Rosita Melo - Escola de Tango Profissional
Transcripción
Rosita Melo - Escola de Tango Profissional
Rosita Melo Rosa Clotilde Mele de Piuma Nascimento: 09/07/1897 - Montevideo - Uruguai Falecimento: 12/08/1981 (84 anos) - Buenos Aires - Argentina Pianista e compositora da Valsa “Desde el alma” Rosita Melo (Rosa Clotilde Mele Luciano) nasceu em 9 de julho de 1897 em Montevideo (Uruguai), filha mais nova de Miguel Mele e Rosa Luciano de Mele, ambos italianos. Ela foi batizada na Catedral de Montevidéu. Pouco tempo depois, em 1900, a família emigrou para a Argentina. Em Buenos Aires mostrou vocação para a música, que se revelou sua verdadeira paixão. Aos 4 anos de idade tocava piano de ouvido. Já na escola primária, nunca se afastou de seus estudos de música. Anos mais tarde formou-se como professora de piano e tornou-se concertista no Conservatório Thibaud-Piazzini. Deu concertos de música clássica e popular nos maiores centros culturais da época, recebendo inúmeras medalhas e prêmios. Ela foi nomeada representante da música em uma cerimônia realizada no Teatro Colón de Buenos Aires, ocupando o palco correspondente ao SADAIC (Sociedad Argentina de Autores y Compositores) durante uma homenagem ao Dia da Mulher. Em 23 de fevereiro de 1922, Rosita se casou com o jovem poeta e escritor Victor Piuma Velez, que escreveu os versos de todas as suas composições musicais. Ao longo de sua vida, Rosita compôs tangos, valsas clássicas e criollas, pasodobles, polcas e marchas. Entre eles: “Oración”, “Tatita” e “Aquel entonces”, bem como as valsas “Yo te adoro”, “Por el camino”, “Una lágrima para papá”, “Cuando de ti ya lejos” e “Aquellos catorce años”. Rosita e Victor tiveram 3 filhos: Jorge Horacio Piuma, falecido em seu primeiro mês de vida, Hebe Lía Piuma e Emilce Susana Piuma. Em 28 de junho de 1976, Victor faleceu. Em 12 de agosto de 1981 Rosita Melo faleceu em Buenos Aires. Seus restos mortais estão no “Rincón de las Personalidades” no Cemitério da Chacarita, onde suas filhas ergueram um monumento. Desde el Alma Em 1911, aos catorze anos, no limiar da adolescência, Rosita compôs a sua primeira valsa “Desde el Alma”. Sem saber, ela tinha feito o que seria sua obra-prima, que iria trazê-la para a imortalidade. Rosita apenas dizia que era uma obra de sua adolescência. O tema da valsa é dedicado ao amor de uma mãe. Roberto Firpo havia gravado a valsa de Rosita na versão instrumental. Anos mais tarde, o marido de Rosita, Victor Piuma Vélez, escreveria a primeira versão da letra: Yo también desde el alma te entregué mi cariño humilde y pobre pero santo y bueno como el de una madre como se ama a Dios. Porque tú eres mi vida porque tú eres mi sueño porque las penas que en el alma tuve tú las disipaste con tu amor. Después de tanto dolor tu santo amor me hizo olvidar de la amargura que hasta ayer guardé dentro del alma y corazón. Perdona madre mía si me olvidé un instante de tus caricias de tus tiernos besos de todos tus ruegos Ay! perdóname. Pero si supieras la buena virgencita que hoy me consuela que me da alegrías en las horas tristes cuando pienso en ti. Perdona madre si un instante te olvidé perdóname, perdona madre que tu recuerdo nunca borraré. Em 1948, Rosita e Victor receberam um telefonema de Homero Manzi, pedindo para incluir a valsa “Desde el Alma” no filme “Pobre mi madre querida”, que seria estrelado pela grande atriz italiana Emma Gramática, Aída Luz e o já famoso Hugo del Carril, que cantaria. Manzi, então, propôs a Victor que escrevesse uma nova versão da letra para o filme, já que a primeira se dedicava ao amor materno, e era necessária uma letra amorosa. Esta nova versão da letra, gravada por Hugo del Carril, foi também assinada por Homero Manzi, a pedido de Victor: Alma, si tanto te han herido ¿Por qué te niegas al olvido? ¿Por qué prefieres llorar lo que has perdido, buscar lo que has querido, llamar lo que murió? Vives inútilmente triste y se que nunca mereciste pagar con penas la culpa de ser buena, tan buena como fuiste por amor. Fue, lo que empezó una vez. Lo que después dejó de ser Lo que al final por culpa de un error fue noche amarga del corazón. ¡Deja esas cartas! ¡Vuelve a tu antigua ilusión! Junto al dolor que abre una herida llega la vida trayendo otro amor. Alma no entornes tu ventana al sol feliz de la mañana No desesperes que el sueño más querido es el que más nos hiere, es el que duele más. Vives inútilmente triste y se que nunca mereciste pagar con penas la culpa de ser buena, tan buena como fuiste por amor. A valsa “Desde el Alma” sempre estará associada ao seu nome, como se a obra e a compositora fossem uma mesma entidade. Dizer “Desde el Alma” é nomear Rosita Melo. Referências bibliográficas https://es.wikipedia.org/wiki/Rosita_Melo. Acesso em 12 out 2016. https://en.wikipedia.org/wiki/Rosita_Melo. Acesso em 12 out 2016. http://www.rositamelo.com/biog.htm. Acesso em 12 out 2016. http://www.todotango.com/historias/cronica/183/Desde-el-alma-Desde-el-alma-un-vals-criollo-y-romantico/. Acesso em 12 out 2016. Elaborado por Monica Missaglia Escola de Tango Profissional - ETP História do Tango I Profs. Mario Ogas e Omar Forte Outubro/2016