Jornada sobre Variación geolectal y terminología
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Jornada sobre Variación geolectal y terminología
català Présentation Règlement Membres Español français galego italiano Português română ▸ Realiter ▸ Réunions et journées JORNADA SOBRE "VARIACIÓ GEOLECTAL I TERMINOLOGIA" Activités Réunions et journées 24 de Novembre de 2004 Auditori de la Universitat Pompeu Fabra La Ramble 30-32 - BARCELONA Documents fondamentaux Lexiques Realiter Téléchargements Inventaire des producteurs de terminologie 7e Journée scientifique Realiter 2011 1ère journée technologique Realiter 2011 Duas questões em discussão : o que são brasileirismos nos dicionários de Língua Portuguesa ? Existem brasileirismos terminológicos ? (Enilde Faulstich) Pour le français : réflexions et pratiques sur la variation topolectale en terminologie (Tina Célestin) Neologia terminológica e variação geolectal (português europeu, português brasileiro e francês hexagonal) : um projecto de cooperação / Néologie terminologique et variation géolectale (portugais européen, portugais brésilien et français hexagonal) : un projet Realiter bénéficie du de coopération (Ieda Maria Alves ‐ Isabel Desmet) soutien de la Délégation générale à la langue La selecció de variants dialectals en terminologia (Rosa Colomer y Jordi Bover) française et aux langues de France (DGLFLF) Les aportacions perifèriques en terminologia catalana : una qüestió oberta (Xavier Rull) Unidad en la variación : la terminología del español y las marcas diatópicas (Joaquín García Palacios) Variation géolectale et terminologie en Roumanie et en République de Moldavie (Ioana Vintilă‐Rădulescu) Antenas Neológicas : la neología y el estudio de las variantes gelolectales del español (Judit Freixa) Conferència final del professor Bernard Quemada, fundador de REALITER : La terminologie partagée et la promotion des langues romanes. Regards sur la genèse de Realiter Comitè científic Louis‐Jean Rousseau Ieda Alves M. Teresa Cabré Secrétariat de Realiter Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine 131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39 [email protected] Generated by www.PDFonFly.com at 5/11/2011 7:47:15 AM URL: http://www.realiter.net/spip.php?article207 català Présentation Règlement Membres Activités Réunions et journées Realiter Español français galego italiano Português română Réunions et journées DUAS QUESTÕES EM DISCUSSÃO : O QUE SÃO BRASILEIRISMOS NOS DICIONÁRIOS DE LÍNGUA PORTUGUESA ? EXISTEM BRASILEIRISMOS TERMINOLÓGICOS ? Documents fondamentaux Enilde Faulstich Lexiques Realiter 1. Ponto de vista geral Téléchargements Estudar brasileirismos na Língua do Brasil é penetrar em um universo de ambigüidades conceituais em que se misturam pontos de vista bastante diferenciados, no que diz respeito à formação de tais expressões. Para fins de compreensão do ponto de vista crítico, que apresentaremos mais adiante, serão expostos, de maneira sucinta, pontos de vista que procuraram definir brasileirismos na língua portuguesa. Inventaire des producteurs de terminologie 7e Journée scientifique Realiter 2011 1ère journée technologique Realiter 2011 Realiter bénéficie du soutien de la Délégation générale à la langue française et aux langues de France (DGLFLF) Para João Ribeiro (1889), citado por Pinto [1]. Rio de Janeiro : Livros Técnicos e Científicos ; São Paulo : EDUSP, 1978.], “brasileirismo é a expressão que damos a toda casta de divergências notadas entre a linguagem portuguesa vernácula e a falada geralmente no Brasil.” (p. 333). No excerto de Ribeiro, brasileirismo é enfocado primordialmente sob o ponto de vista da língua oral. Anos mais tarde, já em 1905, o mesmo autor amplia a perspectiva de definição de brasileirismo quando diz que “os colonos trouxeram no século XVI as mesmas qualidades e a mesma linguagem idiomática dos precursores da época clássica ; muitos dos chamados brasileirismos de expressão, e até de prosódia, acham-se em perfeita concordância com certas peculiaridades dos séculos XIV e XV...” (p. 352). Nesta nova classificação, Ribeiro inclui os brasileirismos lexicais, quando se refere ao plano da expressão. Carneiro Ribeiro, em 1890, declarara que “brasileirismos são vocábulos ou locuções da língua portuguesa falada pelos brasileiros, ou modos de dizer especiais do idioma luso-brasileiro.” Para esse autor, os brasileirismos ou são léxicos ou são sintáticos, assim “os primeiros respeitam às palavras, já consideradas em seus elementos fônicos, já em sua própria forma ; os segundos dizem respeito à frase, ao tecido mesmo do discurso.” Carneiro Ribeiro reconhece nos brasileirismos não só os elementos claramente por ele referenciados, mas, ainda, a diversidade fonética nacional, em relação ao falar ibérico. Em artigo de 1958, Rodrigues informa que “nesta contribuição apresentamos justamente uma série de brasileirismos de origem ameríndia com étimos documentados” [2]. E complementa : “consideramos documentado um étimo, quando ocorre um dos seguintes fatos : a) são atestados na língua indígena a mesma forma e o mesmo sentido do brasileirismo em questão ou forma e sentido ligeiramente diferenciados ; b) o brasileirismo provém evidentemente de um composto, cujos componentes são atestados na língua indígena (o composto só é considerado evidente, quando ele se explica pelos padrões de composição da língua indígena e apresenta sentido condizente com o de brasileirismo).” N a c o n t i n u i d a d e d e s e u t e x t o , R o d r i g u e s i n f o r m a q u e s e r ã o consideradas apenas palavras provenientes do tupinambá, pois é do “tupinambá que procede maior quantidade de brasileirismos”. Das palavras do autor podemos concluir que os brasileirismos por ele estudados são provenientes de “étimos tupinambás.” (p. 6) Melo (1972) concebe que há somente um tipo de brasileirismo, o de natureza semântica, ao afirmar q u e “entende por brasileirismos de significação as muitíssimas palavras portuguesas que, sem perderem o antigo, adquiriram nesta banda do Atlântico novo ou novos significados.” [3] E completa : “Trata-se de um crescimento semântico da palavra, um enriquecimento por dentro, com economia de vocábulos.” Para Silva Neto (1979), o “qualificativo de brasileirismo só se deve aplicar a palavras de uso exclusivamente regional. Para nomes de árvores, animais e palavras de uso geral [...] é preciso usar o qualificativo de português do Brasil.” [4] Silva Neto percebe brasileirismo somente no plano lexical da língua, tanto na variação horizontal, a geográfica, quanto na variedade vertical, que organiza os quadros taxonômicos do conhecimento humano. No seu artigo Brasileirismo, Afrânio Peixoto [5] diz que « decidiu a Academia Brasileira considerar como tais [brasileirismos] as palavras de uso nacional, estranhas ao hábito lusitano, umas de origem regional, outras de gíria das capitais, quando todavia autorizadas ou abonadas por um escritor. O seu dicionário [da Academia] deverá recolher todos estes vocábulos e expressões - nossa colaboração à língua comum - com essas respectivas abonações. » Peixoto aponta a questão internamente, porém informa que somente é brasileirismo a expressão escrita que tiver testemunho de autoridade. Ao tratar das questões do Modernismo e da língua portuguesa no Brasil, Lessa (1976) equivale brasileirismos a termos populares. No caso, termos populares são “termos e expressões que habitualmente só empregamos no linguajar descuidado, os quais sentimos pertencerem, caracteristicamente, à linguagem corrente.” E mais : “termos e expressões que, no consenso unânime dos que falamos o português do Brasil, são próprios da língua falada, coloquial ou plebéia.” [6] Lessa interpreta os brasileirismos sob o sentimento de que tais termos e expressões só são usados no plano da língua oral. Deixa ainda a forte impressão de que o brasileirismo pertence a um nível de língua abaixo do que seja o “padrão”, o que cria uma certa contradição com outra declaração do mesmo autor, quando diz que os brasileirismos pertencem caracteristicamente à linguagem corrente. Para Maria Tereza C. Biderman (1998), apud Pires de Oliveira [7], 1999:95, brasileirismo é "qualquer fato lingüístico (palavra, expressão ou seu sentido) próprio de uma ou de outra variedade regional do português do Brasil, com exceção da variedade usada no eixo Rio - São Paulo, que se considera como o português brasileiro padrão, isto é, a variedade de referência, e com exclusão também das variedades usadas em outros territórios lusófonos". Biderman se serve de dois critérios para remarcar brasileirismos, quais sejam, um critério social, com ênfase a um “português brasileiro padrão” e outro sócio-geográfico, ao excluir os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo do mapa em que é possível criar brasileirismos. http://www.realiter.net/spip.php?article209 Page 1 / 5 Como demonstrado, as definições correntes de brasileirismo relacionam essas unidades lexicais a fontes etimológicas difusas – indígenas, linguagem portuguesa vernácula e a falada geralmente no Brasil, vocábulos ou locuções da língua portuguesa falada pelos brasileiros, palavras portuguesas que adquiriram novo ou novos significados no Brasil, palavras de uso exclusivamente regional, brasileirismos de origem ameríndia, termos e expressões que habitualmente só empregamos no linguajar descuidado -, entre outros pontos de vista que deixamos de apresentar aqui porque, de uma forma ou de outra, a conceituação se situa na mesma esfera. A contradição que encontramos no fundo da questão é que grande número de brasileirismos é etiquetado, na lexicografia tradicional, com marcas de uso que os tipificam como pertencentes a linguagens de especialidade. Porém, nenhum autor separa os brasileirismos por tipo, de acordo com o discurso a que serve, se ao uso comum, se ao uso especializado. Mediante o exposto, nosso ponto de vista é o de que, para classificar brasileirismo como entidade pertencente à lexicologia da língua ou como entidade pertencente às terminologias científicas ou técnicas, será preciso, em primeiro lugar, compreender o processo lingüístico em que se formaram e o universo extralingüístico em que foram criados ; em seguida, investigar se as questões relativas ao conceito são idênticas às de significado etimológico. Depois disso, será possível responder se existem ou não brasileirismos terminológicos. Para esse fim, apresentaremos aqui, em breves palavras, uma discussão em torno de brasileirismo, que considere : i) uma definição boa de brasileirismo diante de outras para as quais temos críticas ; ii) as marcas de uso que dão ao brasileirismo o estatus de brasileirismo terminológico ; iii) a abrangência dos brasileirismos no universo lexicológico e terminológico, com base na formação (lingüística) dessas unidades ; iv) a criação (extralingüística) ; v) conceito de brasileirismo X significado etimológico. E finalmente dizer o que é brasileirismo terminológico. Para análise de dados, servimo-nos do Novo Dicionário Aurélio – Século XXI (NDA) [8], cuja obra fornece 25 273 brasileirismos e apresenta como vantagem a pesquisa reversa, o que nos possibilita extrair do corpo geral da obra exclusivamente os brasileirismos com marca Bras. Esse método nos dá confiabilidade como recurso para a análise. Vale observar que o conceito de brasileirismo no NDA diverge dos conceitos dos autores supramencionados, no sentido de que este dicionário não estabelece uma correlação a priori entre brasileirismo e variação vertical. Ao contrário, para o NDA, brasileirismo é um conceito genérico e meramente geográfico, a tal ponto que as distinções entre brasileirismo de significação de Melo, brasileirismo e português do Brasil de Silva Neto ficam neutralizadas. Por outro lado, o NDA registra uma grande quantidade de brasileirismos com marcas de especialidade, transformando um conceito genérico em específico, sem fazer menção disso em qualquer parte da obra. Observemos a presença ou a ausência desses princípios nas 5 definições para brasileirismo que o NDA apresenta : 1. E. Ling. (na área de estudos da linguagem) Palavra ou locução própria de brasileiro (2). 2. E. Ling. (idem) Modismo próprio da linguagem dos brasileiros. 3. E. Ling. (idem) Idiotismo do português do Brasil. 4. Bras. (brasileirismo) Caráter distintivo do brasileiro e/ou do Brasil. 5. Bras. (brasileirismo) Sentimento de amor ao Brasil ; brasilidade. Em resumo, no NDA são rotulados brasileirismos, fatos de ordem etimológica e fatos de ordem pragmática, combinados com outros usos, de tal forma que, por vezes, as marcas se acumulam numa mesma entrada, como nos exemplos seguintes : Caderneta de poupança. Bras. Econ. 1. Conta bancária na qual são creditados periodicamente juros e correção monetária ; conta de poupança. 2. O certificado correspondente a tal conta (antigamente, uma caderneta). [Tb. se diz apenas poupança.] Comentário : caderneta de poupança é uma unidade complexa com duas marcas ; uma indica a origem brasileirismo e a outra indica a área de especialidade economia. Estas duas marcas servem às duas definições subseqüentes à entrada. fábula 8. Bras. Quantia ou importância muito elevada ; grande soma de dinheiro. [Tb. se diz, nesta acepç., fábulas, mas sem artigo.] [Dim. irreg. : fabela. Cf. fabula, do v. fabular. ] Comentário : somente a acepção 8, do verbete fábula, é um brasileirismo, de natureza semântica, conceitual, porque marca só uma definição, entre as várias que compõem o verbete ; não é um brasileirismo terminológico, pois não apresenta qualquer marca de área de especialidade, e, de fato, é uma forma de uso corrente, popular, na língua. farinha 3. Bras. PA MG SP MT Bot. Pequena árvore da família das leguminosas (Dimorphandra mollis), de casca grossa, flores pequenas, amarelas, dispostas em espigas protegidas por brácteas, e cujo fruto é vagem carnosa e achatada, com sementes cilíndricas, sendo a polpa rica em rutina ; barbatimão-defolha-miúda, barbatimão-falso, faveiro-do-cerrado. Comentário : farinha, na acepção 3, é um brasileirismo, com seguidas marcas geográficas que indicam o uso em estados brasileiros, a saber, no Pará, em Minas Gerais, em São Paulo, em Mato Grosso e, ao final, a marca de especialidade indica ser da área de botânica. Em continuidade, gostaríamos de remarcar que a falta de precisão no entendimento de brasileirismo nos levou a reconsiderar o emprego dessa expressão, em relação aos fatos lingüísticos que refere. Entendemos que, no âmbito do léxico e, particularmente, da lexicografia, deve ser feita a distinção entre a etimologia e o emprego de uma palavra ou acepção. O uso de uma palavra, especificamente no Brasil, não é o critério unicamente válido para fixar o conceito de brasileirismo, porque, por exemplo, uma dada palavra pode ser de uso corrente no Brasil e já ser considerada um arcaísmo em Portugal, ou uma palavra pode ser usada no Brasil mas a origem é estrangeira. Da mesma forma, a etimologia por si só não é o critério mais preciso, mas, sim, a etimologia combinada com a criação, a formação e a significação da palavra em causa. Assim, na tentativa de criar um novo conceito que circunscrevesse brasileirismo no âmbito geográfico de formação e de criação, Faulstich e Strehler, em 1998, [9] elaboraram a seguinte definição : Brasileirismos são palavras, locuções e outras estruturas sintagmáticas criadas e formadas no Brasil, com base em formantes já existentes no vernáculo, abandonando-se o ponto de vista de que adstratos e substratos são brasileirismos porque fazem parte do uso brasileiro do português. 1. 2. Existem brasileirismos terminológicos ? As reflexões apresentadas até agora servem para tipificar brasileirismos na língua comum. Feito isso, a posição que assumimos, a partir de então, é a de perquirir se existem brasileirismos terminológicos, pois os dados analisados nos permitem constatar que há uma certa quantidade de brasileirismos cujo quadro conceitual é mais de natureza terminológica do que de língua comum. Por outro lado, o quadro conceitual em que se inserem os ‘brasileirismos terminológicos’ demonstra que essa categoria não se enquadra em qualquer definição existente acerca de brasileirismo da língua comum. Para isso, elaboramos alguns critérios que subsidiam uma resposta à questão. Os critérios surgiram da análise dos dados, constantes do NDA, em decorrência dos seguintes procedimentos metodológicos : 1) lemos todas as entradas que, no NDA, apresentam a rubrica Bras. (brasileirismo), num http://www.realiter.net/spip.php?article209 Page 2 / 5 total de 25 273 ; 2) selecionamos brasileirismos que contêm marcas de áreas de especialidade ; que aparecem com a indicação de origem latina, ou que não apresentem nenhuma informação sobre a origem, mas que são palavras vernaculares, pois buscamos saber a origem ; que aparecem com a marca Bras. acompanhada de marca regional e de marca de especialidade ; que aparecem com a marca Bras. seguida de outras marcas, como Pop (popular), Fig. (figurado), Fam. (familiar), Chulo, Gír (gíria) e Irôn. (irônico), desde que apresentem também marca de área de especialidade. 3) rejeitamos as palavras marcadas com Bras. e com a indicação de que são de origem estrangeira ; marcadas com Bras., mas de origem tupi ou africana ; marcadas com Bras., formadas no Brasil, porém com a indicação de ser o termo primitivo de origem estrangeira ; que, apesar de sabermos que deveriam ser marcadas com Bras., não apresentam nenhuma marca indicativa ; que aparecem com a marca Bras. seguida de outras marcas, como Pop (popular), Fig. (figurado), Fam. (familiar), Chulo, Gír (gíria) e Irôn. (irônico), mas que não apresentem marca de área de especialidade. 1.3. Delimitação de critérios Para a delimitação de critérios de brasileirismos terminológicos, analisamos a lista de palavras do NDA, com especial atenção às que contivessem marca de brasileirismo seguida, obrigatoriamente, de marca de área de especialidade. A título de ilustração, apresentamos alguns casos : feijoada [De feijão + -ada1, com desnasalação.] S. f. 3. Bras. Cul. Prato típico nacional, preparado com feijão [10], em geral preto, toucinho, carne-seca, carnes de porco salgadas, lingüiças, etc. [No N.E. do Brasil, leva, além de tudo isso, vários legumes, como quiabo, maxixe, couve, abóbora, etc.] Comentário : feijoada é brasileirismo da área de culinária. macaca1 [Fem. de macaco.] S. f. 8. Bras. RJ Tip. Entre gráficos e revisores, asterisco(s) que se coloca(m) entre parágrafos. Comentários : macaca1 é substantivo feminino, brasileirismo, usado no Rio de Janeiro, da área de tipografia. O NDA informa que é “feminino de macaca’, no entanto nós consideramos esta informação indevida, uma vez que ‘macaco / macaca’ são animais primatas, enquanto ‘macaca’ com marca de brasileirismo não guarda qualquer significado com o genérico animal. quarta-de-final S. f. Bras. Esport. 1. Num torneio disputado por eliminação, etapa em que se realizam quatro jogos, com oito times buscando a classificação às semifinais. Comentário : quarta-de-final é substantivo feminino, brasileirismo da área de esportes. unha [Do lat. ungula.] S. f. 15. Bras. Constr. Nav. Peça abaulada que se coloca numa vigia, de dentro para fora, a fim de ventilar o interior do navio. Comentários : unha é substantivo feminino, brasileirismo, da área de construção naval. Com base na análise de dados, elaboramos os critérios abaixo para delimitar brasileirismo terminológico. Assim sendo, para que uma palavra seja considerada um brasileirismo terminológico, deve, no nível de unidade simples e no nível de unidade composta ou complexa, admitir num crescendo : 1. a marca Bras. ; _ 2. a marca Bras., seguida ou não de quaisquer outras marcas sociais, geográficas ou estilísticas ; _ 3. a marca Bras., seguida ou não de quaisquer outras marcas sociais, geográficas ou estilística, seguida de marca de área de especialidade. OU palavra = + marca Bras. ± marca social, geográfica ou estilística + marca de área de especialidade ↓ termo ↓ brasileirismo terminológico Estes critérios serviram de fundamento para desenvolvermos uma nova categoria de brasileirismo, que tem na base um quadro conceitual de especialidade com um foco distante do uso da língua comum. Passamos, desse modo, a considerar que existem brasileirismos terminológicos, e, para esse fim, elaboramos a seguinte definição : Brasileirismo terminológico é palavra, locução e outra estrutura sintagmática criada e formada no Brasil, que tenha significado autonômico e esteja encerrado num conceito de especialidade, que possibilite reconhecer a área a que pertence. (Faulstich, 2004, REALITER) http://www.realiter.net/spip.php?article209 Page 3 / 5 No NDA, há muitos brasileirismos que não apresentam marca da área de especialidade, mas que sabemos serem brasileirismos terminológicos, porque as definições que aparecem no dicionário são transparentes no que diz respeito ao significado e possibilitam a inclusão em áreas de especialidade, ainda que não estejam marcadas no dicionário, como : superquadra [De super- + quadra.] S. f. Bras. DF 1. Área residencial aberta ao público, em contraposição a condomínio fechado, com uma única entrada para veículos, emoldurada por larga faixa verde densamente arborizada, com edificações de gabarito uniforme de seis ou três pavimentos sobre pilotis livres, e equipamentos de uso comum, como playgrounds e escolas [Em Brasília, ficam situadas em quatro seqüências contínuas, ao longo do eixo rodoviário.] Comentário : superquadra é substantivo feminino, brasileirismo, usado no Distrito Federal, das áreas de arquitetura [Arquit.] e urbanismo [Urb.] udenismo S. m. Bras. 1. O ideário da UDN (União Democrática Nacional), agremiação política fundada em 1945, após a redemocratização do Brasil, e extinta em 1965 ; o programa, o espírito desse partido. 2. Filiação a esse partido, ou simpatia por ele. Comentário : udenismo é substantivo masculino, brasileirismo, da área de política [Polít.] Diante do exposto, defendemos que há brasileirismos de distintas naturezas, pois uma entrada lexicográfica que seja contemplada com a marca de Bras., com marca(s) de uso em área(s) de especialidade e com definição própria que indique a especificidade do significado vincula termo à densidade conceptual e à função no discurso. 4. Conclusão Anexo Alguns brasileirismos terminológicos [11] abano [De a-4 + lat. vannu, ’joeira’, ’crivo’.] 5. Bras. Bot. V. abaneiro. Comentário : brasileirismo, da área de botânica. abaneiro [De abano + -eiro.] S. m. Bras. Bot. 1. Planta da família das gutíferas (Clusia fluminensis), muito ornamental graças às folhas arredondadas e às esplêndidas flores, e cuja casca se utiliza nos curtumes por conter cerca de 15% de tanino ; abano, manga-da-praia, mangue-bravo, mangue-da-praia. Comentário : brasileirismo, da área de botânica abrazô [Var. de ambrozô.] S. m. Bras. Cul. 1. Bolinho feito de farinha de milho ou de mandioca misturada com azeite-de-dendê, pimenta e outros temperos, e frito nesse azeite ; ambrazô, ambrozô. Comentário : brasileirismo, da área de culinária. agrovila [De agro-2 + vila.] S. f. Bras. Neol. 1. Núcleo de povoamento, com serviços integrados de comunidade, planejado e construído para abrigo e prestação de assistência aos construtores de estradas de penetração e a suas famílias. Comentário : brasileirsmo, neologismo ; deveria conter a marca Arquit. e Urb. amiga [Do lat. amica.] S. f. 3. Bras. PE Cul. Caldo preparado com o do feijão, engrossado com farinha peneirada, e temperado com pimenta. Comentário : brasileirismo, usado em Pernambuco, da área de culinária. araponga [Var. de uiraponga.] S. f. Bras. 1. Zool. Ave passeriforme procniatídea (Procnias nudicollis), do Brasil médio-oriental e estemeridional. O macho é branco, sendo verde a zona nua da cabeça ; a fêmea é verde-azeitona na parte superior, amarelada com manchas escuras do lado ventral, o vértice e a garganta pretos. Alimenta-se exclusivamente de frutos, e o seu canto lembra os sons metálicos produzidos pelo bater de ferro em bigorna. [Sin. : ferreiro, ferrador, guiraponga, iraponga, uiraponga.] Comentário : brasileirismo, da área de zoologia. buzina [Do lat. bucina, por buccina.] S. f. 9. Bras. Constr. Nav. Conduto de ferro, fixo no convés, por onde passa a amarra dos navios. Comentário : brasileirismo, da área de construção naval. cabeça-de-chave S. 2 g. 2. Bras. Turfe Cavalo ou égua cujo número no páreo é o primeiro da chave (q. v.) que lhe corresponde, e que tem, ger., mais chance do que os colocados abaixo na mesma chave. Comentário : brasileirismo, da área de turfe. capela [Do lat. tard. cappella.] S. f. Bras. Mús. Grupo de foliões dos festejos populares juninos ; rancho. Comentário : brasileirismo, da área de música. gato [Do lat. cattu.] S. m. 8. Bras. Mar G. Objeto, serviço ou obra, feitos durante o horário de expediente e/ou com material do navio, sem autorização competente. Comentário : brasileirismo, da área de marinha de guerra. http://www.realiter.net/spip.php?article209 Page 4 / 5 pau [Do lat. palu.] S. m. Bras. Jorn. O ponto de exclamação, entre os revisores. Comentário : brasileirsmo, da área de jornalismo. redonda [F. subst. do adj. redondo.] S. f. Bras. Fut. A bola de futebol Comentário : brasileirismo, da área de futebol. reduzir [Do lat. reducere, ’reconduzir’ ; ’restringir’.] V. int. Bras. Autom. Engrenar marcha de maior poder de tração para diminuir a velocidade do veículo automóvel sem usar os freios. Comentário : brasileirismo, da área de automobilismo. roda [Do lat. rota.] S. f. Bras. Cap. Conjunto de cantadores, músicos e jogadores que formam um círculo para a prática da capoeira. Comentário : brasileirismo, da área de capoeira. serviço [Do lat. servitiu, ’a escravidão’, ’os escravos’.] S. m. 24. Bras. Esport. Em certos jogos, como tênis, tênis de mesa e vôlei, o saque ou uma série destes. Comentário : brasileirismo, da área de esportes. telão2 [De tela + -ão1.] S. m. Telev. Bras. 1. Tela grande, semelhante à de cinema, utilizada em shows, estádios esportivos, praças públicas, etc., para projeção de imagens de TV por meio de projetor multimídia (q. v.). [Cf. videowall.] Comentário : na área de televisão, é brasileirismo. vatapá S. m. Bras. 1. Cul. Prato típico da cozinha baiana, muito apimentado, feito com peixe ou galinha, a que se adiciona leite de coco, camarões secos e frescos, pão da véspera, amendoim e castanha de caju torrados e moídos, e que se tempera com azeite-de-dendê, além dos temperos habituais (sal, cebola, pimentão, coentro, cheiro-verde, etc.). Comentário : brasileirismo, da área de culinária. _____________________________ [1] PINTO, Edith Pimentel. O português do Brasil. Textos críticos e teóricos, 1 - 1820/1920 - Fontes para a teoria e a história [Seleção e apresentação da autora [2] RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. Contribuição para a etimologia dos brasileirismos. Revista Portuguesa de Filologia, Coimbra, Vol. IX, tomos I e II, 1958-1959, pp. 1-54. Extraímos do artigo de A. Rodrigues somente a parte em que apresenta os critérios para definir brasileirismo. [3] MELO, Gladstone Chaves de. Alencar e a língua brasileira. 3 ed., Rio de Janeiro, Conselho Federal de Cultura, 1972 [4] SILVA NETO, Serafim. História da língua portuguesa. 3 ed., Rio de Janeiro / MEC, 1979, p. 606 [5] Em separata da Revista de Filologia portuguesa, números 6, 7, 8 e 9, São Paulo, Nova Era, s/d, p. 1-52 [6] LESSA, Luiz Carlos. O modernismo brasileiro e a língua portuguesa. 2 ed. rev. ampl., Rio de Janeiro, Grifo, 1976, p. 46 [7] PIRES DE OLIVEIRA, Ana Maria P. ‘O português do Brasil : brasileirismos e regionalismos’. Tese, UNESP, Araraquara, SP, 1999 [8] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa – Século XXI. 3 ed. rev. e ampl, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999 [9] FAULSTICH, Enilde & STREHLER, René. Brasileirismos. Artigo não publicado, 1998 [10] feijão [Do lat. *phaseolonu < lat. phaseolu.] S. m. Semente de feijoeiro. [11] Os dados foram extraídos do NDA, que não reconhece brasileirismo terminológico, esta designação é de nossa responsabilidade. Secrétariat de Realiter Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine 131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39 [email protected] http://www.realiter.net/spip.php?article209 Page 5 / 5 català Présentation Règlement Membres Activités Realiter Español français galego italiano Português română Réunions et journées POUR LE FRANÇAIS : RÉFLEXIONS ET PRATIQUES SUR LA VARIATION TOPOLECTALE EN TERMINOLOGIE Réunions et journées Tina Célestin Annie Galarneau Robert Vézina Documents fondamentaux Lexiques Realiter Introduction Téléchargements La prise en compte de la variation lexicale dans le travail terminologique et lexicographique est devenue au fil des années une des préoccupations importantes des terminologues et des lexicographes s’intéressant aux langues de grande diffusion. Ainsi, dans un dictionnaire de langue générale ou à caractère terminologique, on a généralement recours au marquage linguistique pour décrire plus précisément l’usage qui est fait d’une unité lexicale, selon qu’on l’analyse d’un point de vue temporel, social ou géographique. Inventaire des producteurs de terminologie 7e Journée scientifique Realiter 2011 1ère journée technologique Realiter 2011 Realiter bénéficie du soutien de la Délégation générale à la langue française et aux langues de France (DGLFLF) C’est d’abord de la variation lexicale géographique, ou topolectale, qu’il sera question dans cette présentation, et plus précisément du traitement qui en est fait en terminologie française. La variation lexicale géographique peut être définie comme étant l’ensemble des différences qui touchent le vocabulaire d’une langue (sa composition ou son utilisation) en fonction des territoires où elle est en usage (continents, pays, régions, États, localités, etc.). En général, plus une langue est parlée sur un vaste territoire, plus cette variation géographique est perceptible. De manière à situer l’état actuel des réflexions sur ce type de variation en français et sur la pratique terminologique qui en découle, nous tracerons un bref portrait historique de l’évolution de la prise en compte du phénomène, principalement à travers l’expérience québécoise. Nous serons ainsi amenés à faire état des différents types de marquage topolectal qui sont utilisés dans la réalisation de travaux terminologiques francophones. Nous poursuivrons en abordant la problématique du marquage topolectal dans un contexte de terminologie multilingue. L’examen de ce contexte particulier nous conduira également à émettre quelques observations relatives à la façon de présenter les termes de langues différentes dans un ouvrage multilingue. I- La prise en compte de la variation topolectale dans la pratique terminologique 1- Un rappel historique La prise en compte de la variation topolectale en terminologie et en lexicographie de langue française a connu une évolution notable au fil des ans. De façon générale, l’histoire de la lexicographie française montre que les auteurs de dictionnaires ont eu tendance à proposer une version uniforme et monolithique de la langue et à négliger les particularismes propres au français parlé en dehors de Paris. Dans le cas des particularismes propres aux variétés de français parlées hors de France, cette réticence des lexicographes français s’est prolongée jusqu’à la fin des années 70 [1]. Conformément à cette vision plutôt centralisatrice de la langue, le français du Québec, comme d’ailleurs le français de Belgique et le français de Suisse, a été généralement perçu et décrit comme une variété régionale du français. Dans les années 60, l’Office de la langue française (créé en 1961) partage essentiellement cette vision des choses. Toutefois, il considère que l’usage doit s’aligner sur le français international (qui, dans les faits, correspond essentiellement au français de Paris) « tout en faisant sa place à l’expression des réalités spécifiquement nord-américaines » [2] . L’ouverture à l’expression des réalités nord-américaines est cependant fortement encadrée, et les canadianismes ne sont acceptés « que dans la mesure où ils sont sentis comme utiles et pratiquement irremplaçables » [3]. Le même principe est appliqué dans les travaux terminologiques effectués au Québec ; ceux-ci sont d’abord conduits dans une optique d’alignement sur le français en usage en France, orientation pondérée toutefois d’une certaine tendance à l’intégration des canadianismes. C’est ainsi que Fernand Sylvain et ses collaboratrices, en publiant le Dictionnaire de la comptabilité en 1977 [4], tentent de normaliser la terminologie comptable en proposant une terminologie utilisée ailleurs dans la francophonie, tout en faisant une place à quelques termes propres à la terminologie comptable employée au Canada. À partir des années 80 surtout, on constate une volonté accrue de valorisation des différentes variétés de français hors de France ; du coup, la pratique terminologique et lexicographique francophone tient compte de façon plus importante du phénomène de la variation géographique. Cette plus grande ouverture face aux différences d’ordre lexical qui marque le paysage francophone est en partie causée par les contacts de plus en plus étroits entre les différentes communautés ayant le français en partage ainsi que par une reconnaissance de l’importance des identités culturelles. Le français du Québec, le français de Belgique et le français de Suisse, notamment, sont désormais définis comme des variantes ou des variétés nationales de français [5], et les désignations de leurs particularités lexicales sont appelées respectivement québécismes, belgicismes et helvétismes. En ce qui touche la production terminologique effectuée à l’Office québécois de la langue française, on constate que les québécismes tendent à être évalués en fonction non seulement du respect de la grammaire française et du vocabulaire français commun, mais aussi en fonction des pratiques linguistiques des locuteurs québécois. ette nouvelle tendance est clairement perceptible, par exemple, dans la seconde édition du Dictionnaire de la comptabilité publié en 1982 sous le titre Dictionnaire de la comptabilité et des disciplines connexes. L’auteur principal de l’ouvrage affirme en préface qu’il souhaite « faire connaître ce qui est en usage ailleurs [qu’au Canada] de façon à ce que tous puissent saisir la portée des termes utilisés » [6]. L’objectif de son ouvrage n’est pas d’uniformiser les terminologies de la comptabilité et des domaines connexes puisque, selon lui, « il convient que chaque pays conserve ce qui lui est propre, pourvu que la langue ne soit pas fautive » [7]. 2- L’approche variationniste Des organismes de normalisation internationaux se sont prononcés en faveur de la reconnaissance de la variation géographique dans les travaux terminologiques unilingues français ou multilingues. Par exemple, l’ISO reconnaît que la variation géographique peut permettre de répondre plus adéquatement aux besoins terminologiques d’une communauté : http://www.realiter.net/spip.php?article210 Page 1 / 8 « Les notions et les termes qui figurent dans les normes internationales ont été élaborés pour usage international, mais ils peuvent être inacceptables tels quels dans un contexte national. Ce principe s’applique également aux langues officielles de l’ISO aux différents niveaux nationaux [8]. » Pour sa part, Realiter [9] soutient l’approche variationniste « qui consiste à refléter la variété des usages et des traditions terminologiques des différentes aires géographiques propres à chaque langue qui fait l’objet de travaux [10] ». Selon les principes relatifs aux pratiques terminologiques adoptés par Realiter, le choix des termes à proposer doit tenir compte « de l’usage observé, soit l’usage officialisé lorsqu’il existe, soit l’usage dominant parmi le public auquel le produit terminologique s’adresse [11] ». Comme les langagiers sont de plus en plus conduits à participer à des activités de traduction et de rédaction en tenant compte des spécificités culturelles de leurs publics cibles (ce qui correspond à un aspect important de ce qu’on appelle dans certains milieux la localisation), on peut considérer q u e l’approche variationniste s’inscrit dans un mouvement général d’adaptation culturelle des produits et services. En définitive, on peut faire un parallèle entre l’approche variationniste en contexte unilingue et celle de la valorisation et de la reconnaissance de la diversité linguistique en contexte multilingue. Dans les deux cas, on perçoit la volonté de préserver les identités culturelles nationales tout en encourageant la communication internationale. Dans cette optique, le Québec fait la promotion de la diversité linguistique pour veiller au maintien du statut du français sur son territoire et même pour favoriser le multilinguisme sur le plan supranational afin que le français occupe une place parmi les grandes langues partenaires. À l’heure actuelle, pour les auteurs de vocabulaires spécialisés, de glossaires, de lexiques et de banques de données terminologiques, le travail de description des variantes topolectales s’accompagne du défi constant de concevoir des outils qui répondent pleinement aux besoins du plus grand nombre de francophones possible ainsi qu’à leur besoin d’intercommunication. Le succès de cette entreprise réside notamment dans la concertation et l’é c h a n g e , a u s e i n d e l a francophonie, entre les experts d’un domaine donné et les langagiers, dans un esprit de respect de l’évolution linguistique des différentes communautés. 3- Les difficultés entourant la prise en compte de la variation topolectale Plusieurs ouvrages terminologiques produits ces dernières années s’inscrivent dans une tendance renforcée de valorisation de la diversité linguistique, laquelle se fonde sur une volonté de participation à l’enrichissement du français comme outil de développement national, supranational et international. Cette perspective relativement nouvelle entraîne avec elle un ajustement des pratiques méthodologiques sous-jacentes au travail terminologique. Car si concevoir l’importance de tenir compte de la variation géographique est une chose, réussir à la cerner correctement en est une autre. Ainsi, l e travail terminologique doit s’effectuer dans un souci constant de recherche de la documentation la plus vaste et la plus diversifiée possible et avec le recours à un bassin de spécialistes de divers domaines et provenant de différents États de la francophonie. En effet, l a variation terminologique sur le plan géographique constitue un phénomène linguistique complexe. Pour saisir de façon précise de quelle façon elle touche un champ terminologique donné, il faut généralement disposer de grands corpus représentatifs de l’usage des divers groupes professionnels concernés et des différentes communautés linguistiques prises en considération. Ces types de corpus ne sont pas toujours accessibles aux terminologues, et ces derniers doivent souvent s’en remettre aux indications à caractère topolectal qu’ils trouvent dans les ouvrages terminologiques et lexicographiques déjà existants. Ils peuvent néanmoins chercher à cerner la variation terminologique topolectale à l’aide des moteurs de recherche dans Internet, tout en gardant à l’esprit qu’il faut exploiter les données géolinguistiques du Web avec discernement et beaucoup de prudence. 4- Le marquage topolectal De façon générale, les terminologues qui relèvent des variantes topolectales dans les domaines d’activités sur lesquels portent leurs travaux [12] recourent à des marques topolectales pour caractériser ces variantes. Toutefois, bien peu d’entre eux font explicitement état des principes qui guident leur façon de marquer géographiquement les termes. Dans les ouvrages portant sur la terminologie, le traitement de la variation topolectale ne semble pas non plus avoir fait l’objet de travaux de réflexion d’envergure. Généralement, on se contente de souligner l’utilité du marquage topolectal [13] en indiquant uniquement qu’il est important d’associer à une variante topolectale un code alphabétique correspondant à la zone géographique où elle est employée (ce qu’il convient de qualifier de marquage topolectal de terme ). Certains principes généraux sont néanmoins connus et partagés par plusieurs organismes dédiés à la production terminologique. Ainsi, l’ISO préconise le recours à la catégorie usage géographique « pour indiquer des différences d’emploi des termes, à l’échelle locale, régionale ou nationale [14] » et suggère que soient identifiés les usages géographiques à l’aide de symboles de pays ou par un nom de continent. S’il est disponible et pertinent, l’identifiant de l’usage géographique devrait prendre la forme d’un symbole de pays (ou de l’une de ses subdivisions) spécifié dans la norme ISO 3166 [15]. À ce sujet, l’ISO suggère des codes alphabétiques à deux ou à trois lettres. Ainsi, on peut faire référence à la Belgique par BE o u BEL, et au Canada par CA o u CAN, et au Québec par QC. Cette façon de faire a également été adoptée par la Conférence des services de traduction des États d’Europe occidentale [16]. Par ailleurs, Realiter se prononce en faveur d’un marquage topolectal souple à l’intérieur duquel une marque n’a pas de valeur exclusive, le terme marqué pouvant circuler ou être utilisé dans d’autres zones de la latinité. À cet effet, Loïc Depecker [17], lors de la 7e réunion de coordination de Realiter tenue à Rome en juin 1998, a précisé que « le sens d’une marque topolectale indique de façon générale, et sauf indication contraire, que le terme est particulièrement utilisé (ou a fait l’objet d’une proposition) dans la zone géographique notifiée [18] ». Pour l’essentiel, la même valeur est donnée à la marque topolectale dans la production terminologique de l’Office québécois de la langue française. 5- L’importance du phénomène de la variation géographique http://www.realiter.net/spip.php?article210 Page 2 / 8 Malgré quelques différences, il ne faut pas perdre de vue que la grande majorité des termes et expressions diffusés, par exemple, dans Le grand dictionnaire terminologique (GDT) sont dans les faits en usage à la fois en France, au Québec et dans les autres pays de la francophonie [19]. L’harmonisation des termes demeure d’ailleurs un idéal toujours poursuivi par la pratique terminologique. Un relevé très approximatif nous a permis d’établir quelques statistiques quant à la présence de la variation topolectale à l’intérieur de la partie française du Grand dictionnaire terminologique. À ce jour, nous estimons à près de 0,75 % la proportion de fiches diffusées dans lesquelles au moins un indicatif de pays est utilisé pour rendre compte de la variation géographique touchant un terme français. Si on ajoute à ce pourcentage la proportion de fiches diffusées qui comportent des indications topolectales fournies à l’intérieur de notes, nous obtenons un total d’un peu moins de 2 %. De même, dans la banque Termium Plus, produite par le Bureau de la traduction du Canada, le pourcentage de fiches terminologiques qui comportent au moins une marque topolectale dans leur volet français est d’environ 1,1 % [20]. Ces faibles pourcentages indiquent que la variation topolectale ne touche qu’une très petite partie du lexique spécialisé francophone. Cependant, il ne faut pas oublier que le contenu d’une banque terminologique comme le GDT (qui compte environ 3 millions de termes français et anglais) témoigne de trois décennies de production terminologique et qu’une partie de ce contenu reflète les orientations normatives des années 70 et du début des années 80, moins ouvertes à la variation. Si tout le contenu du GDT reflétait les orientations actuelles, le pourcentage de fiches terminologiques qui comporteraient une marque topolectale serait sans doute un peu plus élevé. La validité de cette assertion se trouve en partie vérifiée lorsqu’on examine l’état de la variation topolectale dans la toute dernière édition du Dictionnaire de la comptabilité et de la gestion financière (2004), dont environ 7 % des entrées françaises comportent une marque topolectale [21]. L’attention toute particulière qui a été portée au phénomène de la variation géographique dans ce domaine spécialisé explique pour une bonne part pourquoi ce pourcentage est plus élevé que ce qu’on trouve dans le GDT. L’écart s’explique également en raison du fait que le domaine de la comptabilité et de la gestion financière est plus sujet à la variation géographique que, par exemple, la chimie ou les mathématiques. Somme toute, on peut avancer que la variation topolectale ne touche qu’une frange du lexique spécialisé francophone. Ce constat vient renforcer l’idée selon laquelle les différences topolectales sur le plan terminologique constituent des signes de la richesse lexicale du français qui sont peu susceptibles d’affecter l’intercompréhension entre les francophones de différentes communautés. La reconnaissance des variantes topolectales dans les travaux propres aux différentes variétés nationales de français apparaît d’autant plus légitime. 6- Les cas de non-marquage La décision et la façon de recourir à des marques topolectales dans un travail terminologique dépendent principalement des objectifs poursuivis et du public visé. Ainsi, une fiche terminologique ou un glossaire élaboré par des francophones belges et pour des francophones belges pourrait proposer des marques uniquement pour les usages géographiques différents de ceux qui ont cours en Belgique, les usages belges étant alors considérés comme la référence à partir de laquelle on établit les différences. Dans un contexte comme celui-là, un terme qui ne serait employé que sur le territoire belge ne serait pas identifié par une marque topolectale. En lexicographie, les auteurs du Dictionnaire québécois d’aujourd’hui (DQA) ont choisi de prendre comme objet de description l’intégralité du français en usage au Québec. En ne limitant pas leur travail au relevé des différences et en posant ainsi la variante québécoise au centre de leur description, ils ont opté pour l’usage d’un marquage topolectal inversé qui s’appliquait dès lors aux particularités du français en usage en France, variété de référence dans les ouvrages conçus en France. C’est ainsi que, dans le DQA, le terme traversier « navire spécialement aménagé pour faire traverser des passagers, des véhicules d’une rive à l’autre d’un cours d’eau » a été présenté sans marque, alors que son synonyme ferry-boat est porteur de la marque topolectale France [22]. ans le cadre d’un travail terminologique qui s’adresse à un public panfrancophone, l’absence de marquage peut prendre un tout autre sens. Ainsi, dans Le grand dictionnaire terminologique et la b a s e d e d o n n é e s Termium Plus, un terme sans marque topolectale est considéré comme appartenant à l’usage de l’ensemble des communautés linguistiques où le français a le statut de langue nationale (Belgique, Canada, France, Québec, Suisse, etc.) [23]. Par exemple, les termes daltonisme et produit intérieur brut, dont l’usage est partagé par les locuteurs de toutes les zones francophones, ne portent pas de marques topolectales dans ces deux banques terminologiques. De même, dans le cas d’un terme néologique, si on a pour objectif de le voir s’implanter dans l’ensemble de la francophonie, on s’abstient généralement de lui attribuer une marque topolectale indiquant la communauté où le terme a été créé ; cette façon de faire repose également sur le constat selon lequel les néologismes voyagent désormais rapidement d’une communauté à l’autre, notamment grâce à Internet (par exemple, dans le GDT, le terme hameçonnage [24], créé en avril 2004 par une terminologue de l’Office, est déjà attesté en Europe). D’ailleurs, o n ne saurait trop insister sur l’impossibilité d’établir une équivalence stricte entre l’origine géographique d’un terme et son aire d’utilisation, et ce, que ce soit en contexte de néologie ou non. Ainsi, le terme courriel , d’abord implanté au Québec, est désormais en usage non seulement au Canada, mais également en Europe. De même, le terme baladeur (équivalent français de Walkman), créé en France et officialisé en 1983, est implanté au Québec depuis déjà plusieurs années. II- Les types de marquage topolectal Lorsque la variation terminologique touche clairement une notion donnée sur le plan géographique, cette information d’ordre géographique peut être intégrée sur la fiche de terminologie de deux façons : par le marquage topolectal de terme ; par le marquage topolectal notionnel. Le marquage topolectal de terme consiste à attribuer à un terme une certaine territorialité ; autrement dit, ce type de marquage vise à décrire l’extension géographique d’un terme (ou bien d’une variante graphique, etc.). Quant au marquage topolectal notionnel, il consiste à associer à la notion traitée une appartenance géographique. 1- Le marquage topolectal de terme De façon générale, en terminologie, pour une notion donnée, dans une situation où il existe plusieurs termes distribués sur des territoires différents, chaque terme reçoit une marque topolectale correspondant à chacune des communautés où il est en usage. Par exemple, dans Termium Plus, sous ombudsman, le terme synonyme protecteur du citoyen est identifié comme propre à l’usage canadien, Commissaire du Parlement, comme propre au français de Belgique et médiateur, comme propre à la langue française en usage en France. http://www.realiter.net/spip.php?article210 Page 3 / 8 De la même manière, le Dictionnaire de la comptabilité et de la gestion financière de Louis Ménard (2004) recourt aux marques géographiques abrégées (codes alphabétiques à deux ou trois lettres) pour indiquer qu’un usage est propre à un pays ou à un État. Une liste en début d’ouvrage expose les différentes marques géographiques utilisées. Par exemple, dans l’article bond discount sont présentés l’équivalent français en usage au Canada, escompte d’émission d’obligations, e t l’équivalent français en usage en France et en Belgique, prime d’émission. Q u a n t a u x v a r i a n t e s t o p o l e c t a l e s p r é s e n t é e s d a n s Le grand dictionnaire terminologique, l’information qui permet de distinguer et de situer géographiquement des usages concomitants est f o u r n i e e n a b r é g é a u m o y e n d’u n c o d e a l p h a b é t i q u e ; l’u s a g e d e s t e r m e s m a r q u é s géographiquement peut aussi faire l’objet de notes explicatives. Les indicatifs qui sont actuellement le plus couramment utilisés sont QC (Québec), CA (Canada), FR (France), BE (Belgique) et CH (Suisse). Le cas échéant, des symboles peuvent être ajoutés en puisant dans la norme ISO 3166. Les notes qui accompagnent l’utilisation des marques topolectales permettent d’expliquer la nature et le sens des variations géographiques. Par exemple, le terme commanditaire, en usage au Québec, est accompagné de l’indicatif géographique QC, alors que le terme parraineur, en usage en France, est suivi de FR et d’une note explicative. Ce type de marquage, souvent le seul qui est mentionné dans les manuels de terminologie, n’est pas satisfaisant pour tous les cas de variation géographique. Ainsi, il ne permet pas de rendre compte du caractère particulier d’une notion qui correspond à une réalité propre à une communauté donnée ; dans un tel cas, c’est la notion elle-même qui est associée directement à un territoire. Le terme qui y est associé devient donc le seul auquel les usagers d’une même langue peuvent recourir pour désigner la notion en cause, et ce, indépendamment de la variété de langue qu’ils utilisent. On doit alors plutôt recourir au marquage topolectal notionnel. 2- Le marquage topolectal notionnel Le marquage topolectal notionnel vise à décrire l’extension géographique d’une notion associée à des réalités politiques, administratives, socioéconomiques, matérielles et culturelles qui sont propres à un État, à un ensemble d’États, à un peuple ou à un territoire donné. Ce type de marquage se rencontre notamment à l’intérieur de définitions et dans des notes explicatives. Mentionnons également la possibilité de recourir à un type de marquage qui s’apparente à une indication de domaine d’emploi, par lequel il est possible d’indiquer la territorialité d’une notion en choisissant, dans un menu déroulant, le nom de l’État ou d’un ensemble d’États où la notion traitée existe. 2.1- Le marquage intradéfinitionnel La marque topolectale intradéfinitionnelle peut être placée au tout début de la définition, en tant que proposition circonstancielle de lieu, ou bien à l’intérieur du texte de la définition. Ce type de marquage est tout indiqué lorsque la notion renvoie nettement à une réalité propre à une communauté linguistique. Cette appartenance à une communauté particulière est alors vue comme un trait définitoire. Selon ce principe, dans Le grand dictionnaire terminologique, la fiche correspondant au terme évaluateur agréé propose la définition suivante : « membre de l’Ordre des évaluateurs agréés du Québec, régi par le Code des professions », et Termium Plus propose, pour taxe sur les produits et services, la définition suivante : « taxe qui s’applique sur la plupart des produits et services offerts au Canada ». Certains auteurs préfèrent avoir recours à la marque topolectale de type marque de terme, c’est-àdire aux noms de pays complets ou sous forme de codes alphabétiques, pour indiquer les notions qui s’appliquent à des territoires géographiques déterminés. Les marques topolectales utilisées dans des cas comme ceux-là peuvent être placées au début de la définition, de manière à signaler que c’est la notion qui est marquée géographiquement. C’est cette méthode qui est utilisée dans le Dictionnaire de la comptabilité et de la gestion financière (2004). L’article goods and services tax est un bon exemple de ce type de marquage. Dans cet article, la marque (CA) est présentée devant la définition, plutôt qu’à côté du terme principal. On peut également recourir à une marque intradéfinitionnelle lorsqu’on définit une notion qui réfère à une réalité naturelle rattachée à un territoire donné. Lorsque la réalité à décrire connaît une distribution géographique particulière, la mention de cette aire de distribution constitue un trait définitoire important. Ce territoire (un continent ou une partie de continent, un hémisphère, un océan, etc.) ne correspond généralement pas à un territoire national d’une communauté francophone et il est le plus souvent plus vaste que ce dernier. Ainsi, dans Le grand dictionnaire terminologique, le terme bleuet est accompagné de la définition suivante : « Baie comestible bleu-noir d’Amérique du Nord […]. » 2.2- La présence d’indications de nature topolectale dans les notes explicatives Des indications de nature topolectale peuvent être données à l’intérieur de notes explicatives à caractère notionnel lorsque, pour une certaine notion décrite, de légères différences sont perceptibles dans les usages de différentes communautés linguistiques. La note sert alors à renseigner l’usager sur les particularités fines ou complexes de la notion selon le territoire où sont en usage les termes (ou le terme) qui la désignent. Dans Termium Plus, une note suit la définition donnée au terme passif : « En France et en Belgique, le passif comprend non seulement les capitaux empruntés […] mais aussi les capitaux propres. » II- La problématique de la variation topolectale en contexte de terminologie multilingue Tous les travaux terminologiques, qu’ils visent la rédaction d’une fiche de terminologie, l’élaboration d’o u v r a g e s t e r m i n o l o g i q u e s o u l e d é v e l o p p e m e n t d u c o n t e n u d e b a n q u e s d e d o n n é e s terminologiques, devraient être menés en suivant une politique éditoriale qui en détermine le cadre des valeurs et en définit les options terminologiques. De fait, les auteurs de produits terminologiques ont tout intérêt à se doter d’une telle politique éditoriale parce qu’elle explicite leur position concernant la norme linguistique et terminologique. Et c’est cette position qui influence les choix qu’ils doivent faire quant au terme principal à privilégier, à l’ordre de présentation des synonymes, aux critères d’acceptation des emprunts, à l’utilisation des marques topolectales, etc. Ces considérations valent autant pour les travaux unilingues que pour les travaux terminologiques bilingues ou multilingues. C e s c o n s i d é r a t i o n s p r e n n e n t t o u t e l e u r i m p o r t a n c e l o r s q u’i l e s t q u e s t i o n d e t r a v a u x terminologiques menés en collaboration avec plusieurs partenaires, que ce soit dans une optique unilingue ou multilingue. La terminologie telle qu’elle est pratiquée par exemple au sein de Realiter nous confronte à ces questions sur lesquelles les partenaires d’un projet doivent s’entendre. Il ne sera pas question ici de la recherche terminologique en tant que telle, mais de la présentation des résultats de cette recherche, même si une politique éditoriale couvre les deux volets. Selon nous, il est évident que la présentation des résultats est un aspect à ne pas négliger étant donné que la clarté du message diffusé en dépend. 1- La présentation d’ouvrages terminologiques multilingues : choix de la langue Le choix de la langue à partir de laquelle seront présentés les articles terminologiques constitue une des préoccupations des auteurs de produits terminologiques parce qu’il oriente leur travail. http://www.realiter.net/spip.php?article210 Page 4 / 8 Lorsqu’au Québec le besoin d’une terminologie en français se fait sentir dans des domaines ou des secteurs fortement anglicisés ou occupés par une autre langue, l’Office québécois de la langue française choisit généralement de présenter le résultat des recherches à partir de l’anglais ou d’une autre langue (langue source) vers le français (langue cible). Par exemple, dans le Lexique de la restauration chinoise, publié en 1984, les données sont présentées de l’anglais vers le français, en passant par le chinois. Par contre, dans des situations où le vocabulaire fait défaut en français, ou lorsque règne la confusion sémantique ou lexicale, l’Office publie des ouvrages terminologiques élaborés à partir du français et à l’intérieur desquels paraît également l’anglais afin de répondre aux besoins de traduction qui, au Québec, vont de l’anglais vers le français. Par exemple, le Vocabulaire de la chaussure (1982), le Vocabulaire de l’habillement (1994) et le Dictionnaire de l’industrie automobile (2001) présentent les données en partant du français. Dans le cas de travaux multilingues comme le Lexique panlatin d’Internet, publié en 1999, il a été convenu que l’ouvrage se présenterait comme une série de fascicules lexicaux qui se succéderaient selon l’ordre alphabétique des huit langues (selon leur appellation en langue originale) dans lesquelles la recherche avait été menée. On trouve donc, dans l’ordre, les lexiques catalan (catalán), anglais (English), espagnol (español), français, galicien (galego), italien (italiano), portugais (português) et roumain (românǎ). Étant donné les enjeux qui motivent les travaux de Realiter et qui peuvent être différents d’un pays o u d’un État à un autre, il convient évidemment qu’on se prononce sur le type de présentation souhaitée. Devrait-elle être toujours la même ? Quels seraient les besoins qui justifieraient des choix différents ? 2- L’article terminologique : choix du terme principal dans une langue et ordre d’apparition des autres langues Pour chacune des langues en cause, le choix du terme principal obéit aux mêmes règles que dans le cadre de travaux terminologiques unilingues. C’est la politique éditoriale adoptée par les auteurs qui guide le choix du terme à privilégier. Dans une perspective de travaux multilingues, quel terme principal doit-on retenir pour chacune des langues et quelle est l’influence de la variation topolectale sur ce choix ? Chaque produit terminologique obéit à des politiques d’édition qui lui sont propres, politiques qui comprennent notamment des règles de marquage. Cela explique les différences que l’on peut observer entre les articles terminologiques relatifs à une même notion, selon qu’ils sont présentés dans un produit terminologique ou dans un autre. Si on compare le traitement de la notion de « conversation entre internautes » dans quatre produits terminologiques différents, on peut constater qu’il existe des différences dans le choix du terme principal ainsi que dans le marquage ou le non-marquage du terme. Produit terminologique Terme principal Le grand dictionnaire terminologique (fiche de 1998) bavardage-clavier n. m. clavardage n. m. (fiche de 2003) CRITER (1999) causette n. f. familier Lexique panlatin d’Internet (1999) bavardage-clavier n. m. (QC) Termium Plus (2004) bavardage n. m. Le tableau révèle que le terme principal et les critères de marquage topolectal ne sont pas les mêmes dans tous les ouvrages, notamment lorsqu’il s’agit de propositions néologiques ; les choix effectués dépendent avant tout de la politique éditoriale adoptée. De même, à l’intérieur d’un article terminologique, lorsque des équivalents de plusieurs langues sont présentés, il convient que soit déterminé l’ordre de leur présentation. C’est l’ordre alphabétique des noms de langues (en langue originale) qu’ont adopté les auteurs du Lexique panlatin du commerce électronique disponible gratuitement dans Internet. Ces derniers ont toutefois choisi de placer les termes de la langue anglaise à part, pour faire la distinction entre les langues latines et l’anglais. Lexique panlatin du commerce électronique (2004) Section « langue française » Terme principal fra Équivalents catalán cat español spa galego glg italiano ita português por româno ron English eng 3- La présentation des synonymes par langue et présentation des marques topolectales En ce qui concerne la présentation des autres termes que le terme principal, par exemple les synonymes, même si aucune règle écrite n’explique leur ordre de présentation, nous savons que plusieurs facteurs l’influencent néanmoins. Parmi ces facteurs, notons la fréquence d’usage du terme, sa temporalité, l’aire géographique de son emploi, etc. Actuellement, à l’Office québécois de la langue française, ce sujet est étudié dans le cadre des réflexions suscitées par le d é v e l o p p e m e n t d u n o u v e a u m o d u l e d e p r o d u c t i o n d u Grand dictionnaire terminologique multilingue. http://www.realiter.net/spip.php?article210 Page 5 / 8 En observant la pratique terminologique qui se dégage de deux articles terminologiques, l’un extrait d u Lexique panlatin d’Internet (1999) et l’autre du Grand dictionnaire terminologique (2004), on constate que les synonymes d’une même langue sont généralement présentés selon un ordre déterminé par des considérations de nature linguistique ou extralinguistique propres à l’auteur de la recherche terminologique. En terminologie, cette façon d’établir l’ordre de présentation des synonymes est répandue. Lexique panlatin d’Internet (1999) Le grand dictionnaire terminologique (2004) bavardage-clavier (37) n. m. (QC) clavardage n. m. fra dialogue en direct n. m. bavardage-clavier n. m. fra causette n. f. [FRA] cyberbavardage n. m. fra clavardage n. m. (QC) bavardage en ligne n. m. fra cyberbavardage n. m. bavardage n. m. fra bavardage n. m. causette* n. f. fra causerie bavardage n. f. *mention, en note, de l’adoption officielle en France Pour alléger les difficultés inhérentes à des projets terminologiques portant sur une même langue, notamment dans le cadre de projets internationaux menés en partenariat, il peut être souhaitable, comme certains l’ont d’ailleurs proposé, que l’ordre alphabétique soit privilégié dans la présentation des synonymes, indépendamment de la marque topolectale qui leur est associée [25]. Opter pour l’ordre alphabétique dans la présentation des synonymes d’une même langue fait en sorte, entre autres, d’éliminer la prédominance d’une variante topolectale par rapport à une autre, ce qui peut être éventuellement un effet recherché. Présentation possible des synonymes dans l’ordre alphabétique clavardage n. m. bavardage-clavier n. m. (QC) fra bavardage n. m. fra bavardage n. m. fra causerie bavardage n. f. fra bavardage-clavier n. m. fra causette n. f. (FRA) fra bavardage en ligne n. m. fra clavardage n. m. (QC) fracausette n. f. fra cyberbavardage n. m. fra cyberbavardage n. m. fra dialogue en direct n. m. Lorsque plusieurs marques topolectales sont associées à un même terme, il serait souhaitable également qu’elles soient présentées l’une à la suite de l’autre, dans l’ordre alphabétique [26] . Ainsi, un terme propre à l’usage des communautés francophones de Belgique et de France serait suivi des marques BE et FR. Terme principal anglais : bond discount Équivalent français prime d’émission (BE et FR) Ce principe a l’avantage d’être facilement applicable dans le traitement terminologique des marques géographiques dans toutes les langues et il a d’ailleurs déjà été adopté dans le cadre de travaux terminologiques de Realiter. Ces considérations nous amènent à nous demander si cette façon de présenter des données terminologiques et les marques géographiques qui les accompagnent convient au public cible auquel on destine les produits terminologiques, qu’ils soient unilingues, bilingues ou multilingues. Les usagers d’un produit terminologique doivent pouvoir saisir facilement le contexte de communication visé. Voilà les préoccupations qui doivent être au cœur des discussions relatives à la mise au point d’une politique éditoriale sous-jacente à tout projet terminologique mené en partenariat. IV- Conclusion La recherche d’équilibre entre la valorisation des variétés nationales et le renforcement de l’appartenance à la francophonie justifie le recours au marquage topolectal dans les travaux de nature terminologique, et ce, même si la variation topolectale touche en fait très peu de termes et de notions dans le registre spécialisé de la langue. On ne peut donc qu’encourager la poursuite de la réflexion sur les marques topolectales et sur leur présentation. Il faut en effet toujours viser à faciliter l’interprétation adéquate des données figurant dans un produit terminologique ; le marquage topolectal s’avère d’ailleurs un outil utile à l’atteinte de cet objectif. Dans les produits terminologiques de langue française, rappelons que le marquage topolectal doit rester souple, d’autant plus qu’il est souvent difficile de disposer d’un corpus suffisamment vaste, diversifié et détaillé pour pouvoir rendre compte avec précision de la répartition géographique d’une variante. Par ailleurs, si une variante est utilisée dans plus d’une aire géographique, elle devrait être accompagnée de toutes les marques topolectales pertinentes et ces dernières devraient être présentées dans l’ordre alphabétique. Toutefois, lorsqu’un terme est en usage dans toutes les aires géographiques, aucune marque n’est évidemment nécessaire. De plus, il convient que les marques topolectales ne soient jamais considérées comme définitives, étant donné l’évolution constante de la langue et des usages. L’abolition progressive des distances et des frontières, rendue possible par les nouvelles technologies de l’information (dont Internet est un élément majeur) et par la multiplication des partenariats internationaux, crée des conditions idéales pour la diffusion des terminologies et favorise les contacts entres les différentes variétés d’une langue ainsi qu’entre des langues différentes. Dans un produit terminologique multilingue développé en partenariat, nous sommes d’avis que les équivalents de différentes langues devraient être présentés selon l’ordre alphabétique des noms de langues http://www.realiter.net/spip.php?article210 Page 6 / 8 De même, chaque nom de langue présenté devrait correspondre à celui en usage dans cette langue. Bien entendu, certains aspects que nous n’avons fait qu’effleurer doivent faire l’objet de réflexions supplémentaires par l’ensemble des intervenants afin qu’on puisse dégager un consensus quant au traitement de la variation topolectale dans les produits terminologiques multilingues. Enfin, étant donné que la langue n’est pas uniquement un instrument de communication, mais qu’elle constitue également un moyen d’expression de la culture des communautés, nous croyons que le marquage topolectal est un moyen de souligner positivement la richesse lexicale d’une langue telle qu’elle se manifeste dans ses différentes variétés. À l’heure où on insiste de plus en plus sur l’importance de l’adaptation culturelle, et donc linguistique, des produits et des services, les avantages du marquage topolectal deviennent indéniables. Bibliographie Conférence des services de traduction des États d’Europe occidentale. Groupe de travail terminologie et documentation (1990). CST : recommandations relatives à la terminologie, [Suisse], Conférence des services de traduction des États de l’Europe occidentale, Groupe de travail terminologie et documentation, 1 volume (f. mobiles). Depecker, Loïc (1998). [Sans titre], texte proposé par Loïc Depecker et adopté par les membres du Réseau présents à la 7e réunion de coordination de Realiter (Rome, 26-27 juin 1998). Ce texte constitue maintenant la section II (Traitement des anglicismes) d’un document intitulé Principes méthodologiques du travail terminologique, consultable en ligne sur le site de Realiter. DQA (1993). Dictionnaire québécois d’aujourd’hui , rédaction dirigée par Jean-Claude Boulanger, supervisée par Alain Rey, Saint-Laurent (Québec), Dicorobert inc., nouv. éd., xxxvii-1273 p. Complété par un Atlas géographique & historique, une Chronologie, un Dictionnaire de noms propres et des Annexes grammaticales. Dubuc, Robert (1985). Manuel pratique de terminologie, s. l., Linguatech, 158 p. Galarneau, Annie (2000). Traitement des nord-américanismes et prise en compte du contexte nordaméricain dans le Nouveau Petit Robert, mémoire de maîtrise, Sainte-Foy, Université Laval, vii-136 p. 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Dictionnaire de la comptabilité et de la gestion financière : anglais-français avec index français-anglais, avec la collab. de Murielle Arsenault, Jean-François Joly et JeanJacques Lavoie ; publ. en collab. avec l’Ordre des experts comptables (France), la Compagnie nationale des commissaires aux comptes (France) et l’Institut des reviseurs d’entreprises (Belgique), 2 e éd., Montréal et Toronto, Institut canadien des comptables agréés, xxvi-1581 p. Office de la langue française (1965). Norme du français écrit et parlé au Québec, [Québec], Ministère des Affaires culturelles du Québec, 12 p. Organisation internationale de normalisation (1996). Travaux terminologiques – Harmonisation des notions et des termes = Terminology work – Harmonization of concepts and terms, [Genève], ISO, iv-7 p. (Recommandation ISO/860). Organisation internationale de normalisation (1997). 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Codes for the representationof names of countries and their subdivisions – Part 3 : Code for formerly used names of countries = Codes pour la représentation des noms de pays et de leurs subdivisions – Partie 3 : Code pour les noms de pays antérieurement utilisés, [Genève], ISO, ix-11 p. (Norme internationale ISO 3166-3). Organisation internationale de normalisation (2001). Terminographie axée sur la traduction = Translation-oriented terminography, [Genève], ISO, 20 p. (ISO/FDIS 12616. ISO/TC 37/SC 2. Projet final). Rondeau, Guy (1984). Introduction à la terminologie, Chicoutimi (Québec), Gaëtan Morin éditeur, xlvi-238 p. Rousseau, Louis-Jean (1995). [Sans titre], texte proposé par Louis-Jean Rousseau et adopté par les membres du Réseau présents à la 4 e réunion de coordination de Realiter (Barcelone, 14-16 décembre 1995). 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[5] Hausmann (1986 : 4-5). [6] Sylvain (1982 : xvi). [7] Ibid. [8] Organisation internationale de normalisation (1996 : iv). [9] Voir à ce sujet Rousseau (1995), texte proposé par Louis-Jean Rousseau et adopté par les membres du Réseau présents à la 4 e réunion de coordination de Realiter (Barcelone, 14-16 décembre 1995). [10] Rousseau (1995). [11] Ibid. [12] La présence de variantes topolectales dépend de la situation linguistique du secteur de l’activité humaine sur lequel porte le travail terminologique. [13] Voir, par exemple, Organisation internationale de normalisation (1999, a : 13), Dubuc (1985 : 104) et Rondeau (1984 : 86). [14] Organisation internationale de normalisation (2001 : 15). [15] Organisation internationale de normalisation (1997, 1998 et 1999, b). [16] Conférence des services de traduction des états d’Europe occidentale. Groupe de travail terminologie et documentation (1990 : 9). [17] Alors secrétaire général du Réseau panlatin de terminologie. [18] Depecker (1998). [19] Voir à ce sujet Vézina (à paraître, b). [20] D’après les renseignements qui nous ont été fournis. [21] D’après les renseignements qui nous ont été fournis. [22] DQA (1993 : 485 et 1202). [23] On entendra par langue nationale la langue officielle d’un État qui constitue également la langue maternelle de la majorité de sa population et qui est largement utilisée dans le système d’éducation et dans les activités socioéconomiques et culturelles de cet État. [24] Hameçonnage : Envoi massif d’un faux courriel, apparemment authentique, utilisant l’identité d’une institution financière ou d’un site commercial connu, dans lequel on demande aux destinataires de mettre à jour leurs coordonnées bancaires ou personnelles, que le pirate utilisera pour détourner des fonds à son avantage. [25] Proposition faite en janvier 2003 par Louis-Jean Rousseau, alors coordonnateur linguistique du français d’Amérique et responsable du dossier des principes méthodologiques du travail terminologique (Realiter). [26] Ibid. Secrétariat de Realiter Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine 131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39 [email protected] http://www.realiter.net/spip.php?article210 Page 8 / 8 català Présentation Règlement Membres Activités Réunions et journées Realiter bénéficie du italiano Português română Ieda Maria Alves Isabel Desmet Universidade de São Paulo Universidade de Paris 8 Téléchargements 1ère journée technologique Realiter 2011 galego NEOLOGIA TERMINOLÓGICA E VARIAÇÃO GEOLECTAL (PORTUGUÊS EUROPEU, PORTUGUÊS BRASILEIRO E FRANCÊS HEXAGONAL) : UM PROJECTO DE COOPERAÇÃO Lexiques Realiter 7e Journée scientifique Realiter 2011 français Realiter Réunions et journées Documents fondamentaux Inventaire des producteurs de terminologie Español 1. O Observatório do francês e do português europeu e do português brasileiro : um projecto de cooperação O presente projecto de cooperação integra-se num programa de intercâmbios pedagógicos e científicos bastante vasto, entre as nossas universidades, no âmbito de um convénio entre a Universidade de Paris 8 e a Universidade de São Paulo. Na Universidade de Paris 8, ele faz parte de um programa mais alargado, o Projecto América Latina 2004-2008, lançado pelo Conselho Científico e pelas Relações internacionais, ao longo de 2003 e, na Universidade de São Paulo, de um Projeto Integrado de Pesquisa financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Na Universidade de Paris 8, desde 1990, temos vindo a constituir progressivamente corpora de referência no âmbito das nossas pesquisas em linguística textual e lexical de especialidade, numa perspectiva comparativa português-francês. No quadro da formação universitária e da investigação, visamos sobretudo três grandes aplicações da terminologia teórica : soutien de la Délégation générale à la langue française et aux langues de o ensino / aprendizagem de uma ou várias línguas de especialidade ; France (DGLFLF) a tradução geral e especializada ; a lexicografia e terminografia electrónica bilingue e plurilingue, ao serviço do ensino e da tradução geral e de especialidade. Os trabalhos de investigação em terminologia e terminografia realizados no curso de Línguas Estrangeiras Aplicadas – Português e outras línguas (sob a nossa responsabilidade pedagógica e científica) alimentam em parte as nossas bases textuais e terminológicas no domínio das ciências sociais e humanas, políticas, económicas e jurídicas (mais recentemente, também no domínio das novas tecnologias). Estas bases, que constituem hoje em dia corpora praticamente diacrónicos, podem ser consideradas como verdadeiros observatórios do francês e do português contemporâneo nos domínios anteriormente referidos. Associadas à tradução geral e de especialidade praticada na formação em tradução, estas bases comportam textos de graus de especialização variáveis, de textos altamente especializados a textos da imprensa geral. Quanto aos critérios de constituição dos corpora, nas duas línguas, estes são normalmente comparáveis e, quando possível, paralelos. Frequentemente, em função das actividades de tradução do francês para o português, as investigações e a alimentação das bases partem do francês de França. Tal facto permite-nos observar de maneira sistemática não só as diferentes etapas do nascimento, instalação e difusão dos neologismos em cada uma das línguas, como também os processos de circulação dos novos termos entre elas, incluindo obviamente todas as fases de instabilidade na instalação ou recusa de um novo termo (cf. Desmet 2001, 2002 e 2003b). A perspectiva comparativa, uma metodologia baseada simultaneamente na linguística textual e na diversidade discursiva, assim como uma pesquisa documental apoiada pelas novas tecnologias, permitem-nos identificar certas particularidades da neologia, por vezes invisíveis na pesquisa unilingue e unicorpus. Actualmente, o trabalho que desenvolvemos desde 1990 constitui oficialmente o Observatório do Francês e do Português Europeu (contemporâneos) do Centro de Recursos e de Investigação em Tecnologias de Aprendizagem das Línguas (CERTAL) da UFR 5, centro de investigação sob a nossa responsabilidade científica e administrativa. Na Universidade de São Paulo, o Observatório de Neologismos Científicos e Técnicos do Português Contemporâneo do Brasil, criado em 1988, tem realizado pesquisas sobre a neologia em duas perspectivas : por um lado, procura observar, analisar e difundir aspectos da criatividade lexical, tanto de unidades lexicais da língua geral como de unidades lexicais especializadas ; por outro lado, procura atender às necessidades do desenvolvimento tecnológico e científico, no português brasileiro, por meio da elaboração de trabalhos terminológicos em algumas áreas. Vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, o observatório é integrado por alunos do curso de Graduação em Letras, que recebem bolsas de Iniciação Científica de agências de fomento à pesquisa e por pós-graduandos de Mestrado de Doutorado. A Economia tem sido abordada de maneira especial desde o início da criação desse observatório. Os altos índices de inflação, as diferentes moedas e os vários planos de estabilização econômica por que tem passado o Brasil são responsáveis, dentre outros fatores, pelo emprego de uma terminologia bastante variada, muitas vezes efêmera, que reflete as mudanças econômicas que a sociedade brasileira vem sofrendo. Como primeiro resultado dessa observação da neologia da Economia, foi publicado, em 1988, o Glossário de Termos Neológicos da Economia, que reflete a neologia da terminologia da Economia brasileira na década de 1990, coletada em cadernos de Economia de jornais e em revistas de divulgação. Por ter sido coletado em um corpus de divulgação, dirigido a leitores não-especialistas, porém usuários das atividades econômicas, o Glossário destina-se a esse público. Pretende, assim, elucidar os termos da Economia que são mais freqüentes nos veículos analisados e que mais afetam a vida do brasileiro no que concerne às aplicações financeiras, ao mercado de trabalho, às relações econômicas estabelecidas internamente e, ainda, pelo Brasil com outros países. http://www.realiter.net/spip.php?article211 Page 1 / 4 Paralelamente à observação da terminologia da Economia em materiais de divulgação, e em parceria com docentes da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, está se procedendo à constituição de uma base textual constituída por um corpus especializado (dissertações, teses, atas de congressos, manuais, apostilas de cursos...) de Economia em diferentes subáreas. Os termos extraídos dessa base estão constituindo uma base de dados, que, além da observação da terminologia da Economia em um corpus especializado, visa ainda à elaboração de um dicionário destinado aos alunos do curso de Economia da universidade. Deste modo, por desenvolvermos trabalhos bastante similares no que concerne à terminologia da Economia, no âmbito do programa de intercâmbios entre a Universidade de Paris 8 e a Universidade de São Paulo, estamos desenvolvendo um projecto que visa oficializar os nossos trabalhos comuns, assim como formar estudantes e jovens pesquisadores que connosco trabalham nas nossas investigações em linguística de especialidade. No nosso projecto de investigação em neologia terminológica, a variação geolectal encontra-se no centro dos nossos objectivos de reflexão, descrição, consignação e divulgação dos dados. De início, já nos deparámos com as seguintes questões : Que critérios para a selecção dos corpora textuais ? Quais os critérios para a identificação dos neologismos terminológicos ? Quais os tipos de variação intra- e interlinguística ? Como tratar, descrever, consignar e divulgar os dados obtidos ? 2. Critérios de selecção dos corpora textuais A partir das nossas bases electrónicas de dados textuais no domínio da economia (textos científicos e de divulgação) estamos a constituir um Observatório do francês e do português europeu (sob a responsabilidade científica de Isabel Desmet) e do português brasileiro (sob a responsabilidade científica de Ieda Maria Alves), tendo como objectivo o estudo da neologia em francês e nas duas variedades do português, neste ramo do saber. Tomaremos como ponto de partida o subdomínio da micro-economia para estudar a variação intralinguística e interlinguística entre o francês, o português de Portugal e o português do Brasil, no que concerne a neologia, no período compreendido entre 2000 e 2005. Assim, num primeiro tempo, o corpus textual especializado é composto por manuais de microeconomia em francês de França, português de Portugal e português do Brasil. O corpus textual de divulgação é composto por textos da imprensa francesa, portuguesa e brasileira : para o francês, Le Monde e o Nouvel Observateur ; para o português de Portugal, o Expresso e o Público ; para o português do Brasil, Folha de S. Paulo e O Globo. 3. Critérios de identificação dos neologismos terminológicos No que respeita a neologia propriamente dita, analisaremos os três grandes tipos de neologia : neologia formal ; neologia semântica ; neologia por empréstimo. Os empréstimos do inglês em francês, português de Portugal e português do Brasil merecerão um estudo particular. Quanto aos critérios de identificação dos neologismos terminológicos, utilizaremos os parâmetros normalmente seguidos nas pesquisas em neologia : a diacronia : uma unidade é neológica se aparece num período recente a lexicografia : uma unidade é neológica se não surge nos dicionários, gerais, especializados ou terminológicos ; a novidade : uma unidade é neológica se é sentida como nova pelos locutores ; a instabilidade : um novo conceito é denominado alternativamente por duas ou mais formas neológicas diferentes, o que conduz à variação denominativa (para o carácter relativo destes critérios, assim como para uma tipologia de instabilidades, cf. Desmet 2001, 2002 e 2003b). O corpus de exclusão, também designado por “anti-dicionário”, é constituído por dicionários da língua geral - para o francês, o TLF e o Robert ; para o português de Portugal, o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora e o Dicionário da Língua Portuguesa da Academia ; para o português do Brasil, o Novo Aurélio Século XXI : o dicionário dalíngua portuguesa de Aurélio Buarque de H. Ferreira e o Dicionário Houaiss da língua portuguesa de Antonio Houaiss e por dicionários de especialidade. 4. Tipos de variação intra- e interlinguística Em nossos respectivos corpora, temos observado uma variação em âmbitos específicos do português europeu (ex. : curva de procura / curva da procura ; pirâmide de necessidades / pirâmide das necessidades / pirâmide de Maslow ; desfasamento cambial / desfasamento dos câmbios ) ; do português brasileiro (ex. : mercado de câmbio / mercado cambial ; curva de demanda / curva da demanda) ; e do português europeu / francês (ex. : comércio interno / commerce intérieur ; comércio externo / commerce extérieur). Com base em nossa observação, nossa análise pretende enfocar a variação nas perspectivas da variação ortográfica, fonológica com influência gráfica, morfológica, morfossintáctica, semântica e pragmática. Exemplificamos alguns tipos de variação como exemplos do português europeu e do português brasileiro : http://www.realiter.net/spip.php?article211 Page 2 / 4 variação ortográfica : factura / fatura ; acto jurídico / ato jurídico ; variação morfológica : balança de pagamentos / balanço de pagamentos ; valor aduaneiro / valoração aduaneira ; franchising industrial / franquia industrial ; variação morfossintáctica : sistema tributário, sistema de tributação (neste caso a variação é interna e corresponde nas duas variedades da língua portuguesa) ; direitos aduaneiros, direitos alfandegários / direitos aduaneiros, direitos de alfândega ; licença de exploração de marca / licença do direito de uso da marca ; lei da oferta e da procura / lei da oferta e da demanda ; variação semântica : subida de custos / aumento de custos ; direitos proteccionistas / barreiras protecionistas. Por fim, consideramos também a possibilidade da variação pragmática, directamente relacionada com os diferentes graus ou estratos de língua, isto é, casos em que um neologismo possa pertencer a um discurso generalista numa dada variedade de língua e a um discurso especializado na outra variedade do português. 5. Tratamento, consignação e divulgação dos dados Com este estudo, pretendemos realizar um dicionário neológico no domínio da economia científica e de divulgação, em suporte de papel e electrónico, que poderá ser publicado pelas editoras das nossas universidades. Este projecto pretende ainda ser o início de um projecto mais vasto de constituição de um Observatório do francês e do português, nas variedades europeia e brasileira, visando as trocas internacionais. Este Observatório será também um lugar de intercâmbios teóricos e metodológicos no domínio dos estudos linguísticos, nomeadamente lexicais e lexicográficos. ravés deste projecto, temos a intenção de fomentar intercâmbios não só entre docentes, mas também entre os jovens investigadores das nossas universidades que nele participam. Finalmente, na Universidade de Paris 8, este projecto articula-se com o Master de ciências da linguagem, especialidade “estudos linguísticos de especialidade” e com o Master de tradução especializada, a entrarem em vigor em 2005. Ele pode ainda ser enriquecido com outras línguas, docentes e jovens investigadores, no âmbito das investigações levadas a cabo no CERTAL (projecto “Observatórios de línguas : francês e línguas estrangeiras”, l i n h a s d e a c ç ã o 1 e 2 , e i x o d a investigação). Bibliografia Alves, I. M. (1990). Neologismo. Criação lexical. São Paulo : Ática. Alves, I. M. 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"Equivalence et bidirectionnalité dans les dictionnaires terminologiques portugaisfrançais", comunicação apresentada nas IVème Journées d’étude sur la lexicographie bilingue, Institut Hongrois de Paris, sob a direcção de Thomas Szende (INALCO), 22, 23 e 24 de Maio de 2003 (no prelo, Editions Honoré Champion). Desmet, I. (2003b). "Évolutions théoriques et méthodologiques dans la recherche en néologie scientifique et technique" Actas do Colóquio Internacional "La néologie scientifique et technique : bilan et perspectives", Realiter, Roma, 28 de Novembro de 2003. Desmet, I. (2004a). "Terminographie d’apprentissage et apprentissage de la terminographie : le dictionnaire électronique bilingue des contrats du commerce international (portugais-français et français-portugais)", no prelo para o próximo número da revista Études de linguistique appliquée. Desmet, I. (2004b). "Modalités de coopération et de formation en terminologie : coopération locale, nationale et internationale", AET, 2a Cimeira Mundial de Terminologia, 26 e 27 de Novembro de 2004, Barcelona. Desmet, I. (2004c). "Terminologia e terminografia : cooperação entre meios universitários e meios profissionais”, Riterm 2004, de 29 de Novembro a 2 de Dezembro, Barcelona. Secrétariat de Realiter Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine 131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39 [email protected] http://www.realiter.net/spip.php?article211 Page 4 / 4 català Présentation Règlement Membres Español Téléchargements Inventaire des producteurs de terminologie 7e Journée scientifique Realiter 2011 1ère journée technologique Realiter 2011 italiano Português română LA SELECCIÓ DE VARIANTS DIALECTALS EN TERMINOLOGIA Rosa Colomer Jordi Bover TERMCAT Réunions et journées Lexiques Realiter galego Realiter Réunions et journées Activités Documents fondamentaux français Al TERMCAT ens enfrontem diàriament amb el repte de compaginar dues aspiracions antitètiques : d’una banda, la tendència a la uniformització per preservar la precisió i la univocitat de la comunicació científica i, d’altra banda, el respecte a la diversitat dialectal. En aquesta comunicació ens proposem apuntar algunes solucions a aquest antagonisme que puguin facilitar la selecció i marcatge de variants geogràfiques en el treball terminològic, a partir de la nostra experiència al TERMCAT tant en l’elaboració de productes terminològics com en les propostes de normalització. La sinonímia en terminologia Com és sabut, en terminologia, a diferència de la llengua general, la proliferació de sinònims és un factor que se sol evitar perquè dificulta la comunicació unívoca. Sempre que és possible, doncs, es tendeix a seleccionar els sinònims d’ús més general i bandejar els altres o reduir-los a la condició de sinònims complementaris. La quasisinonímia Realiter bénéficie du soutien de la Délégation générale à la langue française et aux langues de France (DGLFLF) Aquesta selecció, que ja és prou dificultosa en sinònims no marcats, esdevé molt més delicada quan els sinònims són variants dialectals i el seu ús està condicionat pel dialecte de l’emissor de la comunicació. Estrictament, doncs, tot i que designen un mateix concepte, els geosinònims no són pròpiament sinònims : són quasisinònims, atès que no s’utilitzen en les mateixes situacions comunicatives. La quasisinonímia es produeix també en altres casos, en els quals tampoc no és possible utilitzar indistintament dos termes que designen una mateixa noció : per exemple, en diferències de registre ( com ara les que hi ha entre mal de cap i cefalàlgia), en diferències temporals (velocípede i bicicleta), entre marques comercials i els noms genèrics (líquid correctiu i Tipp-Ex) o entre escoles de coneixement diferents (terme i unitat de coneixement especialitzat). La geosinonímia en els àmbits més tradicionals Les variants geogràfiques no afecten de la mateixa manera tots els àmbits de coneixement. D’una banda, la geosinonímia és molt més palesa en els àmbits més ancestrals i més propers a la llengua comuna, com ara la botànica o la ictiologia, en els quals la majoria de denominacions es van encunyar molt abans que els mitjans de transport i els de comunicació facilitessin una difusió unificada del coneixement en tot un territori lingüístic. Així doncs, els pescadors de Roses denominen futarra el peix que a Palamós, setanta quilòmetres més avall, s’anomena guilla i que rep com a mínim quatre noms més al llarg de la costa catalana : dormilega de Barcelona a Cambrils, ueca a l’Ametlla de Mar i gitaneta i rabosa a Sant Carles [1]. Sembla evident que aquest no és un panorama ideal per facilitar els intercanvis de comunicació, per als quals es fa necessari que una d’aquestes denominacions prevalgui per sobre de les altres i fins i tot que en alguns contextos no es consignin les que tenen un ús molt local. Així, per exemple, en l’obra terminològica Espècies pesqueres d’interès comercial aquest peix, de nom científic Blennius ocellaris, es designa amb una sola denominació preferent, ase mossegaire, i nou sinònims complementaris. Com es constata a la mateixa introducció d’aquesta obra, establir una relació biunívoca entre nom científic i nom català de les espècies de més interès pesquer és un pas necessari per facilitar els intercanvis comercials, però això no vol dir que s’hagin de deixar d’utilitzar les formes populars conegudes. Sens dubte, el context permetrà que els emissors que les tinguin com a pròpies utilitzin en molts casos aquestes denominacions secundàries, però també sabran que quan vulguin fer-se entendre inequívocament a tot el territori tenen una denominació única, que pot coincidir o no amb la pròpia. En definitiva, estem descrivint un procés d’estandardització, que no difereix gaire del que duríem a terme per eliminar la sinonímia en general, encara que els sinònims no fossin variants geogràfiques. La geosinonímia en els àmbits més moderns D’altra banda, les disciplines més joves, sorgides en un món globalitzat, tampoc no es lliuren dels geosinònims, tot i que els afecten d’una manera molt diferent. Si bé els nous conceptes solen néixer amb una única denominació per a tot el territori d’una llengua, convé no oblidar que les extensions de significat a partir de la llengua general i, fins i tot, els usos metafòrics són els recursos més habituals de producció de nous termes. Això vol dir que quan el terme coincideix amb una denominació que en llengua general té geosinònims, o bé en conté si es tracta d’un sintagma, aquests també coexistiran en l’àmbit terminològic. Per exemple, el terme surfing, que designava un esport nou en anglès, es va introduir en català com a surf. Després, van sorgir-ne variants que es van denominar en català amb sintagmes que tenien surf com a base, encara que en anglès no fos així : per a windsurfing, surf de vela ; per a snowboarding, surf de neu, i per a sandboarding... aquí ja tenim un geosinònim : com que en català tant s’utilitza el mot sorra com arena, com n’hem de dir del terme sintagmàtic : surf de sorra o surf d’arena ? En aquest cas, doncs, un terme que designa un concepte absolutament nou ens planteja, per herència, el mateix dilema que algunes denominacions que fan referència a conceptes encunyats fa centúries. La selecció d’un geosinònim http://www.realiter.net/spip.php?article212 Page 1 / 3 Un cop vista la necessitat de prioritzar, com en qualsevol procés d’estandardització, un dels geosinònims, el pas següent és decidir quin. De fet, tal com hem pogut constatar en els dos exemples vistos, els geosinònims en terminologia només es generen si ja existeixen en la llengua general, encara que sigui indirectament, com en el cas de les disciplines més modernes. Per tant, en molts casos, si hi ha alguna obra lexicogràfica de referència en la llengua que estem treballant, el més prudent serà seguir-ne l’ús. Estem pensant, per exemple, en el diccionari normatiu de l’Institut d’Estudis Catalans [2] en la llengua catalana o el diccionari de la Real Academia [3] en la castellana. És evident, però, que aquest criteri no serà sempre aplicable. És probable que els geosinònims apareguin en aquestes obres sense una remissió explícita o bé que la jerarquia de la remissió no sigui clara. En aquests casos caldrà tenir en compte un conjunt de factors : l’abast territorial de cadascuna de les variants dialectals sinònimes, el nombre de parlants, si el concepte tractat té un ús més preferent en algun dels dialectes, el context en què s’ha de difondre el terme, etc. Per exemple, en el cas de surf d’arena i surf de sorra el TERMCAT va decidir de donar preferència a surf d’arena perquè arena té un abast territorial més ampli que sorra, tot i que probablement el nombre de parlants que utilitzen sorra sigui superior al d’arena. En aquests casos, però, a diferència dels geosinònims de tipus patrimonial que citàvem abans, en què la priorització d’una forma inequívoca era indispensable per establir la comunicació, la forma triada pot variar d’acord amb el context i es pot valorar d’introduir ambdues formes com a sinònimes, sense preferència. El fet que els geosinònims no s’explicitin en un article terminològic no vol dir que no es puguin utilitzar : se sobreentén que la distribució del seu ús és paral·lela a la que tinguin en la llengua general i que la competència lingüística de l’emissor li permetrà reconèixer la forma pròpia i la seva adequació al context. Aquest mateix criteri és el que ha establert el Consell Supervisor del TERMCAT [4] per als neologismes terminològics que aprova. Així, per exemple, quan el Consell Supervisor aprova el terme graons com a alternativa a l’anglicisme steps (‘modalitat d’aeròbic que consisteix a pujar i a baixar repetidament una plataforma fent una coreografia’), no s’expliciten els geosinònims i les variants formals deduïbles del seu ús en la llengua general (escalons, esglaons, esgraons, glaons, grasons, graus), però això no vol dir que contextualment no puguin utilitzar-se. La geosinonímia en la llengua de procedència del manlleu Certament, amb l’aplicació d’aquest criteri es poden resoldre bona part dels dubtes que genera la creació dels neologismes a partir de peces lèxiques pròpies del sistema lingüístic. Ara bé, quan la variació geogràfica afecta els manlleus en la mateixa llengua de la qual procedeixen, les dificultats a l’hora de fixar o prioritzar una forma en detriment d’altres es fan novament evidents. Avui, la incorporació a la llengua de termes que designen realitats i conceptes propis d’altres cultures és contínua i creixent. Per una sèrie de macrofactors socioeconòmics, tecnològics, demogràfics i polítics, com són la globalització, l’obertura de nous mercats, la introducció massiva a la societat de les tecnologies de la comunicació i la informació, la democratització del coneixement o els nous fluxos migratoris, les llengües han d’adaptar-se contínuament per a designar noves realitats emprant tots els recursos disponibles. El manlleu es destaca com un dels procediments més utilitzats, a causa de la rapidesa, la immediatesa i el gran abast que caracteritzen els intercanvis comunicatius en el món globalitzat. En català, com passa en la majoria de llengües, rebem cada dia nous termes procedents de les llengües de comunicació internacional (sobretot de l’anglès), de llengües veïnes (com és el castellà) i de llengües que comencen a tenir presència al nostre país a causa, fonamentalment, de la immigració, com és el cas de l’àrab. En aquest darrer cas, les dificultats que presenta l’adopció de manlleus no provenen únicament de la necessitat d’establir criteris de transliteració o transcripció, sinó també de la gran variació denominativa d’aquesta llengua, a causa de la seva àmplia extensió territorial. L’àrab, com dèiem, és una llengua parlada en un territori extens i divers, amb una gran variació dialectal, molt evident en alguns aspectes com ara el vocalisme. Una possible solució per tractar les variants geogràfiques que sol presentar seria recórrer a les formes estàndard de l’àrab clàssic, però no és una opció aplicable en tots els casos atesa la gran llunyania que hi sol haver entre les denominacions de la llengua clàssica i les de la llengua popular, que en definitiva són les que ens han arribat a nosaltres. El terme hummus, per exemple, es tendeix a pronunciar en algunes zones hommos ; falàfel seria, seguint l’àrab clàssic, falàfil, i kefta es pronuncia en alguns llocs kafta, i en àrab clàssic és kufta. En aquests casos, al costat de criteris etimològics i d’adequació lingüística, per seleccionar l’alternativa àrab a partir de la qual caldrà fer l’adaptació catalana es fa necessari recórrer a criteris de tipus sociolingüístic, com poden ser els usos majoritaris en el territori de procedència, d’una banda, o el grau d’implantació en la llengua receptora de determinades formes o grafies, de l’altra. En molts termes, a més, a la variació dialectal s’hi afegeix la variació provinent de l’adaptació o la semiadaptació del manlleu en la llengua que l’ha vehiculat, generalment el francès o l’anglès. Sovint, la influència de la llengua vehicular és important i es reflecteix en la forma que acaba adoptant el terme. En d’altres casos, però, si hi ha prou consens entre els especialistes consultats, s’opta per una grafia més d’acord amb el que seria el procediment normal d’importació i es desestimen els trets derivats de l’adaptació feta en una altra llengua. El Consell Supervisor del TERMCAT, per exemple, d’acord amb la majoria d’arabistes, va aprovar la forma tabule (adaptació de l’àrab tabbūla) com a denominació d’una amanida típica dels països del Pròxim Orient, i va desestimar explícitament la forma afrancesada tabulé, que també ha tingut una certa difusió. Marcatge dels geosinònims en un treball terminològic Un cop fetes aquestes reflexions, és el moment de plantejar-nos si cal indicar d’alguna manera en un treball terminològic la distribució territorial dels geosinònims seleccionats, tant en català com en les altres llengües, i, en cas afirmatiu, quina és la millor manera de fer-ho. En els treballs elaborats pel TERMCAT, d’acord amb el criteri esmentat abans, només hem indicat la procedència dialectal de les denominacions catalanes en ocasions molt comptades. Aquest mateix tractament ha estat d’aplicació per a altres llengües de treball com el castellà o el francès. Per exemple, en un diccionari notarial [5] que hem publicat recentment, l’única referència a variants dialectals la trobem en el terme notari –ària, que presenta dos equivalents castellans, escrivano i notario, i u n a n o t a q u e i n f o r m a q u e “L’equivalència castellana escrivano é s p r ò p i a d’Hispanoamèrica”. En canvi, tradicionalment s’ha fet una excepció en el cas dels equivalents anglesos, que en algunes obres s’han marcat amb el codi [GB], en el cas de l’anglès britànic, i [US] per a l’americà. es del nostre punt de vista , en l’elaboració d’un recull terminològic només s’hauria de marcar la distribució geogràfica de les denominacions en el cas en què no sigui deduïble de la consulta al diccionari de la llengua general, i sempre que es tingui la plena seguretat que s’està donant aquesta informació d’una manera coherent i sistemàtica. Si es donen aquestes condicions, la manera més sintètica de marcar aquest ús seria amb un codi entre claudàtors, a continuació de cada equivalència afectada, tal com hem indicat per a l’anglès. http://www.realiter.net/spip.php?article212 Page 2 / 3 En la majoria de casos, però, serà preferible no marcar de cap manera els geosinònims, tant per evitar una excessiva proliferació de sinònims predictibles com per evitar incoherències per desconeixement. Per exemple, en un diccionari es pot decidir de no marcar variants del tipus acclimatisation [GB] i acclimatization [US], o fins i tot recollir-ne només una, sempre que s’expliciti aquest criteri a la introducció de l’obra. En els casos en què la diferent distribució geogràfica de les denominacions no sigui deduïble de les regles de formació de la llengua general, com en el cas que apuntàvem de notario i escrivano, pot s e r d’interès consignar aquesta informació. Probablement, com que es tractarà de molt pocs termes, es podran introduir notes explicatives sense que això signifiqui recarregar excessivament el diccionari. Com hem dit, però, aquestes indicacions només són orientatives perquè no només depenen de criteris lingüístics, sinó també (i sobretot) d’aspectes pragmàtics i d’ús dels termes. La nostra experiència ens mostra que no es poden establir uns criteris estrictes o rígids d’homogeneïtzació pel que fa a la presentació de la variació geogràfica per a tots els productes terminològics, sinó que es fa necessari estudiar cada cas en el seu context per poder garantir-ne l’adequació global. Conclusions Recapitulant, doncs, el que hem exposat al llarg d’aquesta comunicació, tot i que la terminologia es circumscriu habitualment a les varietats funcionals de la llengua i a registres més aviat formals, la variació geogràfica té presència en els treballs de recerca terminològica. Aquesta variació es fa més evident en la terminologia dels sectors professionals més tradicionals, de les ciències que descriuen realitats físiques que varien segons el territori (zoologia, botànica, geologia) i dels àmbits vinculats a l’antropologia, la cultura i el folklore. A més, la variació geogràfica també té una presència destacada en l’activitat neològica, concretament en l’elaboració de noves propostes denominatives, siguin formacions autòctones, basades en elements de la llengua general, o siguin manlleus d’altres llengües, perquè la correcta selecció dels elements que conformaran els nous termes garantirà la seva adequació en l’ús en els diferents punts del territori en què aquests termes seran utilitzats. D’altra banda, convé no oblidar que la variació geogràfica que pot presentar la terminologia no és altra que la que presenta la llengua general. Tenint en compte això, i també que la terminologia forma part del sistema general de la llengua i de la seva varietat estàndard, els criteris que s’adoptin en el treball terminològic han de tenir una clara correlació amb els criteris que segueix el diccionari general, perquè altrament serien del tot inaplicables per als parlants. Finalment, quant a la presentació de les varietats geogràfiques en els productes terminològics, tant pel que fa a la seva inclusió en major o menor grau, i al marcatge de procedència, és un aspecte que caldrà valorar en cada cas segons les característiques de l’obra, l’àmbit d’especialitat que tracta, la finalitat que es proposa, el públic a què va adreçada, i l’àmbit territorial en què es preveu de fer-ne difusió. És evident que caldrà una presentació diferent per a una guia de les espècies pesqueres d’interès comercial, en què la necessitat de normalització és ben palesa, que per a un recull de plantes d’interès medicinal d’una determinada contrada. Des del nostre punt de vista, no cal buscar l’homogeneïtzació de tots els productes terminològics, però sí els criteris que ens permetran optar de manera sistemàtica per una presentació o per una altra en funció dels objectius que ens hàgim proposat. ______________________ [1] Informació extreta de : Huguet i Sesma, A. Catàleg de les 125 principals espècies d’interès pesquer a Catalunya. [Barcelona] : Generalitat de Catalunya. Departament d’Agricultura, Ramaderia i Pesca, 1991. 282 p. [2] Institut d’Estudis Catalans. Diccionari de la llengua catalana . Barcelona ; Palma de Mallorca ; València : Edicions 3 i 4 : Edicions 62 : Moll : Enciclopèdia Catalana : Publicacions de l’Abadia de Montserrat, 1995. [3] Real Academia Española. Diccionario de la lengua española. 22a ed. Madrid : Espasa-Calpe, 2001. [4] El Consell Supervisor és l’òrgan encarregat de la fixació dels nous termes en català, presidit per un membre de la Secció Filològica de l’Institut d’Estudis Catalans (IEC) i integrat per membres de l’IEC, terminòlegs del TERMCAT i especialistes representants dels diversos àmbits del coneixement. [5] TERMCAT, Centre de Terminologia. Terminologia notarial. Barcelona : TERMCAT, Centre de Terminologia, 2004. 86 p. (Terminologies ; 4) Secrétariat de Realiter Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine 131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39 [email protected] http://www.realiter.net/spip.php?article212 Page 3 / 3 català Présentation Règlement Membres Español français galego italiano Português română Realiter Réunions et journées LES APORTACIONS PERIFÈRIQUES EN TERMINOLOGIA CATALANA : UNA QÜESTIÓ OBERTA Activités Xavier Rull Universitat Rovira i Virgili [email protected] Réunions et journées Documents fondamentaux 1. Introducció Lexiques Realiter És sabut que la teoria terminològica té com a principi desrecomanar la sinonímia (un concepte = una única denominació). Ara bé, la variació geolectal és un fet vivíssim en qualsevol llengua ; per tant, l’activitat terminològica no hauria de negligir-ho. En català, a més, hi ha hagut força debat sobre la presència de variants geolectals a la llengua normativa (basta veure la quantitat de bibliografia sobre aquest aspecte per a adonar-se de la importància que hom hi ha donat) ; en aquest debat geolectalista s’hi pot incloure la terminologia. Per tot plegat, sembla oportú plantejar-se què cal fer amb les variants geolectals en el tractament terminològic. Aquesta qüestió, a causa del refús a la sinonímia, no ha estat gaire tractada. [1] Téléchargements Inventaire des producteurs de terminologie 7e Journée scientifique Realiter 2011 1ère journée technologique Realiter 2011 Realiter bénéficie du soutien de la Délégation générale à la langue Que la qüestió de la sinonímia en terminologia no es pot defugir ho demostren alguns exemples. En posarem un : en la construcció de castells humans (una activitat folklòrica típica de les terres catalanes), tot i que hi ha una terminologia molt unitària, trobem algun cas de sinonímia geolectal. Els castellers del Penedès o de Barcelona fan una triple classificació segons el nombre de castellers per pis : pilar (1 casteller per pis), torre (2 castellers per pis) i castell (3 o més castellers per pis). En canvi, al Camp de Tarragona fan una doble classificació, més simple : pilar (1 casteller per pis) i castell (2 o més castellers per pis). Per tant, el que a Barcelona és una torre a Tarragona és un castell de dos. En un vocabulari del lèxic casteller hauríem de plantejar-nos què fem amb aquest fet (si entrem les dues formes o tan sols una ; si donem preferència a una de les dues formes ; etc.). Cal tenir present que la tria pot tenir repercussió en el llenguatge dels mitjans de comunicació (cròniques per la televisió, la ràdio o la premsa escrita local i nacional). En definitiva : el tractament de la sinonímia geolectal no és una qüestió simple. française et aux langues de France (DGLFLF) A l’hora de tractar des del punt de vista terminològic la sinonímia geolectal, cal tenir present com a mínim tres factors (i se n’hi pot afegir un quart segons l’interès del terminòleg) : La tradicionalitat d’una disciplina. L’extensió territorial dels geosinònims. L’organització política i administrativa d’un domini lingüístic. L’interès específic d’una peça lèxica. 2. La tradicionalitat d’una disciplina Un primer factor a tenir en compte és la tradicionalitat d’una disciplina, ja que com més arrelada estigui una disciplina en el nostre context cultural més variació geolectal hi trobem. Diu Josep Moran : “La problemàtica del lèxic deu ser diferent segons les especialitzacions [...] : a) En algunes (construcció, jurídic, tèxtil), cal recollir i depurar sobretot el vocabulari establert. b) En d’altres cal crear un vocabulari nou, sovint culte (de procedència grega o llatina) o bé adoptar els termes formats en les llengües veïnes. c) De vegades les dues formes (popular i culta) són recollides i estudiades (vocabulari botànic).” (intervenció de Josep Moran a la ponència de M. Teresa Cabré i Castellví “Normalització terminològica”, publicada a A c t e s d e l e s Segones Jornades d’Estudi de la Llengua Normativa , Publicacions de l’Abadia de Montserrat, 1987, pàg. 84) Tot i que l’aportació de Moran fa referència a la recollida de paraules tradicionals o a la creació de noves peces lèxiques, les seves reflexions són aplicables al cas de la geosinonímia. En efecte, l’agricultura, la ramaderia, la indústria tèxtil, l’excursionisme, etc., són disciplines amb un gran arrelament al domini lingüístic català, i és precisament en aquestes disciplines on es documenten molts geosinònims. En canvi, en disciplines com la informàtica, la matemàtica, la física, la química, l’estadística, etc., les paraules que s’hi documenten no solen presentar variació geolectal (si hi ha variació és per altres raons, com ara l’adscripció a un corrent ideològic o a un paradigma científic). En efecte, un valencià sol emprar la mateixa terminologia química que un mallorquí o un gironí. 3. L’extensió territorial En el cas de les disciplines amb un fort arrelament, una segona observació que cal fer és que, tant en lexicografia com en terminologia, hom tendeix a bandejar les formes molt restringides quant a extensió territorial. Per posar dos exemples de fruites, els mots nespla ( o nespre, o nispro, etc.), poma i síndria tenen més extensió territorial que micaco (Barcelonès nord i Maresme), maçana (o mançana) (Lleida) i meló de moro (Terres de l’Ebre), respectivament. [2] Per tant, en segons quines llistes de fruites potser no hi han de figurar les variants menys usuals (o bé si hi figuren caldrà indicar que són secundàries). Hi ha geosinònims, però, que conviuen en una mena d’empat tècnic : es reparteixen el territori en proporcions semblants. És el cas conegudíssim entre lingüistes de granera i escombra, o de mirall i espill. Aleshores la millor sortida és considerar-les sinònimes amb peu d’igualtat, sense preferències. Val a dir que, a vegades, la fragmentació dialectal és prou complexa i no és fàcil decidir quina forma ha de ser la preferent per raons d’extensió. Així, entre estudiosos de la llengua és conegut que el cereal Zea mays s’anomena de moltes maneres en català : panís, dacsa, moresc, millot, blat dindi (o blat de les Índies, o blat indi) i blat de moro. De totes aquestes denominacions, no n’hi ha cap que tingui una preeminència des del punt de vista geogràfic. Passa el mateix amb vit, bitxo, pesteta i coralet. En aquests casos, potser s’han de recollir les diverses formes. http://www.realiter.net/spip.php?article213 Page 1 / 4 Lògicament, es poden arribar a combinar empats tècnics i formes locals. Així, el duet guix i algeps es troben en empat tècnic, ja que la primera forma és pròpia de Catalunya i la segona és pròpia del País Valencià. Però alhora existeix ges, forma pròpia de l’Alt Pirineu. En un recull terminològic de minerals o materials de la construcció que tingui per finalitat educar, l’elecció de quina forma s’hi posa dependrà de l’abast territorial de la mateixa publicació : tot el domini lingüístic, només Catalunya, o només unes comarques catalanes. [3] En aquest context de complexitat cal afegir-hi la lateralitat de doble presència. Els dialectòlegs usen el terme d’àrea lateral per a referir-se a les contrades allunyades dels centres de poder que presenten trets arcaïtzants, perquè les innovacions hi arriben més tard. A cops, un tret arcaïtzant es troba en més d’una àrea lateral. [4] Així, tot i que els sinònims pastanaga i safanòria són corrents, existeix carrota (o carlota), forma emprada en parlars valencians, a Andorra i a la Catalunya Nord. Si només mirem la realitat andorrana i nord-catalana però no pas la valenciana, podríem pensar que carrota és un localisme i per tant amb menys possibilitats de figurar en un recull lèxic. En canvi, si es té en compte també la realitat valenciana, carrota s’acosta a l’empat tècnic. El mateix passa amb brossat, forma tortosina i mallorquina de mató (a Tortosa, i també a la Catalunya Nord, diuen que la llet es brossa quan es converteix en mató). Un vocabulari que vol arribar a tot arreu ha de tenir present que l’extensió de brossat va més enllà del localisme. 4. L’organització política i administrativa Generalment, quan es parla de la relació entre dialectes i llengua estàndard, hom pensa en els 6 grans dialectes del català (septentrional, central, nord-occidental, valencià, baleàric i alguerès). Però, de fet, la qüestió de la relació entre dialectes i llengua estàndard ha d’analitzar a partir de les unitats administratives en què es troba dividit el domini lingüístic català. En efecte, l’aportació nordoccidental i de l’alguerès en un corpus terminològic és puntual (per no dir negligible) en comparació amb l’aportació valenciana i illenca. Tenim algun exemple d’això. No és casualitat que les autopistes que creuen Catalunya tinguin sortides i que les autopistes que creuen el País Valencià tinguin eixides. L’aplicació territorial d’aquests dos mots no s’ha fet en funció de l’extensió territorial de cada mot, sinó que s’ha fet en funció dels límits administratius entre comunitats autònomes. Igualment, el Diccionari complementari del català normatiu, de Lluís López del Castillo (Edicions 62, 1998), proposa d’admetre nomoblides com a sinònim de nomoblidis. La raó és que la morfologia verbal valenciana té com a subjuntiu oblides. Aquesta proposta no té tant en compte la variabilitat morfològica geolectal, sinó el fet que el País Valencià ha anat construint un model de llengua (que es troba a l’escola valenciana, als mitjans de comunicació públics valencians, a l’administració autonòmica i local valenciana, etc.) on aquest tipus subjuntiu té una presència gairebé única. Si de f e t s’haguessin volgut respectar totes les variants dialectals, caldria haver proposat també nomoblidos (Terra Alta i terres de Lleida), cosa que no s’ha fet. El mateix es pot dir de l’expressió petita i mitjana empresa (i en sigla lexicalitzada : pime). Aquesta expressió és pròpia del llenguatge econòmic i és de creació moderna ; per tant, és poc suspecta de variació geolectal. Tanmateix, en terres valencianes s’ha optat per usar el mot més corrent en aquestes contrades, xicotet ( p e r petit), de manera que es pot veure arreu xicoteta i mitjana empresa (veiem aquest terme al lloc web de la Universitat Jaume I de Castelló). Aquesta opció dual s’explica sobretot per la fragmentació administrativa del domini lingüístic, ja que els habitants de les Terres de l’Ebre (administrativament a la comunitat autònoma de Catalunya) no reclamen el terme menuda i mitjana empresa, a pesar que l’adjectiu més habitual en aquesta regió és menut. La problemàtica s’agreuja pel fet que aquest terme ha donat una sigla lexicalitzada, pime. Si s’admeten totes les variants, caldrà admetre també les sigles lexicalitzades xime i mime ? En el cas català hi ha l’especificitat d’Andorra, que s’ha de tractar a banda. Tot i ser un territori molt reduït, Andorra és un estat independent i ha mantingut (i, en algun cas, creat modernament) especificitats lèxiques per al llenguatge administratiu i judicial. Així, tenim batlle ‘jutge de primera instància’ (a la resta del domini, batlle significa ‘alcalde’) , raonador -a del ciutadà ‘síndic de greuges’, parròquia ‘divisió administrativa local’, comú ‘corporació local’, quart o veïnat ‘subdivisió administrativa local’, cònsol ‘màxim responsable del Comú’, nunci núncia ‘conserge de l’administració pública’, bander -a ‘guarda forestal’, parapública ‘empresa pública’, etc. Un recull terminològic de llenguatge administratiu per a tot el domini lingüístic —i també el diccionari normatiu— ha de recollir aquests usos. [5] Tots aquests exemples mostren que les fronteres administratives tenen força pes, i que, per tant, en el tractament terminològic cal mirar tant les isoglosses com les fronteres (que en algun cas coincidiran, però en altres casos no). 5. L’interès del terminòleg Finalment, hi pot haver l’interès del terminòleg per a potenciar una determinada paraula que, des del punt de vista de l’extensió territorial, no és la més usada. Per exemple, el Lèxic de la ciència del sòl (Universitat Politècnica de Catalunya, 1989) explicita, en els criteris de confecció del vocabulari, que s’ha donat preferència a arena per damunt de sorra perquè existeix el formant culte areno(que trobem a arenòfil). Un altre exemple és el refús de remer -a i la potenciació de remador -a ; la raó és la possible confusió homofònica en alguns dialectes amb el castellanisme ramera ‘prostituta’. [6] Cal esmentar igualment les indicacions de l’Institut d’Estudis Catalans per a l’admissió de localismes en el seu diccionari. [7] Per exemple, es va admetre catxel (un mot propi del delta de l’Ebre) perquè substituïa un castellanisme, almeja. [8] 6. La interferència d’altres llengües per zones En l’estudi de les aportacions geolectals en terminologia no s’ha de perdre de vista una qüestió fonamental : la inteferència de llengües superposades en els neologismes. La major part del domini lingüístic català es troba en territori administratiu espanyol, i la llengua espanyola és un factor d’interferència important. Però la Catalunya Nord es troba en territori administratiu francès, i és el francès que conforma la llengua catalana en aquest territori. En efecte, a la Catalunya Nord es diu essència o carta pel que a la resta de territoris s’anomena gasolina i carnet. [9] Aquesta influència del francès també es troba a Andorra : hi trobem reglatge per ajust dels esquís, convivial p e r amigable en informàtica, etc. La raó d’aquesta influència francesa sobre Andorra s’explica per la presència de l’escola francesa en aquest principat i el fet que alguns andorrans cursen estudis universitaris a Tolosa de Llenguadoc. Finalment, cal esmentar la influència del sard i, sobretot, de l’italià, a l’Alguer. Atès que un dels principis de la terminologia és buscar la màxima internacionalitat possible en la forma dels mots, l’elecció d’una variant geolectal també s’ha de fer tenint present quin és el terme corresponent en espanyol, francès i italià. 7. Aplicació de més d’un criteri Fixem-nos que combinant diversos criteris podem obtenir resultats diferents. Un vocabulari que fixa el nom de les espècies pesqueres pot aplicar el criteri de l’extensió territorial, però amb excepcions perquè s’hi aplica el criteri administratiu en algun cas : http://www.realiter.net/spip.php?article213 Page 2 / 4 “S’ha donat prioritat a totes les formes usades en una àrea geogràfica més extensa : moll / roger, per a la família Mullidae ; llissa / llíssera, per a la família Mugilidae. En alguns casos ha calgut tenir en compte l’àmbit d’aplicació d’aquest treball (Principat de Catalunya) i s’han hagut de descartar com a prioritàries formes que, tot i ser presents en una major extensió geogràfica, eren desconegudes en la variant lingüística del Principat : aladroc / seitó, Engraulis encrasicholus. Només s’han deixat com a formes concurrents anfós / mero, Epinephelus guaza, perquè la Secció Filològica de l’Institut d’Estudis Catalans així ho va acordar.” (Espècies pesqueres d’interès comercial. Nomenclatura oficial catalana, Generalitat de Catalunya, pàg. 8) [10] Per l’interès del terminòleg podem trobar solucions aparentment il·lògiques, però que tenen la seva justificació. És el cas de l’expressió correu brossa, una de les propostes de traducció per a l’anglicisme junk mail o spam. L’anglès junk i l’espanyol basura solen aparèixer aposats en construccions per a designar productes de molt baixa qualitat. Així, tenim junk mail, junk food, comida basura, contrato basura, telebasura, e t c . A t è s q u e a l’e s c o l a s’ha difós sobretot escombraries, la solució més fàcil és traduir basura per escombraria, i dir menjar escombraria, contracte escombraria, teleescombraria, etc. [11] Ara bé, El Periódico de Catalunya i TV3 utilitzen correu brossa i no pas correu escombraria, tot i que escombraria és més usual a Barcelona i a més és unívoc (brossa i fem tenen altres significats ; cf. brossa a l’ull ‘petita partícula’). La raó de l’opció d’El Periódico de Catalunya p o t s e r l’espai : aquest diari es confecciona primer en espanyol i després es tradueix en català. Si l’expressió correo basura en un titular es traduís al català per correu escombraria hi hauria problemes d’espai, ja que l’espai que ocupa correu escombraria és molt més gran ; en canvi, correu brossa ocupa més o menys el mateix espai que l’expressió equivalent espanyola. 8. Algunes reflexions Certament, caldria aprofundir en l’estudi de l’aportació geolectal en terminologia catalana. Per diverses raons. l En primer lloc, per a assegurar-nos que els vocabularis de camps lèxics molt propers recolliran les variants necessàries. Així, si féssim un vocabulari d’ocells o de rèptils sense tenir en compte les variants valencianes i baleàriques, aquest vocabulari no tindria gens d’utilitat a bona part del domini lingüístic. l En segon lloc, per a establir criteris de treball aplicables a la totalitat del domini lingüístic. Així ens estalviaríem ensurts com el de la xicoteta i mitjana empresa i menuda i mitjana empresa. l En tercer i darrer lloc, per tal de veure què poden aportar els parlars catalans diferents del central als llenguatges d’especialitat. Alguns exemples d’aquest tercer punt demostren que encara hi ha camí a recórrer en aquest camp. Als anys 70, alguns mallorquins van demanar d’incloure l’expressió a daus a l a Gran enciclopèdia catalana, en comptes de l’expressió de quadres (per a construccions com camisa a daus). Aquesta petició va ser denegada. Amb la denegació, es va tancar la porta a una expressió genuïna i es va obrir la porta a una expressió idèntica a l’espanyola. L’aportació mallorquina hauria estat un granet d’arena que hauria ajudat a mantenir distant el català respecte de l’espanyol (opció que ha de triar qualsevol llengua que no vulgui esdevenir un dialecte d’una altra llengua). Un altre exemple —que té poc a veure amb el distanciament d’una llengua respecte d’una altra— és plomall. L’any 2001, l’empresa d’enginyeria automobilística IDIADA (ubicada al Baix Penedès) va posar el mot plomall en els documents tècnics per a referir-se al fum del tub d’escapament dels vehicles (en aquella època feia controls de qualitat del fum). La raó és que l’enginyera que s’encarregava del projecte era de Tàrrega (Urgell), i en aquesta població s’empra plomall per a referir-se al fum que surt d’una xemeneia. En aquest cas, tenim un exemple de compleció : s’ha omplert un buit amb una peça lèxica provinent d’un indret prou allunyat de la capital catalana. Tenim un tercer i darrer exemple en la construcció de vocabulari especialitzat per a una regió. A l’Alt Pirineu català (Pallars, Ribagorça, Andorra, Alt Urgell, Cerdanya, etc.) trobem construccions o espais tradicionals per al bestiar : bordes i pletes. Avui dia, a l’Alt Pirineu proliferen els restaurants anomenats borda (aleshores vol dir que són —o volen ser— restaurants típics de la regió) i les urbanitzacions aparentment típiques anomenades pleta (vegeu la pleta de Saga, vora Puigcerdà, i pleta d’Aravell, vora la Seu d’Urgell). En aquest cas, és pràcticament obligatori recollir aquestes extensions semàntiques de mots tradicionals en un vocabulari especialitzat (així es va fer al Diccionari de turisme i hoteleria, del 2001, amb borda ‘restaurant típic de l’Alt Pirineu’). Ja es veu, doncs, que cal aprofundir en l’estudi de la variació geolectal en terminologia catalana — c o m s’ha anat fent en altres llengües— per tal de resoldre satisfactòriament totes aquestes qüestions. ________________________ [1] L’excepció és l’aportació de Magdalena Ramon “Normativa i variants dialectals” (Jornada sobre terminologia i serveis lingüístics, IULA, 2001). [2] Tot i que, de fet, de la síndria se’n diu també meló d’Alger i meló d’aigua (des de l’Urgell fins al País Valencià). Per als qui anomenen meló de... la síndria (Cucumis citrullus), utilitzen el terme meló de tot l’any o (segons el Diccionari català-valencià-balear) meló de cristià per a referir-se al meló (Cucumis melo). [3] Curiosament, totes tres formes provenen del mateix ètim : el grec gypsos, passat per l’àrab giss (Gran diccionari de la llengua catalana, Enciclopèdia Catalana, 1998). Aquest fenomen (un sol ètim per a dos o més mots distints i sinònims) també es dóna en algun altre cas, com melic i llombrígol. [4] Per exemple, tot i que a la majoria de parlars es diu cantem, mengem, etc., a les Illes i a la comarca de la Terra Alta es diu cantam, menjam, etc. És una coincidència morfològica entre àrees laterals allunyades entre si. http://www.realiter.net/spip.php?article213 Page 3 / 4 [5] El 2003, el Servei de Política Lingüística d’Andorra va confeccionar una llista d’andorranismes perquè fossin admesos a la 2a edició del Diccionari de la llengua catalana d e l’Institut d’Estudis Catalans. La majoria van ser admesos per aquesta institució (juny del 2004). A la llista hi ha algun mot d’ús tradicional, però s’hi van posar sobretot paraules pròpies del llenguatge administratiu andorrà. Cal tenir present que bona part del lèxic tradicional de la ramaderia apareix en els textos legals i administratius andorrans (per exemple, padral, peixena i peixeder). Entre les paraules que es van proposar —i admetre— hi ha aute ‘interlocutòria judicial’, que, tot i ser un castellanisme, és l’única forma utilitzada pels tribunals andorrans, i a pesar que el 1998 l’Institut d’Estudis Catalans havia acordat desestimar aute (Documents de la Secció Filològica IV, 2003, pàg. 13). [6] “Ús de llenguatge no discriminatori i terminologia” (aportació de Gemma Mas), Ús de llenguatges no discriminatoris. València : L’Ullal / Federació d’Ensenyament, CCOO del País Valencià, 1999, pàg. 25-36. [7] “Criteris d’admissió...”, Documents de la Secció Filològica III, 1996. [8] Les formes cloïssa i escopinya presentaven diversos problemes. [9] Joan Solà, La llengua, una convenció dialèctica, Columna, 1993. [10] Val a dir que a vegades hi juguen altres factors. La Guia dels ocells dels Països Catalans i d’Europa de Peterson, Mountfort i Hollom [traducció de Francesc Giró, Rosa Llinàs i Jordi Sargatal ; Omega, 1987] explica (“Nota del traductor”, pàg. 15) que es recullen noms d’ocells en la modalitat baleàrica quan difereixen de l’estàndard, però que no es recullen formes valencianes perquè no hi ha cap obra que les forneixi. [11] El Termcat va proposar, en un principi, infratelevisió. Secrétariat de Realiter Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine 131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39 [email protected] http://www.realiter.net/spip.php?article213 Page 4 / 4 català Présentation Règlement Membres Téléchargements Inventaire des producteurs de terminologie 7e Journée scientifique Realiter 2011 1ère journée technologique Realiter 2011 Realiter bénéficie du soutien de la Délégation générale à la langue française et aux langues de France (DGLFLF) galego italiano Português română UNIDAD EN LA VARIACIÓN : LA TERMINOLOGÍA DEL ESPAÑOL Joaquín García Palacios Universidad de Salamanca Réunions et journées Lexiques Realiter français Realiter Réunions et journées Activités Documents fondamentaux Español Un poeta cualquiera, pudo decir en un momento cualquiera de lucidez de su poesía que en lo más hondo de la verdad se encuentra la certidumbre de la paradoja. Una verdad que tiene la ventaja de afirmar categóricamente y al mismo tiempo de sugerir un abanico de posibilidades que se descubren al adentrarse en los caminos diversos que pueden contemplar la explicación (o la resolución total) de esa unión de contrarios. Permítanme seguir la senda de ese poeta y adentrarme en lo que de paradójico puede tener el título de esta intervención, pues no en vano lo que solemos llamar condición humana se desarrolla en un vaivén, en un movimiento dialéctico que, entre otras cosas, transcurre “entre la afirmación de la diferencia y la nostalgia de lo semejante, entre la unidad y la multiplicidad, lo homogéneo y lo heterogéneo...” Son palabras que pronunciaba hace un mes el periodista argelino Jean Daniel al recoger el Premio Príncipe de Asturias de Comunicación y Humanidades [1], y que ahora quiero hacer mías para pensar en voz alta con ustedes acerca de ese movimiento, que en nuestro caso se centra en un asunto no sé si trascendente, pero desde luego muy importante, para la vida futura del español como lengua de comunicación científica y profesional. Me refiero, como pueden suponer, a la variación geográficamente motivada de su terminología. Homogeneidad de una lengua frente a la heterogeneidad de la variación que en ella se produce. Al emprender esta reflexión no hago sino recoger el guante que en su momento me lanzó Teresa Cabré en nombre de la presidencia de REALITER, al proponerme encarar ese asunto desde una perspectiva muy concreta, la de la marcación de ese tipo de variación en las obras terminológicas. Acepté encantado el ofrecimiento (y desde aquí quiero agradecerles el depositar en mí su confianza) pues me interesaba un asunto como éste entre otras cosas porque me obligaba a realizar un acercamiento plural, desde una serie de ángulos complementarios, que debían ser abordados si queríamos dar cuenta de toda su complejidad, la cual está determinada en general por la propia naturaleza de los hechos lingüísticos, y en particular por las influencias mutuas y las relaciones que se dan entre los distintos tipos de variación [2]. La convocatoria de REALITER hablaba de variación geolectal, pero de una manera inconsciente (o consciente) hemos tendido hacia la variación denominativa, a acercarnos o alejarnos ligeramente, aunque eso sí, incluyendo en prácticamente todos los casos un formante que remite a los elementos geográficos que fundamentan este tipo de variación. Así, en los títulos de esta mañana y esta tarde vemos escrito (salvando las lógicas fronteras entre lenguas cercanas) variación geolectal, variación topolectal, variantes dialectales, y, en mi caso, marcas diatópicas, índices claros del grupo de variantes existente, y entre las cuales resultaría difícil decidir entre una buena y una mala formación. Desde luego yo no me atrevería en estos momentos a juzgar a la ligera sin conocer los condicionamientos de cada una de esas elecciones. Si sé que, en mi caso, conscientemente, me he servido de una terminología que no es la más utilizada en la actualidad, pero que encierra un halo de tradición lingüística con la que en estos momentos, y para este caso concreto, me interesa enlazar. No quiero ocultar que desde el título, con esas referencias a la marcación diatópica, he pretendido evocar a los grandes dialectólogos que en el siglo pasado se enfrentaron a ese mismo tipo de variación. Son sugerencias que me interesan no porque me haya embargado en estos momentos un ansia patriótica manifestada en el empleo de esa terminología ampliamente difundida en los estudios filológicos del estado español. Lo que pretendo es poner de relieve desde un primer momento la existencia de esa variación, cuestionarme las pretensiones de unidad o normalización terminológica, y situarme dentro de una corriente que aprecia en los estudios de dialectología algunas aportaciones sobre todo metodológicas que pueden representar sugerencias interesantes para el estudio de la variación diatópica (o geolectal, que tanto da) y su marcación en las obras terminológicas [3]. Un punto de partida –la dialectología- que evidentemente ha de provocar no pocos desacuerdos, pues no en vano nos interesa ver una serie de aspectos relacionados con nuestro objeto de estudio, la terminología del español, que sólo en parte coinciden con la realidad que los dialectólogos analizaban. No se trata aquí de dar cuenta de dialectos o de usos específicos frente a un estándar, ni de dibujar el complejo mosaico dialectal que supone una lengua como el español. Tampoco de delimitar la terminología en lo que ésta tiene de diferencial respecto a la lengua común. Pero sí podemos aprender de quienes intentaban acotar mediante isoglosas un fenómeno concreto o situar las realizaciones de determinadas formas en un atlas lingüístico. Así podríamos observar la distribución de un hecho determinado y en función de ésta tomar decisiones importantes dirigidas, por ejemplo, a la marcación de la terminología, un aspecto que, desde múltiples puntos de vista, resulta completamente necesario abordar. Para lograrlo habremos de dejarnos guiar además por una disciplina más nueva, surgida en parte de aquella -la sociolingüística- que nos abrirá cauces mucho más propicios para la consideración de la variación. Es evidente, no obstante, que entre nuestras pretensiones no están las de marcar fronteras entre disciplinas, máxime cuando sabemos que los logros actuales de la terminología – el vuelco comunicativo- no se deben a la influencia de un solo ámbito científico, sino que se han producido en gran medida por su apertura a un conglomerado de disciplinas, la mayoría de ellas directamente relacionadas con la lingüística. Si hablamos de señalar fronteras entre usos terminológicos, está claro que no podemos hacerlo sin tener en cuenta hechos determinantes como son las influencias que en estos momentos puede recibir el español de otras lenguas de su entorno, las cuales a su vez son lenguas pertenecientes a sociedades económicamente más potentes. Sin olvidarnos igualmente del desarrollo de las terminologías en un mundo fundamentalmente urbano, o de la variación vertical que se produce en distintas terminologías en función del grado de especialización o de los grupos profesionales que las usan. La naturaleza del objeto de estudio http://www.realiter.net/spip.php?article214 Page 1 / 6 Una aplicación exhaustiva de los principios dialectológicos al estudio de la variación diatópica en terminología sería impensable a causa de distintos aspectos inherentes al propio objeto de estudio. Algunas características de la terminología, en parte relacionadas con su imbricación en un hecho temporal, en parte con su situación dentro de un sistema lingüístico o en sus relaciones con otros sistemas, son completamente determinantes para la consideración que hagamos de la variación geográfica. Aspectos como el dinamismo, la actualidad o la escasa estabilidad de las unidades terminológicas, a los que nos referiremos dentro de un momento, tendrán sin duda consecuencias importantes para la actuación en lo que a marcación diatópica se refiere. La consideración de las unidades terminológicas como elementos léxicos que básicamente comparten sus características con otras unidades lingüísticas de su mismo nivel (Cabré, 2001), probablemente nos apartará de aquella visión que consideraría un contrasentido la afirmación de que el factor tiempo (tradicionalmente alejado de los estudios terminológicos) resulta imprescindible para la comprensión de la terminología : la unidad terminológica, como toda unidad lingüística sujeta al paso del tiempo, se caracteriza por su dinamismo, y además por otro hecho temporal : su relación directa con la actualidad. A nadie se le oculta la sencillez de aprehender una realidad fosilizada (como hicieron en determinados estudios los dialectólogos) frente a la dificultad que entraña hacerlo con otra realidad caracterizada por su constante evolución. Los “ciclos de innovación cada vez más cortos” y el “crecimiento exponencial de conocimientos”, que conducen inexorablemente a una comunicación que intenta ser cada vez más rápida y eficaz (Palomar, 2004) provocan cambios en las denominaciones especializadas, en la relación que se establece entre forma y contenido del término, y llevan emparejada así mismo la evolución y modificación de los propios conceptos especializados. Por eso, aunque nos encontremos ante unidades esencialmente iguales, a la fuerza ha de diferenciarse un estudio que tiene por objeto un conjunto léxico inmóvil, que remite a una realidad que se quedó anclada en una época pasada, de otro en el que el objeto está constituido por una serie de unidades léxicas inscritas en la novedad, en la neología, en las modificaciones constantes en función del avance del conocimiento. Tanto ese dinamismo del término, como su tendencia a la actualidad, determinan una tercera característica, importante para el hecho que estamos considerando : la poca estabilidad de los términos. Un aspecto que incide directamente sobre la marcación diatópica y en las dificultades que ésta comporta y que, como cualquier otro relacionado con las lenguas, no puede ser tomado como un valor absoluto, pues se encuentra en diversos grados en las distintas unidades. Si las características anteriores nos inclinaban a la intervención sobre los términos, especialmente cuando éstos apenas se habían visto sujetos a los avatares de la variación, la poca estabilidad de los términos aconseja proceder en esa marcación desde una actuación conservadora (tal como se entiende este término en medicina) y pecar por menos antes que por más. Otro hecho que es necesario considerar, por sus repercusiones en la marcación, es el carácter interlingüístico de una buena parte de estos elementos léxicos, los cuales trascienden en muchas ocasiones las fronteras de una lengua, frente a lo que suponen esos otros léxicos que pertenecen a un fondo patrimonial, y por tanto se encuentran encerrados en los límites de un solo sistema lingüístico. Fijándonos en ejemplos por todos conocidos, el carácter mucho más internacional de las terminologías de la biología o de la informática, frente a la tradición denominativa a que se encuentra apegada una terminología como la de la construcción. A nadie se le oculta que este hecho condicionará también la actitud que se adopte en la marcación a causa de sus relaciones evidentes con la normalización. En un sentido parecido a lo anteriormente dicho, hay una quinta y última característica que, por obvia, no tenemos que dejar de considerar : aunque estemos refiriéndonos a la terminología en general, es evidente que estamos pensando en subconjuntos léxicos diferenciados que comparten unas peculiaridades como grupo, pero que a la vez tienen grandes diferencias entre ellos, las cuales corren el peligro de pasar desapercibidas en el caso de realizar una generalización apresurada. La adscripción de estos subconjuntos a las comunicaciones que se llevan a cabo en las distintas áreas de la actividad humana, diferentes entre sí, y con distintos equilibrios de fuerzas dentro de cada una de ellas, llevarán sin duda a que la marcación, aunque parta de unos principios y de un plan metodológico comunes, adquiera aspectos propios en función de cada una de las área del conocimiento. Pero de eso hablaremos más adelante. Ahora nos interesa comentar cómo las características de la terminología que repercuten directamente sobre la marcación, se ven condicionadas igualmente por el hecho de circunscribir esa actuación a un espacio lingüístico muy concreto : el del español. Pensar en la terminología del español, e intentar relacionarla con la amplia área geográfica en que se habla esta lengua es recibir inmediatamente la sensación de estarnos acercando a los dominios de la queja, tantas veces utilizada como arma eficaz para ocultar otras actitudes más cercanas al inmovilismo o la dejadez. Pues no en vano estamos ante un asunto extremadamente complejo. Leer (y oír hablar) sobre la terminología del español ha sido enfrentarse a continuas advertencias sobre los peligros que representaba la variación, sobre la posible disgregación que ésta comportaba ; ha sido ver falta de entendimiento entre especialistas ; y actuaciones voluntariosas pero incapaces de conseguir los apoyos necesarios para lograr la necesaria integración entre colegas o instituciones con intereses parecidos. Ha sido contemplar una y otra vez propósitos dirigidos hacia una intervención tendente a la normalización puestos en boca de terminólogos y de expertos en distintos ámbitos, de lingüistas, políticos y autoridades. Quejas y más quejas, y deseos, e intentos loables pero la mayor parte de las veces fallidos, con creación de organismos y asociaciones, pero hechos, resultados, muy pocos. Y desde luego no porque todos pensasen como J. Fernández Sevilla que la propia lengua, por los avances de la comunicación, podría llegar a autorregularse [4]. Escribir sobre esa terminología podría ser también seguir con esa tradición ya secular, y lanzar otra vez palabras al viento sobre la necesidad de intervenir. Pero quedarnos nada más que en eso. Otra posibilidad es tergiversar esos maravillosos versos, por todos conocidos, que durante los meses en que ha estado preparando esta intervención se han visto escritos en muchos periódicos como conmemoración del centenario del nacimiento de Pablo Neruda. Y decir : “No quiero escribir los versos más tristes esta noche, ...” porque no quiero repetir cuestiones –versos tristes- que tantas veces se han dicho, y sobre las que podemos estar dando vueltas y más vueltas, y que como mucho podrán otorgarnos una pequeña dosis de autocomplacencia, pero que van a llevarnos siempre al mismo destino. Vamos a aceptar lo evidente, como el referente de ese poema que reconoce que el amor se ha acabado : existe variación, y en ello no podemos buscar ningún tipo de perversión porque nada se ha trastocado. No se trata, no puede tratarse, de buscarle unas causas para emprender un posible tratamiento, y curar a la terminología de ese mal. Porque no es una enfermedad. Es, como todos sabemos, un principio de las lenguas, algo que se manifiesta en cualquiera de sus subsistemas y niveles, por ejemplo en los léxicos de especialidad, una de cuyas características es precisamente la presencia de distintos tipos de variación. Y lo normal es que sea así en un área geográfica tan extensa como la del español. Seguirá habiendo alarmistas que clamen contra el peligro de desintegración de la lengua si no se pone freno a esa variación. Pero sabemos que ese peligro no es tal a no ser que vaya acompañado de otras circunstancias como la de no valorar la propia lengua, no cuidarla lo suficiente, y no preocuparse por su mantenimiento ; o que se produzcan una serie de dificultades para la traducción, las empresas o los organismos internacionales, a causa de una profusión desordenada de variantes, muchas de ellas mal formadas. http://www.realiter.net/spip.php?article214 Page 2 / 6 No es miedo a la ruptura, a la fragmentación, es miedo a que la que se considera como más importante garantía de esta lengua –su demografía- nos tenga cegados y nos impida ver los problemas y los peligros que tiene a causa de determinadas actitudes de sus hablantes y de quienes tienen responsabilidades públicas en los países en que se habla español. Decía don Manuel Alvar que “no hay lingüista con un mínimo de solvencia que no lo repita hasta el agotamiento : no hay más que un español”. Y añadía : “Es absolutamente falaz escindir esa realidad única en dos mundos opuestos : América y Europa” [5]. Por supuesto que en un caso como en el que nos ocupa no tiene ningún sentido plantearse dos mundos, ni siquiera complementarios. Lo importante, creo, no es tanto pensar en la posibilidad –remota por otra parte- de que la variación pueda conducir a una fragmentación del español (también en los lenguajes de especialidad), sino en los peligros que encierra en el momento actual una falta de uniformidad terminológica si esa lengua sigue aspirando a ser una lengua de cultura con carácter internacional. Si esa normalización (fundada en la razón y el uso lingüístico, y respetuosa con la variación cuando ésta sea significativa) no se produce, los peligros no son tanto internos (algunos hay como el que la comunicación entre especialistas hispanohablantes se vuelva dificultosa), sino externos, en la relación de fuerzas del español con otras lenguas. Y sabemos que en estos momentos existe un peligro real de monolingüismo científico -en inglés, por supuesto-, ecológicamente indeseable y culturalmente empobrecedor que, como dice Rainer E. Hamel en un artículo esclarecedor, supone un proceso que atenta, entre otras cosas, contra el principio formal de igualdad entre las lenguas, atribuyendo al inglés “cualidades intrínsecas de superioridad estructural” (Hamel, 2002). Un peligro que sólo puede contrarrestarse con una serie de políticas audaces (que no arriesgadas) que valoren de verdad la producción científica en español en los países en que ésta es la lengua materna, y realicen el necesario esfuerzo normalizador, sin descuidar por supuesto todo el proceso informatizador de las lenguas al que ya se refería hace unos años J. A. Pascual (1995). Si no se procede así es cuando puede producirse no la fragmentación interna, pero sí una descompensación ante otras lenguas y un desprestigio externo como lengua internacional lista para acometer cualquier tipo de comunicación. No descubrimos nada si decimos que estamos ante un problema ; y tampoco que lo primero que tenemos que hacer para solucionarlo es valorarlo en su justa medida. Situar correctamente una lengua que se habla en un extenso territorio, y que está reconocida como lengua oficial en veintidós países distintos, que no tiene el mismo grado de diversificación en todos sus estratos, y que en algunos casos, como en el de la lengua formal, tiene una variación poco significativa, lo que plantea muy pocas dificultades para la comprensión entre hablantes de países distintos ; que desempeña además un papel cada vez más importante en el mundo contemporáneo (primera lengua minoritaria de los Estados Unidos a causa de la emigración procedente de la América hispana, y una de las más demandadas para ser aprendida como segunda lengua debido a su peso indudable como lengua de cultura y para los intercambios internacionales). Y que se caracteriza por no tener un único centro gravitatorio, sino por poseer un carácter “multipolar”, con al menos cuatro polos dinámicos de irradiación : Argentina, Colombia, España y México (Lara, 2002) [6] . Un hecho que refleja una realidad que resulta totalmente opuesta a la ya antigua concepción centralista y estática de la lengua. En esta valoración no podemos olvidarnos (aunque a veces nos resulte mucho menos molesto hacerlo) de la influencia fundamental y, por qué no decirlo, también de la rémora que supone para esta lengua, una tradición encarnada en los poderes públicos, pero también en los prejuicios y actitudes de los hablantes, basada en la necesidad de una academia y en la tendencia a dejar en sus manos tanto los asuntos lingüísticos que puede acometer con garantías, como aquellos otros (por ejemplo la actuación sobre la terminología) que, según ha demostrado hasta ahora, no está en condiciones de afrontar. En las obras lexicográficas del español la marcación de la variación geográfica ha estado presidida tradicionalmente por la actuación académica en sus diccionarios, la cual, a pesar de su lenta aunque indudable evolución, en líneas generales se ha caracterizado por señalar un punto cero (claramente eurocentrista, aunque un tanto difuso) en función del cual se producía la desviación y el consiguiente reflejo en la marcación. Y al mismo tiempo ha hecho gala, en la tradición acumulativa de los diccionarios decimonónicos, de la incorporación cada vez mayor de americanismos, como si ese aumento (tímido antes, ahora decidido) supusiese un cambio de actitud y una apertura real a las nuevas corrientes lexicográficas que reclamaban la consideración de los hechos léxicos desde la variación. A pesar de ser pequeño, ese cambio ha supuesto una modificación significativa, al menos en las formas, aunque no en el fondo de la cuestión. En épocas anteriores hubiera sido impensable contemplar la inclusión -como se hace a partir de la edición 21ª (1992)- de una marca para señalar las voces específicas de España. Un cambio en las formas, impulsado desde la propia institución académica (y nos parece justo reconocer el esfuerzo que ello ha supuesto), pero al que han obligado también las actitudes cambiantes de la propia sociedad –española e hispanoamericana-, los avances teóricos de la lexicografía, y la realización de algunos diccionarios basados en un principio no diferencialista para algunas zonas del mundo hispánico (Lara, 1995) [7]. Son todos los anteriores hechos propiciados por la propia evolución de los tiempos, también por el avance de los conocimientos lingüísticos, pero que, en esa tendencia que a veces tenemos al extremismo, nos han llevado a situarnos en el polo contrario y, al menos desde el púlpito de la palabra con trascendencia pública, olvidarnos de cualquier posibilidad que no sea la de defender a ultranza la diferencia, como si siempre fuese autoritarismo señalar un centro gravitatorio dentro de un colectivo caracterizado por la diversidad. Aunque más grave puede ser seguir utilizando palabras por la única razón de agradar a los oídos de la galería, incluso a costa de no mostrar otras menos agradecidas pero que remiten a un saber que –modestamente- interpreta sin apasionamientos y de manera adecuada los puntos de partida, analiza correctamente –es decir, desde el conocimiento- los hechos y, desde el respeto a todas las opciones, propugna unas conclusiones que la seriedad del razonamiento convierte en respetables. Es evidente, parafraseando las palabras de Claudio Magris en las que el objeto era Europa, que el amor por España (o por cualquier otro país) no puede presuponer ninguna miope soberbia, hispanocéntrica en este caso : el centro del mundo hoy está en cualquier parte y no tolera ningún inicuo dominio de una concreta parte del mundo [8]. Pero puede que los centros que se señalan para la lengua general no coincidan con los que se constituyen en referentes en cada uno de los ámbitos especializados, algo que no podremos conocer en su justa medida si no emprendemos una serie de estudios que nos muestren claramente esa realidad. http://www.realiter.net/spip.php?article214 Page 3 / 6 La diferenciación clara de subconjuntos léxicos especializados, que a grandes rasgos se corresponden con las distintas áreas de la actividad humana, nos lleva a prever consideraciones distintas para ámbitos cognitivos diferentes, pues se supone que los equilibrios de fuerzas entre los agentes que intervienen en los mismos tendrán características diferentes de unas áreas a otras. Y puede que los estudios previos de carácter extralingüístico nos indiquen la conveniencia de adoptar un planteamiento diferencial respecto a un punto cero para unas áreas, mientras que para otras sería necesario contemplar como norma general la consideración de todas las variantes al mismo nivel. No parece muy cercano al espíritu científico mantener a ultranza un planteamiento metodológico que sólo por una cuestión ideológica nos lleve a considerar por igual los casos en que se observa poca variación y aquellos otros caracterizados por la multiplicidad de posibilidades denominativas para un concepto. La lógica parece exigir acciones distintas que en unos casos tiendan a suprimir la marcación, pero que en otros apuesten por una marcación adecuada que pase incluso por privilegiar una zona geográfica frente a otras si en ella se ubica una comunidad científica con prestigio reconocido o con una trascendencia especial. Parece necesario por tanto llevar a cabo actuaciones diferenciadas, pues en un caso como el de la teledetección posiblemente no tenga demasiado sentido preocuparse en el momento actual por la variación geográfica y su marcación, ya que lo verdaderamente importante es intentar asentar en español una terminología que ahora mismo no se caracteriza precisamente por la variación, sino por estar integrada sobre todo por unidades léxicas en inglés, que utilizan por igual expertos que hablan en español y que habitan en distintos lugares de uno y otro lado del Atlántico. Es difícil pensar en un fondo común de vocabulario para todo el español cuando hablamos de terminología, a no ser que nos centremos exclusivamente en los fenómenos de creación léxica que están por encima de las fronteras difusas entre léxico común y léxico especializado. Y desde luego nunca en un fondo que pudiéramos fragmentar señalando las mismas áreas geográficas que para el léxico general de esta lengua. Por tanto esa parcelación del dominio hispánico, en lo que a la terminología se refiere, habrá que hacerla en primer lugar en función de las distintas especialidades. Y más adelante de acuerdo con lo que nos muestre la observación y descripción de los usos dentro de cada una de ellas. Eso nos permitirá realizar el oportuno mapa del dominio, el cual muy posiblemente cambiará de unos ámbitos especializados a otros al estar basado en una distribución geográfica diferente. La marcación diatópica. Marcas, coherencia y sistematicidad Cuando en los tratados de Lexicografía se comenta la situación sobre la marcación en los distintos diccionarios (bien es verdad que sobre todo en los generales) se suele insistir en el carácter fundamental, necesario, de esas marcas, pero al mismo tiempo en dos de sus defectos más evidentes : son asistemáticas y poco objetivas (Garriga, 2003). Todos los usuarios de diccionarios sabemos lo importante que nos resulta ver señaladas las restricciones de uso de las distintas unidades, pero sabemos también lo que nos disgusta que en unos casos se haya procedido a la indicación del carácter especializado de una voz o de su uso particular en la lengua coloquial, pero que en otros similares se haya olvidado esa marcación. Sabemos cuánto nos molesta que las marcas de distinto tipo no tengan diferenciación tipográfica, o que esas sencillas etiquetas respondan claramente a la visión subjetiva de los redactores del diccionario. Quienes además hemos tenido que tratar constantemente con los diccionarios del español, realizados mayoritariamente bajo la guía más o menos reconocida de la lexicografía académica, sabemos de la extrañeza que nos produce encontrar tantas voces con la restricción geográfica que indica que se trata de una voz propia de Salamanca, cuando no las hemos oído en nuestra vida y cuando además, la mayor parte de salmantinos que conocemos tampoco saben de su existencia. Sabemos del establecimiento de una minuciosa parcelación de algunas zonas del español de España, mientras que otras se dejan en un genérico América Meridional. Si además nos hemos dedicado a profundizar algo más en estos asuntos, sabemos también que la cultura textual del consultor del diccionario le lleva a buscar marcas, y por tanto a interpretar la ausencia de esas restricciones en algunas voces como un índice claro de su uso general. Sabemos lo importante que resulta dar informaciones diversas en el diccionario, pero también que es mejor no proporcionarlas cuando no se actúa de manera sistemática en todas las zonas del diccionario, o cuando simplemente no se tiene constancia cierta de algunas de esas informaciones [9]. Un usuario de diccionarios de lengua que consultase por primera vez un diccionario especializado, parecido a los anteriores en lo fundamental, posiblemente pensaría que la terminología es igual en todos los lugares en que se habla una lengua, pues la mayor parte de las obras terminológicas no registran la variación geográfica. Puede que esos diccionarios hayan conseguido acabar con la sinonimia, un lastre evidente para la comunicación especializada. Puede que no se produzca ese tipo de variación, o que los diccionarios no la reflejen. Aunque mucho nos tememos que lo que suceda sea que los diccionarios y obras terminológicas, bien por su orientación normalizadora, es decir, prescriptiva, bien por deficiencias en su actuación, hayan obviado una situación que se da realmente en los intercambios comunicativos, olvidando por tanto su tarea de reflejar fielmente el uso que las unidades terminológicas tienen en su hábitat natural, los textos, los productos de la comunicación especializada. Por otro lado, es difícil encontrar en los manuales prácticos de terminología, pensados para enseñar a quienes en el futuro pueden dedicarse a las labores terminológicas, referencias claras a la variación geográfica, y mucho menos proporcionar instrucciones para su tratamiento en las obras terminológicas de distinto tipo. Y esto a pesar de que no es raro encontrar aceptada como un mal menor la existencia de variación motivada por la extensión geográfica de una lengua [10]. No podemos olvidar, sin embargo, que son muchos y muy distintos los productos que puede generar la práctica terminológica, y que los objetivos y funciones que pretenden conseguir y cumplir pueden tener características muy distintas (Cabré, 2001). Sería lógico por tanto encontrar en unos casos marcación geográfica, por ejemplo en aquellos que tienden hacia la descripción, pero ver que no existe en otros en los que está clara su orientación hacia la prescripción de unos usos terminológicos determinados. Una situación como la anterior, a pesar de ser muy sencilla desde la teoría, se complica enormemente al pasar al terreno de los hechos, pues muchas veces las posiciones que se adoptan no responden a la lógica, sino que se rigen por las más que dudosas normas de la improvisación y la desatención a las máximas lexicográficas y terminológicas de sistematicidad y coherencia. Por lo que se ve tras el estudio de muchas de esas obras, no debe de ser todo tan sencillo como realizar un estudio previo que indique la situación real de la terminología en cada ámbito especializado y, a partir de ahí, en función de los objetivos que se pretendan conseguir con la obra terminológica, proceder con el rigor y minuciosidad que exige el trabajo en este tipo de obras. Propuestas ante la marcación http://www.realiter.net/spip.php?article214 Page 4 / 6 Volviendo al caso del español, antes de descender a las realizaciones concretas en las obras terminológicas, deberíamos preguntarnos si es más positivo intentar suprimir la variación geográfica en las lenguas de especialidad (a lo que sin duda contribuirían obras terminológicas sin marcas diatópicas), o si por el contrario no tenemos que hacer ningún esfuerzo tendente a la uniformidad de los usos especializados de la lengua, pues la procedencia geográfica de los textos no implica en el caso del español diferencias significativas. A veces, no obstante, resulta complicado tomar una decisión cuando estudiosos que gozan de un sólido prestigio, y que se refieren a los hechos en un mismo período temporal, parecen percibir la realidad de manera muy diferente. Y nos puede entrar la duda de si quedarnos con la visión optimista de Humberto López Morales (2003) quien basándose en hipótesis como la de la “globalización léxica” o la de la “mortandad léxica” afirma que “en el ámbito de los tecnolectos [...] salvo excepciones muy llamativas [...] marchamos hacia la unidad terminológica”. O si optar por la carta más pesimista de Luis F. Lara (2002) quien cree que “Tenemos, [...], una gran concurrencia terminológica, que dificulta al máximo el discurso científico hispánico y, naturalmente, la traducción”. Desde la primera posición posiblemente nos apuntaríamos a la línea del aplauso ante los logros conseguidos. Desde la segunda, no sería descabellado subirnos al carro de la preocupación ante la situación actual y futura de la terminología del español, e incluso ponernos también a contracorriente [11], eso sí, con el remo de un navegante experimentado, buen conocedor de estos ríos, como es el profesor L. F. Lara, quien desde hace tiempo viene escribiendo sobre la necesidad de intervenir sobre esa terminología con proyectos coordinados que desarrollen distintas actuaciones complementarias en todos los países en que se habla español. Lo que en nuestro caso apuntaría hacia el estudio de esos universos léxicos y a la realización de distintos diccionarios de especialidad convenientemente marcados, elaborados desde un planteamiento no diferencialista. A la vista de las consideraciones hechas hasta este momento sobre la variación geográficamente motivada en el ámbito hispano, la actuación que conduzca a una marcación con garantías ha de partir de una serie de presupuestos básicos : 1. Realizar una serie de estudios previos que permitan determinar la situación real de las comunicaciones especializadas que se producen en cada área de conocimiento, cuáles son los centros científicos más importantes, las revistas fundamentales, etc. Y para no perdernos en objetivos demasiado pretenciosos partir de unos ejemplos concretos (uno muy técnico, otro de humanidades y otro del ámbito sanitario). 2. Describir y dibujar el mapa de las áreas geográficas que se observan dentro de cada especialidad, y en función de ello llevar a cabo la marcación correspondiente. 3. Relativizar al mismo tiempo esa marcación, pues puede ser aconsejable llevar a cabo una marcación en profundidad para unos ámbitos especializados, pero actuar con menor prolijidad en otros, e incluso optar en algunos casos por una marcación nula, una opción más, deducible tras un estudio previo. 4. Adoptar como principio metodológico la consideración por igual de todas las variantes, objetivando los resultados de los estudios, sin tomar ninguna de ellas a priori como punto cero o variante no marcada. La excepción a esta regla vendrá determinada por el hecho de que en un ámbito especializado el predominio de un lugar sobre otros sea fundamental. Algo que puede parecer un contrasentido, pero que sólo responde a un intento de dar flexibilidad al método para que no pueda llegar a ocultarnos la realidad. 5. Actuar desde un planteamiento descriptivo, por lo que las actuaciones no irán dirigidas a la prescripción de unos usos, sino, si acaso, a la recomendación de las unidades léxicas bien formadas y que puedan tener el respaldo de los especialistas en el ámbito al que pertenezcan. Algo que sin duda repercutirá en la unidad terminológica del español, así como en la calidad de las elecciones terminológicas de esta lengua. Para lo cual no se puede actuar de espaldas a la realidad internacional, o con visos de localismo o nacionalismo hispano, sino intentado proyectar el español de la ciencia y la técnica a su dimensión más internacional como lengua de comunicación y cultura. 6. Emprender, siempre en función de los estudios realizados, la marcación sistemática en función de la variación geográfica que se produzca, en todas las obras terminológicas que se editen, y actuar en consecuencia con la coherencia siempre necesaria. 7. Difundir los resultados dentro de una política normalizadora más general basada en las recomendaciones, que no en las imposiciones, pues éstas en cuestiones lingüísticas ofrecen dudosos resultados. Un intento serio de normalizar esa parcela del español con el fin de conseguir esa lengua terminológicamente fuerte, con una terminología que no dificulte su informatización ni el buen entendimiento entre los especialistas. Algo que sin duda contribuirá a su pervivencia como una de las lenguas científico-técnicas de carácter internacional ; a que, como decía don Ángel Martín Municio, “nuestra lengua siga estando en el corazón de nuestra cultura y sea el patrimonio compartido de tantas naciones ; para que logre permanecer o incrustarse en la comunicación internacional ; y para que conserve su esencial presencia en el desarrollo social y económico de nuestra comunidad lingüística” [12]. Nuestras propuestas de defensa del español en este ámbito no han querido ser apasionadas como las actitudes del purista, pues la experiencia nos dice que la pasión en la relación con la lengua es buena como arma para la venta de una política lingüística, pero no es tan efectiva como otras relaciones menos aparentes, pero basadas en el cariño hacia el bien común que representa la lengua, y en el sentido común a que obliga el conocimiento pausado de los asuntos lingüísticos. Referencias bibliográficas Cabré, M.T. 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(1994) para quienes la variación contextual (contextual variation) –uno de cuyos tipos es la variación geográfica- tiene influencias sobre cada uno de los otros tipos de variación que señalan : semasiological, onomasiological y formal). [3] Algo similar hizo en los años 70 del siglo pasado J. Fernández Sevilla (1974) al señalar cómo los atlas dialectológicos podían ayudar a solucionar determinadas incongruencias que había detectado en el diccionario académico. [4] “Claro que es de esperar que la frecuencia y la intensidad crecientes de las comunicaciones contribuirán a la unificación, dando preferencia a una de las palabras competidoras. Es bien conocida la lucha de sinónimos, que suele acabar con el triunfo de uno de ellos y el confinamiento de los demás” (Fernández Sevilla, 1974, p. 150). [5] En “Introducción” a Manual de dialectología hispánica. El español de América, Barcelona, Ariel, 1996, p.3. [6] L. F. Lara (2002) señala cuatro características para el español contemporáneo que “contradicen el eurocentrismo tradicional de la educación española y correlativamente el eurocentrismo de la hispanoamericana” : c a r á c t e r m u l t i n a c i o n a l , m u l t i p o l a r i d a d , m u l t i d i m e n s i o n a l i d a d e internacionalidad. [7] Encabezan la nómina los diccionarios surgidos del proyecto dirigido por L.F. Lara Diccionario del Español de México. Y, aunque sean contrastivos, a la nómina de los diccionarios que han tratado sobre un área del dominio hispanoamericano y que han contribuido a la renovación de la lexicografía del español, hay que añadir los tomos aparecidos del Nuevo Diccionario de Americanismos, surgidos del proyecto de la Universidad de Augsburgo dirigido por G. Haensch y R. Werner (Haensch, 2000). [8] “El amor por Europa no presupone ninguna miope soberbia eurocéntrica : el centro del mundo hoy está en cualquier parte y no tolera ningún inicuo dominio de una concreta parte del mundo”. Claudio Magris, en su discurso tras recibir el Premio Príncipe de Asturias de las Letras 2004 (23 de octubre de 2004). [9] La Real Academia Española de la Lengua, en su Advertencia-prólogo a la edición de 1925-, lamenta esas informaciones no demasiado contrastadas que se han puesto en el Diccionario : “la Academia en el curso de su labor se ha encontrado a menudo con voces que se le proponían a título de americanismo y que las hallaba a la vez comprobadas también como usuales hoy día en una o varias regiones de España : así el Diccionario llegó admitir como de uso general muchos vocablos que se le ofrecían a primera vista como de uso restringido a una región”. [10] Dos ejemplos significativos al respecto pueden ser el Manual de Terminología de S. Pavel y D. Nolet, editado en 2002 por el Translation Bureau del Gobierno canadiense, o el libro ¿Cómo hacer un diccionario científico-técnico ? de R. Alpízar, Buenos Aires, Memphis, 1997. [11] “Sólo que, a contracorriente de lo que suele pedirse para impedirlo [la aldeanización del español], que es reforzar la acción única de las academias de la lengua y de la academia de ciencias española, lo que es una empresa imposible, dada la multipolaridad del español contemporáneo, hay que aceptar la extrema complejidad del español actual y actuar sobre ella con grandes procesos de documentación en cada país ; con bases de datos multirrelacionales, que reúnan la documentación y hagan explícitas las diferencias, con diccionarios regionales basados en estudios del uso real de la lengua, no en informes de académicos o de corresponsales informados, y con convenios de colaboración en el campo terminológico, tal como se lo ha propuesto la Red Iberoamericana de Terminología ; pero también con programas permanentes de fomento a la traducción científica y técnica y a la publicación de obras originales de ciencia y técnica en español, junto con acciones permanentes de resistencia a los intentos de hacer desaparecer nuestras revistas científicas en español, bajo los pretextos de que el inglés es el sustituto científico del latín y de que sólo escribiendo en inglés nuestra ciencia tiene alguna visibilidad.” (Lara, 2002). [12] A. Martín Municio, “Prólogo” al Diccionario de telefonía y comunicaciones móviles realizado por encargo de la Fundación Airtel, Madrid, 2000. Secrétariat de Realiter Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine 131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39 [email protected] http://www.realiter.net/spip.php?article214 Page 6 / 6 català Présentation Règlement Membres Activités Réunions et journées Documents fondamentaux Lexiques Realiter Téléchargements Inventaire des producteurs de terminologie 7e Journée scientifique Realiter 2011 1ère journée technologique Realiter 2011 Realiter bénéficie du soutien de la Délégation générale à la langue française et aux langues de France (DGLFLF) Español français galego italiano Português română Realiter Réunions et journées VARIATION GÉOLECTALE ET TERMINOLOGIE EN ROUMANIE ET EN RÉPUBLIQUE DE MOLDAVIE Ioana Vintilă-Rădulescu Institut de Linguistique „Iorgu Iordan – Al. Rosetti” Bucarest 1. Pour pouvoir mieux comprendre les particularités du rapport entre la variation géolectale et la terminologie en Roumanie et en République de Moldova il faut connaître en ses grandes lignes l’histoire des deux pays. 1.1. Le territoire de la République de Moldova a fait depuis toujours partie des Etats roumains (sous l’une ou l’autre de leurs formes – Moldavie, plu tard Roumanie) et a été inclus par la suite dans l’exUnion Soviétique. 1.2. La majorité de la population de la République de Moldova, située à l’Est de la Roumanie actuelle, parle le roumain, tout comme celle de la Roumanie. Le roumain standard est fondé notamment sur le dialecte de l’ancienne Valachie (région du Sud de la Roumanie), mais les différences entre les dialectes roumains ne sont pas très poussées. Dans les villages de la République de Moldova on parle le dialecte moldave du roumain, qui est le même que dans la région de Moldavie appartenant à la Roumanie : les enquêtes dialectales ont relevé l’existence d’isoglosses communes, les différences opposant le Nord au Sud et non pas l’Est à l’Ouest. 1.3. Le pouvoir soviétique avait imposé en République de Moldova l’emploi du russe, une partie importante de la population devenant bilingue. L’usage du roumain s’était beaucoup restreint au cours de la période soviétique ; il s’est mieux conservé en famille et à la campagne. Les autorités soviétiques se sont efforcées d’imposer à la langue cultivée des normes distinctes à tout prix de celles du roumain standard de Roumanie. Pour remplacer les mots communs avec ce dernier, y compris les termes internationaux, elles faisaient appel, d’une part, à des mots d’origine russe, aux formes russes des emprunts occidentaux ou à des calques sur le modèle du russe et, d’autre part, à des mots et à des phonétismes roumains dialectaux (voire moldaves) et archaïques. 1.3.1. Pour la première catégorie, celle des russismes, on peut citer les exemples suivants. Le terme agricol « agricole » avait été remplacé par le composé săteanogospodăresc litt. « villageois-administrateur », sur le modèle du rus. selskohozeaistvennîi. Au lieu du roum. autobúz « autobus » on avait imposé la forme aftóbus, avec la prononciation et l’accent du russe, qui emploie le formant international auto- sous la forme afto- ; de même, au lieur du roum. microbuz « microbus » on a introduit les formes plus récentes, également sur le modèle du russe, micróbus, marşrutcă ou rutieră. Au terme hidrogen « hydrogène » on avait substitué născător de apă litt. « géniteur d’eau », sur le modèle du rus. vodorod. L e s t e r m e s m é d i c a u x t e l s r o u m . histologie « histologie », microbiologie « microbiologie », pneumonie « pneumonie », traumatism « traumatisme » devaient être remplacés par les formes à phonétisme russe ghistologhie, microbiologhie – avec [g’] au lieu de [h] et de [ğ] –, pnevmonie, travmatizm – avec [ev] au lieu de [eu]. 1.3.2. Pour la deuxième catégorie, celle des régionalismes, on peut citer les exemples suivants. Au lieu du terme cancer « cancer » il fallait utiliser dans la terminologie médicale le mot populaire rac, signifiant également « écrevisse ». A la place de Ministerul Afacerilor Interne « le Ministère de l’intérieur » on avait imposé le syntagme Ministerul Treghilor Lăuntrişe, comprenant le mot familier treabă, sous une forme de pluriel vieillie (la forme moderne étant treburi), et le mot vieilli lăuntric, les deux prononcés non pas selon leur forme de la langue standard, trebi et lăuntriče, mais avec le phonétisme moldave populaire – la palatalisation de b + i en [g’] et la prononciation [š] correspondant à [č] de la langue littéraire, etc., etc. 1.3.3. Le pouvoir soviétique a changé le nom même de la langue en moldave, prétendant qu’il s’agirait d’une langue distincte du roumain. Tous les linguistes occidentaux – ne pouvant être suspectés de parti pris – qui se sont occupés du problème ont démontré qu’il s’agissait toujours d’une seule et même langue, le roumain. En même temps, le russe a peu à peu évincé le roumain en tant que langue officielle, de l’administration, de l’enseignement, de la science, de la technique et de la culture. 1.4. A p r è s l a c h u t e d e l’Union Soviétique, la République de Moldova est devenue un Etat indépendant et le roumain – sa langue officielle. Les autorités moldaves ont entrepris d’importants efforts pour remplacer le russe dans les domaines où il avait pris la place du roumain, prenant comme modèle la langue standard de Roumanie. Dans le cas des termes ci-dessus, on constate, par exemple, en consultant le « Dictionnaire explicatif usuel de la langue roumaine » (DEU), rédigé sous les auspices de l’Académie des Sciences de la République de Moldova [1], que les seules formes admises sont autobuz e t microbuz ; de même, histologie, microbiologie, pneumonie, traumatism ; săteanogospodăresc et născător de apă n’y figurent pas, et pour leurs sens on y trouve agricol et hidrogen ; le mot rac au sens de « cancer » porte la mention d’usage « populaire » ; les formes trebi e t lăuntrice y figurent avec leurs phonétismes littéraires, etc., etc. Et le Ministère de l’intérieur a repris le nom roumain, etc., etc. Si on compare le DEU au DEX (« Dictionnaire explicatif de la langue roumaine », rédigé sous les auspices de l’Académie Roumaine [2]), on trouve très peu de différences, par exemple detalist « vendeur en détail » dans le DEU, detailist dans le DEX, etc. Et qui plus est, dans le Dicţionar ortografic românesc [3], la première forme a été remplacée par celle du roumain de Roumanie. http://www.realiter.net/spip.php?article215 Page 1 / 3 1.5. Ces derniers temps, les relations privilégiées des années ’90 entre les deux Etats de langue roumaine sont devenues moins étroites au niveau officiel. Les dirigeants de la République de Moldova se sont tournés de nouveau, pour des raisons politiques et économiques, vers la Russie et ont repris le terme moldave pour désigner la langue officielle du pays, en même temps que les efforts visant à faire revivre ses anciennes particularités locales. L’intelligentsia du pays – dont notamment la plupart des journalistes (voir, par exemple, une revue telle Contrafort), les linguistes, les écrivains, etc. – s’oppose cependant de toutes ses forces à ces tentatives, continuant à suivre, pour ce qui est de la langue standard, les normes du roumain de Roumanie –, les écrivains ayant recours aux formes dialectales uniquement pour évoquer la couleur locale. 1.6. Quel que sera le sort ultérieur de la République de Moldova, il est hors de doute que dans l’immédiat il faut tenir compte de sa situation politique actuelle. 2. Pour ce qui est de la terminologie, la situation est à certains égards assez différente en Roumanie et en République de Moldova. 2.1. En Roumanie, tout comme dans les autres pays représentés au sein de Realiter, les terminologies scientifiques et techniques se sont développées au début de manière en quelque sorte naturelle et, jusqu’à un certain moment, spontanée. Depuis plusieurs décennies, leur évolution a été accompagnée d’un effort de normalisation, notamment dans certains domaines, tel celui de l’électrotechnique, etc. Après le tournant de 1989, certains domaines, dont notamment l’économie, l’informatique, l’audio-v i s u e l , l a m u s i q u e j e u n e , l a m o d e , e t c . o n t c o n n u u n développement explosif, qui a entraîné l’invasion de nombreux emprunts notamment à l’angloaméricain. La plupart en sont employés tels quels, n’ayant pas encore été adaptés aux particularités du roumain. Les préoccupations pour la terminologie ont gagné du terrain, stimulées notamment grâce aux impulsions qui lui ont été données par la Direction de la terminologie et de l’industrie des langues de l’Union Latine. En dépit de ces efforts, la normalisation de la terminologie en Roumanie est encore déficitaire, car il n’existe pas d’organismes officiels ayant ce rôle et de mécanismes précis à cet effet. 2.2. Par contre, en République de Moldova, tout de suite après son accès à l’indépendance, il n’existait pratiquement pas de terminologie administrative, juridique, scientifique et technique, etc. en la langue nationale – tout comme dans d’autres anciennes républiques soviétiques, tels les Etats baltes, etc. En la matière, presque tout était à faire, afin de remplacer dans tous les domaines la terminologie de la langue russe. Ceci a supposé un effort énorme, car il ne s’agissait pas de trouver uniquement des termes pour désigner en roumain des réalités nouvelles, dont le nombre est relativement restreint, mais également de dénommer en roumain toutes les notions de tous les domaines. C’est pourquoi entre 1990 et 1999, par exemple, ont paru plus de 50 dictionnaires, glossaires, lexiques terminologiques, ainsi que plus de 50 normes de terminologie [4]. Il était normal que, dans cette entreprise, les spécialistes et les terminologues moldaves ne partent pas à zéro et n’inventent pas une n-ième fois la roue, mais qu’ils fassent appel à d’autres langues, notamment romanes, et en premier lieu au roumain de Roumanie. Cette situation a également un côté favorable : en agissant sur un terrain vide, on a la possibilité de diriger plus facilement un processus que lorsqu’on doit tenir compte de coutumes enracinées depuis longtemps. Le Centre National de Terminologie (CNT ) de Chişinău jouir de ce fait d’un prestige plus considérable que les institutions plus ou moins similaires de Roumanie : c’est au Centre que la plupart des institutions et des personnes intéressées demandent conseil au sujet des termes à employer pour désigner telle ou telle chose. A son tour, le Centre moldave de terminologie d’adresse souvent à l’Institut de Linguistique de Bucarest pour lui demander son avis sur certains problèmes. La directrice du CNT, Mme Albina Dumbrăveanu,par exemple, nous a demandé récemment quel était le terme correspondant en Roumanie à l’angl. home cinema ; malheureusement, aucun terme roumain ne s’est encore imposé en Roumanie non plus pour désigner ce système moderne, qu’on désigne toujours du terme anglais, un terme du genre cinema de casă semblant ridicule. Les décisions du CNT, dont certaines font l’objet de normes officielles, sont respectées dans la plupart des cas. 3. Pour les terminologues il y a en principe deux attitudes possibles, en fonction de la philosophie qu’on adopte : créer des termes tout à fait nouveaux dans la langue en question et essayer de les imposer aux spécialistes et, partant, au public, ou bien enregistrer les termes en usage et, si nécessaire, en recommander quelques-uns au détriment d’autres, proposer des corrections pour les termes mal formés, etc., ce qui est beaucoup plus raisonnable et recommandable. Dans le cas du terme angl. hand-out « exemplier », employé par les linguistes roumains, par exemple, j’ai organisé, à l’occasion du colloque sur les néologismes qui a eu lieu récemment en Roumanie avec l’appui de l’Union Latine, un concours suivi d’un scrutin, dans le cadre duquel on a opté pour l’équivalent roumain suport de prezentare, formé sur le modèle de suport de curs. Les deux participantes moldaves se sont engagées à diffuser le terme roumain dans leur pays également. Après mes premières expériences à l’occasion de deux colloques qui ont eu lieu à Iaşi et à Cluj, je suis cependant sceptique quant à ses chances de succès en Roumanie. Et si les linguistes sont si réticents quand il s’agit de remplacer des termes anglais par des correspondants roumains, à quoi s’attendre de la part des spécialistes d’autres domaines, qui emploient couramment l’anglais en tant que lingua franca ? Les terminologues de la République de Moldova n’ont pas eu, dans la plupart des cas, à faire face au dilemme mentionné ci-dessus, étant obligés, dans la plupart des cas, de proposer eux-mêmes des termes aux spécialistes des différents domaines. Dans ces conditions, puisqu’il s’agit toujours de la même langue roumaine, à quoi bon ne pas proposer les termes en usage en roumain de Roumanie au lieur de créer des termes différents à tout prix, qui posent par la suite des problèmes d’équivalence ? C’est pourquoi le CNT s’efforce de promouvoir, pour les noms de métiers [5] plus ou moins récents, par exemple, des termes communs au roumain, tels automatist « spécialiste de l’automatique » ou agent de bursă « courtier » au lieu de automatician, respectivement, realizator (calque du russe) et macler ; de même, le terme master « diplômé d’un mastère » au lieu de magistrat, magistru o u magisterant ; dont le premier présente le désavantage de prêter à des confusions avec les sens du domaine juridique et le second a d’autres sens également ; le verbe a debloca « débloquer » au lieu de a disbursa ; taxă pe valoarea adăugată « taxe sur la valeur ajoutée » – ayant la même abréviation qu’en français, TVA – à impozit pe valoarea adăugată, litt. « impôt sur la valeur ajoutée » ; etc. _______________________ [1] Academia de Ştiinţe a Republicii Moldova, Institutul de Lingvistică, Dicţionar explicativ uzual al limbii române (DEU), Editions Litera, Chişinău, 1999. [2] Academia Română, Institutul de Lingvistică „Iorgu Iordan”, Dicţionarul explicativ al limbii române (DEX), II-e édition, Editions Univers Enciclopedic, Bucarest, 1996. http://www.realiter.net/spip.php?article215 Page 2 / 3 [3] Academia de Ştiinţe a Republicii Moldova, Institutul de Lingvistică, Dicţionar ortografic românesc (DOR), Editions Litera, Chişinău, 2000. [4] V. la disquette accompagnant le numéro hors série La terminologie en Roumanie et en République de Moldova d e l a r e v u e « Terminometro » ou sa version roumaine Terminologia în România şi în Republica Moldova, Editions Clusium, Cluj, 2000, pp. 113-114 et, respectivement, 126127. [5] Cf. COR. Clasificarea ocupaţiilor din România, Editions Meteor Press, Bucarest, 2003. Secrétariat de Realiter Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine 131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39 [email protected] http://www.realiter.net/spip.php?article215 Page 3 / 3 català Présentation Règlement Membres Activités Español Inventaire des producteurs de terminologie 7e Journée scientifique Realiter 2011 1ère journée technologique Realiter 2011 Realiter bénéficie du soutien de la Délégation générale à la langue française et aux langues de France (DGLFLF) italiano Português română ANTENAS NEOLÓGICAS : LA NEOLOGÍA Y EL ESTUDIO DE LAS VARIANTES GELOLECTALES DEL ESPAÑOL Judit Freixa Observatori de Neologia – Antenas Neológicas Grup IULATERM (IULA-UPF) Documents fondamentaux Téléchargements galego Realiter Réunions et journées Réunions et journées Lexiques Realiter français El objetivo de esta comunicación es presentar un proyecto ya en funcionamiento que va a permitir el estudio de la variación geolectal del español, concretamente de los neologismos que aparecen en la prensa de amplia difusión de varios países de habla hispana. Partiendo de la base de que las diferentes variedades geográficas del español no necesariamente están innovando su léxico de forma idéntica, el proyecto se propone el análisis contrastivo de los diferentes mecanismos de creación léxica en estas variedades. El proyecto no es pues estrictamente terminológico, aunque muchos de los neologismos recogidos están marcados temáticamente y se refieren a los términos más difundidos en la sociedad. Creemos que la idea de este proyecto podría servir para estudiar la variación geolectal terminológica. 1. Origen y miembros del proyecto Antenas Neológicas El proyecto Antenas Neológicas es una r ed de grupos que trabajan, bajo la coordinación del Observatori de Neologia (IULA-UPF), en la detección y recopilación de neologismos para las distintas variedades geográficas del español. Este proyecto nació a finales de 2002 con el objetivo de contribuir a la ampliación descriptiva del léxico de estas distintas variedades lingüísticas y, fundamentalmente, para la actualización lexicográfica (tanto de palabras nuevas para conceptos nuevos, como de palabras nuevas para conceptos existentes, y también de nuevos sentidos o usos para palabras ya existentes). Aunque el objetivo principal sea la actualización de diccionarios, forma también parte de los objetivos de partida del proyecto realizar estudios lingüísticos contrastivos sobre la vitalidad de cada variedad, de los recursos que se utilizan, etc. y que permitan, como ya hemos mencionado, conocer los mecanismos de innovación léxica. Y más allá de todo ello, cada nodo de la red tiene independencia para otorgarle al grupo las funciones que se consideren apropiadas en cada momento para satisfacer objetivos propios. Los grupos que constituyen el proyecto son los siguientes, pero la red puede ampliarse hasta obtener una total representación de las variedades del español : Instituto del Desarrollo Humano de la Universidad Nacional de General Sarmiento (Argentina) Grupo de terminología de la Universidad de Concepción (Chile) Oficina de Unión Latina, SIIT Virtal (Cuba) Facultad de Traducción, Interpretación y Ciencias de la Comunicación de la Universidad Femenina del Sagrado Corazón de Lima (Perú) Grupo de terminología de la Facultad de Derecho de la Universidad la República (Uruguay) Observatori de Neologia (IULA-UPF) Los organismos que sustentan el proyecto son el IULA (Institut Universitari de Lingüística Aplicada, de la Universitat Pompeu Fabra) que a través del Observatori de Neologia ha aportado la iniciativa de creación y la coordinación, la metodología y la formación de los grupos, y las herramientas informáticas ; la Editorial SPES y Unión Latina han aportado soporte institucional, logístico y financiero. 2. Etapas del trabajo realizado : creación, formación y vaciado En los dos años transcurridos desde el nacimiento del proyecto se han sucedido tres etapas de trabajo. En la p rimera etapa (de octubre a diciembre de 2002) tuvo lugar la creación propiamente dicha : diseño del proyecto, contacto con los grupos y cierre de la propuesta inicial. En la segunda etapa (de enero a diciembre de 2003) se llevó a cabo la formación metodológica y el ensayo de vaciado ; aunque la formación empezó en enero y continuó hasta el fin del año, el momento decisivo fue en julio, cuando el Observatori de Neologia organizaó unas Jornadas de Formación en Neología a las que asistieron todos los grupos de la red. La tercera etapa, que ya consideramos de funcionamiento regular, se inició en enero de 2004. A partir de entonces, los grupos, ya fijados y formados, trabajan desde los distintos países en la recogida de neologismos. Y actualmente, en noviembre de 2004, se encuentra ya constituida la base de 2003 y la de 2004 está en fase de precierre. 3. Algunos aspectos metodológicos Como acabamos de decir, una vez puesto el proyecto en marcha se ha procedido al vaciado de textos de prensa, pero todavía no al análisis. Hasta hoy, el vaciado se realiza de forma manual (lo cual contribuye a la consolidación de la metodología de trabajo por parte de los distintos grupos y a la detección exhaustiva de todos los tipos de neologismos), pero muy próximamente el vaciado se realizará de forma automática con una herramienta informática que se encuentra en desarrollo, y el vaciado manual servirá solamente como vaciado complementario. http://www.realiter.net/spip.php?article216 Page 1 / 3 En cualquier caso, el vaciado se realiza unificadamente en todos los grupos. Justamente, la formación metodológica antes mencionada se centró exclusivamente en la metodología del Observatori de Neologia que se utiliza ahora para todos los grupos. Y dado que la Jornada de hoy trata de la variación geolectal, voy a detenerme en un aspecto metodológico muy relevante en relación a este tema : el criterio para el establecimiento de la neologicidad de las unidades es el criterio lexicográfico y el corpus de diccionarios utilizado como corpus de exclusión se restringe a los diccionarios LEMA y DRAE [1]. En el vaciado manual, el criterio lexicográfico viene precedido de un criterio psicolingüístico, ya que el neólogo marca como candidatos a neologismos las unidades que intuye que no se encuentran en el corpus lexicográfico de exclusión : porque es la primera vez que la ve porque no la entiende (opacidad semántica) porque sabe que el referente es nuevo porque sabe que la denominación es nueva porque se trata de una unidad de otro sistema lingüístico porque el texto “marca” la neologicidad etc. Este criterio psicolingüístico varía de un hablante a otro pero resulta especialmente antiintuitivo para los hablantes de Latinoamérica, ya que muchas de sus unidades no aparecen en los diccionarios del corpus de exclusión : "El peruano típico es el más moralista cuando requinta a la hija por estar embarazada sin previo matrimonio." (P1, 22/11/2003) [2] "El gol lo grité ; no tenía ni idea de cómo se había conseguido ; si había sido de rodilla, cabeza o de chalaca." (P1, 22/11/2003) Estas unidades no son percibidas como nuevas por parte de los hablantes de una o varias variedades del español y, por tanto, contradicen su sentir psicolingüístico. De hecho, este mismo fenómeno (la no percepción de la neologicidad de una unidad) se ha detectado también en el vaciado peninsular, pero esta variedad lingüística está más reflejada en el corpus de exclusión que las otras variedades. Así pues, los neólogos podrán recoger las unidades regionales solamente neológicas desde el punto de vista lexicográfico, en la medida que tengan conocimiento de su ausencia en los diccionarios. Esto significa que los grupos de Hispanoamérica no solamente recogen unidades "nuevas", o sea, neologismos, sino que también deben recoger los dialectalismos geolectales que no aparecen en el corpus de exclusión. Y dado que el objetivo principal del proyecto es la actualización lexicográfica, tan interesantes resultan unas unidades como las otras. Esta cuestión queda totalmente zanjada con el vaciado automático de neologismos, ya que, al no intervenir el criterio psicolingüístico, se aplica directamente y también exhaustivamente el criterio lexicográfico. Además de esto, la automatización mejora otros aspectos del vaciado : el grado de objetividad, porque no interviene el factor psicolingüístico ; la velocidad y el coste del vaciado, ya que la máquina efectúa en dos horas el trabajo que el neólogo realiza en 25 horas aproximadamente ; el grado de exhaustividad y de sistematicidad ; la minimización del incremento de errores, al capturar directamente tanto las unidades como los contextos y no tener que escribir el texto de nuevo ; las posibilidades de reutilización de los resultados, ya que el ruido detectado en el proceso se usa como retroalimentación, los neologismos pueden convertirse en filtro de vaciado, etc. Todo aquél que ha trabajado en detección automática sabe que este tipo de herramientas tiene limitaciones importantes. El detector automático de neologismos [3] no detecta en esto momento los tipos de neologismos siguientes : neologismos polilexemáticos (neologismos formados por sintagmación y/o composición) significados nuevos de palabras ya contenidas en los diccionarios (neologismos semánticos) usos sintácticos nuevos de formas contenidas en el diccionario (neologismos formados por reglas sintácticas) Esta limitación del programa puede parecer poco problemática desde un punto de vista cuantitativo, ya que solamente se "escapan" un 20% de los neologismos, aproximadamente. Pero desde un punto de vista cualitativo, esta limitación es mucho más grave ya que supone el "olvido" total y sistemático de varios tipos de neologismos. Naturalmente, se está trabajando en la superación de estas limitaciones [4] pero por el momento hay que escoger entre aceptarlas o bien efectuar vaciado complementario de forma manual. Cuando el vaciado automático se implante en el proyecto Antenas Neológicas, se optará por esta segunda opción, como ya se mencionó. 4. El futuro próximo de las Antenas Neológicas Naturalmente, seguir con la identificación y la extracción de neologismos siempre será una de las tareas del proyecto ; es importante no solamente para poder obtener un volumen importante de datos sino que es una condición sine qua non para poder contar con datos actualizados y, pues, realmente neológicos. http://www.realiter.net/spip.php?article216 Page 2 / 3 En el futuro próximo de las Antenas se encuentra el inicio de los trabajos de análisis de los datos. Conocemos el propósito general del proyecto, pero hay que poner sobre el tapete las preguntas concretas a las que queremos dar respuesta. Las siguientes serían solamente algunos ejemplos : ¿cuantas unidades coinciden (formal y semánticamente) ? ¿cuáles son (qué características tienen) ? ¿las más frecuentes coinciden ? ¿los tipos (formales / semánticos / préstamos) coinciden ? ¿y los subtipos (derivación, composición, truncación...) ? ¿y las reglas concretas ? ¿los términos (más o menos especializados) coinciden ? 5. Algunos ejemplos... Para acabar vamos a presentar algunos ejemplos, pero no resultados, ya que todavía no podemos hablar de resultados del proyecto. En primer lugar, vamos a encontrar ejemplos de coincidencia, es decir, cuando todos denominamos lo mismo y de la misma forma : neologismos por formación culta, unidades denominativas especializadas : isquiotibial, cardiorespiratorio, multimedallista, megaproyecto, bioterrorismo, pentacampeón neologismos por derivación : asistencialista, presidenciable, cortoplacismo préstamos (para algunos de ellos existe una propuesta española) : paparazzo, draft, default, making off, rating, strike, jihad, talk show, burn out, on line En segundo lugar, vamos a encontrar ejemplos de no coincidencia, es decir, cuando no todos estamos denominando lo mismo. Si partimos de la base de que con el análisis de la neología podemos observar los movimientos de la sociedad, los datos que obtendremos deberán ser parcialmente distintos, ya que los neologismos provienen de sociedades distintas, aunque todas ellas formen parte de una sociedad general globalizada. "Varios pioneros de la escuela primaria Orlando Pantoja Tamayo, del municipio capitalino de Plaza, recitaron poemas a los combatientes y los moncadistas Alejandro Ferráz y Ernesto González hablaron en el nombre de sus compañeros." (C2, 08/07/2003) "Pero no se crea que la encuesta se refiera a la consagrada mafia fujimontesinista : se trata de la corrupción de hoy, actualísima y sin referencia a los paradigmas fuji y monte." (P2, 20/12/2003) En tercer lugar, vamos a encontrar ejemplos de variación, es decir, cuando denominamos lo mismo pero de distinta forma. Y el análisis de estos ejemplos va a ser, muy pronto, algo que el proyecto Antenas Neológicas va a poder aportar a la comunidad científica. _____________________ [1] Lema. Diccionario de la lengua española (Editorial SPES) y Diccionario de la lengua española (Real Academia de la Lengua Española). [2] Todos los contextos se identifican con la inicial del país y el número 1 o 2, dado que en cada país se vacían dos fuentes distintas. Así, P1 se refiere a la primera fuente de vaciado de Perú. Aprovecho para agradecer a Rosa Luna las aclaraciones del significado de los neologismos que constan en los ejemplos. [3] Nos referimos al SEXTAN, herramienta de vaciado automático desarrollada en el IULA implementada en el OBNEO desde 1998. [4] En el grupo Iulaterm se están desarrollando investigaciones sobre la detección de los neologismos semánticos. Secrétariat de Realiter Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine 131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39 [email protected] http://www.realiter.net/spip.php?article216 Page 3 / 3 012134 67819 3 117 27 NO?&NO! 7F2FM 7 7212 !"3 2 #$%&' (02)27 *+,-./-012314/,5-+206 _`abcad6ef`gcdc W02Fh F0A 0A F2F1FiS!X 7 8 9 $ ' : ; $ 9 < W02FA 1F4F3j\8k&>9;'l9'\9;' ]8C8m87h 2FhFi 73FX8Fh F31F31 F117 = < > 9 ' ? & k&$nm Fh F0 0 F81Fh 7F 0 27F70"7F2F2"7F0A13oF4F3j;' 17127Fh F0 22F F8 F3Fh p3F8317FHj'$D&89&9q9&;jr9s @30A1 27 BC&;'D&;989&'; =D&$&D'&t';$&&9C&8$D;'$$%&;?\]=B^\?D&$>9'q 8$D%989D;j17uF8 F2F1) 0FoF37FhoF17FhF!71ZFQ 0F8 F0 22F)212 F2F &$ D9&9'''9C&'>9j33F) H Z E FG F702H F 6F2uF3FvF1FhoF17FhM4uFMF8120817F1F310 2Fhj9wxyz{|}~{{}z}z z>9 j212F13 7FHj9D&q9>9:;&8&D'Csj'$8r':C8 ?&IJKK 7F732127F1H1p37ZF 212F31F0A 7Fj212F817F)h 2F01FpFh 7F0A 07F3jC L"FM F20A 3 H F h 80h ZF(M hjAuF31F132Fh F!6(PR@6!F7F) 7F F81h F0 2F0A F103F8 ) F ? & I J K K 8$%jh F212FM72 uF0 pF3F8 M2F212F)1p3uF23F2F F0 771ZFGj'9C h) 3 88 2FhF!71F2F77F21)1oF1F0 7Fh F0 7FhoF1 7uF0j'D9&>9qj;&''; P(F@6!QRSTPTUR6F(!@(UV6F6@FP(F!TQT@RTSF W6XFP(SUY6XF!TQ(S6XZF!6U(!WXFXY!FP(FU6S[X6F 7\?\]=B^\? ! 132Fp0FhF 7 2Fh F31FW312 F 13F4F31F31 F 117F2F1oF31 7Fh F ¯&8²7³=¯=¯´ µ¶¶·¹̧¹ººº»¼½¾¿À¶½¼»Á½¶¹Â·À·»·µ·Ã¾¼¶ÀÄ¿½ÅÆÇ 0A1377F30212 7F4F2 7F0 oFHFvF 2F0 2pF1) 0F0 )02 F2Fh) 2Z P F70 hF8317F72Fh F F2 ) F4F10 3 F FMF)7F2 M 7F1) 0FM F8 F F F12F1) 71Fh 2F3F21Fh )12FM 2FFp 7F1oFLF80h 27ZZ 6F2uF7F!6(PR@6!F1FpF)F3FM F4F17FFLuF3F72F7811p3Fhj212)7Fh 2F31F8"F 1F87F17710 F2 M 7F0uF4F10 3 uF3FvF1F2 2FM72FF17Z #$^&']?\$j1v12Fh 1hFh F813Fh F8 32H F372H Fh17F3F01hFh 7F 31 7F312 7uFMF) 7F8 8 717F8 F223Fz z}~{{xz}z}~ }zy}{|zy} >9&&9D'>9&'>9'98FhF8 1 Fh F!6(PR@6!uF7 2OF /¡.3.¢,21¡.-£,.03.¢,2¤1¡¥-£,2015/¦¥-20¤1325¦.-/¡/£.2¤1¥§3./-01 ¥53¥£+20¨©j$&''8$$& h17FFpFA72 H F2F 2F37F2102 7F1F0 7Fh 7Fh "7Fh0 7Z k9'>9D&&$$;&Cj 1712 Fh F!6(PR@6!F 2F2F7H777Fh"7F31FFh 7F 1 7FªuF0 F71FF1F8)3" Fh F3j FhjF1) F2Fh"7F3 7F3F2 F F3j9;'89&' h027FF«10 uFF«10 8A uFFR213F FF6781 ZFi F7 2F37F732127Fh 7F 27Fh 7F 87F8 27uF0 217F p37F F13F0 7uFH F0 332Fh17F!6(PR@6!F37F837FM 7F F37Fh 7F) 7ZF6F2112F0 F810 7uFMF) h17F 2F177F0 pF37F102 7F7F31F 9<;$D';j 827 F4FHF7j¬8'8&t&DD9D''8$%' <;j4F8 8 7F2Fhj p7212 F8 F p37F37Fp 7F 8127F2F8 F2) F1oF3oF 2F 27F188 87uF2FpF7uF8 F31p F37F8 1 7Fhj8s S 7F7 7F2 7F0 7027FH F3F700"7Fh F!6(PR@6!uF0 F) 2F1 2F8 7 3uF 2 2Fh 7F0A1 27F2Fh 7F8 "7Fh F31F8 32H Fh 7F31 7FF6 8 F 033 2F 7FF8310 F1F0 7Fh 7Fh "7Fh0 7ZF(Fh 7Fh 7Fh) 7uF31F8 p312H Fh F2 27F37F 31 7F 312 7F72F0 0 uF2FF81203F31F 3 uF702F3F837F100 77p3F717F ;9tD&8>9j3F72F3F837F)7p3Fh17F31F31 F13F2FHjDDD9';j&C' h17F37F31 7Fh F780132ZF(F0®2Fh 7F102 7F7 ) 2F12 337FhF1hF8p30F2Fh 7F 8 72 7F17 7Fh 7F20A07F2Fh 7F702H 7FHF7 2F3j&;9&$'t 0 7F8 "7F)"32Fh F8 h7F0A1 27Fh17F3j212Fhj782F2F37F1222h 7Fh 7Fh0h 7F 7222 37uF2 M 7F327F7 F20 27F4F7j&t$'9'';8&'9'' 3117uF3 287Fh27F7 F 88 77F4F2 2F2) 2 Z ©j1F817F2Fh F0 om34ZFW"7F37F1 7FuFFj7812Fh F0 FHF7Fh) 3 8812F 2m ]>9t>9$;9C<8tqj117F31F322Fhj9;$ ;j102 7F0 0"27Fh17F3H 3F31F312 F 3 H Fh )12F 008 F F1h F8310 ZFij' '>9qj1F2 h2F13 7F31F372H F1883H FF«10 uF0 FF ) 1Fh 1 F F 32F4F31Fhh102H Fh 7F31 7ZFi FHuF2F127F17 7uFjC9D9'&;;j2F0A1Fh F 78 71p327Fh027Fh17F3Fh78 72F 03Fh F31F8 32H FhF117ZF62FMF0 7FH uF7F 8 F03 F0 22 FM uF@ 71Fi(!6F1Fh 1hF4FF«117Fh F813Fh F8 32H F 9'>9t8j''';9D&8>9'jH2Fh F3j212Fh F31F31 F8177 F8 F2F F 780132Fh F3jl<t8$$8$$%&9%9;Ds\9''D&8>9¯&8t C8j188 2Fh F31F«10 8A FHp0 7uF1F2Fh17F3j6 8 F312 F31F8"F4Fh) 3 88 F 7F F177F1h F0A 33F F8 32H F2 3 H F7222 33ZFij'D9&>9 7212 FhF117F71F1F0 F80813uF17FHF8 12Fh 2Fh F F12210A 2F4F 31F3122O° ±qj1F772F7F3FH12Fh F7"03FHF781F3F8F8 M2Fh F7 1Fh F31F012 FhF ?\]=B^\?>99'8'''t8j72FH F37F) 27FHFM13 2F0 22F8 h F8 ) 2F 1) Fh 7F27F8 8h 2H 7ZFij'%:9;8;':C&%';$¬''9::'' H F37F8"7F212) 7F 2F2 F0 2ZFR3F0 )2Fh 0Fh F0 7hF0 Fh31F0 F F 8 h Fh F77 2F88112 uF717Fh 2F0 771F8 F8 22F4F31F7212 F2F1oF 'D&';j) 3 ZFXF!6(PR@6!F1F77F4F7j$D'&t8j'D&8>9j18"7FLuF3F0 2o2F8 30 m 372H F1)12F0A1uFH F3F ) 1F8 M2F212FoFM72F2F7 F1 21FoF h7F2F0 87ZFW 7F v 7F837F8 2127F212F13 7F1777uF2F72 2FH Fh 7F 2) 127F837F 2)7F F837FH137F212F F13312F7F 22F4F3j9C&tC8D9'; 'C&'t;$9&'9';'C&:&s 6FpuF7F1)12FLªuF8 Fh F81v7F7F8 00812Fh F31F7212 F372H uFF)10A uF1F 0 7Fh 7FhoFh "7F1 7uFp 10 8F 2F0A1Fhj9;tD9'9$'Ct'C&t C8D9'9$';8C8s ȾɽÊÆʹÊÇ 0124564624657187759 112 981187264529 6521 17714561721298252151 !"#$%#&'' ! 611286897682817512()915 8591(9*+1126841759779 15129 76824957 ,512(9--2686./0123144.5./6#7.# 89#89/:%.;#<90#.=.5<8.;#5914#>.#?9//14#@ABCDECF@CFGHFGHDIJCK6512L598M92(982152 95976824N+1218767 92(9!OO&"' !"' 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