (intervalo lúcido) em minutos ou horas que se segue ao traumatismo, não é rara em casos letais. Su et al.19 relataram que em casos de HE localizado na fossa posterior, clinicamente o diagnóstico fica mais difícil devido à raridade de HE nesta localização, associados com escassos sintomas precoces específicos, onde a progressão clínica pode ser silenciosa e lenta, mas sua deterioração pode ocorrer de forma súbita devido à compressão das estruturas vitais localizadas no tronco cerebral sem sinais de alarmes significativos. O HE pode causar consequências graves se não for prontamente diagnosticado e tratado adequadamente. Rico et al.15, em sua série de 70 crianças com HE, observaram um caso ocorrido após um TCE leve e que inicialmente não apresentava sinais neurológicos, sendo diagnosticado 12 horas após a injúria, desenvolvendo um quadro de hipertensão intracraniana aguda e formação de hérnia cerebral, evoluindo ao óbito. Quando o paciente não apresenta o quadro clássico de HE, isto é, sem perda da consciência após o trauma e ausência de sinais neurológicos focais, induz muitos profissionais a decidir fazer um exame de TC apenas quando apresenta alteração significativa do nível de consciência ou o aparecimento de um déficit neurológico focal. Com isto retardam o diagnóstico e a conduta, e, em alguns casos evolui para coma e óbito. Segundo Sullivan et al.20 o aumento do volume do HE acontece em 23% dos casos e o tempo médio para que ocorra é de 8 horas após o trauma. O HE é considerado uma emergência neurocirúrgica13,21. A cirurgia permanece sendo o tratamento de escolha na maioria dos casos de HE para prevenção de sequelas e até mesmo óbito21. A literatura tem enfatizado cada vez mais a indicação de tratamento conservador em HE de volume pequeno2,4,7, mas ainda permanecem controvérsias sobre sua indicação5,16. O tratamento conservador necessita de vigilância clínica e de imagem seriada, tornando um gasto elevado nos serviços de saúde21. A literatura tem demonstrado que pacientes com Pereira CU, Oliveira DMP. - Hematoma Epidural Agudo. Um Problema Médico-legal. HE estável têm apresentado deterioração clínica rápida indo a óbito. O HE menor que 15 mm de diâmetro, menos de 5 mm de desvio das estruturas da linha média, menos de 25 ml de volume e ausência de sinal neurológico focal tem sido tratado de maneira conservadora2,7,21. Em caso de aumento de volume do hematoma, aumento do desvio das estruturas da linha média, escore na escala de coma de Glasgow abaixo de 9 e alteração pupilar, deve ser submetido a tratamento cirúrgico imediato. O estado neurológico, nível de consciência e volume do hematoma, têm sido descritos como fatores que influenciam o prognóstico. O HE quando diagnosticado precocemente e tratado de maneira adequada cursa com bom prognóstico3, 13. Serviços de emergência que não dispõem de especialistas habilitados e nem infraestrutura (sala operatória disponível 24 horas, equipe de plantão fixa 24 horas na instituição e tomografia computadorizada funcionando em tempo integral) para o diagnóstico e tratamento desta emergência, têm levado profissionais a negligenciar um HE devido a TCE leve, levando a sérias consequências para o médico, instituição e principalmente aos familiares do paciente. Nossa opinião é que pacientes com história de TCE leve, apresentando quadro clínico pouco específico, com sintomas variáveis e diferentes dos descritos na literatura para os casos de HE agudo e estudo de radiografia simples de crânio e sem demonstração de traço de fratura, devem ficar sempre em observação clínica hospitalar por 24 horas. Em caso de piora neurológica indicar TC de crânio. Sempre que receberem alta médica devem ser comunicados verbalmente e por escrito das possíveis complicações e orientação para retorno hospitalar, assim, poderemos diminuir problemas no Conselho de Medicina e na justiça comum, bem como, reduzir a morbidade e mortalidade desta lesão, que nos serviços públicos do país são altos. Assim um trauma trivial não deve ser negligenciado, uma vez que até mesmo no paciente desperto e sem queixas pode existir a presença de um HE. Portanto, o diagnóstico de HE deve ser considerado nos serviços de emergência em todos pacientes com história de TCE, mesmo que leve. Quando diagnosticado, o HE deve receber tratamento adequado. A indicação do tratamento segue condutas clínicas e de imagem preconizadas na literatura científica, da experiência do profissional e da infraestrutura da instituição para o tratamento desta lesão. J Bras Neurocirurg 26 (2): 162 - 164, 2015 164 Short Note Referências 1. 2. Araujo JLV, Aguiar UP, Todeschini AB, Saade N, Veiga JCE. Análise epidemiológica de 210 casos de hematoma extradural traumático tratados cirurgicamente. Rev Col Bras Cir. 2012; 39(4): 268-271. Bezircioğlu H, Ersahin Y, Demircivi F, Yurt I, Dönertas K, Tektas S. Nonoperative treatment of acute extradural hematomas: analysis of 80 cases. J Trauma. 1996; 41(4): 696-698. 3. Bricolo AP, Pasut LM. Extradural hematoma: toward zero mortality. A prospective study. Neurosurgery. 1984; 14(1): 8-12. 16. Pang D, Horton JA, Herron JM, Wilberger JE Jr, Vries JK. Nonsurgical management of extradural hematomas in children. J Neurosurg. 1983; 59(6): 958-971. 17. 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Lobato RD, Rivas JJ, Gomez PA, Castañeda M, Cañizal JM, Sarabia R, et al. Head injured patients who talk and deteriorate into coma: Analysis of 211 cases studied with computerized tomography. J Neurosurg. 1991; 75(2): 256-261. 13.Mezue WC, Ndubuisi CA, Chikani MC, Achebe DS, Ohaegbulam SC. Traumatic extradural hematoma in Enugu. Nigeria. Niger J Surg. 2012; 18(2): 80-84. doi: 10.4103/11176806.103111. 14. Milo R, Razon N, Schiffer J. Delayed epidural hematoma. A review. Acta Neurochir (Wien). 1987; 84(1-2): 13-23. 15. Palomeque Rico A, Costa Clará JM, Cambra Lasaosa FJ, Luaces Cubells C, Pons Odena M, Martín Rodrigo JM. Hematoma epidural em niños. Factores prognósticos. Análisis de setenta casos. Anal Españoles Ped. 1997; 47(5): 489-492. Pereira CU, Oliveira DMP. - Hematoma Epidural Agudo. Um Problema Médico-legal. J Bras Neurocirurg 26 (2): 162 - 164, 2015 165 Erratas e Corrigendas CORRIGENDA A pedido dos autores, no artigo “AAM Psychological Syndrome: Cingulate and Rectus Gyri Cavernous Angiomas Associated with Aggressiveness, Anxiety and Memory Disturbance. What do Those Lesions Have in Common in the Pathophysiological Mechanism?”, publicado no número 26, volume 1, do Jornal Brasileiro de Neurocirurgia, na página 20, onde se lê: Luana Maranha Gatto, Fábio Augusto Nascimento, Caterine Ottobeli, Renata Simm, Paulo Henrique Pires de Aguiar Leia-se: Luana Maranha Gatto, Fábio Augusto Nascimento, Catarine Ottobeli, Renata Simm, Paulo Henrique Pires de Aguiar J Bras Neurocirurg 26 (2): 165, 2015 166 Scientific Events Agenda 2015 April Neurosurgery Alor Setar Three Yearly (NASTY) Conference April 04 Alor Setar, Malaysia Spine Society of Australia 26th Annual Scientific Meeting April 10 Canberra, Australia Craniofacial Society of Great Britain And Ireland Annual Scientific Conference April 15 London, UK Society of British Neurological Surgeons Spring Meeting April 22 Southampton, UK May EANS 5th Annual Young Neurosurgeons’ Meeting May 01 San Sebastian, Spain AOSpine Masters Symposium – Infections May 07 Basel, Switzerland AOSpine Advanced Course May 07 Beirut, Lebanon Spanish Society of Neurosurgery 20th Congress May 19 Pamplona, Spain Global Spine Congress 2015 May 20 Buenos Aires, Argentina White Matter Dissection May 28 Graz, Austria June XVI Congresso da Academia Brasileira de Neurocirurgia June 02 Atibaia, Brazil French Spine Society Congress June 04 Marseille, France 42nd The International Society For The Study of The Lumbar Spine (ISSLS) Annual Meeting June 08 San Francisco, USA American Academy of Neurological And Orthopaedic Surgeons 39th Annual Scientific Meeting June 12 Las Vegas, USA IV International Conference on Interventional Pain Medicine & Neuromodulation June 18 Torun, Poland AOSpine Symposium June 24 Nottingham, United Kingdom Computer Assisted Radiology And Surgery 29th International Congress And Exhibition June 24 Barcelona, Spain AOSpine Advanced Specimen Course (AMTS) June 25 Muttenz, Switzerland J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 167 Scientific Events Brain and Brain PET 2015 June 27 Vancouver, Canada July 4th Annual World Course in Advanced Techniques in Neurosurgical on cology July 08 - 12 London, UK International Summer School: Transnasal Endoscopic Surgery: From Sinuses to Skull Base July 13 - 17 Brescia, Italy August 8º Congresso de Neurologia e Neurocirurgia do Rio Grande do Sul e IV Simpósio de Neurocirurgia e Cirurgia da Base do Crânio do Hospital Ernesto Dorneles August 20 - 22 Gramado, Brazil XII SIMINCO August 28 São Paulo, Brazil September Eurospine 2015 September 02 - 04 Copenhagen, Denmark Neurooncology and Skull base September 02 - 05 Rotterdam, The Netherlands 31st International Epilepsy Congress, Istanbul, Turkey September 06 Istanbul, Turkey EANS 3rd Annual Vascular Section Meeting and Joint EANS / ESMINT Meeting 2015 (EANS 2015) September 08 - 10 Charlottesville, USA Neurotrauma Society of India 24th Annual Conference 2015 (Neurotrauma 2015) Bengaluru, Karnatakam India 15th Interim Meeting of the World Federation of Neurosurgical Societies September 08 - 12 Rome, Italy XXIII Congresso de Neurocirurgiões do Brasil Central August 21- 22 Uberaba, Minas Gerais, Brazil Leksell Gamma Knife Perfexion Advanced Program for Stereotactic Radiosurgery September 09 - 11 Charlottesville, USA ESOR AIMS Brazil Advanced Neuroimaging 2015 August 27 - 28 Curitiba, Brazil 3rd Annual Saint Louis University Department of Neurosurgery August 27 - 30 St. Louis, USA SBNS Autumn Meeting September 09 - 11 York, UK Swiss Societies of Neuroradiology and Neurosurgery Joint Annual Meeting 2015 September 10 - 11 Luzern, Switzerland J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 168 Scientific Events The 22nd Advanced Techniques in Cervical Spine Decompression and Stabilization September 10 - 12 St. Louis, USA Biochemical Markers of Brain Damage 7th International Scientific Conference 2015 (BMBD 2015) September 14 - 16 Lund, Sweden 16th International Society of Craniofacial Surgery Biennial Congress 2015 (ISCFS 2015) September 14 - 18 Urayasu, Japan AOSpine Live Tissue Training Days September 17 Strasbourg, France 13th International Conference on Neurovascular Events after Subarchnoid Hemorrhage September 17 - 19 Karuizawa, Japan International Society for Hydrocephalus and Cerebrospinal Fluid Disorders 2015 (ISHCSF 2015) September 18 - 21 Banff, Canada The Brain and Gliomas: When the Connections are Crucial September 24 - 26 Brescia, Italy 65th CNS Annual Meeting September 26 - 30 New Orleans, USA Neurosurgical Society of Australasia Annual Scientific Meeting 2015 (NSA 2015) September 26 - October 02 Auckland, New Zealand October Neurosurgical Association of Malaysia 15th Annual Scientific Meeting 2015 (NAM 2015) October 01 - 05 Kuala Lumpur, Malaysia XXV Congresso da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica September 17 - 19 Natal, Brazil Spine Section of the German Society of Neurosurgery 2015 October 02 - 03 Berlin, Germany 38 Annual Meeting of the European Society of Neuroradiology September 17 - 20 Naples, Italy 13th Czech Spine Surgery Congress 2015 October 04 - 06 Ústí nad Labem-Ústí, Czech Republic IV Brain & Spine Symposium September 17 - 20 Miami, USA 15th Annual Conference of the Cerebrovascular Society of India 2015 (NEUROVASCON 2015) September 18 - 20 Ludhiana, India 43rd Annual Meeting of the International Society for Pediatric Neurosurgery 2015 (ISPN 2015) October 04 - 08 Konak, Turkey 6th International Skull Base Dissection Course October 07 - 09 Arezzo, Italy J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 169 Scientific Events Neurocritical Care Society Annual Meeting 2015 (NCS 2015) October 07 - 10 Scottsdale, USA 9th Black Sea Neurosurgical Congress October 08 - 10 Yerevan, Armenia International Congress of Iranian Neurosurgeons 2015 October 08 - 10 Hamadan, Iran Japan Neurosurgical Society 74th Annual Scientific Meeting 2015 (JNS 2015) October 14 - 16 Sapporo, Japan North American Spine Society 30th Annual Meeting 2015 (NASS 2015) October 14 - 17 Chicago, USA EANS 2015 Annual Meeting October 18 - 21 Madrid, Spain XVI Congresso Nordestino de Neurocirurgia October 22 - 24 Maceió, Brazil 2nd Congress of Southeast European Neurosurgical Society October 22 - 25 Sarajevo, Bosnia-Herzegovina XIII Congreso Iberolatinoamericano de Columna Vertebral (SILACO 2015) October 28 - 31 Lima, Peru November Looking at The Future of Spine Surgery Based on Past Experience November 04 Florence, Italy AOSpine Principles Course November 04 Jeddah, Saudi Arabia The Oswestry Spinal Imaging Course 2015 (Spinal Imaging) November 04 - 05 Oswestry, Shropshire, UK 2015 Asian-Australasian Society for Stereotactic and Functional Neurosurgery Interim Meeting in conjunction with the 20th Annual Scientific Meeting of Indonesian Society of Neurological Surgeons 2015 (AASSFN PERSPEBSI 2015) November 04 - 07 Bali, Indonesia Society for Minimally Invasive Spine Surgery Global Forum 2015 (SMISS 2015) November 05 - 07 Las Vegas, USA WFNS Radiosurgery Course for Latin America 2015 November 06 - 07 São Paulo, Brazil 17th Annual Brain Tumor Update and 6th Annual International Symposium on Long-Term Control of Metastases to the Brain and Spine 2015 November 07 - 08 Las Vegas, USA 5th Congress International Society of Intraoperative Neurophysiology November 09 Rio de Janeiro, Brazil 5th ISIN Congress and Educational Course November 09 - 14 Rio de Janeiro, Brazil Neurosurgical Society of Chile 58th Congress 2015 November 11 - 14 Santa Cruz, Chile J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 170 Scientific Events VIII Congresso Mineiro de Neurocirurgia November 12 - 14 Belo Horizonte, Brazil Richard Lende Winter Neurosurgery Conference January 28 – February 02 Snowbird, USA Dutch Spine Society 15th Annual congress 2015 November 13 TBC, The Netherlands Chicago Review Course in Neuro January 28 – February 07 Chicago, USA 1º Congresso de Neurocirurgia Funcional da FMUSP November 19 - 22 São Paulo, Brazil February 9th Asia Pacific Cervical Spine Society Conference (APCSS) November 20 - 22 Dubai, United Arab Emirates French Neuro Vascular Society 20th Annual Meeting 2015 (SFNV 2015) November 25 - 27 Paris, France December Cervical Spine Research Society 43rd Annual Meeting 2015 (CSRS 2015) December 03 - 05 San Diego, USA 10th German Spine Conference 2015 (DWG 2015) December 10 - 12 Frankfurt am Main, Germany 2016 January 2016 Annual CANS Meeting January 22 - 24 Shell Beach, USA 15th Annual Symposium on Current Concepts in Spinal Disorders February 04 - 06 Las Vegas, USA World Congress of Brachial Plexus & Peripheral Nerve Surgery - 5th Annual Meeting of ISPNS February 04 - 07 New Delhi, India New Generation Neuroendoscopy Clinical Observer Course (Karl Storz-Endoskope) February 10 - 11 Zurich, Switzerland The 9th Annual CSRS (Cervical Spine Research Society) February 18 - 20 St. Louis, USA American Academy of Pain Medicine 32nd Annual Meeting February 18 - 21 Palm Springs, USA MOC Preparation and Neurosurgical Update: Interactive Case-Based Review February 19 - 21 San Antonio, USA Ninth Annual International Symposium on Stereotactic Body Radiation Therapy and Stereotactic Radiosurgery February 19 - 21 Orlando, USA J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 171 Scientific Events Winter Clinics for Cranial & Spinal Surgery February 21 - 25 Snowmass Village, USA 6th South Asian Neurosurgical Congress & 8th International Scientific Conference February 22 - 24 Dhaka, Bangladesh WFNS Radiosurgery Committee Course February 26 - 28 New Delhi, India Joint Meeting of the 12th International Conference of Cerebro Vascular Surgery (ICCVS) and 1st Interim Meeting of Asian Australasian Society Neurological Surgeons (AASNS) February 26 - 28 Mumbai, India March Southern Neurosurgical Society 67th Annual Meeting March 02 - 05 San Antonio, USA Interurban Neurosurgical Society March 04 São Paulo, Brazil The 11th Asian Congress of Neurological Surgeons (ACNS 2016) March 08 - 12 Surabaya, Indonesia Annual Scandinavian Course in Neurosurgery March 13 - 18 Beitostolen, Norway XIII Curso de Avaliação e Tratamento Interdisciplinar de Dor March 14, 2016 - May 15, 2017 HC - FMUSP - São Paulo, Brazil SNOLA 2016 – Society for Neuro-Oncology Latin America March 24 - 26 Rio de Janeiro, Brazil April BritSpine 2016 April 06 - 08 Nottingham, UK The 7th International Mt. BANDAI Symposium for Neuroscience The 8th Pan-Pacific Neurosurgery Congress April 07 - 09 Phnom Penh, Cambodia World Spine VII April 13 - 17 India Goodman Oral Board Preparation: Review Course April 15 - 17 Houston, USA The 5th Symposium of WFNS & The 7th International Congress of Neurosurgery April 17 - 22 Iran Society of British Neurological Surgeons Spring Meeting April 20 - 22 Newcastle, UK 27th Skull Base Approaches - Microscopic and Endoscopic April 28 - 30 St. Louis, USA J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 172 Scientific Events 84th AANS Annual Scientific Meeting April 30 Chicago, USA May 8th European-Japanese Cerebrovascular Congress June 22 - 25 University Hospital Zurich, Switzerland - Zurich, Switzerland 25th ESPN Congress May 08 - 11 Paris, France 10º Simpósio Nacional de Eletromiografia June 23 - 25 São Paulo, Brazil IV Advanced Techniques in Neurosurgery 1º Curso de Educação Continuada da Academia Brasileira de Neurocirurgia II Joint Meeting Brazil Canada May 25 - 28 São Paulo, Brazil National Neurotrauma Symposium June 26 - 29 Lexington Convention Center, Lexington, KY June Ircad 2016 : Microscopic and Endoscopic Approaches to the Skull Base June 08 - 10 Strasbourg University - Strasbourg, France 67th Annual Meeting of the German Society of Neurosurgery, DGNC 1st Joint Meeting with the Korean Neurosurgical Society, KNS June 12 - 15 Frankfurt, Germany 7th International Congress of World Federation of Skull Base Societies “WFSBS 2016” June 14 - 17 Osaka, Japan 3rd Endoscopic Skull Base Masterclass & Symposium June 22 - 24 Leiden, Holland CARS 2016 - Computer Assisted Radiology and Surgery 30th International Congress and Exhibition Joint Congress of CAR / ISCAS / CAD / CMI Meeting June 22 - 25 Heidelberg, Germany Microsurgery Course Zurich June 27 - 30 University Hospital Zurich XIV Congresso da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro - SNCRJ June 30 - July 02 Hotel Vila Galé - Rio de Janeiro, Brazil July Transnasal Endoscopic Surgery: From Sinues to Skull Base July 04 - 08 Brescia, Italy VI Congresso Interdisciplinar de Dor da USP (CINDOR-USP) July 06 - 09 São Paulo, Brazil NeuroSafe 2016-Quality & Safety July 14 - 16 Oak Ridge Hotel & Conference Center University of Minnesota, Chaska, MN Advances in Neurosciences 8th Bay Area Symposium July 16 Washington Hospital Healthcare System Fremont, CA J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 173 Scientific Events First International Symposium of Video Endoscopic Spinal Surgery July 16 Washington Hospital Healthcare System Fremont, CA WFNS Spine Committee Symposium and Peruvian Association of Spinal Surgery – ASPECIVE July 21 - 22 Cuzco, Perú 23rd Advanced Techniques in Cervical Spine Decompression and Stabilization July 21 - 23 St. Louis, MO, USA Africa Rising 2nd CAANS Continental Congress 25th SNSA Scientific Meeting July 26 - 29 Cape Town, South Africa 2016 From Cranial to Spine: An Overview of Neurosurgical Topics for the Advanced Practice Provider (AANS) August 24 - 27 Hyatt Regency Denver Convention Center, Denver, CO XXV Congresso Brasileiro de Medicina Física e Reabilitação August 25 - 27 São José do Rio Preto, Brazil 2016 Neurosurgical Association of Malaysia Annual (NAM) and Scientific Meeting August 26 - 27 Sutera Harbour, Kota Kinabalu Sabah, Malaysia Caravana Sonesp 2016 August 27 Hotel Golden Tulip / Shopping Colinas São José dos Campos August September Aperfeiçoamento Neuromodulação Não-Invasiva August 01 HC – FMUSP - São Paulo, SP EANS 2016: 16th European Congress of Neurosurgery September 04 - 09 Athens, Greece III Curso Teórico-prático de Cirurgia Endoscópica Nasal e da base do Crânio August 03 - 05 IOCP - São Paulo, Brazil XXXI CBN Kunio Suzuki 2016 – Brazilian Congress of Neurosurgery September 06 - 10 Brasilia, Brazil The First Ever World Federation of Neurosurgical Societies: 3D Cinema Comprehensive Surgical Neuro-anatomy Lectures August 13 - 14 Tangerang, Indonesia Curso Teórico-Prático de Especialização em Neuro-oncologia September 06, 2016 - July 07, 2017 Escola de Educação Permanente - ICESP/ HCFMUSP - São Paulo, Brazil III Simpósio de Fisiopatologia da Dor: Mecanismos de A a Z August 19 - 20 Instituto de Neurologia de Curitiba – INC Curitiba, Brazil 4th Biennial WFNS Spine Committee Conference & 1st SLMC-GC (St. Luke’s Medical Center-Global City) Advanced Spine Care Service Conference with Cadaveric Workshop September 08 - 10 St. Luke’s Medical Center Global City Metro Manila, Philippines J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 174 Scientific Events 13th Asian Society for NeuroOncology (ASNO) Meeting 9th COGNO Annual Scientific Meeting, “Neuro-Oncology: Is the Landscape Changing?” September 11 - 15 Sydney, Australia 12th European Congress on Epileptology (ECE) September 11 - 15 Prague, Czech Republic 3º Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil September 15 - 17 São Paulo, Brazil 4th Annual SLU Department of Neurosurgery Combined Ventricular and Skull Base Endoscopy Course for Neurosurgeons September 15 - 18 PASE Learning Center - St. Louis, USA 39 Annual Meeting of the European Society of Neuroradiology September 15 - 18 Belgrade, Serbia Epilepsy Surgery Techniques Meeting September 16 - 17 Praga, República Checa 5th Homburger Neuroendoscopy Week Endoscopic Neuro and Spine Surgery? September 19 - 21 Homburg - Saar, Germany 2016 ircad Taiwan: Course in Microscopic and Endoscopic Approaches to the Skull Base September 20 - 23 Lukang Township, Changhua County, Taiwan 66th CNS Annual Meeting September 24 - 28 San Diego, California, USA 8th BALTIC SEA 2016: International Hands-on Course on FULL HD Endoscopic Neurosurgery September 28 - 30 Department of Neurosurgery and Anatomy Greifswald, Germany October EUROSPINE 2016 October 05 - 07 Berlin, Germany 2016 Neurosurgical Association of Malaysia Annual (NAM) October 06 - 08 Kuala Lumpur, Malaysia XIII Curso Teórico-prático de Neuroendoscopia October 06 - 08 Hospital Universitário Pedro Ernesto –UERJ 1st Congress of Mediterranean Association of Neurological Surgeons (MANS) & 31st National Congress of Neurosurgery October 07 - 10 Algiers, Algeria 7th International Skull Base Dissection Course October 12 - 14 Arezzo, Italy EANO 2016 - 12th meeting of the European Association of Neuro-Oncology October 12 - 16 Mannheim, Germany J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 175 Scientific Events 3rd ISMINS Congress - International Congress on Minimally Invasive Neurosurgery October 18 - 21 Cairo, Egypt Innovations in Radiation Engineered Therapy November 14 - 15 Sunnybrook Health Sciences Centre Toronto, ON Canada 2nd Annual Meeting of Serbian Neurosurgical Society (SNSS) 21st Congress of Euroacademia Multidisciplinaria Neurotraumatologica 5th Congress in the Danube-Carpathian Region Joint Meeting with South East Europe Neurosurgical Society (SeENS) October 20 - 22 Novi Sad, Serbia 2nd CNS Anticancer Drug Discovery/Development Conference November 16 - 17 Fairmont Princess Hotel Arizona, USA 44th Annual Meeting of the International Society for Pediatric Neurosurgery October 23 - 24 Kobe Portopia Hotel, Japan 1st Theoretical & Practical International Course in Peripheral Nerve & Brachial Plexus Surgery November 30 - December 03 León, Spain 3rd World AVM Congress October 24 - 26 Silverado Resort Napa, USA December Neuroendoscopia Brasil Endoscopia Ventricular e da Base do Crânio October 26 - 28 Johnson’s Medical Innovation Institute São Paulo, Brazil November XXXVII Congreso Latinoamericano de Neurocirugía November 01 - 05 Cancún, Mexico 12º Congresso Brasileiro de Neurorradiologia November 04 - 05 São Paulo, Brazil Congresso Brasileiro de Radiocirurgia 2016 November 24 - 26 São Paulo, Brazil Tuebingen Online Course on Clinical Neurosurgery - Posterior & Anterior Fossa Lesions December 03 Cancún, Mexico V Latin American Congress of Neuroendoscopy GLEN 2016 December 15 - 17 Recife, Brazil 2017 March Annual Scandinavian Course in Neurosurgery March 19 - 24 Beitostolen, Norway J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 176 Scientific Events May 2018 5th Quadrennial Meeting of the World Federation of NeuroOncology Societies (WFNOS) May 04 - 07 Kongresshaus Zurich - Zurich Switzerland March June Annual Scandinavian Course in Neurosurgery March 18 - 23 Beitostolen, Norway 5th International CNS Germ Cell Tumor Symposium Renaissance Columbus Downtown Hotel June 07 - 10 Columbus, OH, United States XVII Congresso Academia Brasileira de Neurocirurgia – ABNc June 14 - 17 Goiânia, Brazil August WFNS 2017 August 20 - 25 Istanbul, Turkey September 40 Annual Meeting of the European Society of Neuroradiology September 13 - 17 Malmo, Sweden October EUROSPINE 2017 October 11 - 13 Dublin, Ireland J Bras Neurocirurg 26 (2): 166 - 176, 2015 • Tecnologia com Radiocirurgia por Leksell Gamma Knife® PERFEXIONTM • Centro de Pós-Graduação credenciado pela World Federation of Neurological Surgeons • Programa de Residência Médica em Neurocirurgia, reconhecido pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e Comitê Nacional de Residência Médica do MEC desde 1993 • Centro de Referência e pioneiro na América Latina para Cirurgia da Base do Crânio desde 1987 • Neurorradiologia intervencionista com equipamentos de última geração (Philips Allura FD20)