The Brazilian Journal - Pre
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Copa de 2014 no Brasil Pass In State Tuition País oficializa candidatura aos jogos | Pág. 10 State Rep. Wolf| Pg. 12 The Brazilian Journal S E RV I N G O U R C O M M U N I T I E S GRÁTIS VOLUME 1 | N. 12 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 Chefes de polícias recebem guia de como tratar os indocumentados Sem saber o que fazer com um assunto tão controverso como imigração, os chefes de departamentos de polícias de diversas cidades americanas estão recorrendo à Associação Internacional de Chefes de Polícia (IACP) para saber como proceder em relação aos residentes indocumentados. Denunciá-los aos agentes do departamento de imigração ou ignorar a situação imigratória deles? Preocupados com tantas dúvidas e opniões diversas, os diretores da IACP estão lançando o Guia para Chefes de Polícias Sobre Problemas de Imigração. Notícias envolvendo policiais locais denunciando indocumentados à imigração em diversas cidades de Massachusetts, como Everett e Pittsfield, têm sido motivo de alarme entre a comunidade imigrante. O guia não foi criado para dizer aos associados que prendam in- documentados e os denunciem aos agentes federais, é o que garante o presidente da associação, Joseph C. Carter. “Nossa idéia com esse documento é mostrar aos chefes uma visão geral do que é imigração e imigrantes, legais e ilegais, os recursos disponíveis atualmente para agentes de polícia em relação a traduções, documentos imigratórios e estrangeiros, além de examinar os obstáculos para policiais locais entenderem leis de imigração federal”, disse Carter. O guia de 47 páginas possui um conjunto de informações diversas para os chefes de polícias “estudarem” e decidirem qual o melhor modo de tratar indocumentados. FÉRIAS É SINÔNIMO DE LIVROS Muita criança pode até achar impraticável a relação entre as palavras ‘férias’ e ‘livros’. Mas uma parceira entre a Bramas e a Universidade Harvard está promovendo uma colônia de férias que faz exatamente isso. O projeto promoveu atividades literparias para 25 crianças de Framingham. O resultado: divertimento educacional. Pág. 8 Pág. 7 Brincadeira organizada: a instrutora Femke organiza as atividades recreativas durante o primeiro dia do workshop Paper Picker Project, uma parceria entre a Harvard com a Bramas. Leia também: entrevista exclusiva com a única vereadora a votar contra a instalação do ICE em Marlboro. Pág. 4 Contribuintes recebem ajuda para garantir reembolso de imposto de renda Obama fortalece campanha com apoio de deputado de NH Os contribuintes que declararam imposto de renda usando o Individual Taxpayer Identification Number (ITIN) e ainda não conAdriana Lafaille explica que ainda seguiram o reembolso estadual já podem contar com o dinheiro extra, e até inesperado. Cerca de 30 locais espalhados pelo estado há tempo para receber o estarão ajudando a comunidade imigrante a receber o reembolso dinheiro. Foto: MIRA Coalition Pintor neozelandês descortina o realismo urbano Foto: Eduardo A. de Oliveira Ele é o xodó dos jovens e o pesadelo dos Clintons. O candidato à nomeação democrata para a Casa Branca, Barack Obama, anunciou o apoio do deputado Paul Rhodes. Obama procura reforçar as suas bases em NH, o primeiro estado das eleições primárias. Leia sobre como ele alfinetou a adversária Hillary Clinton. | Págs. 3 Forró movimenta a noite do metroeste Mendon não concentra a maior comunidade brasileira e nem abriga vários restaurantes verde e amarelos. Mas o forró mais arretado de Massachusetts está no End Zone. Na sessão Caras & Nomes o leitor vê quem dançou bem coladinho e quem só ficou na paquera. | Pág. 9 gratuitamente. Pág. 7 Em média, um quadro de Lyons é vendido nas rodas de arte de NY por US$ 20 mil Foto: Eduardo A. de Oliveira Peter Lyons é o tipo do pintor tão apaixonados pela arte que compara o próprio cavalete com um Jaguar zerinho. O realismo das obras do artista neozelandês já está conquistando vários colecionadores de Nova York. O JOURNAL fez uma visita ao seu estúdio em Cam- Lula diz que vaias e aplausos são democracia Brasil | Pág. 2 Filho do ex-vice-presidente americano é condenado por uso de droga Nacional - EUA | Pág. 3 Campanha de trânsito assusta em Framingham Local | Pág. 6 bridge. | Pág. 8 Fluminense visita Brasilia Worcester tenta entender o que levou brasileiro ao suicídio Esportes | Pág. 10 O suicídio do brasileiro Sérgio Elias de Lima chocou a comunidade brasileira local. Os seus roomates o descreveram como amigo, inteligente e muito pacato. O irmão Carlos disse que Sérgio amava muito a família. O JOURNAL teve acesso a três dos quatro bilhetes de Sérgio de Lima escreveu 4 cartas despedida que Sérgio deixou para os parentes. Ele deixou a esposa e de despedidas na véspera de um filho de 11 anos. | Pág. 5 completar 41 anos. Foto: Arquivo pessoal Leia esta semana no The Brazilian Journal ÍNDICE Mundo - Brasil..................................................2 Nacional - Estados-Unidos ..............................3 Local..................................................................4 Editorial & Opinião ...........................................6 Local...................................................................7 Artes. .................................................................8 Caras & Nomes .................................................9 Esportes ..........................................................10 Classificados....................................................11 The Journal in English ....................................12 2 THE BRAZILIAN JOURNAL 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 Mundo - Brasil Lula diz em MT que tem duas orelhas para escutar vaias e aplausos Ministério da Defesa anuncia reformas em Cumbica Data para início de obras no aeroporto ainda é indefinida Presidente afirma que vaia e aplauso são reações normais do ser humano O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esta semana em Cuiabá (MT) que não se incomoda em ser vaiado, pois tem duas orelhas: uma para escutar vaias e outra para ouvir aplausos. “Eu acho que Deus, quando fez a gente, ele nos fez perfeitos. Temos duas orelhas, uma para escutar vaias e outra para escutar aplausos. Isso não incomoda, sobretudo se os que estão vaiando são os que mais deveriam estar aplaudindo”, afirmou Lula durante discurso do lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Saneamento Básico e Urbanização para o Mato Grosso. Lula foi vaiado na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos-2007, realizada no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), em 13 de julho. Dias depois, durante o programa semanal de rá- Presidente brinca com o Ministro da Cultura Gilberto Gil dio “Café com o Presidente”, Lula disse que ficou triste com a reação do público. “A vaia e o aplauso são dois momentos de reação do ser humano. A única coisa que eu, particularmente, fico triste é que eu fui preparado para uma festa. É como se eu fosse convidado para o aniversário de um amigo meu, chegasse lá e encontrasse um grupo de pessoas que não queria a minha presença lá. Eu tenho certeza de que não é esse o pensamento do Rio de Janeiro”, disse o presidente, no programa de rádio. Em Cuiabá, o presidente disse que as pessoas que estão vaiando “são os que ganharam muito dinheiro neste país” no governo Lula. “Aliás, a parte mais pobre é que deveria estar mais zangada, porque ela teve menos do que eles [os que ganharam dinheiro] tiveram. É só ver quanto ganharam os banqueiros, é só ver quanto ganharam os empresários”, comentou. Aeroporto recebe diariamente uma das maiores frotas de aviões do Brasil O Ministério da Defesa decidiu que vai diminuir o número de slots - pousos ou decolagens - no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (região metropolitana de São Paulo) durante a reforma na pista principal do terminal. As datas das reformas não foram estabelecidas. Em nota, o ministério disse que Guarulhos operará 54 slots por hora quando as duas pistas estiverem abertas e 33 quando uma delas estiver fechada para os reparos. O ministério diz que a diminuição ocorrerá apenas entre a 0h e as 6h e que a segunda pista é suficiente para absorver todos os vôos, inclusive os recentemente desviados de Congonhas. As decisões foram tomadas durante longa reunião coordenada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Participaram também o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, o diretor do Decea (Departamento do Controle do Espaço Aéreo), briga- deiro Ramon Borges Cardoso, e o assessor especial militar brigadeiro Jorge Godinho Barreto Nery. As obras compreendem apenas a o reparo de fissuras na pista. Na nota, o Ministério da Defesa informou ainda que as obras definitivas no Aeroporto de Cumbica serão iniciadas apenas em fevereiro de 2008. Alerta - A necessidade de obras em Guarulhos foi apontada nesta terça pelo superintendente de empreendimentos de engenharia da Infraero, Armando Schneider Filho, na CPI do Apagão Aéreo. Ele disse que a pista principal do aeroporto vem operando no limite. Schneider disse que as autoridades públicas devem autorizar o início das obras na principal pista de Guarulhos ‘o mais rápido possível’. O superintendente explicou à CPI que as obras deveriam ter sido iniciadas dia 23 de julho. Com o acidente com o Airbus-A320 da TAM, a pista principal de Congonhas, em São Paulo, se tornou a prioridade na capital paulista - o que adiou as mudanças no termi- nal de Guarulhos. “Chegou a hora da pista principal de Guarulhos. Isso deve ser feito o mais rápido possível. Eu acredito que o presidente da Infraero [brigadeiro José Carlos Pereira] vai sensibilizar as autoridades para isso ocorrer rapidamente”, defendeu. Congonhas - Em relação ao aeroporto de Congonhas, o ministério informou que a Infraero vai continuar executando as obras de fixação de ranhuras (“grooving”) na pista principal. Segundo o ministério, deve ser seguido o cronograma já definido pelo governo federal - cujo término está previsto para setembro de 2007. Por ordem do ministério, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) deve comandar as negociações com as concessionárias no que se refere à redistribuição de vôos. A nota oficial destaca que: “a transferência dos vôos seja feita de forma gradativa e crescente, respeitado o limite da capacidade operacional dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos”. Vale do Rio Doce fecha segundo trimestre com recorde de lucro Companhia mineira encerrou o segundo trimestre com lucro de R$ 5,8 bilhões A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 5,8 bilhões, valor recorde, que representa um crescimento de 49,6% em relação ao mesmo período de 2006, quando o ganho líquido somou R$ 3,9 bilhões. O aumento do lucro operacional, a redução do resultado financeiro negativo e a venda de participações em empresas foram apontados como os grandes responsáveis pelo desempenho. Entre abril e junho, o lucro operacional da mineradora avançou 103,4%, para R$ 9,19 bilhões e o resultado financeiro ficou negativo em apenas R$ 47 milhões, contra R$ 466 milhões em igual período de 2006. Já a venda das participações na Usiminas e na Log-In renderam à Vale US$ 728 milhões e US$ 203,5 milhões, respectivamente. A receita bruta da companhia ficou em R$ 18,197 bilhões, registrando recorde trimestral. O valor é 79,6% maior do que os R$ 10,131 bilhões faturados durante o segundo trimestre de 2006. Segundo a Vale, a incorporação da Inco contribuiu com R$ 7,133 bilhões para o aumento da receita. Os reajustes de preços foram responsáveis por R$ 1,050 bilhão adicional e as variações de volume, por R$ 760 milhões. As vendas de minerais não-ferrosos representaram 42,9% da receita total, enquanto os ferrosos tiveram fatia de 40,9%. Os produtos relacionados à cadeia do alumínio responderam por 8,2% e os serviços de logísticas, por 5,2%. As vendas para a Ásia representaram 43,6% do faturamento, seguidas pelas Américas (33%) e pela Europa (20,7%). A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) apresentou evolução de 99% em relação ao segundo trimestre do ano passado, para R$ 10,255 bilhões. Entre abril e junho, a Vale realizou investimentos da ordem de US$ 1,439 bilhão, com alta de 75,9% sobre igual intervalo de 2006. Deste montante, US$ 1,065 bilhão foram direcionados para o crescimento orgânico da companhia, enquanto US$ 374 milhões tiveram como destino a manutenção dos negócios existentes. 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 THE BRAZILIAN JOURNAL Nacional-Estados Unidos Obama recebe apoio de deputado federal de NH Filho de Al Gore é condenado a programa de desintoxicação CONCORD (NH) –New Hampshire se transformou na Hollywood da política americana. O estado tem visto um desfile de candidatos à presidência que movimenta os moradores e os negócios locais. Na semana passada, o candidato Barack Obama anunciou o apoio do deputado federal Paul Rhodes (D) como um aliado decisivo para faturar o primeiro estado da campanha pela nomeação democrata. E Obama aproveitou o discurso a centenas de pessoas na bela praça Eagle Square para alfinetar Hillary Clinton, sua maior concorrente. “Paul Rhodes é um aliado importante. Mas não anunciarei muito apoios, porque ainda não gastei tempo suficiente em Washington para trocar muitos favores.” Engana-se quem acha que entre os correligionários de Obama só estão eleitores jovens. Para o professor de Química, John Pongo, de 66 anos, Obama é “o rosto novo na política que Washington precisa”. Pongo tem resposta na ponta da língua para quem acha que o senador por Illinois não é tem experiência para chegar à Casa Branca. “Ele tem experiências que outros não têm: morou num país estrangeiro, trabalhou em áreas carentes de Chicago, está em Washington, quanto mais experiência você precisa?” Já Nadine Kennedy, 55, viajou três O filho do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore (19932001) foi declarado culpado nesta semana pela posse de maconha e outras drogas, segundo a corte de Laguna Niguel, 90 km a sudeste de Los Angeles. O juiz condenou Al Gore 3º, 24, a participar de um programa de tratamento para usuários de drogas por 90 dias. Ele deve comparecer ao tribunal em 7 de fevereiro de 2008 e, se tiver completado corretamente o programa, a sentença poderá ser prolongada por mais um ano e as acusações podem ser retiradas até 2009. “Nesse ponto, ele poderá se liberar das acusações de culpado como se ele nunca as tivesse tido”, disse Coulter. No dia 4 de julho, Gore 3º estava dirigindo um Toyota Prius azul a cerca de 161 km/h ao sul da rodovia San Diego Freeway quando foi parado por policiais. Os policiais revistaram o carro e encontraram cerca de 28 gramas de maconha e remédios de venda controlada sem a receita médica. Ele foi detido na prisão masculina de Santa Ana e solto após pagar fiança de US$ 20 mil. No dia seguinte à prisão, o ex-vice- Após o comício, Obama confraterniza com os eleitores que esperaram sob sol forte. Foto: Eduardo A. de Oliveira horas de Russel (MA) até Concord (NH) para ouvir o homem “que pode indicar a direção que a país vai tomar nos próximos anos.” “Com o seu passado, Obama entende que é Ok ser diferente dos EUA. Ele é jovem, não só acredita na Constituição como também leciona Direito Constituicional, a qual ele acredita ser um documento sagrado, ao contrário da administração atual”, disse ela. Para Kennedy, “Hillary é mais do mesmo”. Grávida e com o filho Jasper no colo, a professora Jessica Hellen anunciou o início do comício dizendo que o deputado Paul Rhodes sabe que “os residentes de NH querem mudança”. “O senador Barack Obama está preparado para restabelecer a nossa confiança nas lideranças nacionais”, disse ela. Aos endorsar oficialmente a campanha de Obama, Rhodes disse que Obama “pertence à classe dos advogados que vão parar na Suprema Corte”.“Ele tem tanto talento e ombridade que está destinado a ser o próximo presidente dos EUA.” Obama disse que não quer promover a continuação de Bush e Cheney. “Nós vamos nos encontrar e conversar sobre nossos valores e idéias com vários líderes mundiais. Nós queremos trabalhar com você e não contra você”, disse em referência à atual política exterior americana. “Nós podemos ser fortes e inteligentes e não teremos medo de defender os interesses dos EUA.” 3 Essa é a segunda vez que o filho do ex-vice-presidente se envolve com drogas presidente americano, Al Gore, declarou que seu filho estava recebendo tratamento médico. Detalhes da sentença - Al Gore 3º deve entrar no programa de desintoxicação imediatamente, disse Farrah Emami, uma porta-voz da promotoria local. O advogado de Gore, Allan Stokke, não respondeu as perguntas da imprensa e um porta-voz da família Gore disse que eles iriam divulgar um comunicado mais tarde. Gore 3º foi considerado culpado por duas acusações de delito grave por posse de drogas, duas acusações por infração leve por posse de medicamentos sem prescrição médica e uma acusação por infração leve por posse de maconha, segundo o escritório da Procuradoria. Ele já havia sido preso por posse de maconha em dezembro de 2003 em Bethesda, no Estado de Maryland, quando era um estudante da Universidade Harvard. Ele passou por um aconselhamento sobre uso de drogas como parte de um acordo após essa prisão. Gore 3º vive em Los Angeles e é um editor associado da GOOD, uma revista sobre filantropia para jovens. 4 BRUNO DRUMMOND Falando de Negócios THE BRAZILIAN JOURNAL A árvore da vida Transferência de dinheiro para o Brasil Essa semana me perguntaram sobre a transfêrencia de valores para o Brasil. Muitas pessoas têm medo deste tipo de operação bancária. Pensam que podem cair na malha fina do governo americano, que pode ser preso e até outros medos! A coisa é mais fácil do que parece. Para você mandar um quantia elevada para o Brasil você precisa ir para o seu banco e pedir para que o seu gerente faça a transação para você. Em alguns bancos americanos você vai precisar de dois documentos de identidade (esses regulamentos variam de banco para banco), uma taxa de US$30 a US$100 dólares , o número do SWIFT, que é o identificador do banco e da agência do país para onde você está enviando esse dinheiro. Desde os atentados de 11 de Setembro de 2001, o governo americano tem tentado controlar bastante as remessas de patrimônio para o exterior... Lembre-se que você precisará preencher uma declaração dizendo qual é o fim (motivo) deste dinheiro no país de destino. Esse formulário é exigido pela lei PATRIOT ACT. Uma das funções desta lei americana é controlarar a lavagem de dinheiro nos EUA. Desde os atentados de 11 de Setembro de 2001, o governo americano tem tentado controlar bastante as remessas de patrimônio para o exterior com o receio de que esse patrimônio esteja sendo usado para financiar terroristas. Em outras palavras, se você está mandando uma remessa de dinheiro, já tributado nos EUA, e estes valores não têm a finalidade de financiar ações terroristas, você não tem com o que se preocupar. Lembre-se que os valores enviados para o Brasil, por qualquer meio, devem ter pago imposto de renda no país de origem, sob pena de serem taxados no país de destino. Por hoje é só! A agente se fala na semana que vem. Local COLUNA JARRETT T. BARRIOS Existem mais de um milhão setecentos e cinquentas mil espécies catalogadas pelos biólogos. Muitos cientistas calculam que este número pode chegar até 30 milhões ou mais. “Terminado o Projeto Genoma,” disse esse artigo, já é tempo de lutar por um novo projeto científico: a árvore da vida. “Galho por galho, ramificação por ramificação, as espécies de animais, vegetais e microorganismos serão ordenadas pelo grau de parentesco e pela ordem de aparecimento na evolução.” Que houve no cérebro dos cientistas? Estão preocupados com a discussão antropocêntrica atual da evolução. Dizem que não gostam da idéia dos evolucionistas que a criação do homo sapien é o “climax” da seleção natural. Com certeza esse é mais um novo projeto que precisaria de tantos recursos que não vale a pena se for somente para dissuadir um público desatento das nossas tendências antropocêntricas. Agora vemos forças enganadas – muitas sob a bandeira da fé cristã-tentando de eliminar o tema da evolução dos programas de estudos nas escolas públicas. Temos doenças crônicas—como a diabete e a obesidade-- reduzindo a duração da vida dos seres humanos. Tristemente, as escolas estão graduando estudantes que não têm habilidades fortes na área das ciências. E alguns cientistas querem utilizar os recursos públicos, estimam que custará mais do que $US 3 bilhões dedicado ao Projeto Genoma, para desenvolver esta árvore biológica. As prioridades da ciência são diversas. Mas se não observam as prioridades do povo como a sua saúde, por exemplo, não podem contar com o apoio do dólar público. Se não investem na fundação das ciências, na educação dos nossos filhos, não encontrarão um público preparado para valorizar as suas maravilhas científicas. E se não respondem às forças políticas que querem negar a verdade das nossas origens, não podem seguir nas suas profissões. Vamos avançar com nossas prioridades mais importantes do que desenvolver uma árvore de sonhos. Jarrett T. Barrios é o presidente da Blue Cross Blue Shield Foundation Jornalistas debatem a redação do futuro em Washington Um Congresso na George Washington University, na capital do país, reunirá cerca de 130 editores de jornais do país inteiro. O único jornalista brasileiro a participar será Eduardo A. de Oliveira, um dos editores do The Brazilian Journal. O evento acontecerá nos dias 7 e 8 de agosto e promete confrontar as perguntas difíceis que têm tirado o sono dos maiores jornalistas dos Estados Unidos: como concorrer com a comodidade do texto on- line? Ou: qual é o papel da imprensa de massa em relação aos jornais étnicos e comunitários. Em debates sobre modelos de negócios, cada editor dará a sua perspectiva sobre as soluções empresarias que têm reformatado o jornalismo. O Congresso marcará a primeira reunião nacional a refletir o papel do jornalismo no universo pósUtube. Você lê os resultados deste esforço na próxima edição do JOURNAL. Centro do Imigrante muda de endereço ONG abre nova sede no dia 6 de agosto O Centro do Imigrante Brasileiro anuncia que estará fechado até o dia 3 de agosto para realiza r a mudanç de endereço. A direção garante que o atendimento será normalizado a partir de 6 de agosto, já na nova sede: 10 Harvard Avenue 2º andar, em Allston, MA, 02134. O telefone continuará o mesmo (617) 783-8001. A cí¬nica dos direitos trabalhistas do CIB reiniciará no dia 8 de agosto, quarta-feira, às 10h30. Se você trabalhou e não recebeu, se você trabalhou mais de 40 horas na semana e o patrão não te pa- 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 gou hora extra ou se você teve outros direitos violados no local de trabalho, participe da cí¬nica do CIB. Além de você conhecer os seus direitos como trabalhador em Massachusetts, fazemos a negociação direta com o seu empregador junto com você. Caso não haja acordo, encaminhamos à Procuradoria Geral do Estado ou a um advogado. Lembre-se: em Massachusetts todo trabalhador tem direitos garantidos, independente do seu status imigratório. Entrevista exclusiva com vereadora de Marlboro Maura Webster foi única a votar contra a instalação do escritório do ICE na cidade —EDUARDO A. DE OLIVEIRA Às vésperar de concorrer ao seu terceiro mandato como vereadora de Marlboro, Maura Navin Webster já está sendo reconhecida por ter defendido a comunidade brasileira local. Quando a Câmara decidiu aprovar uma proposta para instalar um escritório da Imigração na cidade, Maura foi a única a votar contra. Foram 9 vereadores votos contra Maura. “Fiquei surpresa, chocada, e, na verdade, chateada com o pensamento deles”, disse ela em entrevista exclusiva ao JOURNAL. Nativada cidade, Maura se formou em Relações Internacionais pela Universidade George Washington, na capital do país. Filha do deputado John Navin, ela é do tipo de política que nem sempre segue o voto do partido. Democrata por convicção – centrista por ideologia – Maura não nega que logo cedo descobriu que “a política está no seu sangue.” Sobre o incidente que a promoveu aos imigrantes, ela considera a idéia dos vereadores um “desperdício do dinheiro do contribuinte”. “No dia seguinte, temorei apenas 5 minutos no telefone com o ICE para descobrir que a idéia era impraticável”, revela. O assunto mexeu tanto com a cidade que um crítico publicou no fórum online da cidade o rosto dela anexado a uma bandeira brasileira. “Para mi foi elogio. As mulheres brasileiras são lindas.” O bom humor diante das provocações pode ser explicado pela origem irlandesa-italiana. No entanto, os colegas de Câmara alegaram que a medida iria solucionar a superlotação nas casas e evitaria a chegada de novas doenças. “Isso não é um problema só do imigrante, muitos nativos na minha reagião causam o mesmo problema. Isso é pura estratégia do medo”, rebateu ela. Enquanto a pressão seguia, ela recebia o apoio de muitos americanos. “Depois da primeira semana, recebi telefonemas de pessoas agradecendo por refletir da maneira certa”. Maura Webster faz questão de esclarecer que, apesar de ter sido a única a registrar voto contrário, o então chefe da mesa, Scott Chaffer, também faria oposição caso tivesse sido permitido votar. Após a votação de 9 x 1 a prefeita Nancy Stevens recebeu 90 dias para decidir se acatará a decisão. Maura acredita que até o prazo teve motivação política, já que expira pouco antes das eleições de novembro em que Stevens concorre à reeleição como prefeita. Maura não tem receio de falar abertamente sobre a comunidade brasileira local, que forma grande parte da região – centro da cidade – que representa. “A comunidade brasileira é especialmente forte. Vamos parar de atacar quem revalorizou a cidade com novos negócios. Deveríamos pegá-los como exemplo. Marlboro perdeu o senso de comunidade.” A vereadora também tranquiliza os pais brasileiros sobre as novas regras aprovadas pelo Comitê Escolar, que exigem apresentação de carteira de motorista dos pais para matricular os filhos nas escolas públicas. “Foi apenas uma resposta da superintendente a um incidente que aconteceu com uma criança que foi deixada pelos pais num ponto de ônibus. Eles descobriram que essa família não morava em Marlboro. No entanto, para cada categoria de documento que deve ser apresentado há uma alternativa. Até quem é indocumentado pode provar que mora na cidade”, esclarece ela. THE BRAZILIAN JOURNAL Local | 5 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 Suicídio de brasileiro choca comunidade de Worcester e região ‘Vou fingir que não ouvi você falar em suicídio’, disse irmão, 6 meses antes —EDUARDO A. DE OLIVEIRA Sérgio foi descrito pelos amigos como ‘inteligente e muito amigo’ WORCESTER – Para a sua família e amigos, o mineiro Sérgio Elias de Lima era o típico imigrante, muito trabalhador e tranqüilo. Por isso eles não conseguem entender o levou Lima a se suicidar com um corte de faca no pescoço na quartafeira, 25 de julho, na sua casa em Worcester. Logo que foi comunicado, Carlos A. de Lima veio para os EUA acreditando numa única explicação para a morte do irmão mais novo: ‘assassinato’. Mas, dois fatores fizeram Carlos admitir que Sérgio teria dado fim à própria vida. “A polícia descartou a hipótese de assassinato. Como meu irmão era forte, ele teria lutado para viver, e não havia nenhuma marca de luta no corpo dele”, disse Carlos ainda chocado. Carlos também encontrou na lata de lixo do quarto de Sérgio – e em pedaços – três cartas endereçadas à família. Sérgio pede desculpas ao único filho, Gabriel Correia Lima, de 11 anos, e suplica pelo perdão da esposa por ter “pecado novamente”. “Filho, é muito difícil para mim escrever esta carta, não sei depois o que pode acontecer comigo... sei que errei muito, mas porque sou doente”, diz o texto escrito em 19 de julho, um dia antes de completar 41 anos. Carlos de Lima diz não saber porquê o irmão disse ser doente, e nega que Sérgio tomasse remédios para depressão. No entanto, há pelo menos seis meses Sérgio que “às vezes tinha vontade de dar fim à sua vida”, por causa da solidão. “Vou fingir que não ouvi você fa- gente moraria com ele para o resto não enviassem o seu corpo para o lar em suicídio”, Carlos teria re- da vida”, disse. Brasil. spondido. “Uma pessoa devota Mattos revela que Sérgio deixou A mineira Letícia Medeiros ena Deus nunca faria isto.” Sérgio um quarto bilhete aos roomates controu o corpo de Sérgio no banfreqüentava a Igreja heiro no dia 25 Cristã Maranata, em de julho. Ao Worcester. chegar em casa Ele usou os dois lados por volta das de um pedaço de pa15h, ela penpel para se despedir sou que ‘Serjão’ dos pais e da esposa. estivesse lendo “Por favor, me perjornal no bandoem por não ser heiro, um hábium bom filho, acho to do amigo. que estou pagando “Com o choque da pior maneira. Mas de ver o corpo que Deus, um dia, ensangüentapossa me perdoar”, do, trinquei os disse em carta, cudentes, estou riosamente, datada com dores na de 19 de junho. Mas boca até agoCarlos acredita que as ra.” disse. Letítrês despedidas tericia diz que os am sido escritas no cinco roomates mesmo dia. viviam como “Se eu tivesse 1% de uma família. indicação de que ele Jantavam junia cometer um ato tos toda noite, Sérgio pede perdão aos pais, em carta escrita na véspera do seu destes, teria tentado e durante a celaniversário salvar sua vida”, disse ebração do seu “Por favor, me perdoem por não ser um bom filho, acho que Jackson Mattos, que aniversário, em estou pagando da pior maneira” morava na casa junto 20 de julho, com Sérgio. “Ele era Sérgio fez um um amigo, um irmão, uma pessoa – de posse da polícia –, em que, discurso emocionado. “Ele disse culta e de coração tão bom que a num trecho, ele pedia para que como foi importante encontrar os amigos da casa. Ele até chorou um pouco”, revelou Letícia. As imagens da tragédia permanecem na memória de quem morou com Sérgio. Mattos não entrou mais no apartamento, que fica no centro de Worcester. Enquanto procura por outra casa, mora com amigos. Após a tragédia, a comunidade se pergunta por quê um brasileiro que veio buscar a prosperidade, encontrou no suicídio a sua solução. “O Sérgio estava sempre procurando um emprego melhor, ele era culto”, disse Mattos. “Essa tragédia trouxe uma triste mensagem. A comunidade precisa se unir para evitar que outras pessoas cometam uma loucura dessas”, disse Maestro Wando, apresentador do programa Vem Viver (650AM). O irmão Carlos A. de Lima pede à comunidade que ajude nas despesas do enterrro de Sérgio, que acontece nesta quarta-feira, 1, no cemitério Edgell Grove, na Grove Street, em Framingham. Quem quiser contribuir, pode deixar qualquer quantia em dinheiro no restaurante Copacabana Grill de Framingham (12 Irvin St.), ou pode ligar para Carlos A. de Lima: 508 733 6640. Biblioteca de Nashua fica um pouco mais brasileira Campanha de trânsito assusta brasileiros em Framingham Nashua Public Library recebe 45 livros doados pelo MEC Comunidade confunde ação educativa com blitz policial —EDUARDO A. DE OLIVEIRA Nos últimos dias a comunidade brasileira de Framingham tem se assustado com a presença constante de policiais no centro da cidade. Alguns moradores chegaram a ligar para a estação de rádio WSRO (650 AM) para reclamar que os policiais “estão parando motoristas – até pedestres – sem motivos”. Mas, o que pareciam blitze especificamente contra os brasileiros é uma campanha de educação no trânsito. “A equipe do tenente Paul Farley só está fazendo uma campanha para evitar que as pessoas atravessem a rua fora da faixa de pedestres”, disse Paul Shastany, porta-voz da polícia. Steve Butzel e Margaret Gleeson convidam os brasileiros a conhecerem os novos títulos Foto: Eduardo A. de Oliveira —EDUARDO A. DE OLIVEIRA Steve Butzel e Margaret Gleeson celebram a chegada dos 45 livros em português doados pelo Ministério da Educação à Biblioteca Pública de Nashua (NH). Ele, como chefe do dept. de atendimento a leitores adultos, e ela, a coordenadora dos serviços técnicos, concordam que as pratilheiras têm que refletir a diversidade vista na ruas. “Recentemente recebemos vários livros em hindi, para atender à comunidade inidiana. Sabemos que a comunidade brasileira local está crescendo muito, esses livros são importantes”, disse Butzel. A entrega dos novos títulos, que incluem O passageiro da agonia, de José Louzeiro, e Viva República, de Donatelo Greco, entre outros, só foi possível através da intervenção do ativista comunitário local Cosme Neles. “Precisamos insistir no ensino de português aos nossos filhos. E estes livros dão mais um passo nesta direção”, disse Neles, cujos dois filhos adolescentes falam mais inglês que português. A biblioteca de Nashua tem livros em pelo menos duas dúzias de idiomas. Com a nova doação, a coleção em português sobe para cerca de 70 títulos. “É fundamental que a comunidade brasileira saiba que temos estes livros na língua dela. A biblioteca é gratuita e deve servir a todas as comunidades”, disse Margaret Gleeson, que também é membro do Comitê Étnico da prefeitura de Nashua. Na nova coleção há leitura para todos os gostos. Tem clássicos da literatura mundial, como Memórias de Maria Moura, de Raquel de Queirós, e quatro títulos do prêmio nobel português, José Saramago, até renomados romances policiais como O selvagem da ópera, de Rubem Fonseca. Segundo pesquisa feita nos arquivos da biblioteca, o livro preferido dos leitores tem sido Jubiabá, de Jorge Amado, com cinco locações. Atentado, de Sonia Rodrigues Mota, o livro educativo Speak to me: English, e o romance Uma história de família, de Sylviano Santiago, já foram locados três vezes. Todos os serviços da Nashua Public Library são gratuitos. A biblioteca fica no número 2 da Court St. Informações: 603 598 4600. “Os brasileiros não são nossos alvos. A palavra-chave é segurança: estamos educando a comunidade” Paul Farley A idéia da campanha surgiu após o registro de seis acidentes num período de dois meses no verão de 2001, disse Farley ao JOURNAL. A solução foi distribuir panfletos em inglês e português sobre o jaywalking, expressão que significa o mau hábito de atravessar a rua fora da faixa dos pedestres. Os acidentes diminuiram. Este é o panfleto traduzido pelo Highway Council e distrubuído pela polícia neste verão Credit: Dept. de Polícia de Framingham “Os brasileiros não são nossos alvos. A palavra-chave é segurança: estamos educando a comunidade”, disse o tenente Farley, que admitiu ter ficado chateado em saber que os imigrantes se sentiram vítimas. O JOURNAL quis saber por quê o porta-voz da polícia afirmou que a maioria dos que cometem as infrações são brasileiros. “Bom senso: foi só prestar atenção em quem frequenta as lojas brasileiras”, respondeu Shastany. O trecho da Concord St. onde a campanha acontecerá durante todo o verão, entre o Dunkin Donut’s e o Alvarino’s restaurante, realmente abriga pelo menos 10 estabeleci- mentos comerciais de brasileiros. Durante a operação, tanto pedestres quanto motoristas são alertados sobre a importância de se respeitar a lei estadual que proíbe o jaywalking. “Não queremos multar ninguém, fazemos prevenção”, disse Shastany. No entanto, a lei prevê que o motorista que desrespeitar a faixa de pedestres será multado em US$ 100. Já o pedestre que não atravessar na faixa receberá uma advertência na primeira ofensa, e estará sujeito a pagar US$ 20 na segunda. THE BRAZILIAN JOURNAL 6 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 Editorial & Opinião Vereadora dá chance ao bom senso político Seja em Massachusetts ou no resto do país, não faltam incidentes que indiquem que as comunidades imigrantes estão órfãs de qualquer esperança de legalização. Como exemplo local, esta semana o JOURNAL fez entrevista exclusiva com a única vereadora de Marlboro que votou contra a instalação do escritório do ICE na cidade. Maura Navin Webster confirma que por ser impraticável a idéia desperdiça o dinheiro do contribuinte. “Ao invés de caçarmos a comunidade brasileira, deveríamos aprender com ela o senso de união”, disse ela. Para Maura, a decisão dos seus 9 colegas da Câmara demonstra como os Estados Unidos cairam na sedudora estatégia do ‘somos nós contra eles’. Ela é um exemplo de como o bom senso ainda sustenta o balanço ideológico na maior potência do mundo. E apesar de algumas cidades, como Hazleton (PA) reclamarem para si o controle de lei nacional – imigração –, alguns juízes se recusam a desrespeitar a Consituição. Não são poucos os apresentadores de talk shows no rádio a esbravejar uma solução rápida. Mas esses são os mesmos que acreditam que a única coisa que precisam conhecer do indocumentados é o status imigratório. No entanto, não é hora de o imigrante se envolver em lutas desnecessárias. Em Merrimack (NH) um grupo de latinos usou a cartada mais simplória: alegou não saber falar inglês. O problema é que enquanto o país coloca de um lado da balança a contribuilção do indocumentado, do outro o respeito às leis, negar responsabilidade não é a melhor saída. Sem opções no mercado, muita gente fala em retornar ao Brasil, outras em tentar a sorte no Canadá. Agora, participação política tem tudo a ver com saúde financeira. Quem não quer ficar de galho em galho, busca a melhor garantia para o futuro: informação. Fee Insanity By the time this newspaper hits the streets, the costs associated with the citizenship application will increase significantly when, after July 30, the United States Citizenship and Immigration Services (USCIS) puts in place a new fee structure for naturalization and permanent residency applications. Experts across the country suspect the new charges will surely discourage many low income immigrants from applying to become citizens. Despite the failed attempts at immigration reform this year, we remain perplexed that one of the central paradoxes of our immigration system is that authorities seem determined to make it harder to become a legal permanent resident or citizen of this country. Of course, who can blame the USCIS when their operation costs are entirely borne by user (that is, the application) fees. Almost no observer of the immigration reform debate found any one proposal truly acceptable this spring; however, there ought to be unanimity that the application process to become an American citizen – now the most costly fee among the developed countries – should not be so high as to dampen the dreams of low income and working family immigrants. If operation costs are truly rising, by all means the nation should make a commitment to fund the USCIS budget immediately and directly through a budgetary line item so that its operations costs no longer depend exclusively on the fees of those who depend most on its services. The Brazilian Journal CONSELHO EDITORIAL E A. O | M A | M P DESIGN J M. F OPINE O The Brazilian Journal quer muito saber a sua opinião. Envie comentários com nome completo e pelo menos duas formas de contato (telefone, e-mail, endereço) para The Brazilian Journal 185 Squire Rd, Suite 2 | Revere, MA 02151 Envie comentários para o e-mail: [email protected] Não serão publicados comentários ofensivos, sem sobrenomes ou anônimos. DIRETÓRIO JOURNAL Para falar com a redação, ligue para 617.388.2865, ou 603.233.5200 Para anunciar nos classificados, ligue para 617.388.2865 Para os demais anúncios, ligue para Warlley Coelho 617.970.1676 Em New Hampshire, ligue para Cosme Neles: 603.566.9977 FRASES DA SEMANA “As pessoas deste país precisam aprender a não brincar com a democracia.” presidente Lula em reação a protestos contra o presidente “Se decisão for me substituir, sairei sem problemas.” presidente da Infraero sobre especulações de sua demissão ALICE K. WOLF Our state should give all students a chance When I speak to my young constituents, I enjoy asking them what they want to be when they grow up. This question elicits a wide variety of responses-doctor, lawyer, teacher, astronaut, firefighter, nurse, even pitcher for the Boston Red Sox. But for some of these students, there is a great obstacle in reaching their dream - access to a college education. I am working in the State Legislature to give these students a chance. Now, right here in Massachusetts, hundreds of students are being denied the ability to go to college, because they are undocumented immigrants. Our state currently prohibits well-qualified Massachusetts high school graduates, who are also undocumented immigrants, from being charged the same in-state tuition that other Massachusetts students at public colleges and universities pay. This often denies the immigrant students access to a college education because the out-of-state tuition is so much higher. Every year approximately 400 Bay State students miss out on entering college because they are not eligible for resident tuition although some have lived in the state for most of their lives. Their parents have come here seeking better opportunities or fleeing oppression just like my parents did. Our current federal immigration laws and procedures have created a long list of people waiting for citizenship; some of them are seeking entrance to our state colleges and university. Rather than further penalize these students, allowing them to qualify for in-state tuition will give them the opportunity to continue their education and obtain good jobs in our workforce. Data from the most recent census shows that, in Massachusetts, 54% of immigrants who achieve a bachelor’s degree held a position that was a well paying professional, managerial, or technical job while only 8% of immigrants with a high school diploma held such a position. How foolish it is to deny young people access to a good education and the kind of job that will enable them to support their family. Opponents argue that subsidizing undocumented students will cost Massachusetts millions of dollars. This is just not true. In fact, a recent study showed that by 2009, the state’s public colleges and university would generate $2.9 million in additional revenues from undocumented students. The colleges themselves report that they would incur virtually no new costs with these students. Allowing undocumented students to attend our state colleges and universities at in-state tuition rates does not take anything away from our other students. The number of students attending each college in the Commonwealth would be so small, no new programs would need to be added or expanded. A bill currently before the Mas- sachusetts Legislature, H. 1197, would allow undocumented students to qualify for the in-state tuition rate. Under this legislation, the student must have lived in Massachusetts for three years, have graduated from a Massachusetts high school, and be in the process of applying for citizenship as soon as he or she can. This would give undocumented students the same access to public higher education that their classmates already have. Ten other states, California, Illinois, Kansas, Nebraska, New Mexico, New York, Oklahoma, Texas, Utah, and Washington have already passed laws similar to the Massachusetts proposal. Governor Deval Patrick has stated his support for this legislation. Help us support young people. Let your State Representative and State Senator know that you support H.1197, and help to give all of the Commonwealth’s students the chance to reach for their dreams. Representative Alice K. Wolf represents the people of Cambridge in the Massachusetts House of Representatives. MANOEL OLIVEIRA “Eu tenho um sonho...” Com esta frase o Rev. Martin Luther King iniciou seu mais famoso discurso durante uma marcha organizada com a finalidade de colocar fim à segregação racial nos EUA. Nos degraus do Lincoln Memorial em Washington, DC, no dia 28 de agosto de 1963 ele abriu não somente a sua boca mas também o seu coração em um brado de amor, respeito, justiça e igualdade racial. Este discurso despertou ainda mais a nação norte americana para uma realidade que para muitos era ignorada, fortalecendo um movimento que transformaria positivamente a sorte de todos os negros neste país. Quando penso na realidade dos imigrantes, sejam eles de qualquer nação, percebo que em algumas áreas estamos vivendo um tempo semelhante ao que viveu o Rev. Martin Luther King. A agressividade, perseguição e o abuso seja moral, social ou financeiro, para com os imigrantes tem tomado proporções no mínimo assustadoras, e aos poucos produzido uma sociedade injusta e desigual. Percebendo isto me perguntei, o que eu, à semelhança do Rev. Martin Luther King, tenho feito para produzir mudanças e desencadear transformações sociais que deflagrem em uma sociedade mais justa e humanitária. Talvez esta pergunta seja oriunda do fato de ser eu também um pastor assim como ele foi. Percebi então o quanto a igreja tem se calado mesmo sendo o arauto de uma mensagem de esperança, justiça e amor. O quanto temos fechado nossos olhos às necessidades tão latentes dos que nos cercam. O quanto temos obstruído nossos ouvidos para não ouvir os gritos angustiantes dos que abandonaram país, família e convívio social em busca de um futuro mais glorioso, ou talvez apenas de so- brevivência. Me senti ainda pior quando me lembrei de uma outra frase do Rev. King onde ele enfatizou que o crescimento da injustiça social não se dá pelo aumento dos maus, mas sim pelo silêncio dos justos. Posso então estar contribuindo para a mesma realidade que abomino? Portanto estou propondo a mim mesmo, e a todos os que percebem o momento histórico dos imigrantes, uma mudança, uma nova postura, um novo sonho. Eu tenho um sonho de ser um pastor, que cuide, ampare, proteja, defenda e promova o bem daqueles a quem o próprio Senhor chamou de “ovelhas”. Eu tenho um sonho de ver a igreja pregar e ensinar as pessoas a viverem uma vida mais próxima do padrão bíblico de justiça, amor, honestidade e reconciliação. E que eu como líder seja o exemplo maior desta nova vida. Eu tenho um sonho de ver a igreja fora do prédio onde se reúne e presente nas ruas, nas casas, nos presídios, nas prefeituras, nos restaurantes, nos escritórios, enfim no dia a dia de cada um. E que ela entenda seu papel para o mundo e não apenas para um pequeno grupo. Eu tenho um sonho de que a igreja abandone seu discurso separatista, individualista e muitos vezes egocêntrico e promova por todos os meios possíveis o bem estar social, nunca negando a centralidade da pessoa e obra do Senhor Jesus. Eu tenho um sonho de que a igreja, assim como profetizou Jeremias, “busque a paz da cidade para onde vos enviei, porque na sua paz vós tereis paz”. Este é o meu sonho. Vou lutar por ele, me dedicar a ele, trabalhar por ele. Sei que é um sonho, mas como disse um poeta “posso ser um sonhador, mas sei que não sou o único”. Qual é o seu sonho? Rev. Manoel Oliveira é pastor titular da Comunidade Presbiteriana Nova Vida em Framingham, doutor em Ministério Urbano pelo Gordon Conwell Theological Seminary de Boston, é casado com Ana Célia e pai de Sarah e Pedro. 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 THE BRAZILIAN JOURNAL 7 Local Contribuintes ainda podem receber reembolso estadual usando o ITIN Estado e organizações juntam-se para ajudar os que pagaram imposto de renda —MARCONY ALMEIDA Os contribuintes que declararam imposto de renda usando o Individual Taxpayer Identification Number (ITIN) e ainda não conseguiram o reembolso estadual já podem contar com o dinheiro extra, e até inesperado. Cerca de 30 locais espalhados pelo estado estarão ajudando a comunidade imigrante a receber o reembolso gratuitamente. Fruto da colaboração entre organizações comunitárias, contadores particulares e o próprio Departamento de Impostos de Massachusetts (DOR), estes locais estão preparados para ajudar as pessoas que pagaram imposto de renda, mas receberam cartas do DOR solicitando documentação adicional que comprovasse vínculo empregatício, renda, dentre outras “estranhas” exigências. Os números ITIN são emitidos pelo governo federal para permitir que as pessoas que não podem ter um social security paguem seus impostos. Este ano, muitos contribuintes que usaram o ITIN para pagar imposto de renda tiveram dificuldades para conseguir seus reembolsos do estado. Ao contrário do governo federal, que enviou os cheques aos contribuintes indocumentados, o DOR de Massachusetts surpreendeu os trabalhadores imigrantes com os avisos pedindo documentações adicionais. Aqueles que atenderam a solicitação e enviaram a documentação solicitada através da carta “Notices of Intent to Assess,” receberam em seguida outras solicitações, inclusive algumas que questionavam porque os contribuintes declara- ram seus impostos com ITIN e receberam um W-2 contendo um social security. Muitos contadores que trabalham com a comunidade não souberam responder a estes avisos para conseguir o reembolso. Assim, não só os clientes tiveram seus reembolsos negado, como também em muitos casos tiveram seus impostos recalculados, e assim receberam outras cartas informando que o contribuinte devia impostos ao estado. Segundo o DOR, os problemas aconteceram devido à mudanças no processamento dos impostos estaduais. Apesar de que muitas pessoas ficaram assustadas ao receber avisos que pediam explicações sobre o próprio uso do ITIN, oficiais de Massachusetts asseguram que eles não estão interessados Adriana Lafaille, da MIRA Coalition, mostra as cartas recebidas pelos contribuintes Foto: MIRA Coalition no estatus imigratório das pessoas que declaram seus impostos. Simplesmente, o estado mudou seu sistema informático, e agora está verificando cada declaração de impostos antes de fazer um cheque de reembolso. De acordo com o diretor de comunicações do DOR, Bob Bliss, “o departamento deseja que todos os que usam ITINs respondam qualquer aviso que peça mais informações para processar a declaração de imposto. E qualquer reembolso que devemos ao contribuinte será pago. O objetivo do DOR é processar todos os impostos de uma forma precisa e eficaz.” Para receber ajuda, as pessoas devem comparecer a um dos locais nos horários indicados, preparados com documentos como a carta de emissão do ITIN, a cópia da declaração de impostos, e os avisos que receberam do DOR. Para saber qual o escritório mais próximo, acesse ao website www.miracoalition.org/itintaxpayers. Chefes de Polícia recebem manual de como tratar indocumentados Denunciar ou não imigrantes à Imigração é a preocupação de agentes locais —MARCONY ALMEIDA Com a derrota da reforma imigratória no Senado americano, uma das maiores preocupações dos imigrantes indocumentados é a ação de polícias municipais agindo como agentes federais de imigração. Sem saber o que fazer com um assunto tão delicado, os chefes de departamento de polícias de diversas cidades americanas estão recorrendo a Associação Internacional de Chefes de Polícia (IACP) para saber com proceder. Denunciar indocumentados ou ignorar a situação imigratória de seus moradores? Preocupado com tantas dúvidas e opniões divididas, o presidente da IACP, Joseph C. Carter, lançou um Guia para Chefes de Polícias Sobre Problemas de Imigração. “Esse guia foi criado para explicar assuntos envolvendo imigração e problemas atuais a níveis federal, estadual e local em agências de segurança nos Estados Unidos (EUA). A IACP certamente reconhece que problemas imigratórios trazem tarefas difíceis e complicadas para agências de segurança, e nossa associação entende a controvérsia desse assunto”, disse Carter. O guia não foi criado para dizer aos associados que prendam indocumentados e os denunciem aos agentes federais, é o que garante o presidente Carter. “Nossa idéia com esse documento é mostrar aos chefes uma visão geral do que é imigração e imigrantes, legais e ilegais, os recursos disponíveis atualmente para agentes de polícia em relação a traduções, documentos imigratórios e estrangeiros, além de examinar os obstáculos para policiais locais entenderem leis de imigração federal”, continua o presidente numa carta aos seus membros. O guia de 47 páginas possui um conjunto de informações diversas para os chefes de polícias “estudarem” e decidirem qual o melhor modo de tratar indocumentados. Leis federais proibem polícias lo- cais de agir como agentes federais, questionando imigrantes sobre estatus imigratório, a não ser em casos criminais. A exceção também é para os casos onde a cidade decide assinar um documento de cooperação conjunta com o Departamento de Imigração, conhecido como ICE. O “guia” da IACP inicia com um histórico sobre imigração nos EUA e as consistentes discussões entre a população imigrante, chefes de polícias e governos locais. O texto vai além, explicando o que são as cidades santuárias, os trabalhadores diaristas, as casas superlotadas, os grupos antiimigrantes... Outros “ensinamentos” do guia mostram as dificuldades de comunicação devido as barreiras deve tomar sua própria decisão e nossa associação não vai dizer que sim, é necessário colaborar com o ICE, ou não, é errado colaborar com os agentes federais”, disse Carter. Após ler o manual, cada um decidirá qual o melhor procedimento, respeitando, é claro, as leis federais. Problemas envolvendo policiais locais denunciando indocumentados à imigração em diversas cidades de Massachusetts, como Everett, tem sido motivo de alarme entre a “Nossa idéia com esse documento é mostrar aos chefes uma visão geral do que é imigração e imigrantes, legais e ilegais linguísticas, a confiança versos o medo da população em relação a polícia, violência contra a mulher, tráfico, documentação fraudulenta, dentre outros. “Cada chefe O chefe de polícia, Joseph C. Carter (esquerda), em sua posse como presidente da IACP 8 THE BRAZILIAN JOURNAL 1 de Agosto a 7 de agosto | 2007 Artes & Estilo de Vida Neozelandês pinça o divino das formas urbanas ordinárias Bramas promove ‘colônia de férias literária’ —EDUARDO A. DE OLIVEIRA Parceria com a Harvard promove a leitura de maneira bem natural Tá certo que Cambridge é conhecida pelas suas ‘cabeças pensantes’, a cidade dos estudantes da Harvard e do MIT. Mas não é todo dia que um brasileiro esbarra num pintor inspiradíssimo, que transforma a arquitetura local em obras-primas. A reportagem do JOURNAL fez uma visita ao estúdio do artista plástico neozelandês Peter Lyons em Cambridge. Lyons, 46 anos, é daqueles artistas que tratam um cavalete como um veículo Jaguar zerinho. “Eu namorei este cavalete por anos, agora consegui um desconto de US$ 1 mi. Não resisti”, comemorou. Sobre a nova peça de mogno maciço, Lyons diz, ainda, que “não há nada que impeça um outro pintor de usar o mesmo cavalete daqui a 300 anos.” Consciente da realidade que o cerca, a fala mansa (e o sotaque que lembra Bono Vox) denota preocupação de enxergar onde os outros não vêem. “A minha obra busca retratar o divino que está por trás das formas ordinárias.” Originário das Ilhas do Sul da Nova Zelândia, Lyons sabia que encontraria na América a inspiração que nortearia toda a sua carreira. A cultura americana está muito presente Com ‘Angels’, Lyons confessa que ‘os tons de branco são os mais difíceis de reproduzir’ Foto: Eduardo A. de Oliveira nos seus traços. Como estratégia critativa, Lyon usa os filmes – não só os produzidos em Hollywood – para mantê-lo ligada durantes as habituais jornadas criativas. “Nem sempre assisto ao filme. Mas, como às vezes passo até 30 horas produzindo. Não há nada como assistir um filme de Bond para ganhar novo fôlego.” Ao longo de uma carreira de quase 30 anos, aprendeu a respeitar as manias da sua inspiração. Às vezes, ele é capaz de fotografar mentalmente em segundos o objeto do desejo. Outras vezes, a relação com a inspiração pode durar anos. Desde que trabalhou nos Museus de Arte da Universidade Harvard, começou a incorporar traços orientais no seu trabalho. O marchant de Peter Lyons promove as suas obras em Nova York. Ele não se intimida em dizer que seus quadros vendem em média por US$ 20 mil. Ele está trabalhando na próxima exposição. A produção não pode parar. E dá-lhe filme para manter a inspiração a todo vapor. Logo no início das atividades as crianças mudaram a rotina do prédio 100 da Concord. St. Foto: Eduardo A. de Oliveira —EDUARDO A. DE OLIVEIRA Quem freqüenta o prédio 100 da Concord St., em Framingham, esta semana tem notado um movimento diferente. É que pelo menos 25 crianças participam do Paper Picker Project, uma espécie de colônia de férias literária promovida em parceria pela Bramas e a Universidade Harvard. A idéia é promover o hábito da leitura entre crianças brasileiras de 10 a 17 anos. O projeto foi inspirado num histórico movimento social nascido na Argentina, onde catadores de lixo encapavam livros com textos de autores renomados com papelão colhido nas ruas. Em Framingham, a professora de literatura e diretora do Dept. de Agentes Culturais, da Harvard, Doris Sommer, quer despertar a leitura através da interatividade, sem intimidações, entre a criança e a palavra. “Quando você está lendo um texto, mentalmente você já está reescrevendo-o”, disse Doris du- rante treinamento de um grupo de 8 pessoas, entre educadores, estudantes e profissionais liberais. No domingo, 29, o projeto promoveu um workshop na sede da Bramas para os profissionais que estão acompanhando as crianças. Durante toda esta semana, as crianças participam de atividades das 9 às 13 horas. Em cada dia um tema diferente: nesta quarta-feira, 2, será falado sobre escrita criativa, na quinta-feira a música pede passagem, e no encerramento das atividades, na sexta-feira, será a hora de confeccionar um livro junto com as crianças. Embora os estudantes tenham adotado naturalmente o inglês como idioma praticado nos workshops, a organização estimula a leitura de livros em português também. Para a ativista comunitária Ilma Paixão “o projeto dá a chance da criança e interagir com textos importantes de uma maneira bem lúdica”. Já a educadora Ar- lete Falkowski valoriza a didática aplicada. “É fantástico poder ver a curiosidade de cada aluno sendo estimulada com atividades educacionais”, diz ela. O presidente da Bramas, Frank Kavannagh ressalta que “de longe o projeto é o mais substancial que a ONG já organizou em benefício das crianças da comunidade imigrante”. Sem dúvida, o Paper Picker Project casou a obstinação dos líderes comunitários com a prática encantadora dos educadores. O próximo passo será levar o projeto para dentro das escolas. “Diversidade sem ação, acaba sendo apenas palavras”, conclui Kavannagh. A iniciativa deu tão certo que a Bramas já organiza a próxima colônia de férias. Se você é pai ou mãe e gostaria de inscrever seu filho no próximo workshop, ligue para Arlete Falkwoski (508 820 9400). Mão na massa: artistas e profissionais da comunidade são treinados na Bramas Foto: Eduardo A. de Oliveira 9 THE BRAZILIAN JOURNAL 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 Caras & Nomes CORPOS COLADOS EM MENDON 1 2 3 4 Todo sábado o clube End Zone ferve com o forró brasileiro (1). A pacata cidade de Mendon se transforma em reduto do rasta-pé. Ao som da banda Azaração, centenas de brasileiros de Milford e região dançam coladinhos. A portuguesa Susana Duarte (2) já ouvia forró em Portugual. Continuou a tradição aqui nos EUA. Mas ela ainda não liberou nem um beijinho para a sua paquera, o André, mas a noite prometia – e muito. O casal Márcio Freitas e Alessandra Moraes (3), de Milford, diz que mesmo na rotina corrida dá tempo de matar a saudade do forró. Já a goiana Kênia Rodrigues (4) não pára um minuto. O grupo dela aponta para a Carol como a ‘mais fominha de forró’. Vinícius Vilácio e Augusto Ferreira Filho vão no embalo. Enquanto todo mundo sua para valer, Carla Cunha (5) dá conta da organização. Beleza e charme não ficam de fora. ‘I like forró’, disse o carpinteiro americano Scott Holmes (6), casado há dois anos com a fogosa baiana Soraya Holmes. Antes de ser fisgada por Scott, Soraya trabalhava na Coordenadoria de Agronegócios da prefeitura Livramento de Nossa Senhora, sudoeste da Bahia. Entre várias paquera também havia amizade. Elias Souza (7) foi comemorar o aniversário com os camaradas. Quem organizou tudo foi o melhor amigo Júlio Costa. “O Elias é meu irmão, vim lá de Worcester para comemorar com ele”, disse aos gritos. A mineira Dilma (8), de Waltham, jura que o marido Fabrízio Araújo era dançarino de forró no Brasil. Os amigos Elias, Cristiane e Dionésio não estavam nem aí para as qualidades do rapaz. Queriam mesmo é paquerar. Só não se sabe se Cristiane percebeu o coração de um dos dois batendo forte. 5 6 8 7 O prefeito de Somerville, Joe Curtatone, junto com seus assessores Aru Manrique e Mary Lu Mendonça em recente festa brasileira. Curtatone é considerado um “prefeito amigo dos imigrantes”. Sempre alegre e descontraído, o padre José Eduardo P. Marques (centro), da Igreja de Santo Antônio de Allston, se diverte com membros da comunidade católica. O diretor executivo da Massachusetts Alliance of Portuguese Speakers (MAPS), Paulo Pinto, o músico Fernando Holz, e o padre da Igreja de Santo Antônio de Cambridge, Pedro Damázio, numa conversa amiga à bordo do navio Cisne Branco, em sua visita à cidade de Boston. 10 THE BRAZILIAN JOURNAL 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 Esportes Lula recebe o Fluminense e volta a Brasil formaliza candidatura à Copa de 2014 reclamar da venda de jovens O Brasil, que realizou a Copa de 1950, é candidato único até agora jogadores para o exterior Presidente recebe o time com o pedido do ministro das Cidades O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu neste início de semana, no Palácio do Planalto, os jogadores de futebol do Fluminense. O encontro foi um pedido do ministro das Cidades, Márcio Fortes, que é torcedor do time. De acordo com o presidente do clube do Rio de Janeiro Roberto Horcades, Lula falou sobre sua preocupação com a venda de jogadores brasileiros, ainda muito novos, para os clubes estrangeiros. ”O presidente tem uma grande preocupação com a saída precoce de jogadores do país. Nós temos que buscar um mecanismo. Antigamente, os jogadores tinham orgulho de jogar em clubes. Hoje, o jogador usa o clube para poder sair do país, trampolim para o exterior”, afirmou Horcades. Lula já fez queixas em ocasiões anteriores com relação à venda de jogadores para o exterior e pediu mudanças na legislação. O presidente do Fluminense sugeriu mudanças na Lei Pelé, que, segundo ele, “é a que mais prejudica os clubes”. A lei, da década de 90, dá mais independência aos atletas em relação aos contratos firmados com os times. O ministro do Esporte, Orlando Silva, já informou que o governo estuda ajustes na Lei Pelé. Os jogadores do Fluminense presentearam o presidente com uma camiseta do clube com o nome de Lula e o número 13, do Partido do Trabalhadores (PT). “É de manga comprida como ele [o presidente Lula] gosta”, disse Horcades. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) formalizou nesta terçafeira a candidatura do país à Copa de 2014, mas não divulgou detalhes do seu planejamento. Uma delegação comandada pelo presidente da entidade, Ricardo Teixeira, entregou um dossiê de 900 páginas na sede da Fifa, em Zurique. Os representantes não falaram à imprensa sobre o orçamento da candidatura ou sobre possíveis desafios pela frente. O Brasil, que realizou a Copa de 1950, é candidato único para organizar a de 2014, graças ao rodízio entre continentes instituído pela Fifa. A Colômbia chegou a apresentar uma candidatura, que foi retirada em abril. Mas o presidente da Fifa, Sepp Blatter, alerta repetidamente que o Brasil terá de demonstrar capacidade logística e financeira para realizar o torneio, que do contrário será oferecido a países de fora da América do Sul. “Por enquanto, o Brasil ainda não recebeu a Copa”, disse Blatter pouco antes da entrega formal do dossiê. “Se algo acontecer com a candidatura brasileira, ainda teremos tempo de começar de novo, já que estamos um ano adiantados no processo decisório em relação a Copas anteriores.” Blatter disse que a Fifa vai começar a avaliar todos os aspectos da candidatura brasileira no final de agosto e que a decisão final será tomada em 30 de outubro, depois de uma reunião do comitê executivo da entidade. Embora tenha um currículo inigualável nos gramados, o Brasil certamente enfrentará desconfianças relativas à infra-estrutura do país e especialmente dos seus ultrapassados estádios. “Não ter uma candidatura rival torna tudo ainda mais difícil para nós”, disse Rui Rodrigues, diretor da candidatura. “Significa que seremos medidos puramente em relação às rígidas exigências da Fifa. Mas certamente estaremos à altura desses padrões.” Em uma breve nota à imprensa antes de entregar o dossiê, a delegação citou 18 cidades candidatas a receberem partidas, com quatro estádios ainda em projeto de construção, mas não disse quantas serão selecionadas. O escritor Paulo Coelho, embaixador oficial da candidatura brasileira, foi quem mais perto chegou de citar os desafios para o Brasil. “Vi a Copa do Mundo na Alemanha e como ela mudou a alma do país. No Brasil, ela vai mudar o corpo e a alma do país, implicando que toda a infra-estrutura de que precisamos certamente será montada.” 1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007 THE BRAZILIAN JOURNAL 11 &ODVVLÀFDGRV Empregos Restaurante Precisa-se de uma pessoa para trabalhar na cozinha de um restaurante em Roslindale, MA. Precisa-se de experiência fazendo burritos. Ligue para 617-323-7555 Cozinheiros Restaurante Italiano localizado em Waltham. Estamos contratando cozinheiros com experiência em comida italiana para ser sub-chef de conzinha. Interessados Ligar para 781 893 0025 entre 2:00 e 5:00 da tarde. Provider-babysitter Provider-babysitter com autorização do Estado (licensa 2079718) cuida de crianças de até 5 anos, de segunda à sexta, em Dracut e região. Também trabalha pernoite semanal. Falar com Eunice Ferreira (978 726 7813). Cozinheiro Precisa-se de cozinheiro com ou sem experiência, lavar pratos e outras funções na cozinha para empresa em Willmington. Full e part time disponível. 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Arrisque o novo e relaxe. Touro (21/04 a 20/05) Amigos leais existem e você mesmo pode se apresentar nesta condição, mas manter a discrição é sempre bom em se tratando de eventos sociais. O dia pode lhe trazer muitas surpresas e entre elas pode surgir um convite para uma festa ou algo semelhante e você não deve recusar. Lembre-se apenas que seus segredos são íntimos e você não precisa contá-los às pessoas que não têm intimidade com você. Mantenha-se reservado. Gêmeos (21/05 a 20/06) Seja pela sua natureza ágil e atenta, seja pelos trânsitos planetários do dia, ou pelo conjunto de tudo isso, o geminiano pode se preparar para viver um dia movimentado, em que o inesperado tem lugar principal. Controle seus nervos se não quiser estressar. Adaptar também é da sua personalidade, então para que ficar reclamando se os planos mudarem na última hora? Câncer (21/06 a 21/07) O sentimentalismo faz parte do ser humano e em você ele aparece com mais evidência, apesar disso, hoje você vai ter um dia alegre mostrando-se jovial e solto. Deixe aquele pezinho do passado e olhe para o seu futuro. É importante manter a fé em tudo que fizer. Acredite que, virando a esquina, as coisas vão dar certo para você. É muito importante mudar sua energia hoje para a prosperidade. Leão (22/07 a 22/08) Pensar e repensar a vida é algo necessário, principalmente a véspera de seu aniversário. Pode ser que isso lhe de a sensação de crise nesse dia. Para se livrar dela é importante você largar tudo que não lhe serve. Avalie o que tem carregado consigo que não é mais para estar ai. Isso inclui seu jeito de agir e suas coisas materiais. Virgem (23/08 a 22/09) A Lua hoje em Peixes está no signo oposto ao seu, aumentando o seu desejo de ter uma companhia agradável que o ame ou que pelo menos lhe traga satisfação. Procure o que você gosta para fazer e tente paquerar alguém se estiver sozinha. Caso esteja se relacionando é hora de avaliar o que precisa ser melhorado para que a relação fique como gostaria. Libra (23/09 a 22/10) Tem dias em que a própria rotina já se nos apresenta com um obstáculo e como agente de mudança de planos. A posição dos planetas neste dia interfere em seu mapa especialmente nesta área pedindo para se organizar melhor o seu cotidiano. È um bom dia para cuidar da saúde e quem sabe de uma nova dieta. Escorpião (23/10 a 21/11) Enquanto vivemos na sombra, desconfiados do que pode nos acontecer de bom, deixamos as oportunidades passarem e elas podem ser únicas. Então encare hoje que o dia está forte e intenso na área amorosa. Os romances estão a toda. Se sair, fique ligado porque grandes surpresas estarão ocorrendo, é só se abrir. Sagitário (22/11 a 21/12) Se aventura é algo tão essencial para se sentir vivo, hoje é um dia para você viver no seu estilo e aproveitar para mudar tudo que lhe pertence. Faça essa mudança em sua própria casa sem precisar buscar lá fora. Mude as coisas pessoais, seja no quarto ou no lar. De repente você pode se deparar com uma maneira nova até de lidar com seus familiares. Capricórnio (22/12 a 21/01) Um dia o humor está bem no outro nem tanto e você vive assim sem saber se deve falar o que pensa, se vai ser aceito ou mal interpretado. Pois hoje é um dia importante no que se refere a sua comunicação e auto-expressão. Você está muito forte na hora de se colocar. Comunique-se com clareza e ensine às pessoas que estão próximas aquelas coisas que você sabe. Aquário (21/01 a 18/02) Quando as pessoas se aproximam, a energia de uma toca a outra e isso causa uma nova energia. Assim ocorre com os planetas no céu, e hoje seu regente Urano está junto à Lua e o inspira sobre seus talentos de modo criativo. Dê mais atenção aos seus dons e suas qualidades. Você precisa acreditar que tem força suficiente para colocar em prática e transformar as suas qualidades. Peixes (19/02 a 19/03) Quando a Lua se encontra em seu signo como hoje, é o momento de pensar mais em si mesmo. De acordo ainda com os aspectos que ela faz com alguns planetas, ela pede para dar atenção às suas necessidades pessoais e principalmente emocionais. Hoje é um dia para você se permitir algo novo em sua vida. Mergulhe mais no seu coração, no seu interior e veja o que está precisando de diferente. signo. ACESSÓRIOS DE VERÃO Sérgio Elias de Lima * 1966 - =2007-07-30 Worcester – Sérgio Elias de Lima, de 41 anos, foi encontrado morto na residência que dividia com quatro amigos brasileiros na quarta-feira, 25 de julho. Casado por muitos anos com Sueli Correia Lima, Sérgio foi um pai e marido amoroso e devoto à família. Ele deixa seu filho Gabriel Correia Lima, de 11 anos, que reside em Vitória, no Espírito Santo, e três irmãos: Carlos A. de Lima, Eder F. de Lima e Marcelo L. de Lima e Elizabete Fonseca, todos também residentes de Vitória. Filho de Emanuel T. de Lima e Zilda Ferreira, Sérgio nasceu em Nova Era, Minas Gerais, e completou seus estudos em Vitória, no Espírito Santo. Ele trabalhou como jardineiro por, pelo menos, dois anos na área de metroeste e tinha o futebol como um dos seus maiores divertimentos. O enterro será realizado às 10h de hoje, quarta-feira, 1 de agosto, no cemitério Edgell Grove, na Grove Street, em Framingham. (Fonte: www.SFCFH.com ) Leia a reportagem completa sobre as circunstâncias da morte de Sérgio na pagina 5. Esquina da Broadway com a Quincy St., em Cambridge, numa tarde de julho. No fundos do campus da Universidade Harvard a motoqueira exibe os acessórios de verão: o guarda-roupas inclui uma lambreta e capacete cheio de estilo. A cor da motoca e o cinto ‘gatinha’ é pra verão nenhum botar defeito. PREVISÃO DO TEMPO THE BRAZILIAN JOURNAL 12 August 1- August 7 | 2007 The Journal in English Mayoral candidate addresses local Demographic Discussion Brazilians This week we continue our 8 part series on the changing demographic face of New England, with a look at the city of Cambridge, Massachusetts, a city immediately to the north of Boston known for its progressive politics, welcoming views on immigration and economic diversity. CAMBRIDGE: A WORLD UNTO ITSELF Percentage Persons Who are Foreign Born: 2000 On Sunday, July 22, 2007, Alderman Joseph W. McGonagle, Jr., a candidate for Mayor of Everett, visited the Fellowship Assembly of God Church on Church Street in Everett. Pastor Elimar Gomes-Alves introduced Mr. McGonagle, who spoke about his future projects for Everett and welcomed the Brazilian community to the city. Mr. McGonagle, a small business owner of a construction company, spoke passionately about his experiences working alongside immigrants throughout his career and their value to the local economy. St. Therese vigil reaches 1,000 days Local parishioners defy Archdiocese, Cardinal —CHARLES A. FULLER On October 27, 2004, Cardinal Sean O’Malley officially closed St. Therese Parish in Everett as part of a wave of church closings in the Archdiocese to help defray the costs associated with the settlement for the clergy sexual abuse lawsuits. One thousand days later, a group of parishioners have maintained an unbroken vigil on the church property, determined to keep the church opened. The local vigil, considered by some religious scholars to be the longest ever held against church closings in U.S. history, reached the 1,000 day mark on July 23rd. The Archdiocese still owns the churches, pays the utility bills, and maintains the grounds, but the parishioners control the buildings. St. Therese opened in 1930 to serve Catholics in north Everett. As reported recently in the Boston Globe, the group of dedicated parishioners works in shifts to occupy the church grounds to prevent the Archdiocese from selling the Anuncie nos Classificados por um mês e receba duas semanas Ligue para 617.388.2865 ou 603.233.5200 GRÁTIS! property. At least two individuals are on the property overnight – including Carol Tumasz – an Everett resident who has missed only a few nights since the vigil began almost 3 years ago. The parishioners wait in prayer for the Cardinal to overturn the 2004 church closing, inspired by reversals to South Shore parishes closed around the same time as St. Therese’s. To date, the Archdiocese remains firm on the closing of St. Therese. The Brazilian Journal Source: US Census Bureau The current map examines the City of Cambridge, MA – once the seat of government for the Massachusetts Bay Colony – and now, almost 400 years after its founding, a city whose residents are almost one third foreign-born. Cambridge, with its university populations, has been a stable place for immigrants throughout the decade: unlike nearby cities like Somerville and Everett that have seen marked increases in immigrants, Cambridge’s foreign-born stock increased to 29.1% (in the 2005 US Census estimates) from 25.9% in the year 2000. Many communities in Greater Boston experienced a 100% increase over the same period. Interestingly, Cambridge’s diversity is geographically concentrated, with the highest percentages of immigrants in East Cambridge and North Cambridge (slightly off this map) whereas as sections to the west of Harvard Square are at or below the national average of 11%. This disparity is most likely due to housing stock.