Leia a Revista – PDF - InPaSex | Instituto Paulista de Sexualidade
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Terapia Sexual Clínica, pesquisa e aspectos psicossociais Volume XIII – número1 – janeiro a julho de 2010. Terapia Sexual, XII(1):2010 2 Terapia Sexual, XIII(1):2010 3 Terapia Sexual Clínica, pesquisa e aspectos psicossociais Instituto Paulista de Sexualidade Volume XIII – número1 – janeiro a julho de 2010. ISSN 1980-6124 Terapia Sexual, XII(1):2010 4 Expediente Terapia Sexual – clínica, pes quis a e as pectos ps icos s ociais é órgão ofic ial de divulgaç ão c ientífic a do I ns tituto P aulis ta de Sexualidade (I nP aSex). Indexada no Í ndex P si P eriódicos, BV S P sicologia e Periódica (bas e de datos bibliográfic a de revis tas de c ienc ias y tec nología); Latindex; A poio institucional: FL A SSE S – Federação Latino-Americana de Sociedade de Sexologia e Educação Sexual. Editor-Chef e: O s waldo M artins Rodrigues J r. Co-Editores: Â ngelo A . M ones i e C arla Zeglio Conselho Editorial: Carlos da Ros - UFRS-FFFCMPA – Departamento de Urologia Elaine Catão - UNISÃOPAULO – Departamento de Psicologia Ernani Rhoden - UFCSPA – Departamento de Urologia Gilda Fuchs - UFBA –Faculdade de Medicina – Departamento de Psiquiatria Hugues França Ribeiro - UNESP – Departamento de Psicologia Educacional João Benévolo Xavier Neto - UFRN – Departamento de Medicina Lucia Pesca - ABEIS – clínica privada Maria Alvers de Toledo Bruns (USP-SP) Maria do Carmo Andrade e Silva – SBRASH – clínica privada Mauro Cherobim - UNESP - Departamento de Antropologia Paulo C. Kautz – Universidade Regional Integrada – Erechim (RS) - Departamento de Psicologia Paulo César Ribeiro Martins - UPF – Departamento de Psicologia Sérgio J. Almeida - FAMERP – Departamento de Urologia Conselho Editorial internacional: Alma Aldana (México) Andrés Flores Colombino (FLASSES - Uruguai) Antonio León Rodriguez (Universidad Cristiana Latinoamericana – Dep. Psic. – Quito, Equador) Antonio Pacheco Palha (Univ. do Porto, Portugal – Departamento de Psiquiatria) Bernardo Useche (Un. Texas, USA – Departamento de Psicologia) Carlos Pol Bravo (Espanha – Colômbia) Eduardo Alfonso Aguirre Sandoval (Ben. Univ. Autonoma de Puebla – MX – Dep. de Psicologia) Eusébio Rúbio Aurioles (WAS, FEMESS, México) José Manuel González (Universidad Simon Bolivar, Colômbia – Departamento de Psicologia) Juan José Borras (Espill - Espanha) Marisalva Fernandes Fávero (Instituto Superior da Maia, Portugal, Departamento de Sexologia) Maura Villasanti (Universidad Católica, Paraguai – Departamento de Psicologia) Myriam Calero (Uruguai – psiquiatra – clínica privada) Pedro Nobre (Universidade de Trás dos Montes – Portgual – Departamento de Psicologia Roberto Rosenzvaig (Univ. Diego Portales, Chile – Departamento de Psicologia) Rodolfo Rodrigues Castelo (Univ. de Guayaquil, Equador – Departamento de Psiquiatria) Ilustração da Capa: Solange G as par E ndereç o de c orres pondênc ia, redaç ão e informaç ões : Instituto Paulista de Sexualidade rua A talaia, 1 9 5 – P erdizes 0 1 2 5 1 - 0 6 0 – São P aulo- SP Bras il Fone: 5 5 - 1 1 - 3 6 6 2 - 4 5 4 2 – fax 5 5 - 1 1 - 3 6 6 2 - 3 1 3 9 e- mail: inpas ex@ uol.c om.br / os wrod@ uol.c om.br / http://www.inpas ex.c om.br Terapia Sexual, XIII(1):2010 5 Normas para aceitação dos originais - português Terapia Sexual – clínica, pesquisa e aspectos psicossociais é órgão ofic ial de divulgaç ão c ientífic a do Instituto Paulista de Sexualidade (InPaSex) e vis a a public ação de artigos relacionados à T erapia Sexual, enquanto prátic a es pec ífic a de atuaç ão no c ampo da s aúde emoc ional e s oc ial. A periodic idade da revista é s emestral, c om edições nos mes es de agos to e fevereiro de c ada ano. Serão ac eitos artigos originais não c omprometidos c om outras pub lic aç ões em território bras ileiro. A revis ta foi c oncebida de forma a permitir aos profis s ionais que atuam em terapia s exual terem material public ado que os oriente s obre ques tões c onc ernentes a s ua prátic a c línic a. São ac eitos artigos em língua portuguesa e es panhola, vis ando um mundo c ientific o mais amalgamado na A méric a L atina. Critérios para aceitação dos originais. O s artigos devem enc aixar- se nas modalidades previstas pela editoria e enviados em dis quetes ou anexados em e-mail em programas de ediç ão de texto de plataforma windows . O artigo rec ebido deve vir ac ompanhado de c arta c om a s olicitação de apreciaç ão e public aç ão e c es s ão de direitos autorais à revis ta Terapia Sexual – clínica, pesquisa e aspectos psicossociais. A s eleção dos artigos fic a a c argo da Comissão Editorial, formada pelo editor- c hefe e pelos c o- editores , s egundo c ritérios c ientífic os e de adequaç ão à propos ta da revis ta. O Conselho Editorial opinará s obre os artigos a s erem publicados por meio de dois membros a c ada artigo enviado. O s membros do C ons elho, após exame do artigo, opinarão s obre a pos s ibilidade de public aç ão e pos s íveis ou nec es s árias modific aç ões de c onteúdo. A editoria da revis ta não s e c ompromete a devolver quaisquer materiais enviados c om o objetivo de public ação. U ma vez rec us ado o artigo, os autores s erão avis ados das razões do veto da Comissão Editorial e do Conselho Editorial. A Comissão Editorial res erva- s e o direito de s olic itar modificações ao artigo vis ando a public aç ão, s eja por ques tões de ins erç ão gráfic a, extens ão do texto ou c onteúdo; no c as o de dis c ordânc ia dos autores o artigo não s erá public ado. O s artigos podem s er inc luídos nas s eguintes s eç ões : A rtigos O pinativos A rtigos de Revis ão de L iteratura A plic ativos de T eorias A rtigos de P es quis as H is tóric os de C as os C omunic aç ões Breves Res umos C omentados de artigos public ados em outros periódic os O s artigos devem c onter um resumo de no máximo 2 0 0 palavras . E s te res umo deve s er preferenc ialmente também s er apres entado vertido para a língua ingles a. Q uanto às referênc ias , us ar o es quema autor(a)/ano no dec orrer do texto. A o final, s eguir es quema: autor(es ). (ano): T ítulo. C idade, E ditora. E xemplos : RO D RI G U E S JR. O s waldo M . (2 0 0 1 ): A primorando a saúde sexual. São P aulo, Summus . C A SILLA, V aleriano M . (2 003): Roma falou... e algumas ques tões da s exualidade. I n: Terapia Sexual, V I (2 ):5 1 - 5 9 . E ndereç o pra enc aminhamento dos originais : Instituto Paulista de Sexualidade rua A talaia, 1 9 5 – P erdizes 0 1 2 5 1 - 0 6 0 – São P aulo- SP Bras il. Ou i npa s ex@uol .com.br O s waldo M . Rodrigues J r. E ditor C hefe Terapia Sexual, XII(1):2010 6 Normas para aceptar originales – español T erapia Sexual – c línica, pes quisa e as pectos ps ic os oc iais és el órgano ofic ial de divulgac ión c ientífic a del Instituto Paulista de Sexualidad – InPaSex. T iene c omo objetivo la publicación de artíc ulos relac ionados c on la T erapia Sexual, c omo prác tic a es pec ífic a de ac tuac ión en el c ampo de la s alud emoc ional y s oc ial. L a periodic idad de la revis ta s erá semestral, c on ediciones en los mes es de febrero y agos to de c ada año. Se ac eptan artículos originales no c omprometidos c on otras publicac iones dentro del território bras ileño. L a revis ta fué pens ada de modo a permitir que los profes ionales que ac tuan en terapia s exual tengan material public ado que les o riente s obre algunas c ues tiones c onc ernientes a s u prác tic a c línic a. Se ac eptan artículos en portugués y es pañol, objetivando un mundo c ientífic o más amalgamado c on A méric a L atina. Criterios para aceptar originales L os artíc ulos deven enc ajarse en las mo dalidades previstas por el editorial y enviados en dis c os o anexados en e - mail, en programas de edición de textos de plataforma windows . E l artíc ulo rec ibido deve venir acompañado de c arta s olicitando análisis y public ac ión, bien c omo c es ión de derec hos autorales a la revis ta T erapia Sexual – c línic a, pes quis a e as pec tos ps ic os oc iais . L a s elec ión de los artíc ulos queda a c argo de la Comisión Editorial, c ompues ta por el editor- jefe y por los c o- editores , de ac uerdo c on c ritérios c ientífic os y de adec uac ión a la propues ta de la revis ta. E l Consejo Editorial opinará s obre los artíc ulos a public ar por medio de dos miembros para c ada artículo enviado. 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Rodrigues Jr. Editor C hefe Terapia Sexual, XIII(1):2010 7 Índice Editorial Artigos opinativos Sexualidade: O vaginismo – Nvunda Tonet SEXO, PODER E CONJUGALIDADE – Mirna Veloso Rosier 09 13 17 Anais do XIV CLAMOC XIV Congresso Latinoamericano de Análise do Comportamento X Jornada de Psicoterapia Sexual 29 Conferências 35 Oficinas/Talleres Mesas Redondas Temas Livres 75 46 52 Terapia Sexual, XII(1):2010 8 Terapia Sexual, XIII(1):2010 9 Editorial Neste ano de 2010 recebemos uma incumbência que consideramos muito importante e uma honra: organizar um congresso latino-americano de psicologia comportamental. A ALAMOC – Asociación Latinoamericana de Análisis y Modificación del Comportamiento – através de seu presidente, o psic. Luís O. Perez Flores, questionou se poderíamos organizar o evento para que uma reunião de psicólogos comportamentalistas latino-americanos ocorresse, produzisse uma Assembléia Geral e elegesse uma nova diretoria, e que auxiliasse a divulgar um congresso mundial que ocorrerá em Lima (Peru) no ano de 2013. Realizamos o XIV CLAMOC na cidade de Jundiaí (SP), de 14 a 17/10/2010. Neste número da Terapia Sexual publicamos os Anais do Congresso, arrazoados pela questão de que os estudos e discussões apresentadas naquel congresso auxiliam em muito o trabalho da terapia sexual. Outra razão foi a do acontecimento, dentro do XIV CLAMOC, da X Jornada de Psicoterapia Sexual, evento que organizamos há vários anos em paralelo ao CEPES – Curso de Especialização em Psicoterapia com Enfoque na Sexualidade que é produzido pelo InPaSex desde o ano 2000. Também iniciamos nova fase da revista Terapia Sexual! Publicaremos as revistas na íntegra a partir do volume XIII no web site do InPaSex, abrindo a leitura a todos interessados para aumentar a utilidade dos artigos e permitir mais interessados em acessar o conhecimento, de tal forma que o acesso gratuito permita esta disseminação maior e melhor destes conhecimentos. São Paulo, julho de 2010 Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr. Editor-Chefe revista Terapia Sexual Terapia Sexual, XII(1):2010 10 Terapia Sexual, XIII(1):2010 11 Artigos Opinativos Terapia Sexual, XII(1):2010 12 Terapia Sexual, XIII(1):2010 13 Sexualidade: O vaginismo Sexuality: vaginismus Nvunda Tonet1[1] Resumo: Neste artigo aborda-se uma das queixas sexuais que afligem as mulheres. Para situar o leitor em relação ao contexto da temática, apresenta-se o conceito chave, a divisão clínica do fenómeno bem como recomendações terapêuticas aos estudantes da graduação de ps icologia. Palavras-chave: vaginismo, queixas sexuais, mulher, psicólogo e sexualidade. O vaginismo caracteriza-se por um espasmo reflexo involuntário dos músculos perivaginais e, ocasionalmente, dos músculos adutores da coxa, a ponto de os joelhos ficarem colados um contra o outro, o que provoca dor, e nos casos extremos, impede o coito (Profª. Jussânia S. Oliveira). As mulheres com vaginismo têm por queixa principal a dificuldade em ter uma penetração. Se não há penetração, não há actividade sexual satisfatória. Se perguntarmos às mulheres se já ouviram falar de vaginismo, elas podem não saber do assunto ou dizer nunca receberam, em alguma ocasião, explicações sobre tal. Em contrapartida, certos termos são, muitas vezes, postos de lado no diálogo sobre determinado tema. Invertendo a questão, se perguntarmos a um grupo de mulheres se já ouviu alguma amiga queixar-se de não conseguir ter relação sexual, que tem medo da dor que o pénis pode causar após a penetração, que os músculos se contraem e fica ansiosa quando o namorado ou marido tira a roupa e diz “é agora, deita, que vamos começar a…”, certamente que a reacção será diferenciada. A dor durante a relação sexual chama -se dispaurenia (tema a ser abordado brevemente), e isto pode acarretar o vaginismo secun dário, pela produção de uma reacção condiciona da reflexa de aversão ao coito. Em palavras mais simples, a mulher que sente constantemente dor quando faz relações sexuais pode sentir-se sem saída, culpada, bem como desencadear medo em relação ao acto sexual, esquivando-se, adiando, não querendo estar a sós com o namorado ou marido. Entende se que a causa principal para esta mulher é o evento traumático relacionado com a dor e que ela percebe como ameaçador para si. Podemos dividir o vaginismo em três principais grupos: primário, no qual a mulher nunca teve a penetração do pénis ou objectos para a vagina; secundário, a mulher já experimentou a penetração, mas, devido a algum problema ou evento percebido como ameaçador, não 1[1] Psicólogo Clínico no Hospital Psiquiátrico de Luanda. Diplomado em Psicoterapia Sexual pelo Instituto Paulista de Sexualidade. Professor de Psicologia Clínica e Hospitalar na Universidade Óscar Ribas. Terapia Sexual, XII(1):2010 14 consegue ter uma relação sexual; selectivo, que ocorre diante de determinados companheiros. Autores consideraram, nos últimos anos, outro grupo como não selectivo, que ocorre com a mulher, independentemente do p arceiro ou companheiro sexual. A ansiedade relacionada com a penetração pode significar resistência, para que o parceiro passa avançar ao introduzir o pénis. Nestes casos, é comum o terapeuta avaliar os níveis emocionais da paciente. É preciso realçar que a maioria dos pacientes com queixas sexuais, quando aplicado neles o inventário de ansiedade de Beck, aponta para a ansiedade generalizada. O tratamento deste problema sexual consiste, essencialmente, na extinção da resposta vaginal condicionada. Os terapeutas sexuais empregam uma variedade de objectos a serem inseridos na vagina para o descondicionamento. De modo geral, submete-se a paciente a um intenso programa de relaxe muscular para diminuir, a o máximo, a tensão psicofísica. Aos estudantes de Psicologia Normalmente, as pacientes vagínicas, quando chegam ao consultório, começam por contar outras estórias até chegar ao que realmente interessa. É importante motivá -la para falar, encorajá-la e fazêla sentir-se a vontade, levando-a a confiar na pessoa que está diante de si. Antes de qualquer intervenção psicoterapêutica, é importante verificar se os exames clínicos ginecológicos estão completos. Na terapia sexual, devemos eliminar as hipóteses relacionadas com as causas orgânicas do problema. Há relatos de profissionais que têm em conta as dificuldades que esse grupo de mulheres apresenta para fazer qualquer tipo de exame ginecológico, devido ao espasmo dos adutores da coxa que são intensos. Nestes casos, o terapeuta deve acompanhar a paciente, fazendo sessões de relaxamento. Conclusão O vaginismo é um problema sexual que aflige poucas mulheres em termos percentuais, se o compararmos às outras disfunções sexuais femininas. Nota-se que, na medida em que a mulher amadurece e se decide a estabelecer um relacionamento afectivo duradouro, recorre à busca de tratamento, pelo desejo de ter filhos. Os estudos feitos sobre o vaginismo são unânimes em considerar a educação religiosa rígida, os valores sexuais repressivos, sentimentos de culpa, a falta de confiança; e o medo da dor são os proponentes psicológicos originários do problema, que podem estar associados ao Terapia Sexual, XIII(1):2010 15 trauma emocional, desinformação, ignorância, abuso sexual e ao perfil do companheiro sexual. As mulheres que vivem este problema enfrentam duas barreiras na sociedade angolana; primeiro, a falta de profissionais capazes e qualificados que as ajudem de modo eficaz; a segunda barreira é o contexto sócio-cultural relacionado à feminilidade. Consideramos a sexualidade uma parte integral da personalidade do indivíduo, e o seu desenvolvimento total depende da satisfação de necessidades básicas, tais como o desejo de contacto, a intimidade, a expressão emocional, o prazer, o carinho e o amor. Bibliografia: EICHER, W. Sexualidad normal y patológica en la mujer. Ed. Morata, Madrid, 1978. Instituto Paulista de Sexualidade (org.). Aprimorando a saúde sexual Manual de técnicas de terapia sexual. Ed. Summus, São Paulo, 2001. PROTTI, F.; RODRIGUES. Jr., O.M: Vaginismo! Quien calla, no siempre otorga! Ed. Biblioteca 24x7, São Paulo, 2008. Terapia Sexual, XII(1):2010 16 Terapia Sexual, XIII(1):2010 17 SEXO, PODER E CONJUGALIDADE Sex, power and conjugality Mirna Veloso Rosier2 RESUMO Ao longo dos tempos, homens e mulheres, em diversos momentos e contextos, alteraram muitos dos seus papéis e funções sociais. Antigamente, determinadas funções a exemplo de cuidar de casa, dos filhos, da família, identificadas como papéis domésticos eram restritos ao universo feminino. Enquanto isso, as funções que denotavam mais prestígio como trabalho e a política ficavam reservadas às figuras masculinas. Percebe-se, diante disso que a hierarquia dos sexos dotava o homem com um valor superior ao da mulher. Com o advento da industrialização, ocorreu o aumento do trabalho assalariado feminino, contribuindo para construção do contexto atual, com o aumento do o numero de famílias em que ambos os cônjuges trabalham, aumentou. Esse fenômeno não somente modificou a arena laboral, como também alterou as relações entre os sexos e o poder do casal. As mudanças no comportamento feminino vêm desestruturando a classe masculina em seus papéis, funções e comportamentos, incluindo os de cunho sexu al. Nesse sentido, na medida em que o homem vai perdendo sua condição de único provedor, dividindo com a mulher esta responsabilidade, pode propiciar o desencadeando de conflitos conjugais, caracterizando um desequilíbrio de poder no casal. Palavras-chave: papéis sociais, gênero, poder e conjugalidade. ABSTRACT Throughout time men and w omen, at different moments and contexts, have altered their roles and social positions. In the past, specific tasks such as, taking care of the house, children and family w ere particular to the female universe. Whereas more prestigious ones, such as outside w ork and politics w ere reserved to the men figure. Considering these facts, it is possible to observe that the hierarchy of gender places the men in a higher position compared to the women. With the coming of industrialization, an increase of w age -earning women has occurred, contributing to the construction of our current scenario and to an increase of families w here both spouses w ork. This phenomenon not only modified the w orking scenario, but also changed the relations between the genders and the detention of pow er betw een them. The changes in women behaviour have been unstabling the male class in its roles, positions and 2 Psicóloga clínica. Especialista em Sexualidade Humana pela USP. Terapia Sexual, XII(1):2010 18 behaviours including the one of sex. In that sense , the more men loose their position of care taker dividing this responsibility with women, the more the couple is prone to have conjugal problems portraying an unbalanced division of pow er betw een them. Key words: relationship betw een gender, power, conjug ality. 1. Gênero: evolução dos papéis femininos e masculinos na conjugalidade. O gênero é visto como um elemento constitutivo das relações sociais baseadas nas diferenças percebidas entre os sexos. É a maneira de indicar as “construções sociais”: sobre os pa péis próprios aos homens e as mulheres. É uma forma de se referir às origens exclusivamente sociais das identidades subjetivas dos homens e das mulheres. O gênero é, de acordo com essa definição, uma categoria social imposta sobre um corpo sexuado (Nogueira, 2003). Na percepção de Michel Foucault (1984) a sexualidade é produzida em contextos históricos. As ideias conscientes do masculino e do feminino não são fixas, pois variam segundo o contexto onde aparecem. Segundo Demóstenes (1858) apud Foucault (198 4) algumas mulheres exercem determinadas funções específicas. As cortesãs servem ao prazer, as concubinas, aos cuidados do dia a dia e, as esposas, à descendência legítima, além de ser aquelas consideradas fiéis e guardiãs do lar. Na grande maioria das sociedades os cuidados com as crianças e as atividades domésticas sempre foram desempenhadas pelas mulheres. Construir um “ninho” confortável, educar os filhos, distribuir calor e ternura pelos membros da família, zelar pelo conforto de todos, são algumas das missões atribuídas às mulheres. O homem foi destinado a esfera pública e profissional, enquanto a mulher, permaneceu com a tarefa de cuidar do “lar-doce-lar”. Enquanto ele encarna a figura do indivíduo livre, sem amarras, senhor de si mesmo, ela, a mulhe r, continua a ser vista como um ser naturalmente dependente, vivendo para os outros, predestinada à ordem familiar (Lipovetsky, 1997). Segundo Lipovetsky (1997), desde tempos imemoriáveis, a “valência diferencial dos sexos” edifica a hierarquia dos sexos ao dotar o masculino de um valor superior ao feminino. As atividades valorizadas são aquelas que os homens exercem, todos os mitos e discursos evocam a natureza inferior das mulheres. Ao masculino, sempre se atribuem valores positivos e ao feminino, valore s negativos. Em diferentes contextos, a supremacia do sexo masculino é exercida sobre o sexo feminino. As trocas matrimoniais, as tarefas enaltecidas, as atividades nobres da guerra e da política estiveram sempre em poder dos homens. Uma única função escapa a essa desvalorização sistemática – a maternidade. O processo de industrialização do sec. XIX favoreceu a expansão do trabalho feminino assalariado. Nesse contexto, o ideal da boa esposa e Terapia Sexual, XIII(1):2010 19 mãe não desaparece, mas a retórica sacrificial que o acompanhara , até então, fica encoberta pelas normas individualistas do bem-estar e da sedução (Lipovetsky, 1997). De modo geral, a realização profissional do homem é considerada prioritária em relação à da mulher. Cabe a ela abandonar a sua profissão caso a carreira do marido exija. No caso em que o trabalho da mulher entra em concorrência com o do marido, a opinião vigente é de que a prioridade seja dada a ele. Devido aos encargos familiares de que estão incumbidas, as mulheres estão profissionalmente menos disponíveis e têm menos mobilidade do que os homens, saem menos frequentemente do seu domicílio por razões profissionais do que os homens e trabalham mais próximo de casa do que o seu cônjuge. Quando os filhos estão doentes, são maioritariamente as mães que assume m os cuidados. Além disso, a maior parte dos empregos de meio turno é ocupado por mulheres (Lipovesky, 1997). O mesmo autor afirma, ainda, que há cerca de três decênios as mulheres tem entrado cada vez mais continuamente no mercado de trabalho. Não só o trabalho remunerado feminino aumentou, como também surgiram novos comportamentos como o de mulheres que não abandonam seus empregos após o casamento e o nascimento dos filhos. Atualmente o número de famílias em que os dois cônjuges trabalham vem ultrapassando consideravelmente o de famílias em que apenas os homens estão empregados. Ocorreu o fim os sarcasmos dirigidos às “sabichonas” e também aquelas mulheres que prolongavam os estudos para encontrar um marido e abandonavam a universidade assim que se casava m. Atualmente as mulheres estudam para trabalhar e assegurar a sua independência econômica. Ao contrário dos anos 60, os pais dos dias de hoje declaram atribuir tanta importância aos estudos das filhas quanto o dos filhos, e, na sua maioria, esperam que as filhas sigam uma carreira profissional ambiciosa. Este fenômeno veio abalar não apenas a arena laboral, mas também a relação das jovens com seus estudos, suas relações afetivo sexuais e o poder no seio do casal. Tudo isso ocorre paralelamente ao controle de sua fecundidade e da nova posição identitária feminina. Prehn (1999) apud Fleck e Wagner (2003) asseguram que nos últimos anos todas as transformações na economia mundial resultaram na redução de empregos e no aumento da concorrência no mercado de trab alho. Ao mesmo tempo, firmou a necessidade de criarem novos empreendimentos no âmbito profissional, onde a mulher pôde lançar mão de sua criatividade e aventurar-se em novas áreas. Para Lipovesky (1997), a nova cultura centrada no prazer e no sexo, no lazer e na livre escolha individual, desvalorizou um modelo de vida feminino mais voltado para a família do que para si mesmo e legitimou os desejos de viver mais para e por si. O rechaço a idéia de dona-de-casa, a legitimidade dos estudos e do trabalho feminino, o direito Terapia Sexual, XII(1):2010 20 de sufrágio, o descasamento, a liberdade sexual, o controle da procriação, tudo isso, são manifestações do acesso das mulheres a total disposição de si mesmas em todas as esferas da existência, constituindo os dispositivos que constróem o modelo da mulher moderna. Desta forma, cada vez mais as distâncias existentes entre os dois gêneros passam a ser minimizadas em detrimento de uma aproximação de suas posições sociais. 1.1. Aspectos sexuais na conjugalidade. Musonius (1905) apud Foucault (1984) se interroga sobre o fato de que após ter separado os dois sexos, o criador quis reaproximá -los. Esta reaproximação aconteceu implantando em cada um deles um “violento desejo”, desejo este que é, ao mesmo tempo, de “conjunção” e “união”. O desejo é fundamental e originário do ser humano e se refere tanto a aproximação física quanto ao compartilhar da existência. Segundo Foucault (1984), o ser humano é binário por constituição, sendo feito para viver a dois, numa relação que, ao mesmo tempo, lhe assegure uma descendência e lhe permita passar a vida com um parceiro. Segundo este autor, o casamento marcava a transferência da tutela exercida, até então, pelo pai, para o marido e a entrega da esposa ao seu cônjuge. Constituía, portanto, uma “transação privada, um negócio realizado entre dois chefes de família, um real, o pai da moça, e o virtual, o futuro marido”. O casal é constituído pelo “dono” e pela “dona-de-casa”. Devido aos negócios, o homem deveria permanecer fora, no âmbito público, ao passo a mulher, deveria permanecer em casa. Na Europa, as mulheres eram propriedade de seus maridos ou pais - bens móveis, na forma definida pela lei. A desigualdade entre homens e mulheres se estendia obviamente à vida sexual. O duplo padrão sexual estava diretamente ligado à necessidade de assegurar continuidade na linhagem e na herança. Durante a maior parte da história, os homens fizeram um amplo, e, por vezes, bastante ostensivo com o uso de amantes, cortesãs e prostitutas. Os mais ricos tinham aventuras amorosas com servas. Mas com relação a suas esposas, eles precisavam ter a certeza de que eram os pais de seus filhos. O que era exaltado nas moças respeitáveis era a virgindade e, nas esposas, constância e fidelidade (Giddens, 2000). Monteiro (2001), seguindo o mes mo fluxo de pensamento de Foucault (1984) e Giddens (2000), considera que um bom acordo quanto a divisão de atividades entre o casal pode significar que um deverá dedicar-se ao trabalho fora de casa, enquanto o outro, deve permanecer no lar. Seguindo um outro formato, ambos podem concordar em trabalhar fora e se dedicarem a trabalhos que exijam graus mais ou menos intensos de comprometimento pessoal. Podem, ainda ficar em casa sem trabalhar, como é o caso de aposentados ou de casais muito jovens, que ainda moram com os pais de um dos cônjuges. Terapia Sexual, XIII(1):2010 21 O autor supracitado, bem como Andolfi (2002), afirmam que o modelo de casal mais atual é o casal de dupla carreira. Ambos têm um envolvimento profundo com suas vidas profissionais, preservando o desejo de manutenção de uma vida afetiva a dois. A distribuição das tarefas da casa, bem como os cuidados dispensados aos filhos, são mais compartilhados entre os homens e as mulheres. Esta diferença reside no fato da divisão de trabalho em relação às funções familiares serem distribuídas entre os parceiros com base na igualdade de status, e não no sexo dos cônjuges. Idealmente, homens e mulheres começam relacionamentos com bases igualitárias. Contudo, as pressões sociais os deixam psicologicamente despreparados para enfrentar as críticas que os acompanham quando se atrevem a assumir mudanças em direção a distribuições de tarefas mais equilibradamente (Monteiro, 2001). Zedeck e Mosier (1990) apud Monteiro (2001) afirmam que a vida do casal de dupla carreira significa, além das tarefas e responsabilidades, a administração de múltiplos papéis sociais. Estes são diferenciados entre si e modificados pelas inovações produzidas pela própria interação entre os cônjuges. O processo de revisão dos papéis afeta tanto as mulheres, ao contarem com maior participação do homem nas tarefas do lar, quanto os homens, por terem de se adaptar às múltiplas demandas de funções desempenhadas pelas mulheres. Segundo Fleck e Wagner (2003), existe uma associação entre poder e dinheiro e, muitas vezes, isto aparece de forma camuflada. O casamento vem aparecendo cada vez mais como uma união de livre consentimento entre dois parceiros cuja desigualdade se atenua até certo ponto sem, contudo, desaparecer. O status da mulher vem ganhando independência com o tempo. Esta modificação relativa se deve, primeiro, ao fato da posição do “homem-cidadão perder uma parte da importância política e, segundo, o reforço positivo do papel da mulher – de seu papel econômico e de sua independência jurídica. A intervenção do pai da mulher se torna cada vez menos decisiva no casamento” (Foucault, 1984). O casamento se conclui cada vez mais nitidamente como um contrato desejado pelos dois cônjuges, que nele se engajam pessoalmente. Os contratos de casamento fazem o marido e a mu lher entrarem em um sistema de deveres ou de obrigações que, certamente, não são iguais, mas são compartilhados (Foucault, 1984). Bozon (2003) afirma que os casamentos do sec. XX não dependem mais das negociações entre as famílias, mas da escolha pessoal do cônjuge, que apresenta o sentimento amoroso como a grande razão desta escolha. Segundo Lipovesky (1997), enquanto nos homens o projeto profissional esta sempre em primeiro lugar relativamente ao projeto de paternidade, nas jovens mulheres, ele é frequ entemente formulado, Terapia Sexual, XII(1):2010 22 integrando os futuros condicionantes da maternidade. Para o sexo forte, o corte da vida a dois é natural enquanto que para o outro sexo é acompanhado de conflitos e interrogações, de uma procura de conciliação que é, frequentemente, fonte de culpabilidade e de insatisfação. Enquanto homens e mulheres assumem uma posição cada vez mais simétrica no mundo do trabalho, já que as mulheres fazem, cada vez mais, trabalhos “de homem”, devem ainda ocorrer mudanças recíprocas dos maridos em casa, mesmo porque essa área sempre foi culturalmente desvalorizada (Andolfi, 2002). Para Gomes e Paiva (2003), na medida em que o homem perde sua condição de provedor da família e este lugar é ocupado pela mulher, ocorre uma expressão de tensão e conflito conjugal, gerando fragilidades na relação. Os maridos raramente escolhem ficar em casa por mais tempo, uma vez que a identidade masculina e o seu valor são medidos em termos de sucesso no trabalho. Os homens são educados para definir-se a si mesmos em termos de rendimento do seu trabalho (imperativo este que algumas vezes intervêm até mesmo em casos de disfunções sexuais, quando a preocupação com o rendimento interfere com a intimidade sexual) (Andolfi, 2002). Segundo Bozon (2003), a sexualidades que antes e ra um dos atributos do papel social do indivíduo casado, tornou -se uma experiência interpessoal indispensável à existência da união. De acordo com Lipovesky (1997), esta ocorrendo o processo de feminização do homem e de virilização da mulher. Bozon (2003) relata mudanças nos comportamentos sexuais de homens e mulheres. Algumas delas têm tido experiências sexuais antes do casamento, como também um aumento do numero de parceiros sexuais ao longo do ano. A vida sexual feminina esta mais longa, uma vez que ela s têm iniciado mais cedo, além do mais, a menopausa deixou de sinalizar o fim da vida sexual. Os homens cada vez mais vêm iniciando a sua vida sexual com “namoradinhas” da mesma idade, ao invés de com garotas de programa como era anteriormente. Definitivamente, as mudanças foram mais acentuadas nas mulheres. Beavers (1986) apud Andolfi (2002) destacou que os casais bemsucedidos (tradicionais) conseguem manter uma complementaridade diante das obrigações e, ao mesmo tempo, um sentido de igualdade e liderança partilhada. Ao contrário, as famílias disfuncionais são caracterizadas por um desequilíbrio de poder no casal: quanto maior é a posição de dominância e de autoridade de um sobre o outro, mais disfuncional e insatisfatório é o casamento. Mesmo nos lares modernos, em que os homens participam ativamente das atividades domésticas, tanto as fricções conjugais como a insatisfação das mulheres continua a existir (Lipovesky, 1997). Bozon (2003) afirma que o crescimento da satisfação feminina é, sem dúvida, Terapia Sexual, XIII(1):2010 23 devido a sua posição mais ativa nos relacionamentos amorosos. Assim, a crescente autonomia das mulheres no casal pode se manifestar como uma exigência maior em relação ao parceiro, na medida em que ficou mais fácil interromper uma relação não satisfatória. Para que um casal seja considerado saudável, é necessário clareza de regras, de papéis e de mensagens (Walsh, 2002). Por causa da complexidade e ambiguidade da vida contemporânea, os parceiros devem constantemente redefinir e tornar explícitas as suas ideias e expectativas em relação ao casamento, ao companheiro e a si mesmos. Sem clareza e coerência, podem ocorrer muitos mal-entendidos que se somam, produzindo frustração e conflito (Andolfi, 2002). Os casais que conseguem reconstruir sua relação parecem ter desenvolvido um recurso criativo: seu “sentido de intimidade” contém o pressuposto de que não se trata de algo definitivo, um “de agora em diante é para sempre”, senão, que é vivido como uma tarefa cotidiana plena de encontros e desencontros que desenham a relação como algo vivo, sempre em movimento, que não se sustenta na institucionalidade do vínculo, mas sim, em um compromisso renovável (Fuks, 1999). Alguns autores sustentam a ideia de que a energia fundadora de uma relação de casal se baseia nos “sentimentos” (que implicam tanto em amor como erotismo). Nos relatos de casais, o sentido de intimidade emerge nas narrativas e descrições as quais prevalecem “sentimentos” referidos à proximidade, ao vínculo e a interdependência (emocional e física), dimensões que fizeram com que a épica romântica reivindicasse a intimidade como a essência do amor (Alkerman, 1994 apud Fuks, 1999). A “construção de intimidade” é um dos núcleos mais relevantes entre os que organizam a vivência de “estes somos nós e esse é o nos so mundo”, que caracterizou a identidade relacional amorosa. A experiência de intimidade não é algo especifico do relacionamento de casal, já que é possível viver a intimidade no marco de uma amizade ou de relações familiares; o que singulariza o “tipo” de intimidade que o casal constrói é a dimensão passional: o desejo sexual e o erotismo (Giddens, 2000 apud Fuks, 1999). A intimidade é uma forma de se referir à curiosa condição humana de fazer espaço para outro dentro de si mesmo, sem perder a possibilidade de reconhecer os riscos que isso implica (Fuks, 1999). Luz (1999) afirma que a sexualidade de um casal pode ser a causa de felicidade ou infelicidade, seja ela pessoal ou matrimonial. É tema constante na terapia de casal, esteja ele explicito ou não no processo terapêutico. Com isso, depara -se com uma quantidade de casais que convivem com disfunções ou insatisfações sexuais. Sabe -se que o sexo é um dos fatores importantes de um casamento, porém, ele se eleva a ser considerado o fator primordial quando um dos parceiros ou ambos o considera insatisfatório. Terapia Sexual, XII(1):2010 24 Para Luna et al. (2006), a disfunção sexual é a falta persistente de resposta sexual humana que afeta a um ou ambos os membros do casal. As dificuldades na vida sexual e amorosa, em qualquer uma das fo rmas, acentuam conflitos e temores. Caso o indivíduo não consiga administrar seus impulsos, estará a mercê daqueles q ue exercem algum tipo de poder. Andolfi e Angelo (1988) afirmam que em qualquer relação são estabelecidos mitos, pois sempre há uma marge m de ambiguidade de algo não expresso. Essas lacunas de informação são preenchidas, então, por meio da criação de estereótipos de comportamentos específicos, visando à manutenção do vínculo. A quebra de mitos e regras se forem considerados expressões de uma estrutura, poderá ter sérias consequências, dentre elas, a ruptura da relação de lealdade construída em torno deles. Essa rigidez que lhes é inerente gera dificuldade para realizar qualquer processo de mudança, inclusive no processo terapêutico. A satisfação é individual e é essa individualidade que estabelece os limites a serem alcançados. 2. Gênero e Poder: considerações da batalha entre os sexos. Segundo Scott (1995), com a proliferação dos estudos do sexo e da sexualidade, o gênero se tornou uma palavra particularmente útil, porque oferece um meio de distinguir a prática sexual dos papéis atribuídos às mulheres e aos homens. Ele apresenta gênero “como a organização social da diferença sexual” e a diferença entre sexos é vista não apenas como um jogo político, mas, ao mesmo tempo, cultural e social. Em meados doa anos 60, o termo gênero ainda era usado principalmente como referência às formas femininas e masculinas dentro da relação, ao papel da sociedade na distinção entre fenômenos codificados em termos de “masculino” e “feminino”. As feministas estendem o significado do termo para com ele se referir também a muitas das diferenças entre mulheres e homens expostas na personalidade e no comportamento. (Nicholson, 2000) Para Nogueira (2003), o gênero é a categoria imersa nas instituições sociais e quaisquer mudanças na organização das relações sociais corresponde m, mesmo que nem sempre num sentido único, a mudanças nas representações de poder. Para Foucault (1988), o poder é entendido como constelações dispersas de relações desiguais, discursivamente constituídas em “campos de forças” sociais. Segundo Louro (1995), Foucault remete as relações de poder a processos e práticas cotidianas e isso possibilita pensar em como as relações se estabeleceram histórica e socialmente entre homens e mulheres. O termo gênero se refere as relações entre os sexos instituídas socialmente, sem entrar no mérito de como são construídas em sua forma e no seu tipo de funcionamento, nem como podem vir a se transformar. O Terapia Sexual, XIII(1):2010 25 gênero aparece como o princípio organizador da sociedade, ou seja, uma forma de sistematizar as práticas sociais e dar um significado as relações de poder. É por meio do intercâmbio entre as gerações que ocorrem as transformações sociais (Nogueira, 2003). Ser do gênero feminino ou do gênero masculino leva o indivíduo a perceber o mundo diferentemente, estar nele a partir desta percepção, portanto, faz com que cada um dos posicionamentos, tanto feminino quanto masculino, subentendam uma distribuição de poder distin ta, o que significa que o fator de gênero está implicado na concepção e na construção do poder. Scott (1998) argumenta que a história das mulheres vai além da história da dominação masculina, mas que parte da história das mulheres é uma parte da história da dominação masculina, pois foram os homens que construíram as regras que organizam a sociedade. Assim, a partir da história das relações de gênero, considero importante aprofundar o tema da dominação masculina e o reflexo desta na emancipação feminina. De modo geral, ao longo da história do mundo ocidental, o homem tem sido visto como detentor de poder e como tendo supremacia sobre a mulher. Percebe-se, nas últimas décadas, que a mulher conquistou espaços antes tidos como privilégio dos homens, em um movimento que leva a questionamentos sobre a força da dominação masculina e, consequentemente, sobre as transformações nas relações entre homens e mulheres, que, envolve questões relacionadas às relações de poder (Scott, 1995). Nogueira (2003) parte do pressuposto de que as relações de poder incluem a dominação masculina como um fator histórico e, portanto, mutável. A relação entre poder e dominação (como expropriação de poder) faz parte das organizações sociais e um dos objetivos de sua pesquisa foi verificar como o poder está sendo distribuído (ou redistribuído) nas relações entre homens e mulheres, considerando-se que o poder não está em nenhum lugar especifico, mas que, em alguns momentos ou situações, se descaracteriza como ta l e se transforma em dominação. Pode-se dizer que o poder não existe em si, mas nas relações que se estabelecem na sociedade, desiguais e assimétricas e, neste sentido, as relações sociais são atravessadas pelas relações de poder como se formassem uma rede. Nessa rede o poder, muitas vezes, fica “oculto”, nem sempre visível, mas, como diz Foucault (1988), exercendo uma pressão que gera resistência e ação (Nogueira, 2003). Therborn (2006) afirma que o patriarcado tem duas dimensões intrínsecas básicas: a dominação do pai e a dominação do marido, nessa ordem. Em outras palavras, o patriarcado refere -se às relações familiares, de geração ou conjugal – ou seja, de modo mais claro, às relações de geração e de gênero. O dever de obediência da mulher e o controle do Terapia Sexual, XII(1):2010 26 marido sobre a mobilidade da esposa, sobre suas decisões e de seu trabalho. Desde crianças, as mulheres são estimuladas a desenvolver um mundo afetivo, enquanto os homens têm que cumprir obrigações laborais e, embora estejamos sempre evidenciando evoluções temporais, ainda hoje, esse aspecto parece não apresentar mudanças tão significativas, pois as mulheres continuam privilegiando as relações afetivo -sexuais e os homens suas relações profissionais (Nogueira, 2003). Para que haja mudanças efetivas no relacionamento afetivo -sexual entre homens e mulheres, os homens devem se mostrar comprometidos e responsáveis, tanto quanto as mulheres, pelo relacionamento, sendo, então, necessário que eles repensem seus valores, atitudes e comportamentos. Para tanto, não será possível que mantenh am o discurso do “todo poderoso”, daquele que se julga superior a mulher, nem mesmo que sustente um discurso vitimizado, que pressupõe que ele esteja em crise diante dessa mulher mais emancipada, sem saber lidar com as transformações femininas. De acordo com Scott (1995), as feministas começaram a utilizar a palavra gênero mais seriamente, no sentido mais literal, como uma maneira de referir-se a organização social da relação entre os sexos. A palavra indicava uma rejeição ao determinismo biológico implícito no uso de termos como “sexo” ou “diferença sexual”. A maneira como a nova história feminina iria simultaneamente incluir e apresentar a experiência das mulheres depende da maneira como o gênero pode ser desenvolvido enquanto categoria de análise. Cuschnir (2000) apud Nogueira (2003), em entrevista a revista Veja, afirma que “o homem é o sexo frágil e está obcecado pelo trabalho e assustado com a obrigação de dar prazer a mulher”. Para o autor, os homens estão atordoados com a “revoada feminina” tornando-os infelizes, vulneráveis, pois sentem o seu papel masculino como desprovido de valor, talvez até, em última instancia, falido. Segundo Gomes e Paiva (2003) o homem se torna frágil perante uma sociedade competitiva e estressante, na qual vai se tornando mais difícil desempenhar o papel de provedor da família, e tendo que disputar com a mulher o espaço público, até então de domínio absoluto seu. A mulher, por sua vez, entra em sérios conflitos na escolha entre maternidade e/ou ascensão profissional, o que permite hoje o estabelecimento de casamentos sem filhos por opção pessoal. 3. CONCLUSÃO As modificações das condições de existência das mulheres, o expressivo desenvolvimento de uma contracepção eficaz e controlada por elas, a elevação maciça de seu nível de instrução e a progressiva generalização do trabalho assalariado aumentaram, consideravelmente, a Terapia Sexual, XIII(1):2010 27 sua autonomia social em relação aos homens. Diante disso, como podemos pensar o lugar que o homem contemporâneo tem ocupado? Atualmente, grande parte dos re lacionamentos é formada por casais de dupla carreira, onde supostamente as tarefas e funções deveriam ser melhor distribuídas, compartilhadas e equilibradas. Esse processo de revisão de papéis, como nomeia Monteiro (2001), tem afetado tanto os homens quanto as mulheres, essas, ao contarem com a participação dos homens nas tarefas domésticas e esses, ao se adaptarem as múltiplas demandas profissionais das mulheres. A crescente autonomia feminina dentro da relação conjugal muitas vezes é entendida pelo parce iro como uma exigência. As mulheres, ao definirem e expressarem melhor o que querem e esperam de uma relação, fazem com que o homem, muitas vezes, se sinta ameaçado na sua condição de provedor e “macho alfa”. Daí surgirem demandas relacionadas ao poder de cada gênero dentro dos novos modelos de relacionamentos. Certamente que o domínio masculino perde espaço para uma horizontalidade dos parceiros na relação, relativizando os deveres de cada um para a conquista de um prazer desfrutado por ambos. Segundo Beavers (1986) apud Andolfi (2002), os casais disfuncionais são caracterizados por um desequilíbrio de poder na relação e, por essa razão, muitas vezes são levados a buscar uma ajuda terapêutica. Tais diferenças acabam sendo muito discutidas e trabalhadas pelos cônjuges com o intuito de tornar a relação mais harmônica e equilibrada. Nesse sentido, as intervenções terapêuticas visam instrumentalizar homens e mulheres no desafiador exercício de se manterem leais ao gênero a que pertencem, dentro de um relacionamento constituído na contemporaneidade, com todos os contornos por ela expressos. Homens e mulheres precisam garantir uma complementariedade salutar concomitante às suas realizações pessoais. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDOLFI, M. (2002). A crise do casal: uma perspectiva sistêmicarelacional / Organizado por Maurizio Aldolfi; trad. Lauro Kahl e Giovanni Menegoz – Porto Alegre: Artmed Editora. BOZON, M. (2003) Sexualidade e conjugalidade. A redefinição das relações de gênero na França contemporânea. Cad. Pagu, nº 20, Campinas. FLECK, A. e WAGNER, A. (2003) A mulher como a principal provedora do sustento econômico familiar. Psicologia em Estudo, Maringá, vol.8, num. esp., p. 31 – 38. FOUCALT, M. (1988). l. História da sexualidade I: A vontade de saber; tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. 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Terapia Sexual, XIII(1):2010 X Jornada de Psicoterapia Sexual ANAIS Resumos das apresentações Jundiaí (SP), 14-17 de outubro de 2010 29 Terapia Sexual, XII(1):2010 30 ALAMOC – Associação Latino-Americana de Análise e Modificação do Comportamento É uma entidade fundada em 19 de fevereiro de 1975, por um grupo de psicólogos de vários países da região, no Centro Skinner, de Ruben Ardila, em Bogotá (Colômbia) que tem representado o intere sse de profissionais e associações científicas sobre questões teóricas e práticas das ciências comportamentais. As atividades acadêmicas têm focalizado a cultura e as características particulares da América Latina e foi a primeira organização deste setor n a América Latina. Ruben Ardila A ALAMOC é uma organização interdisciplinar aberta a psicólogos, psiquiatras, educadores e outros especialistas interessados na análise do comportamento, na análise aplicada e na compreensão das culturas e contribuir para que a ciência do comportamento contribua para melhora a vida dos habitantes da América Latina. A tradição dos Congressos Latino-Americanos – CLAMOC já contou com as seguintes edições: 1. Panamá (Panamá), Dezembro 14 – 17, 1977. 2. Bogotá (Colômbia), Junho 23 – 27, 1979. 3. Santiago (Chile), Novembro 30 – Dezembro 4, 1981. 4. Lima (Peru), Abril 25–28, 1984. 5. Caracas (Venezuela), Outubro 6–9, 1986. 6. Montevidéu (Uruguay), Junho 18–22, 1989. 7. Guayaquil (Ecuador), Noviembre 5–8, 1991. 8. La Paz (Bolivia), Junho 5–10, 1994. 9. Viña del Mar (Chile), Octubre 15 – 18, 1996. 10. Caracas (Venezuela), Março 17 – 20, 1999. Terapia Sexual, XIII(1):2010 11. 12. 13. 14. 31 Lima (Perú), Octubre 29 – Noviembre 1, 2001. Guayaquil (Equador), Octubre 22 – 25, 2003. Montevidéu (Uruguai), 2005. Jundiaí (SP-Brasil), 14-17/10/2010. Foram Presidentes da ALAMOC desde a fundação: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Rubén Ardila (Colombia) Pablo A. Thalassinós (Panamá) Miguel Ángel Escotet (Venezuela) Benjamín Domínguez – Trejo (México) Rafael Navarro Cueva (Perú) René Calderón (Bolivia) Juan José Moles (Venezuela) Luís Pérez (Perú) Guillermo Rodriguez (Venezuela) Miguel Angel Escotet Juan José Moles Luis Perez (ALAMOC) e Elaine Catão (Comissão Científica XIV CLAMOC) Carla Zeglio (Comissão Organizadora XIV CLAMOC) e Guillermo Rodriguez (ALAMOC) A ALAMOC publicou em papel a revista “Aprendizaje y Comportamiento” que passará em 2011 a ser publicada pela internet para ser acessível a todos os estudiosos e de modo a divulgar as pesquisas, Terapia Sexual, XII(1):2010 32 estudos e opiniões dos comportamentalistas latinoamericanos. Selos emitidos pelos correios do Brasil foram emitidos em comemoração ao XIV CLAMOC. Os selos foram apresentados aos participantes e presenteados ao Presidente da ALAMOC no início do evento. Uma Medalha comemorativa foi desenvolvida pelo designer Bruno Bianco e produzida pela Todd Metais numa quantidade de 100 unidades que foram agraciadas aos Diretores da ALAMOC e conferencistas. Terapia Sexual, XIII(1):2010 33 Os editores da revista Terapia Sexual ofereceram as páginas deste periódico para publicar os resumos recebidos e apresentados durante o congresso, pelo que nas próximas páginas os leitores encontram uma síntese das discussões ocorridas neste importante evento Latinoamericano em 2010 na área da psicologia. Oswaldo Martins Rodrigues Junior Editor Terapia Sexual, XII(1):2010 34 XIV CLAMOC – Congresso Latinoamericano de Análise do Comportamento Presidente de Honra: Luis Perez Flores Comitê Organizador Oswaldo M. Rodrigues Jr. (ALAMOC – InPaSex) Gildo Angelotti (ALAMOC – I ns tituto de N eurociênc ia e C omportamento de Itor Finotelli Jr. (ALAMOC – GEPIPS) Carla Zeglio (ALAMOC – InPaSex) Maria Cristina Zago Castelli - UniAnchieta Oliver Zancul Prado (UNIP - Conselho Regional de Psicologia) Comitê Científico Elaine Catão (ALAMOC – UNISAOPAULO – GEPIPS) Fatima Tomé (ALAMOC – Paradigma) Nicodemus Batista Borges (Paradigma – Univ. São Judas) Comitê Organizador e Científico Internacional Luis Osw aldo Perez Flores (Peru) Guillermo Rodriguez (Venezuela) Pablo Vera (Chile) Rocio Peredo (Bolívia) Edgar Pacheco (Peru) Rita Laos (Perú) Rene Calderón (Bolivia) Hector Cevallos (Equador) Adriana Martínez (Uruguai) Juan Jose Moles(Venezuela) Julio Obst Camerini (Argentina) Maria Esther Lagos (Uruguai) José Britos (Paraguai) Maria Clara Cuevas (Colombia) Jacqueline Lamboglia (Equador) Dina Figueroa (Peru) Navidia Gonzales (Venezuela) Ronald Ramirez (Costa Rica) Roberto Mainieri (Panamá) Arturo Hemman (México) São P aulo ) Terapia Sexual, XIII(1):2010 35 Conferências TRATAMIENTO COGNITIVO COMPORTAMENTAL DEL TRASTORNO DE ATENCIÓN CON HIPERACTIVIDAD (TDAH). Dra. Jacqueline Lamboglia 3 Justificación: El trastorno de la Atención con hiperactividad es un problema bastante común que afecta a niños, adolescen tes y adultos; su tratamiento con medicamentos está justificado en los casos moderados y graves, pero con ellos no se logra toda la mejoría necesaria para superar el problema. Los casos graves no tratados con frecuencia avanzan a un negativismo desafiante y a un trastorno disocial de la personalidad. Tanto en los casos leves como en los moderados y graves que están medicados, ciertos tipos de psicoterapia logra disminuir los síntomas de este trastorno en forma eficaz. Sin duda la Terapia Cognitiva Conductua l ha hecho los avances más importantes en el tratamiento del trastorno de atención con hiperactividad, sus enunciados son fáciles de entender, lógicos y demuestran mucha utilidad práctica. Objetivo: Hacer una explicación resumida y práctica del uso de la Terapia Cognitiva Conductual en los padres, los niños que sufren de TDAH y los maestros. Breve Descripción del Contenido: Haré una explicación sobre 1) Los esquemas y cómo los niños con trastorno de la atención no los forman o formándolos no saben cómo aplicarlos a la vida cotidiana. 2) Las necesidades generales de los niños con trastorno de la atención e hiperactividad 3) Incrementar la estructura en el entorno del niño y quitar lo irrelevante. 4) Programa de Terapia Cognitiva Conductual con los padres. 5) Intervenciones Conductuales con el niño: Técnica detente-piensaactúa, auto instrucciones, Aproximaciones sucessivas 6) Intervenciones Cognitivas Conductuales con el niño: Auto valía, reconocimiento de verdaderas necesidades, registro de pensamientos, experimentos conductuales, planes de acción. 7) Participación de los maestros: evitar ponerlo en ridículo, prevenir la llegada de situaciones límite, evitar los fracasos ante las pruebas, evitar un descenso injusto de notas, dar trabajos alternativos, cola borar en el uso de medicación, fomentar que el niño se sienta orgulloso de sus pequeños avances. 3 De Guayquil, Ecuador; [email protected] m Terapia Sexual, XII(1):2010 36 Evidências da eficácia da Terapia Cognitivo Comportamental no tratamento de transtornos de ansiedade Mariângela Gentil Savoia 4 Esta palestra tem por objetivo apresentar resultados de pesquisas sobre transtornos ansiosos por nós realizadas no Programa Ansiedade do HC – FMUSP, e no Centro de Atenção Integrada a Saúde Mental da Santa Casa de São Paulo, para que os participantes possam utilizar seus resultados na sua prática clínica. Ansiedade é uma experiência universal da espécie humana. É uma emoção desconfortável que os seres humanos experienciam em resposta a um perigo presente que os preparam para uma situação, emitindo comportamentos de esquiva, reduzindo ou prevenindo a ocorrência de situações semelhantes. Os transtornos ansiosos são uma condição na qual a ansiedade, como sintoma diretamente relatado ou observado, está anormalmente elevada ou é desproporcional ao contexto ambiental. São estados emocionais repetitivos ou persistentes nos quais a ansiedade patológica desempenha papel fundamental, causando sofrimento e/ou prejuízo no funcionamento cotidiano do indivíduo (profissional, pessoal), e que não se devem à presença de outros quadros clínicos. Dentre o s transtornos mentais são considerados os mais freqüentes na população. Transtorno de Pânico, Agorafobia, Fobias Específicas, Fobia Social, Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Transtorno de Estresse Pós-Traumático e Transtorno de Estresse Agudo. Cada um desses transtornos tem características diferentes, desencadeantes diversos, mas o tratamento combinado com Terapia Cognitivo Comportamental e farmacoterapia é o mais indicado para todos eles. As estratégias que combinam pro cedimentos farmacológicos com terapia comportamental cognitiva são consideradas as mais eficazes no tratamento dos transtornos de ansiedade pela maioria dos pesquisadores. A Terapia Comportamental Cognitiva é reconhecida como a mais eficaz dentre as abordagens psicoterápicas para tratamento psicológico do TP, pois utiliza-se de uma série de procedimentos previamente testados e bem-sucedidos. É o tratamento de escolha para não respondedores a farmacoterapia, e para a descontinuação da medicação e gestantes. As diferenças podem não ser aparentes ao final do período de tratamento mas o tratamento psicológico apresenta vantagens no follow -up. A TCC em grupo pode ser efetiva na redução de sintomas de Transtorno Obsessivo Compulsivo. A inclusão dos familiares traz vantagens adicionais. A TCC comparada com lista de espera e discussões em grupo (sobre tópicos de preocupação) apresentou diferenças 4 AMBAN (Programa Ansiedade) Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Brasil Terapia Sexual, XIII(1):2010 37 significativas após o tratamento com pacientes com diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada. Os ganhos dos pacientes se mantiveram em 2 anos de follow -up. Com corpo de conhecimento validado empiricamente, a TCC propicia uma contribuição importante ao conhecimento das psicoterapias, pode ser aplicada tanto para atendimento de patologia psiquiátrica , O comportamento é visto como resultado da interação organismo e ambiente Com objetivos claros acompanhados de uma boa análise topográfica da situação define -se os fatores desencadeantes e mantenedores da situação problema observando as relações de contingências e manipulação das mesmas proporcionando melhor resultado terapêutico Pesquisas desenvolvidas no Programa Ansiedade com TCC abordando temas como adesão a tratamento, desencadeantes psicossociais, inclusão de familiares e estratégias terapêuticas serão apresentadas no decorrer desta palestra. PENSAMIENTO IRRACIONAL Y LOCUS DE CONTROL EN SUJETOS CON INTENTO DE SUICIDIO 5 Dr. Arturo Heman Contreras El suicidio y el intento de suicidio son fenómenos multifactoriales que han impactado dentro de la salud mental de nuestro país. El abordarlos a partir de sus factores internos (cognoscitivos) se hace cada vez más necesario para su estudio, comprensión y prevención. Los estudios reportan que los individuos con locus de control externo y con un contenido de pensamiento irracio nal son más propensos a cometer un acto suicida que los de locus de control interno. Se llevó a cabo un estudio para determinar las características cognoscitivas de locus de control y pensamiento irracional en un grupo de sujetos con intento de suicidio y compararlos con un grupo control. Los resultado arrojan que los sujetos con intento de suicidio son más irracionales y con mayor locus de control interno que el grupo control. Se discuten los resultados en términos de su importancia clínica y de investigación Descriptores: suicidio, intento de suicidio, locus de control, pensamiento irracional. 5 Instituto de Terapia [email protected] Cognitivo Conductual en México; e-mail Terapia Sexual, XII(1):2010 38 COMO ENFRENTAR LAS SITUACIONES DE INSATISFACCION EN LAS RELACIONES DE PAREJAS Guillermo Rodríguez 6 Definimos a la pareja como una relación de personas dispuestas a compartir afecto, sexo, expectativas e intereses por un tiempo determinado. Esta definición toma en consideración variables temporales y psicológicas en el funcionamiento operativo de la pareja como tal. Es decir, la permanencia o mantenimiento de sus integrantes dependerá del grado de satisfacción que se sienta dentro de la relación. La pareja vive en permanente recepción de estímulos sociales, otras personas y situaciones que pueden llevarle a modificar parte del repertorio conductual que le hizo iniciar la relación. Cuando este ocurre, se hace necesaria la implementación de un repertorio conductual nuevo o modificado, para posibilitar el mantenimiento de la relación. Nuestra experiencia como consultante de pareja nos enseña que una vez manifestado el estado de insatisfacción por uno de los integrantes de la pareja, se hace imprescindible la elaboración de un balance o inventario de las conductas y actitudes emitidas cotidianamente, el cual nos servirá para la elaboración del nuevo repertorio que se h a de poner en funcionamiento. Una vez que la pareja acude a la consulta y previa información que el terapeuta no va decidir por ellos, se dan los criterios para la elaboración del balance o inventario conductual que la pareja esta emitiendo en su relación cotidiana. Se desea saber: 1. Cuales son las conductas del otro que mas le agradan o satisfacen. 2. Cuales las que no. 3. De las que no, cuáles podría tolerar y bajo que condiciones. 4. Como le gustaría ser tratado su pareja, excepto en el área sexual. 5. Área sexual: Cuál es la frecuencia coital real. La calidad, la variabilidad. 6. ¿Cómo soy ¿ Cuáles son en la actualidad mis : virtudes, defectos , temores, rencores, frustraciones y expectativas. Estas preguntas deberán ser respondidas fuera de la consulta, en forma individual y sin influencia de otras personas. Una vez respondidas, deberán ser intercambiadas sin pedir ni dar explicación. Cada integrante se limitara a leer y a pensar en lo que el otro respondió. Esta condición de 6 Coordinador - Núcleo Aragua - Venezuela Centro de Investigaciones Psiquiatrica, Psicológicas y Sexológicas de Venezuela Primer Vicepresidente de ALAMOC Correo: [email protected] m Terapia Sexual, XIII(1):2010 39 no pedir ni dar explicación se considera fundamental para la asistencia o consultas sucesivas. Cuando ya se ha efectuado el intercambio, se inicia en la consulta, la evaluación del proceso, destacando primeramente aquellas conductas de agrado o satisfacción manifestado por los miembros de la pareja . Conjuntamente se le informa y explica los conceptos de reforzadores, reforzamientos y las técnicas de aprendizaje en la adquisición y mantenimiento de conductas. En nuestra experiencia como terapeutas nos hemos encontrado que muchas parejas no saben expresar ni reforzar la conducta del otro. Ante una situación de agrado no son capaces de señalarla ni mucho menos de destacarla, la callan, no reconocen ni dan manifestación afectiva, así como tampoco de los esfuerzos o destrezas del que las emite. Pero en caso de insatisfacción o malestar, la expresan con prontitud. Es importante apuntar que el proceso terapéutico debe iniciarse tratando primero las conductas que producen agrado o bienestar en la pareja. Las otras conductas de desagrado o de negociación ten drán que tratarse posteriormente. En ocasiones una intervención rápida de las conductas o situaciones gratificantes neutraliza o suspende momentáneamente las conductas inadecuadas. Dentro de la terapia de pareja hay que enfrentar y tratar todos los problemas, no se deben dejar de abordar ninguno de ellos por difícil que sea, el solo hecho de abordarlo permite una descarga emocional importante. Dentro de una pareja cada integrante como persona, puede tener sus propios necesidades y expectativas, las cuales tendrán que ser consideradas en la elaboración del nuevo repertorio de reforzadores. Lo que se busca y aspira a través del trabajo terapéutico es el mantenimiento y consolidación de la pareja como relación operativa . El nuevo repertorio a implementar debe abarcar diferentes escenarios o situaciones, pudiéndose ubicar en distintos lugares y actividades realizadas: En el hogar, en el trabajo fuera de la casa, en cuanto a relaciones con familiares y amigos y en cuanto a conductas sexuales y coital. Como dijimos anteriormente la implementación de un nuevo repertorio conductual puede emitir unos exitosos inicios terapéuticos de la pareja, las otras conductas de insatisfacciones o de negociación explorados en el inventario- balance inicial, se debe tratar utilizando un diseño de modificación de conductas que permita la utilización de técnicas de extinción y/o debilitamiento de esas conductas no operativas. Terapia Sexual, XII(1):2010 40 INTERCULTURALIDAD EN EL PROCESO PSICOTERAPÉUTICO: VISIÓN COGNITIVA Dr. Edgard Fernando Pacheco Luza7 Justificación: Una de las preocupaciones en la aplicación del modelo terapéutico cognitivo conductual considerando las variables socio culturales, ha sido integrar la formulación de caso y el diseño de tratamiento. En la práctica clínica, nos hemos encontrado con un conjunto de particularidades con respecto a problemas complejos de la vida cotidiana de los pacientes, quienes tienen una forma de percibir el mundo y sus interacciones tienen peculiaridades muy distinta a la percepción del hombre en occidente, por esto es de particular interés en las aplicaciones en la terapia cognitivo conductual la práctica de la misma y cómo es que se fundamenta teóricamente en su aplicación en las zonas andinas de Latinoamérica. Es de particular interés los modelos de toma de decisiones clínicas que faciliten al terapeuta la aplicación ideográfica de la práctica clínica, que debe estar fundamentada en un conjunto de informaciones nomotéticas que responden a una propia identidad socio cultural, puesto que los hombres perciben el mundo tal y como son sus propios esquemas cognitivos, sustentados en la asimilación de estos en su ambiente y su propia cultura. Las intervenciones clínicas con base empírica exigen generar protocolos de intervención que sean eficaces, que respondan a su propia realidad orientados hacia un modelo de calidad de vida y satisfacción productiva hacia el desarrollo como personas en un mundo cambiante y globalizado. Objetivos: Considerar en los tratamientos psicoterapéuticos aspectos socioculturales propios de un contexto en particular. Sensibilizar a los psicólogos de la importancia que tienen los aspectos de interculturalidad en los procesos psicoterapéuticos. Identificar las principales variables intervinientes propios de los esquemas cognitivos que pueden favorecer o entorpecer el proceso psicoterapéutico. Descripción del contenido: En todo el mundo los problemas psicológicos responden a múltiples variables, la razón misma de que sean válidas diferentes enfoques teóricos, nos permite comprender la naturaleza multifactorial de 7 Universidad Andina del Cusco Perú; ALAMOC [email protected]; Dirección: Av. Confraternidad 226-A Wanchaq Cusco Perú. Teléfonos: 51-84-260238 / 51-84-984992727 / 51-84-984751935 – Tesorero; Terapia Sexual, XIII(1):2010 41 la conducta humana. Y dentro de estas variables los componentes psicosociales son determinantes en el resultado que permita el éxito de tratamiento. Por esta razón, se hace imperativo comprender la naturaleza y las particularidades, de la manera que las personas conciben el mundo y la naturaleza, su existencia y sus vínculos con los demás, para desarrollar protocolos de atención ajustados a su realidad y de esta manera responder efectivamente a sus problemas y sus necesidades. De hecho la terapia cognitivo conductual por su flexibilidad y multiplicidad de aplicación se ajusta exitosamente en el tratamiento de los problemas psicológicos del hombre andino. El poblador latinoamericano con raíces andinas herederos de una cultura viva y trascende ntal como fue el imperio Inca, desde edades tempranas se ha visto orientado a la integridad de la vida en función de la naturaleza. La creencia y la fe es el eje fundamental de esta integridad trascendental, forma particular de percibir el mundo por medio de los cuales establece sus esquemas cognitivos. Otorga a la naturaleza una capacidad de visión y direccionamiento de la existencia en el pasado, presente y futuro. A partir de esta percepción surge la necesidad de adaptar las creencias irracionales en función de sus propias creencias que les otorgan equilibrio entre las necesidades, su vida y la naturaleza. Integrando en la terapia cognitivo conductual estrategias de orden cultural, es necesario considerar en el poblador andino los significados que otorga a la vida y el "mundo", donde nosotros habitamos y existimos como seres humanos, todo ser humano estructura su pensar, su ser y su hacer desde dos elementos sustanciales: el ethos y la visión del mundo. Entonces en toda mentalidad de los seres humanos coexisten el logos y el mito. En esa imagen hay componentes de sacralización de la naturaleza y productos rituales mágico -utilitarios que vienen a ser símbolos y prácticas para sus propias alternativas de intervención ante sus problemas cotidianos. En el plano mágico -utilitario están las creencias en las "huacas" y la búsqueda de seres sobrenaturales para que cumplan un beneficio. En las aplicaciones de la terapia cognitivo conductual integramos en nuestras técnicas aspectos peculiares de la manera de pensar, en la dinámica funcional de sus esquemas cognitivos consideramos las manifestaciones como elemento sustancial los rituales propios de los hábitos de vida que ocurren en el “pacha” donde el tiempo y el espacio no existen, el pacha es el micro cosmos, el lugar particular y específico donde uno vive. Es la porción de la comunidad de la “sallqa” o naturaleza, en la que habita una comunidad humana, criando y dejándose criar, al amparo de un cerro tutelar o “Apu” que es miembro de la comunidad de huacas o deidades. Pacha es la colectividad natural local, que, como todo en el mundo andino, se recrea continuamente. La pachamama (madre tierra), cada año concibe fecundada por el sol quien junto al agua fecunda la Terapia Sexual, XII(1):2010 42 tierra y brinda sus frutos básicos para la subsistencia del pueblo. Es lógico entender que el pensamiento mágico del poblador andino este orientado hacia la veneración y la íntima vinculación con la tierra, “todo viene de ella” la felicidad y la alegría se asocia a la riqueza que la tierra brinda, la prosperidad y la pobreza se unen a la naturaleza. La conceptualización psicológica de la salud, la enfermedad o el daño, se asocia directamente al procesamiento de la información meta cognitiva en la manera de cómo enfrenta el poblador andino estas experiencias a nivel individual como representación mental, los aspectos culturales asociados a ella, los significados del concepto enfermedad, la construcción y representación social y los aspectos simbólicos tienen que ir directamente asociados a la conducta y la salud . Para la cosmovisión andina la mente y el cuerpo es una unidad, mientras que para la cosmología occidental tradicionalmente se prioriza el cuerpo en función de la enfermedad y se deja de lado lo psicológico restándole la importancia que realmente tiene. Psicoterapia Analítico-Funcional – PAF Sonia Beatriz Meyer8 A Psicoterapia Analítico-Funcional proposta por Kohlenberg e Tsai (1991) tem como fundamento teórico o Behaviorismo Radical, e está baseada em dois princípios básicos de aprendizagem. O primeiro princípio é que “a modelagem direta e o fortalecimento de repertórios comportamentais mais adaptativos através do reforço são centrais no tratamento analítico-comportamental” e o segundo princípio é “uma das características bem conhecidas do reforçamento é que quanto mais próximo das suas consequências (no tempo e no espaço) um comportamento estiver, maiores serão os efeitos deste processo” . Para estes autores o cliente pode apresentar durante a interação com o terapeuta comportamentos que são clinicamente relevantes, chamados de CCRs. Os comportamentos apresentados em sessão que deveriam diminuir no decorrer do processo terapêutico, os comportamentos problemas, são chamados de CCR1. Os comportamentos que deveriam aumentar de frequência e intensidade, ou seja, os comportamentos de melhora do cliente são chamados de CCR2. E há uma terceira categoria de comportamentos que seria o próprio cliente analisar funcionalmente seus comporta mentos, chamada de CCR 3. 8 USP – Brasil; [email protected] Terapia Sexual, XIII(1):2010 43 Para se identificar um CCR no momento em que ele ocorre o terapeuta deve questionar o cliente sobre o que está ocorrendo na sessão. “A PAF centraliza sua avaliação em uma questão-chave, que o terapeuta continuamente pergunta ao cliente durante o tratamento: “Isto está acontecendo agora?”, “isto” referindo-se ao CCR1. Algumas variações possíveis: “Como você se sente, agora, a seu próprio respeito?”, “Neste exato momento você está se afastando?”, “O que acabou de acontecer se parece com o que fez você buscar atendimento?”, “A dificuldade que você teve de expressar seus sentimentos agora é a mesma que você tem com sua mãe?”, “O que você sente agora... é semelhante à ansiedade de se expressar verbalmente que te fez buscar terapia?” . A forma como o cliente se comporta na sessão provavelmente é a forma como se comporta em outros contextos se o ambiente clínico for funcionalmente semelhante àquele fora da clínica. Os comportamentos dos terapeutas que possibilitam essa semelhança são evocar, observar, reforçar e interpretar comportamentos dos clientes através de funçõe s discriminativas, eliciadoras e reforçadoras. A PAF “se ajusta muito bem a clientes que não obtiveram uma melhora adequada com as terapias comportamentais convencionais e àqueles que têm dificuldades em estabelecer relações de intimidade e/ou têm problemas interpessoais difusos”. Desde seu desenvolvimento até os dias atuais diversas pesquisas foram realizadas para estudar a eficiência e a eficácia da PAF, bem como seu mecanismo de funcionamento. Algumas destas pesquisas desenvolvidas também serão relatadas . La relación terapéutica en los Trastornos Sexuales Lic. Adriana Martínez 9 En todas las orientaciones en psicoterapia existe acuerdo en que la relación terapéutica es un factor fundamental en el proceso psicoterapéutico. El vínculo terapéutico no sólo e s un medio para obtener y manejar la información sustantiva del paciente, para realizar las hipótesis y estrategias de tratamiento, sino también, constituye la clave para “producir el cambio”. En las investigaciones sexológicas se hace hincapié en los aspectos técnicos del tratamiento. Existe acuerdo en los focos de actuación por ej. en la importancia de la técnica de psicoeducación, manejo de la ansiedad, prohibición de coito, etc. Muchas intervenciones dan importancia a los factores biológicos y a los hábitos sexuales tendientes a mejorar la performance sexual, sin la integración de los 9 Presidente de SUAMOC – Sociedad Uruguaya de Análisis y Modificación del Comportamiento; Docente supervisora; Doctorando en Psicología (UFLO); [email protected] m Uruguay Terapia Sexual, XII(1):2010 44 demás aspectos. Partiendo del concepto de la multiplicidad de factores intervinientes en el mantenimiento y vulnerabilidad de las disfunciones sexuales, este trabajo trata de reflexionar sobre las características del terapeuta que repercuten positivamente en el tratamiento, considerando las diferencias de género. Las habilidades y el perfil psicológico del terapeuta son facilitadores en la relación con el paciente, tanto como los aspectos técnicos que están implicados. Se abordan las características del terapeuta que impactan en la eficacia del tratamiento como: la competencia, flexibilidad, el conocimiento de sí mismo, el positivismo y los valores. En suma de acuerdo con Semerari (2000) los terapeutas debemos considerar que tanto los procesos cognitivos, como las estrategias de intervención y la relación terapeuta -paciente, constituyen un todo inseparable, y que, todos juntos, hacen al cambio. Educación, Valores y Calidad Humana Lic. Gladys Aldana Primo 10 JUSTIFICACIÓN: Hablar de educación en valores es reconocer que su enseñanza y aprendizaje importa y concierne a la familia y a los educadores, como primeros agentes formadores y socializadores del ser humano. Debido a los periodos sensitivos para su aprendizaje, su educación y enseñanza datan desde los primeros años de vida de todo ser humano; sin embargo actualmente este tema se ha constituido en un problema que desde los hogares ha sido delegado a los educadores, tema que t ienen que afrontar en su cotidiana tarea escolar. OBJETIVO: Esta conferencia intenta motivar la acción educativa como aspecto fundamental de la educación, con el compromiso de la comunidad educativa para mediar en el crecimiento personal fundado en los valores, así como rescatar sugerencias didácticas, algunos modelos prácticos para la transmisión y conservación de los valores en nuestros estudiantes. DESARROLLO Para ello se tomará en cuenta que toda sociedad esta envuelta de “fuerzas disgregadoras” (que rompen, que molestan) y “fuerzas convivenciales” (que permiten la convivencia, el respeto), de esta manera la educación en valores se relaciona directamente con la convivencia escolar. Visto de esta manera, se puede decir que la educación en valores es enseñar a vivir y Aprender a vivir, ello implica resumirla en cuatro: aprender a ser, aprender a convivir, participar y habitar el mundo. 10 Universidad San Martin de Porres, Perú Terapia Sexual, XIII(1):2010 45 Aprender a vivir, depende del saber enseñar a vivir, y esta labor depositada en los educadores implica de lleno educar que es uno de los principales principios de la educación en valores, no podemos confundir educar para la libertad con el simple respeto a la libertad o a la espontaneidad, la ausencia de normas, criterios y renuncia al establecimiento de pautas de referencia que ayuden al educando a construirse en forma equilibrada integral y autónoma. Resaltar el importante papel de los padres en la educación de valores en sus hijos, y brindar estrategias por que ésta se da desde antes que en la escuela y posteriormente en forma paralela a ella. RESULTADOS: Educar en valores no se alcanza sólo a través de las vías racionales, son de fundamental trascendencia las dimensiones emocional y volitiva de la persona; por lo tanto trabajar valores implica fortalecer la voluntad. En la escuela educar en valores requiere de la pasión por una idea, diseñar actividades, prácticas o proyectos para llevarlos a la práctica, en los que se contemple el afecto, diálogo, cooperación, y creación de un medio educativo que agrupe la suma de todas la s prácticas, que deben estar bien diseñadas, relacionadas, organizadas, secuenciadas. CONCLUSIONES: Reconocer que educar en valores es tarea de todos los agentes socializadores, y la labor en los centros educativos es tarea de todos los componentes de la comunidad educativa, siendo un reto para los educadores no solo educar en valores a sus alumnos sino que desde esta llegar al hogar para fortalecer la unidad familiar y por ende el desarrollo y crecimiento de sus integrantes. Terapia Sexual, XII(1):2010 46 Oficinas/Talleres Modificando emociones y conductas a través del Debate Cognitivo Lic. Ps. María Esther Lagos11 Lic. Mariela Golberg12 La modificación cognitiva, con sus diferentes formas de debate, constituyen una de las técnicas más difíciles de instrumentar en la práctica clínica. El objetivo del Taller es el de generar instancias de discusión de casos clínicos sobre los cuales, utilizando técnicas del rol playing, los participantes puedan debatir, utilizando diferentes tipos de técnicas, las ideas planteadas por los “pacientes” Previo a este trabajo se realizará una breve exposición de las diferentes técnicas de modificación cognitivas: CUESTINAMIENTO SOCRÁTICO EXPERIMENTOS CONDUCTUALES CONTINUM COGNITIVO DRAMATIZACIONES RACIONAL- EMOCIONAL UTILIZACIÓN DE LOS DEMÁS COMO PUNTO DE REFERENCIA ACTUAR COMO SI EXPRESION DE LA PROPIA EXPERIENCIA USO DEL HUMOR RESOLUCION DE PROBLEMAS TOMA DE DECISIONES Posteriormente, previo modelado de los docentes coordinadores, se trabajará sobre casos clínicos en la que los participantes realizarán diferentes tipos de debates cognitivos con técnicas de rol playing. Sensibililzar y trabajar a partir de casos clínicos . Taller de DEBATE COGNITIVO Fundamentación: Las emociones perturbadoras que aquejan a nuestros pacientes muchas veces suelen estar causadas por su forma particular e inadecuada de procesar las situaciones, hechos y/o comportamientos de terceros. El Debate Cognitivo es una estrategia fundamental de nuestro modelo de intervención para modificar esas formas de interpretar la realidad. El objetivo principal del mismo es modificarlas para logar que se produzca un cambio emocional que favorezca el bienestar y permita manejar de manera más productiva las situaciones de su vida. 11 Post.Gº en Psiconeuroinmunoendocrinología; Presidenta de la Federación Latinoamericana de Psicoterapia; Psicoterapeuta Cognitivo Conductual y Supervisora Clínica de SUAMOC; 12 Mag. en Psicoterapia Cognitiva, Vice Presidenta de APICSA; Psicoterapeuta Cognitivo Conductual y Supervisora Clínica de SUAMOC; Terapia Sexual, XIII(1):2010 47 Sin embargo, a pesar de lo valiosas y efectivas que han probado ser estas estrategias de intervención, frecuentemente los terapeutas utilizamos un repertorio restringido de las mismas. El objetivo del taller es fortalecer a los participantes en el uso de estas herramientas, trabajando sobre casos reales, situaciones “difíciles” o sobre lo que los asistentes planteen para resolver. Desarrollo el Taller: a.- exposición teórica y evacuación de dudas sobre el uso de las técnicas. b.- discusión sobre viñetas de casos clínicos y tipos de debate c.- rol playing de casos y viñetas de casos clínicos reales, para ser manejados por los participantes. d.- plenario y cierre. Musicoterapia Wolpe (1969, p.56), escreve: “ Uma vez que o paciente não tenha tido opção de se transformar no que ele é, torna-se incoerente culpá-lo pelo fato de que ele tenha se tornado um ser errôneo (aceitar a deficiência). O terapeuta comportamental não corrige, portanto, seu paciente, mas pelo contrário, se empenha para desalojar qualquer sentimento de culpa que o condicionamento social possa ter introduzido e que possa ter sido aumentado por afirmações feitas por amigos, parentes e terapeutas anteriores. Ele capacita o paciente a perceber que suas reações desagradáveis são devidas a hábitos emocionais que ele não pode evitar; que eles não têm nada a ver com “fibra moral” ou sua relutância em ficar bom”. Musicoterapia é a utilização da música, ou de seus elementos (melodia, som, ritmo e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, com o objetivo de promover mudanças positivas físicas, mentais, sociais e cognitivas em uma pessoa, ou grupo de pessoas, com problemas de saúde ou de comportamento. O musicoterapeuta avalia o estado emocional, físico, comportamental, comunicativo e habilidade cognitiva através de respostas dadas pela música. O paciente não precisa te r nenhuma habilidade musical para se beneficiar do tratamento e não existe um estilo particular de música que é mais terapêutico que os outros. Diversas técnicas diferentes relacionadas ao campo de aprendizagem, isto é, aprender com um propósito específico, a saber, tratamento clínico e mudança, são às vezes, agrupadas em conjunto como Modificação comportamental. Terapia Sexual, XII(1):2010 48 O musicoterapeuta clinico exige uma sólida compreensão dos princípios de comportamento, uma habilidade refinada para analisar, criticar e escolher alternativas, necessitando extensa criatividade na elaboração de procedimentos.Esta abordagem envolve a criação, seleção e improvisação de música idiossincrática para as necessidades específicas de lidar com o comportamento cada paciente. Observando a música como um elemento reforçador vimos alguns procedimentos de modificação comportamental, baseados na crença de que o comportamento humano é primordialmente uma função dos estímulos ambientais externos e interação social, enfatizam os efeitos de recompensa e manipulação dos estímulos ambientais no seu controle. Acredita-se que o comportamento seja um resultado de suas conseqüências, isto é, o que reforça um organismo é o que, tendo acompanhando uma resposta, aumenta a probabilidade de ocorrência da resposta no futuro (Ruud, 1990). Existem vários motivos pelos quais a música tem condições de ser eficaz como um elemento reforçador. Um motivo importante é que, diante das possibilidades ilimitadas nas quais a música pode ser disposta e apresentada, ela tem meios de alcançar o maior número de pessoas e motiva-las por um período mais extenso. Pode-se concluir que a utilização dos princípios de modificação comportamental (assim como todas as técnicas), determina de alguma forma, parcialmente, a escolha de objetivos na musicoterapia. Os princípios de modificação comportamental podem geralmente ser utilizados na modificação de todas as espécies de comportamento. Presumindo-se, no entanto, que o comportamento espontâneo, “eu -real” ou “presença”, é algo necessá rio por parte do terapeuta para que se inicie um processo de crescimento dirigido ao comportamento “eu -real” do paciente. Referencias Bibliográficas Madsen, CK & Madsen, CH Jr., (1968). “A música como um comportamento técnico de modificação de um delinqüente juvenil”. JM & Prickett, CA (Eds). Investigação em Musicoterapia: Uma tradição de excelência – Journal of Music Therapy (pp. 585-590). Silver Spring. JM & Prickett, CA (Eds.). Investigação M. National Association for Music Therapy, Inc.,1994. Ruud, Even. Caminhos da Musicoterapia. São Paulo, Summus, 1990. Skinner, F. Burrhus. Sobre o Behaviorismo. Trad. Maria da Penha Villalobos. São Paulo: Cultrix/Universidade de São Paulo, 1981. Ciência e comportamento humano. Trad. João Carlos Todorov e Rodolfo Azzi. 10 ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998. Terapia Sexual, XIII(1):2010 49 Terapia Cognitivo Conductual en sujetos con Intento de Suicidio Dr. Arturo Heman Contreras13 El intento de suicidio es un fenómeno multifactorial que cada vez está mas presente en nuestra sociedad y en nuestra vida diaria y que dentro del campo de la salud mental representa un problema a resolver. Cada acto suicida se inicia en la mente del individuo y es ahí donde debemos acudir si queremos compre nder y enfrentar este fenómeno. Estudios de investigación clínica, sistemáticamente han identificado que los procesos cognitivos de los sujetos con intentos de suicidio se caracterizan por una percepción negativa e irreal sobre sí mismas, su mundo y su futuro, una sensibilidad a multitud de reacciones incluyendo los sentimientos de pérdida o de abandono y de sentimientos de desesperanza en conjunción con la idea de que las dificultades de la vida son inaguantables, se piensan incapaces de resolver sus problemas, por lo que reflejan un empobrecimiento de sus habilidades en donde aplican métodos incorrectos y poco sofisticados para resolver problemas llevándolos a crear ideas y pensamientos suicidas. Por lo que la necesidad de implementar programas de intervención dirigidos a estas características cognitivas cada vez es mas necesaria para estimular habilidades de manejo que permitan debilitar los aspectos negativos y enriquecer los procesos positivos para con ello reducir la probabilidad de un acto suicida futuro. Análise Aplicada do Comportamento: intervenção comportamental e de linguagem Cintia Pérez Duarte Renata de Lima Velloso Os Transtornos do Espectro do Autismo apresentam comprometimentos muito característicos: prejuízos severos de interação social, de comunicação e de comportamento. A diferenciação nestes quadros está na intensidade dos desvios de linguagem, comportamento, déficits cognitivos e interação social. A adequada avaliação destes aspectos é fundamental, uma vez que auxilia no diagnóstico diferencial e direciona uma intervenção adequada. A Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavioral Analysis - ABA) refere-se ao processo ordenado de aplicação de intervenções que resultam na modificação do comportamento. Uma intervenção baseada nos princípios de ABA inclui o planejamento, implementação e avaliação 13 Instituto de Terapia [email protected] Cognitivo Conductual - México. e-mail - Terapia Sexual, XII(1):2010 50 das modificações ambientais, de forma a produzir melhoras significativas do comportamento humano. A Análise Aplicada do Comportamento desenvolve centenas de pesquisas que ajudaram a construir uma ampla variedade de habilidades importantes na redução de problemas de comportamento em indivíduos com autismo e outros transtornos do desenvolvimento e aprendizagem. As intervenções ocorrem em uma variedade de ambientes, tais como nas escolas, residências, clínicas e hospitais. O ensino de novas habilidades de linguagem, sociais, acadêmicas, recreativas, além do enfraquecimento de comportamentos auto-agressivos e estereotipados, te m sido o foco das intervenções. A intervenção ABA não é um conjunto de programas formatados e prontos para serem aplicados em todas as pessoas da mesma forma. Ao contrário, as etapas da intervenção são delineadas para cada pessoa individualmente a partir de suas necessidades, interesses, preferência e contexto familiar. Desta forma, um programa ABA elaborado para uma pessoa tende a ser bastante diferente do de outra, entretanto, ap resenta características comuns. A ABA possui eficácia na construção e desenvolvimento de um grande leque de competências importantes para o cliente, bem como no enfraquecimento de problemas comportamentais quando necessário. Além da elaboração de um currículo individualizado, a equipe que trabalha com o aluno é habilitada e supervisionada continuamente, e pais e professores são preparados pela equipe para a implementação dos procedimentos nas residências, escolas e comunidade de modo a proporcionar um atendimento integral à pessoa. Gestorpsi - Registro De Prática Profissional E Prontuários Eletrônicos Prof. Ms. Oliver Zancul Prado 14 O GestorPsi nasceu da demanda pela criação de um sistema informatizado com desenvolvimento de métodos padronizados para: O registro de informações decorrentes da prestação de serviços profissionais e avaliação de resultados. O sistema pode ser utilizado em diversos ambientes profissionais, desde consultórios isolados até estabelecimentos complexos como centros de psicologia aplicada (CPA). O projeto foi desenvolvido após extensa pesquisa realizada em diversos CPAs de universidades públicas e privadas como também no funcionamento de estabelecimentos privados de psicologia. 14 http://www.gestorpsi.com.br/ Terapia Sexual, XIII(1):2010 51 O GestorPsi é softw are livre sendo que seu uso também é comercializado como um serviço através da web. Além de atender diversos requisitos normativos de segu rança o sistema também contempla as novas regulamentações do Conselho Federal de Psicologia relacionado a obrigatoriedade do registro documental decorrente da prestação de serviços psicológicos. O projeto teve apoio da FAPESP. Terapia Sexual, XII(1):2010 52 Mesas Redondas VULNERABILIDAD COGNITIVA PARA LOS TRASTORNOS DE PANICO Dina Figueroa15 Sabemos que los trastornos emocionales han afectado negativamente a la humanidad desde el inicio de la historia, hoy en día, éstos se encuentran en el rango superior de cualquier lista de las enfermedades mentales más devastadoras en la sociedad occidental. (Rovner, 1993). El enorme impacto que genera en la sociedad ha provocado un gran esfuerzo para buscar sus causas planteándose diferentes teorías y modelos explicativos. El presente trabajo pretende evaluar los principios básicos de los modelos cognitivos de los trastornos emocionales: específicamente los Trastornos de Pánico, incluyendo el concepto de mediación cognitiva y la interacción de vulnerabilidad-stress, y características comunes del pro totipo del modelo de vulnerabilidad cognitiva, evaluados a través de casos clínicos. Sabemos, que la ansiedad es una cualidad innata, mecanismo de adaptación que prepara a los seres humanos para la acción y los protege de la amenaza anticipada. Desafortunadamente, este "Sistema de alarma" puede llegar a provocar “una m ala adaptación” cuando se ha disparado por exceso de períodos de tiempo, en situaciones que se sabe que son inofensivos, o sin motivo (Hoehn-Saric y McLeod, 1988). Existen investigaciones que reportan revisiones de los primeros modelos cognitivos del trastorno de pánico poniendo énfasis en los procesos cognitivos que pueden hacer una vulnerabilidad individual para el desarrollo del trastorno de pánico. Schmidt and Woolaway-Bickel proponen la idea general de que ciertos tipos de experiencias desagradables pueden participar en el desarrollo inicial de los factores de vulnerabilidad cognitiva. El modelo propone que existes tres factores distantes de vulnerabilidad cognitiva interrelacionados entre sí y que han recibido apoyo empírico: a) La sensibilidad de la ansiedad, b) la previsibilidad y las creencias de control, información y c) los sesgos de procesamiento. Además, también se incluye un factor llamado cogniciones catastróficas, que parece funcionar como una vulnerabilidad específica, cognitivo proximal de trastorno de pánico. El concepto de sensibilidad de la ansiedad se refiere a la medida que una persona cree que la excitación autónoma puede tener consecuencias de efectos dañinos (Reiss y McNa lly, 1985). Por ejemplo, las personas con alta sensibilidad a la ansiedad pueden creer que la falta del aliento señala asfixia o que las palpitaciones del corazón indican un ataque al corazón, mientras que los con baja sensibilidad de la ansiedad 15 Hospital Hermilio Valdizán – Lima-Perú - [email protected]éfono: 988116776 Terapia Sexual, XIII(1):2010 53 experimentan estas sensaciones como desagradables, pero no amenazadora. Es decir la mayor sensibilidad a la ansiedad va actuar como un factor mediador entre las experiencias de aprendizaje en la niñez y los ataques de pánico en la edad adulta. Existen datos que indican que el estresor específico de experimentar un ataque de pánico, así como factor de estrés en general contribuyen a incrementar a través del tiempo los niveles de Sensibilidad a la ansiedad, independientemente a la historia previa de pánico. (Schmidt, Lerew y Joiner, 2000) La previsibilidad y la controlabilidad de los acontecimientos aversivos es la percepción de eventos amenazadores imprevisibles e incontrolables que tiene la persona lo cual se cree que son los parámetros importantes que afectan a la generación de ansiedad y pánico. Los pacientes con trastorno de pánico reportan que tienen bajo control en relación con la regulación de sus experiencias emocionales; así como poca capacidad de control y muestran un sesgo preconsciente de la atención a la amenaza de palabras relacionadas. (McNally, Riemann y Kim, 1990). La información de los sesgos de procesamiento se subdividen en memoria de los procesos de atención (tanto consciente y pre -consciente) y prejuicios explícitos. Estos se cree que representan los procesos cognitivos básicos que puedan dar lugar a la generación y mantenimiento del trastorno. En este sentido es importante evaluar la relación recíproca entre estos procesos, porque en general los cambios cognitivos pueden estar relacionados y pueden ejercer alguna influencia en otros tipos relacionados con los procesos cognitivos. Por ejemplo, ver a un ser querido de forma inesperada morir de un ataque al corazón (evento adverso) es probable que va crear temores cardíaco (aumentar la sensibilidad de ansiedad), así como las creencias sobre la previsibilidad y el control sobre los acontecimientos aversivos. Estos cambios en las creencias también puede afectar el procesamiento de información para una amenaza relevante por ejm señales cardíacas. Las interrelaciones entre estas propuestas cognitivas y los factores de riesgo, es uno de los aspectos más especulativos del modelo, ya que hay relativamente pocos estudios que han examinado específicamente estas relaciones. Finalmente, aunque aún no hay pruebas s ólidas para apoyar la función cognitiva de las variables en el trastorno de pánico, el trabajo adicional considerable es necesario para identificar otros parámetros psicológicos, así como la interacción entre la los factores psicológicos, fisiológicos, genéticos e incluso en la patogénesis de la ansiedad. En un contexto algo más grande, es importante tener en cuenta parámetros cognitivos a la luz de la investigación biológica considerable en el trastorno del pánico. Terapia Sexual, XII(1):2010 54 PROTECCIÓN DE LA SALUD PSICOLÓGICA EN SITUACIONES DE EMERGENCIAS Y DESASTRES Dina Figueroa 16 Las dos últimas décadas del 80 y 90 se han caracterizado por el interés en desarrollar estrategias de intervención psicológica ante situaciones de emergencias y desastres a nivel mundial. Asimismo, se brinda mayor importancia al impacto psicológico que se genera tanto a la población afectada como a los equipos de primera respuesta; siendo los llamados “víctimas ocultas de los desastres”. El inicio de este año se ha visto marcado por sucesivos desastres que han provocado alerta y preocupación a nivel mundial. Los continuos hechos naturales que vienen afectando al mundo en estos primeros meses del año, han causado pérdidas de miles de vidas y destrucciones de muchas ciudades; ocasionando además grandes efectos de sobre la salud psicológica de los afectados. Los programas de salud en las emergencias se han dirigido básicamente a la atención médica inmediata, al problema de las enfermedades transmisibles, agua y saneamiento ambiental, así como los daños a la infraestructura sanitaria. Afortunadamente, en los últimos años, se ha comenzado a prestar atención al componente psicosocial presente en toda situación de gran adversidad. Esta atención no solo abarca la enfermedad psíquica, sino también otra gama de problemas como la aflicción, el duelo, las conductas violentas y el consumo excesivo de sustancias adictivas, entre otras. El Perú está permanentemente expuesto a los efectos de los fenómenos de origen natural, biológico y tecnológico. Su topografía y presencia de los diferentes factores climáticos hacen que la variabilidad climática, muchas veces sea alterada por oscilaciones interanuales (el Niño ó la Niña). Estas variaciones hacen que nuestro país sea vulnerable ante diferentes fenómenos hidrometerológicos, creando peligros en diferentes espacios y tiempo, como son: inundaciones, sequias, heladas, friajes, olas de calor y fenómenos extremos (lluvias intensas e inusuales en la costa, granizadas en los valles interandinos, vientos fuertes, terremotos, etc.) Dada la situación sísmica del Perú, debemos construir una conciencia de la prevención en los medios de comunicación y el sistema educativo, y conocer la importancia de las brigadas psicológicas. Es indudable que en situaciones de emergencia debe esperarse un incremento de reacciones emocionales intensas. La gran mayoría de estas manifestaciones son normales, pero la baja cobertura de los programas de salud mental en esta región no permite una identificación rápida, en caso de desastres, de las personas que requieren de un apoyo especial. La 16 Hospital Hermilio Valdizán – Lima-Perú - [email protected]éfono: 988116776 Terapia Sexual, XIII(1):2010 55 literatura disponible y la experiencia nos enseñan que el abordaje temprano de los problemas de salud mental es la mejor prevención de trastornos más graves que aparecen a mediano y/o largo plazo. Debe resaltarse, que los problemas psicosociales no deben calificarse como enfermedades, ya que la mayoría de ellos deben de entenderse como reacciones normales ante situaciones inesperadas de gran significación e impacto. Sin embargo, es necesario considerar que la carga traumática de una experiencia de desastres se considera que tiene repercusiones a corto y largo plazo, en la salud mental de los individuos afectados, estas reacciones patológicas se manifiestan posiblemente en todas o la mayoría de las víctimas y puede durar indefinidamente a menos que se les brinde un tratamiento oportuno. En estas circunstancias las necesidades de atención psicosocial son especialmente altas debido al estrés al que la población está sometida y a los traumas específicos de grupos con mayor vulnerabilidad. En este contexto, son muchos los países de América Latina y el Caribe que además presentan una baja capacidad de respuesta a los problemas de salud mental en situaciones de emergencia. En este contexto el Hospital Hermilio Valdizán viene desarrollan do un plan de intervención de Salud Mental en Emergencias y Desastres en base al cual ha podido realizar experiencias de intervención en diferentes eventos adversos a nivel nacional. Buscando como objetivo principal el poder brindar atención en salud psico lógica a las personas afectadas por las emergencias que se expresan como verdaderas tragedias o dramas humanos donde se desencadenan afecciones no solo a nivel de la salud física y las pérdidas materiales, sino también alteraciones y consecuencias psicológicas por el evento en cuestión. Asimismo, se hace necesario desarrollar un proceso de capacitación que permita elevar el nivel de resolutividad de los trabajadores de atención primaria en salud, socorristas, voluntarios y otros agentes comunitarios. Por todo lo anterior, se considera de crucial importancia el educar a las personas acerca de las reacciones psicológicas esperables ante desastres naturales, las que suelen ser desconocidas para la mayoría. Cuando ocurre un desastre, una intervención psicológica inicial suele brindar un espacio donde las víctimas puedan ser escuchadas y reciban palabras tranquilizadoras junto con ayuda práctica. En nuestro medio, el Hospital Hermilio Valdizán tiene una experiencia enriquecedora luego de las diferentes intervenciones que ha realizado ante los hechos adversos ocurridos en nuestro país durante la última década. Aunque puede parecer poco tangible, la misión de una brigada psicológica resulta fundamental para la recuperación de la población luego de tragedias como las ocurridas en nuestro país. Terapia Sexual, XII(1):2010 56 AMBULATÓRIO DE SEXOLOGIA: ATENDIMENTO PSICOLÓGICO INDIVIDUAL EM MULHERES COM QUEIXA SEXUAL Psicóloga Quetie Mariano Monteiro 17 O presente estudo pretende apresentar o atendimento psicológico individual em mulheres com disfunção sexual, encaminhadas para CRESEX (Centro de Referência e Especialização em Sexologia), do Hospital Peróla Byington, bem como as técnicas de psicoterapia cognitivo comportamental empregadas nestes atendimentos. As clientes são encaminhadas para o serviço de sexologia de diversos setores da rede pública de saúde e no serviço passam por triagem (avaliação médica e psicológica), grupo educativo e após e são encaminhadas para grupos de atendimentos psicológicos ou psicoterapia individual. O objetivo deste estudo é apresentar as técnicas de psicoterapia cognitivo-comportamental utilizada nos atendimentos individuais realizadas no ambulatório de sexologia, dentre elas destacam-se como técnicas gerais: relaxamento muscular progressivo, dessensibilização sistemática, parada de pensamento, distração cognitiva, autoverbalização emotiva, técnica do espelho, treinamento assertivo e reestruturação cognitiva e como técnicas específicas da terapia sexual: exercícios de kegel, autofocagem, dessensibilização masturbatória, fan tasias sexuais, focagem das sensações, coito não exigente, manobra da ponte e dessensibilização. Os atendimentos são realizados em doze sessões e após encaminhados para alta, ou realizado recontrato se necessário. Palavras chave: Atendimento ambulatorial, atendimento individual, disfunção sexual. MESA REDONDA 1 – RELAÇÕES FAMILIARES E DEPENDÊNCIA QUÍMICA O Tratamento da Família na Dependência Química Musicoter. Lourdes Aparecida Vigatto Rocha 18 O Trabalho apresenta as configurações de relações interpessoa is mais encontradas nas famílias de dependentes e indica a terapia familiar como um meio de interlocução entre seus membros entendendo o uso de álcool e outras drogas como uma tentativa de manutenção do equilíbrio familiar. A terapia familiar foi se desenvolvendo e tratando de muitas patologias. Percebia-se que conforme se instalava uma patologia num membro de uma família, por exemplo, uma esquizofrenia, se observavam “relações favorecedoras” desta patologia. Ao mesmo tempo passou -se a entender melhor o usuário de álcool e outras drogas e suas características 17 Especialista em Psicologia Hospitalar; Hospital Peróla Byington - São Paulo Brasil; [email protected] 18 [email protected] Terapia Sexual, XIII(1):2010 57 pessoais. Entender sua responsabilidade no processo do uso, do abuso e da dependência. O usuário passou a fazer parte da dança das relações familiares e não podia mais ficar confortável no papel de vítima ou de abusar do efeito químico da droga para justificar seus atos. Questões Que Envolvem a Co–Dependência Psic. Milena Izabel Rodrigues Baroni19 O conceito de co-dependência refere – se a viver ou manter contato muito próximo de uma pessoa que sofre de algum tipo de dependência e com isso se transformar em um “herói” para essa pessoa. Esse que geralmente é um familiar ou amigo do dependente, se envergonha da situação e tenta controlar a mesmo, assumindo responsabilidades que não são suas, despertando as sim os sentimentos de medo e culpa pela dependência do ente querido. Dependência essa que pode ser de álcool e drogas, jogo, filhos, pais, amigos, cônjuges, etc. Neste caso, falarei da co -dependência de álcool e drogas. O co-dependente se coloca a disposição do dependente e seus problemas, esquecendo suas próprias necessidades ou deixando para segundo plano, porque acha que esta ajudando o dependente. O co-dependente, depende da dependência do outro em relação a si mesmo. Fazendo com isso que o dependente continue na mesma posição, não assumindo as responsabilidades da sua própria vida e com isso ficam os dois na mesma, um dependendo do outro e ambos não assumindo suas responsabilidades. E, para mudar é importante que ambos estejam em tratamento. E no caso do co-dependente, tomando assim a sua própria vida de volta e deixando o dependente assumir as responsabilidades por seus próprios atos. A Importância Do Tratamento Com Familiares De Dependentes Em Internação Psic. Leda Felicio 20 Este trabalho tem como objetivo receber os familiares, acolher respeitosamente suas queixas, reconhecendo as dificuldades e procurando transmitir segurança quanto a possibilidade de mudança, despertando a motivação para o tratamento, bem como fornecendo informações básicas sobre álcool e outras drogas e sobre o tratamento, trabalhando a motivação destes familiares para um fortalecimento dos recursos já existentes como estratégias para aquisição da abstinência, orientando -os 19 20 [email protected] m.br Clinica Grand House Centro Biopsicossocial [email protected] Terapia Sexual, XII(1):2010 58 em como ajudar os pacientes que estão internados. Quando uma família descobre que um de seus entes queridos usa drogas a primeira coisa que fazem é negar o fato, achar que logo isso vai passar, depois quando percebem que a situação só piora, eles tentam proteger o dependente de uma forma que para eles é a certa, como por exemplo indo até o trafego e pagando suas dividas impedindo – o de se tratar porque na clínica é muito ruim de ficar, tomando para si toda a responsabilidade deste dependente e deixando também a sua própria vida de lado. Diagnóstico de Transtornos Invasivos do Desenvolvimento Cognição Social nos Transtornos do Espectro Autista Alessandra Aronovich Vinic21 Os Transtornos do Espectro Autista (TEA) são um grupo de condições caracterizadas pelo início na primeira infância de atrasos e déficits no desenvolvimento das habilidades sociais, co municativas e comportamentais. Pesquisas recentes vêm ressaltando a importância de se compreender os prejuízos na área da interação social como um aspecto determinante quando se estuda o endofenótipo deste grupo, e relacionadas diretamente a déficits na Co gnição Social. A Cognição Social é atualmente, um constructo que envolve diversas habilidades como: atenção compartilhada, empatia, reconhecimento de expressões faciais, inferências, antecipação, alexitimia, pretend play( faz-de-conta), falsa crença, entre outras. Ou seja, todas as ferramentas que possibilitam que o indivíduo perceba e decodifique os sinais sociais e possa emitir a resposta adequada no momento certo. Desta forma, avaliar as habilidades de Cognição Socia l, presentes ou não no paciente com TEA é uma forma de mapear os déficits no domínio social, e ter uma dimensão de onde deve pa rtir a intervenção a ser feita. Investigar e conhecer a Cognição Social nos TEA pode ser um caminho para buscar um prognóstico so cial mais favorável para pessoas com este quadro. E, além disso, uma forma de compreender como elas enxergam as relações sociais que os rodeiam, pensando que seu isolamento social é muito mais decorrência da falta de ferramentas, do que do desejo propriame nte dito de ficar num mundo próprio, imagem erroneamente ainda associada aos TEA. 21 Psicóloga formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especialista em Psicologia em Hospital Geral pelo Hospital das Clínicas - FMUSP; Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Terapia Sexual, XIII(1):2010 59 O objetivo desta fala será discorrer acerca da Cognição Social nos TEA e a importância da Avaliação como elemento de diagnóstico diferencial e norteador de intervenções, a pa rtir de pesquisas realizadas no programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e em publicações da área. Análise Aplicada do Comportamento e autismo. Cintia Perez Duarte22 Os Transtornos do Espectro Autista (TEA) apresentam comprometimentos muito característicos: prejuízos severos de interação social, de comunicação e de comportamento. A diferenciação nestes quadros está na intensidade dos desvios de linguagem, comportamento, déficits cognitivos e interação social. A Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavioral Analysis - ABA) refere-se ao processo ordenado de aplicação de intervenções que resultam na modificação do comportamento. Uma intervenção baseada nos princípios de ABA inclui o planejamento, implementação e avaliação das modificações ambientais, de forma a produzir melhoras significativas do comportamento humano. As intervenções ocorrem em uma variedade de ambientes, tais como nas escolas, residências, clínicas e hospitais. O ensino de novas habilidades de linguagem, sociais, acadêmicas, recreativas, além do enfraquecimento de comportamentos auto agressivos e estereotipados, te m sido o foco das intervenções. A intervenção ABA não é um conjunto de programas formatados e prontos para serem aplicados em todas as pessoas da mesma forma. Ao contrário, as etapas da intervenção são delineadas para cada pessoa individualmente a partir de suas necessidades, interesses, preferência e contexto familiar. Possui eficácia na construção e desenvolvimento d e um grande leque de competências importantes, bem como no enfraquecimento de problemas comportamentais quando necessário. Além da elaboração de um currículo individualizado, a equipe que trabalha com o aluno é habilitada e supervisionada continuamente, e pais e professores são preparados pela equipe para a implementação dos procedimentos nas residências, escolas e comunidade de modo a proporcionar um atendimento integral à pessoa. Esta fala terá como 22 Psicóloga, mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua com crianças com distúrbios de desenvolvimento e avaliação neuropsicológica de crianças com distúrbios de aprendizagem em consultório particular. É professora no curso de especialização em Psicopedagogia na Universidade Presbiteriana Mackenzie e nos cursos de especialização em Educação Especial e Distúrbios de Aprendizagem no CRDA. Terapia Sexual, XII(1):2010 60 objetivo discutir algumas possibilidades de atuação cons iderando este modelo de intervenção. Avaliação e Diagnóstico Espectro Autista de Linguagem nos Transtornos do Renata de Lima Velloso 23 Nos Transtornos do Espectro Autista (TEA) é de extrema importância a avaliação de linguagem, uma vez que nestes quadros este é um aspecto notadamente comprometido. Os TEA apresentam uma tríade de comprometimentos muito característicos: prejuízos severos na interação social, na comunicação (verbal e não-verbal) e ausência de atividades imaginativas, substituídas por comportamentos repetitivos e estereotipados. A diferenciação nestes quadros está na intensidade dos desvios de linguagem, déficits cognitivos e interação social, entre outras questões. As alterações de linguagem podem variar de acordo com o grau de severidade do quadro clínico, sendo de grande importância para o prognóstico nestes quadros. Portanto, a adequada avaliação de linguagem nos TEA é fundamental, pois auxiliará no diagnóstico e proverá um adequado planejamento de intervenção, tendo como conseqüência melhor evolução do caso. Devem-se estabelecer objetiva e claramente os critérios de avaliação, para que as técnicas terapêuticas a sere m propostas se tornem efetivas. O objetivo desta apresentação é: descrever os níveis que compõem a linguagem (fonologia, sintaxe, morfologia, léxico, semântica e a pragmática) e a metalinguagem, como estes conceitos podem ser avaliados especificamente nos TEA e quais as principais hipóteses diagnósticas de manifestação de linguagem encontradas. Deve-se ressaltar que o somatório de avaliações específicas das diferentes especialidades envolvidas completa -se como atividade de equipe, direcionando assim uma intervenção adequada. 23 Fonoaudióloga formada pelo Centro Universitário São Camilo e mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde atualmente trabalha como funcionária e pesquisadora, cursando Doutorado em Distúrbios do Desenvolvimento. Atua principalmente nos seguintes temas: linguagem, lesão neurológica, distúrbios de desenvolvimento, transtornos globais do desenvolvimento (transtornos do espectro autista e Síndrome de Rett), deficiência mental, comunicação suplementar e alternativa, eye tracking, distúrbios de aprendizagem e distúrbios de comunicação. Terapia Sexual, XIII(1):2010 61 Avaliação neuropsicológica nos Transtornos do Espectro Autista Tatiana Pontrelli Mecca 24 Os Transtornos do Espectro Autista (TEA) são caracterizados por déficits qualitativos em três áreas do desenvolvimento: interação social recíproca, linguagem/comunicação e comportamentos e atividades restritas, repetitivas e estereotipadas. Embora muitos esforços têm sido despendidos na procura por marcadores biológicos que possam caracterizar esta condição, as pesquisas têm mostrado que se trata de um transtorno de origem multifatorial. Neste sentido, a avaliação neuropsicológica é de suma relevância para investigação de en dofenótipos por se tratar de um quadro amplo e dimensional, além de contribuir para o diagnóstico que atualmente é baseado em critérios clínicos e para um programa efetivo de intervenção. A avaliação nos TEA tem por objetivo investigar: a história médica e social do paciente, observação do repertório comportamental, adaptação e funcionalidade, inteligência, funções executivas, atenção, memória, linguagem, percepção, vísuo-construção e outras habilidades motoras, cognição social. Instrumentos como o teste de inteligência não-verbal, Leiter International Performance Scale Revised e técnicas alternativas como rastreamento ocular devem, ser utilizadas na avaliação dos TEA quando o uso de instrumentos tradicionais não é suficiente para obtenção do pe rfil cognitivo desta população. O objetivo desta fala será apresentar instrumentos utilizados na avaliação neuropsicológica dos TEA , os principais achados da literatura na área e estudos realizados no programa de Pós -Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Unive rsidade Presbiteriana Mackenzie com foco em avaliação de inteligência, funções executivas e rastreamento ocular. Psicologia Escolar: formação e prática profissional (Coord. Dra. Carla Witter - USJT) Produção Científica na formação e prática do psicólogo escolar Dra. Carla Witter 25 A produção de conhecimento científico deve ocorrer na formação do Psicólogo Escolar, já na graduação de acordo com as diretrizes 24 Psicóloga, Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pesquisadora da clínica de Transtornos Globais do Desenvolvimento, Universidade Presbiteriana Mackenzie com atuação em avaliação neuropsicológica no espectro autista. Formação em Avaliação Neuropsicológica, Acompanhamento terapêutico e intervenção precoce em crianças com desenvolvimento atípico pelo método ABA. 25 Universidade São Judas Tadeu - USJT Terapia Sexual, XII(1):2010 62 curriculares para os cursos de Psicologia e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação que define como um dos papéis das Universidades. A iniciação científica acontece na graduação nas disciplinas básicas que ensinam ao aluno as bases da investigação científica, do desenvolvimento de projetos de pesquisa e da apresentação e defesa dos Trabalhos de Conclusão de Curso. A formação científica é fundamental para que o aluno compreenda os trabalhos científicos publicados na sua área de atuação, faça uma leitura crítica dos resultados e conclusões com o objetivo final de garantir uma atuação profissional atualizada e ética, pois a prática do psicólogo escolar está baseada no conhecimento científico produzido na área e, consequentemente, sempre em evolução e transformação. O Psicólogo Escolar precisa ter uma atitude de pesquisador, de investigação, de busca de informação e conhecimento científico que atenda às demandas escolares atuais, tais como: bullying e violência; stress infantil; hiperatividade e déficit de atenção; fobia escolar entre outros problemas e transtornos. Psicologia e Avaliação Escolar Doutoranda Adriana Aparecida Ferreira de Souza26 O atendimento infantil em Psicologia Escolar apresenta como principal desafio identificar aspectos emocionais e/ou cognitivos que estejam interferindo no problema apresentado como queixa. Nesse sentido, faz-se necessária uma avaliação psicológica adequada a fim de se verificar se a queixa escolar é resultado de um problema emocional ou se há fatores cognitivos e de aprendizagem que estejam afetando emocionalmente a criança. Essa avaliação adequada permite oferecer um atendimento mais eficiente à criança além de proporcionar uma atenção global à criança, e não focal à queixa. Aspectos relacionados ao atendimento inicial de avaliação infantil realizado em uma clínica-escola serão apresentados. Nesse serviço, realiza-se um processo de avaliação psicológica que envolve entrevistas, anamnese, observação, testes psicológicos entre outros buscando-se uma compreensão global do problema e não apenas uma queixa escolar. As crianças são encaminhadas por escolas ou inscritas pelos pais a partir de demanda espontânea. Aspectos teóricos referentes ao processo de avaliação escolar serão discutidos. 26 (UMC / PUCCAMP / Bolsista da CAPES) Terapia Sexual, XIII(1):2010 63 Psicologia e Queixa Escolar Mestre Daieny Panhan Theodório 27 A Orientação à Queixa Escolar – OQE - é uma modalidade de atendimento clínico diferenciado do atendimento psicológico tradicional. Prioriza o trabalho com as questões relacionadas aos problemas escolares. O trabalho desenvolvido por essa modalidade critica os modelos tradicionais de atendimento porque é breve e focal. O atendimento psicológico tradicional pode ser demorado, e trabalha os mecanismos intrapsíquicos, problemas emocionais e de comportamento, as relações familiares, excluindo processos e práticas escolares que produzem e mantém as dificuldades apres entadas pela criança na escola. As dificuldades que as crianças apresentam na escola são características de uma relação triangular que inclui a escola, a família e a própria criança. Desta forma, todos os vértices devem ser incluídos no processo de atendimento, cada um aprese ntando sua versão sobre o problema. Há casos em que após o atendimento com a OQE a criança é encaminhada para outros especialistas. Por ser breve e focal o atendimento tem duração de oito a dez sessões. Visa melhorar dentre outros fatores a comunicação entre as partes. Ao final a devolutiva é iniciada pela criança e depois com os pais. Durante o período de atendimento com a OQE apenas três casos foram encerrados sem grandes perspectivas de melhora. “Análisis Y Modificación De Conducta En El Ámbito Educativo: Herramientas Para La Integración De Un Chico Con Trastorno Del Desarrollo A La Educación Secundaria”. Lic. Ps. Francisco Rodríguez Nuñez [email protected] Sociedad Uruguaya de Análisis y Modificación de la Conducta –SUAMOCUruguay Esta propuesta, que invita a reflexionar sobre la posibilidad de intervenciones en ámbitos distintos, se centra en el relato de una experiencia de Análisis y Modificación de Conducta realizada en una institución educativa (aunque en ocasionase también fuera de ella), que tuvo como finalidad promover la integración y adaptación de un chico con un Trastorno del Desarrollo a la enseñanza secundaria, ante las diferentes dificultades (conductuales, cognitivas, académicas, organizativas, sociales, etc.) que presentaba el alumno. Para llevar a cabo está intervención se 27 UNIBAN – São Paulo, Brasil Terapia Sexual, XII(1):2010 64 hizo necesario articular un abordaje complejo basado en el análisis y modificación de conductas. El objetivo fue promover que el alumno se mantenga inmerso en el Sistema Educativo y en relación con pares, logrando acceder, según sus posibilidades, a los conocimientos previstos por Ciclo Básico, al incidir por medio de técnicas especificas en su organización y adaptación al sistema liceal, potenciar su desempeño académico y promover un adecuado vínculo con sus compañeros. El desarrollo de la intervención propiamente dicha implicó múltiples acciones psicoterapéuticas y psicopedagógicas combinadas, incluyendo abordajes tanto a nivel individual (en relación a sus conductas desadaptativas, dificultades en la organización, pensamientos rígidos y rumiaciones, carencia de habilidades sociales, prevención de crisis, etc.), como a nivel grupal, docente, institucional y familiar, realizadas dentro y fuera de la institución educativa, y tanto en situación de aula, como en distintas circunstancias de la vida cotidiana. La estrategia estuvo basada en las teorías del aprendizaje, los principios de modificación de conducta y en el modelo Cognitivo -Conductual, plasmados en diversas técnicas y prácticas puntuales adaptadas a la situación y a la realidad individual, grupal, institucional y social. Los resultados fueron altamente favorables, cumpliéndose los diversos objetivos planeados. Las principales conclusiones se centran en la incidencia del análisis y la modificación de las conductas, entendiendo está practica como un instrumento complejo, que abarca muchos niveles de acción simultáneos y que requiere conocimientos técnicos específicos para su implementación. Este tipo de abordaje, aparece entonces como posible solución frente a la necesidad de instrumentar acciones concretas para favorecer la integración al sistema educativo de chicos con dificultades especificas, pudiendo resultar de utilidad frente a casos similares e incluso para favorecer a distintos alumnos con dificultades menore s, para que puedan superarlas de manera rápida y efectiva. Por lo tanto se considera que la experiencia desarrollada puede servir de base para otras intervenciones y como puntapié inicial para una serie de investigaciones y practicas sobre el tema. Efectos de un programa de habilidades de interacción social en el autoconcepto y autonomía en un grupo de niños de 5to y 6to grado de primaria Lic. Gladys Aldana Primo 28 La presente investigación precisa la importancia de la enseñanza de habilidades sociales en el logro del autoconcepto y autonomía 28 Universidad San Martin de Porres - Perú Terapia Sexual, XIII(1):2010 65 Conscientes de que existiendo alumnos socialmente competentes en nuestros centros educativos, frecuentemente observamos alumnos con deficiencias en habilidades de interacción social, con amplia variedad de comportamientos maladaptativos y deficiencias para consolidar o iniciar relaciones con otras personas, de manera que son ignorados o rechazados por sus iguales, manteniéndose aislados evitando interactuar con los demás. Investigaciones realizadas establecen una relación entre niños con déficit en su comportamiento social y mayores probabilidades de presentar otros problemas en edades mayores, encontrándose en este tipo de alumnado la necesidad del uso de programas de enseñanza de las habilidades sociales que se trabaje n en los centros educativos y de manera específica estos constructos, considerándose estos centros privilegiados para su intervención, por que las interacciones entre iguales cumplen un rol relevante en el desarrollo personal, en el autoconcepto y autonomía como uno de los más importantes resultados del proceso socializador y educativo para la integración de la personalidad del niño, posibilitando la motivación, el desempeño, la salud mental y la estructuración del sí mismo; mediante la influencia de personas significativas del medio familiar, escolar, social. OBJETIVO: Determinar el efecto de la enseñanza de habilidades sociales de interacción social en el desarrollo del autoconcepto y autonomía en un grupo de escolares de 5t0 y 6to grado de primaria MÉTODO: Investigación aplicada de diseño cuasi experimental, de intervención con grupo control no equivalente y de tipo ensayo clínico controlado no aleatorizado. Se utilizó el Programa de Enseñanza de Habilidades de Interacción Social (PEHIS), como variable ind ependiente, y su relación en el logro del autoconcepto en niños escolares del 5to y 6to grado de educación básica regular como variable dependiente. La investigación, parte de las opiniones de profesores y otros profesionales competentes en el tema y conso lida todo un marco conceptual evaluativo y procedimental con recursos, técnicas y estrategias que de manera sistemática favorezcan el desarrollo de su dimensión social mediante su interacción con su medio y con las personas de su entorno consolidando su proceso de socialización. RESULTADOS: En la práctica de habilidades sociales para la adaptación e interacción, los niños adquieren mayores conocimientos de sí mismos y de los demás, forman paulatinamente su autoconcepto, mejora su autonomía y obtienen beneficios psicológicos, reforzando el sentido de autorespeto y confianza, aprendiendo a su vez de los demás por imitación a asumir el rol que le corresponde en la interacción. CONCLUSIONES: El programa de Habilidades de interacción social ha influenciado y existe estrecha relación entre el desarrollo de habilidades sociales con el autoconcepto y la autonomía en los niños que lo recibieron Terapia Sexual, XII(1):2010 66 desarrollando habilidades para afrontar y resolver asertivamente las vivencias y conflictos que los cambios de las edades gen eran. Diferentes Construtos Psicológicos Sob a Perspectiva do Modelo Cognitivo Daniel Bartholomeu 29 Não existem mais dúvidas sobre a eficácia das terapias baseadas no modelo cognitivo, ou cognitivo-comportamental. São muitas as publicações que justificam e confirmam o uso dos pressupostos do modelo cognitivo na prática clínica e também para pesquisas. Entretanto, existem algumas áreas na psicologia, e mais especificamente, construtos psicológicos, que raramente são abordados sob a perspectiva desse modelo. Assim, a presente meda redonda tem como objetivo apresentar o uso do modelo cognitivo e dos pressupostos que guiam as intervenções da terapia cognitiva para três diferentes campos de estudo da psicologia: performance de jogadores de voleibol, escolha p rofissional, e ciúme romântico. Apesar de serem campos bastante distintos para estudo, pode -se considerar o embasamento teórico das três apresentações como um pano de fundo comum aos construtos abordados. A primeira apresentação tratará dos efeitos do treinamento mental sobre a performance do saque de jogadores de voleibol; a segunda apresentação tem como objetivo sugerir uma possível integração entre os pressupostos da Terapia Cognitiva e da Teoria Social Cognitiva de Desenvolvimento de Carreira; e, por último, a terceira apresentação tem o objetivo de apresentar possibilidades de entendimento do ciúme romântico a partir do Modelo Cognitivo, sustentando uma possibilidade de modelo específica para esse construto. Espera-se fornecer dados teóricos e empíricos po r meio das apresentações, de modo a enriquecer o repertório tanto do ponto de vista do modelo cognitivo, mas também acerca dos construtos que são foco de cada um dos trabalhos que compõem a mesa redonda. O Uso do treinamento mental na performance do saque no voleibol Daniel Bartholomeu O Treinamento mental seria a repetição planificada da imaginação consciente de uma ação de forma prática. Desta forma seria possível utilizar essa técnica para aprender, manter e aperfeiçoar as capacidades cognitivas para execução de movimentos através da imaginação, isto é, recriar uma experiência na mente. Assim, a imaginação, assim como experiências motoras desencadeiam funções neurofisiológicas similares. 29 Psicólogo - UNISAL Terapia Sexual, XIII(1):2010 67 Este trabalho teve por objetivo investigar os efeitos do treinamento mental sobre a performance do saque de jogadores de voleibol e apresentar métodos de avaliação do treinamento mental no contexto desportivo. Participaram da pesquisa seis jogadores do sexo masculino, titulares de uma equipe de voleibol do interior do es tado de São Paulo com idades entre 18 e 25 anos. Verificou-se o desempenho do saque em três campeonatos distintos numa mesma temporada. Os saques foram avaliados nas situações de jogo ao longo do processo de intervenção. As médias das medidas obtidas indicaram uma melhora do desempenho do saque no decorrer do experimento, com um aumento dos acertos e diminuição dos erros desde a linha de base ao final do processo de intervenção. Os erros diminuíram significativamente do início da intervenção ao final dela e do meio do processo ao final. Ao final de cada sessão de treinamento mental era solicitado ao sujeito que fizesse uma avaliação do processo por meio de um questionário que aponta as etapas a serem seguidas no treinamento mental e quais delas o atleta alca nçou. Ao final da intervenção, todos os atletas haviam alcançado todas as etapas previstas no instrumento. Uma proposta de aplicação da terapia cognitiva ao contexto da escolha profissional Rodolfo Augusto M. Ambiel30 A aplicação dos princípios e técnicas da Terapia Cognitiva ao tratamento de questões psiquiátricas, tais como depressão, ansiedade e transtornos de personalidade, encontra -se devidamente documentada na literatura científica, com amplo suporte de dados empíricos. Entretanto, sua introdução em outros contextos não patológicos ainda parece incipiente. Por outro lado, a Teoria Social Cognitiva de Desenvolvimento de Carreira (TSCDC) tem se ocupado em explicar o processo de desenvolvimento de interesses profissionais, a escolha profissional e a inserção em cursos de formação acadêmica ou no próprio mercado de trabalho, por meio de análises empíricas das relações entre diversos construtos psicológicos que integram o modelo. Porém, os estudiosos dessa teoria não buscam fornecer parâmetros que subsidiem intervenções facilitadoras da escolha profissional. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é sugerir uma possível integração entre as visões citadas, pontuando os possíveis pontos de intersecção entre elas, sem deixar de considerar as diferenças epistemológicas que se impõem. 30 Psicólogo - Universidade São Francisco - Casa do Psicólogo. Terapia Sexual, XII(1):2010 68 Com esse trabalho, pretende -se dar um passo inicial para uma reflexão mais aprofundada a respeito do tema, além de proporcionar uma discussão teórica no campo da Orientação Profissional que carece de trabalhos integrando teoria e prática. O Ciúme Romântico Sob a Perspectiva do Modelo Cognitivo Lucas de Francisco Carvalho 31 Atualmente, existem diversos modelos teóricos, baseados no Modelo Cognitivo que dá base para a Terapia Cognitiva, que tentam explicar o funcionamento humano em rela ção a diferentes construtos psicológicos. Contudo, não existe uma proposta, baseada no Modelo Cognitivo, para um fenômeno bastante freqüente entre casais, o ciúme romântico. Tal ponto é ainda mais relevante quando se restringe às pesquisas e referenciais teóricos em âmbito nacional, já que o ciúme romântico é um tema pouco discutido no país sob a perspectiva científica. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo apresentar possibilidades de entendimento do ciúme romântico a partir do Modelo Cognitivo, a fim de sustentar uma possibilidade de modelo específica p ara esse construto psicológico. Para tanto, são utilizados como bases teóricas subjacentes os pressupostos desenvolvidos por Aaron Beck e seguidores, bem como os dados empíricos evidenciados na literatura acerca do ciúme romântico. A partir da proposta apresentada, pretende -se proporcionar entendimentos teóricos acerca da manifestação do ciúme romântico, além de estimular o desenvolvimento de pesquisas teóricas e práticas no campo de estudo desse fenômeno. Intervención Racional Emotiva Afectiva Conductual En La Dependencia Jorge Mesta León32 El ser humano dentro de su yo social tiende a manifestar necesidades afectivas que lo llevan a establecer comportamientos de emparejamiento. Todo bien hasta ahí, sin embargo cuando esta tendencia se convierte en demanda el enamorado, que en un principio se sentía en las nubes de la felicidad, puede ahora caer en el más profundo de los abismos emocionales. Conductas trastornadas como el pensar obsesiva e intensamente en la persona amada, la necesidad apremiante de reciprocidad, cambios de humor dependientes de la interpretación que el amante haga de la reciprocidad se su pareja, intensos sentimientos de ansiedad y depresión si la persona amada no parece corresponder al amor 31 32 Psicólogo - Universidade São Francisco Universidad de San Martín de Porres - Lima – Perú [email protected] Terapia Sexual, XIII(1):2010 69 de uno, idealización de la persona amada y rechazo a ver u observar sus deficiencias, etc. todos estos son síntomas de lo que llamamos Dependencia Afectiva. Objetivos: La presente ponencia tiene como objetivos hacer un recorrido por las características principales de la Dependencia Afectiva, su etiología así como su abordaje terapéutico. Método: El método terapéutico propuesto es el Racional Emotivo Conductual de Albert Ellis, quien enfatiza la importancia de las cogniciones en la aparición y mantenimiento de las emociones. Resultados: Ellis propone para el abordaje terapéutico de la Dependencia Emocional, técnicas cognitivas, emotivas y conductuales que el terapeuta enseñará al paciente para manejar este problema. Conclusiones: De acuerdo a la TREC el amor obsesivo normalmente implica que el amante mantenga devota absolutistamente una o más de las siguientes creencias: “Debo tener la reciprocidad de mi pareja de lo contrario soy una persona inadecuada o indigna”; “es terrible perder a mi pareja, ¡no puedo soportarlo!”; “mi pareja es la única persona del mundo para mi, y sólo su amor pueden hacer que yo y mi vida tengan sentido”; etc. La TREC emplea un número de métodos cognitivos para ayudar a las personas a superar sus trastornos obsesivo-compulsivos respecto al amor como: a) Les enseña cómo refutar de manera activa y persistente sus creencias irracionales y cambiarlas por preferencias relativistas. b) Les enseña cómo emplear creencias racionales o afirmaciones de afrontamiento. c) Muestra a las personas cómo emplear técnicas de distracción cognitiva como el método de relajación progresiva de Jacobson, el yoga y la meditación, etc. Emplea también métodos emocionales como: a) La aceptación incondicional de sí mismo más no de s us comportamientos inadecuados. b) Les enseña a través del role playing a resistirse a las demandas irracionales de sus compañeros, etc. Asimismo emplea métodos conductuales como: a) Les ayuda a hacer un listado y revisar concienzudamente algunas de las desventajas de su excesivo apego a la persona amada y algunas ventajas de querer a otras personas. b) Tareas para la casa sobre có mo resistirse a estas demandas. c) Tanto el reforzamiento si se realiza la tarea o la penalización si no se ejecuta. Esperamos que la presente sea una lu z de esperanza para todas aquellas personas que en algún grado manifiestan este problema. Terapia Sexual, XII(1):2010 70 INTERVENÇÃO DE PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL PARA EJACULAÇÃO INIBIDA Priscilla Ortuño 33 O objetivo geral desse estudo é mostrar como a Terapia Sexual pode auxiliar no tratamento da ejaculação inibida e mostrar as dificuldades da aplicação das técnicas quando é necessário primeiramente trabalhar com queixas e dificuldades anteriores a disfunção sexual na psicoterapia. Esse estudo descreve o tratamento em psicoterapia com enfoque na sexualidade de um paciente com 30 anos de idade co m queixa de ejaculação inibida. Descreve as dificuldades do dia a dia no consultório relatando que às vezes é necessário trabalhar com questões primordiais em psicoterapia para, posteriormente utilizar-se dos recursos da terapia sexual para trabalhar a sexualidade do paciente. Foi aplicado o Inventário de Sexualidade para coleta de dados e a psicoterapia desenvolveu-se quando proposta as seguintes intervenções: técnica da hora do banho, proibição de coito e focalização sensorial. A psicoterapia, nesse estudo de caso, tornou -se vital pois, o tratamento que focava a queixa de ejaculação inibida não se desenvolvia adequadamente. O paciente demonstrava dificuldades que deveriam ser trabalhadas anteriormente a sua dificuldade sexual como: baixa auto estima e falta de confiança. Esse estudo descreve como aconteceu a psicoterapia desse paciente e como esse trabalho foi vital e necessariamente anterior a terapia sexual. Com esse estudo foi necessário descrever que muitas vezes a psicoterapia vem anteriormente ao trabalho com a sexualidade do paciente e que, a utilização das técnicas da terapia sexual, só se farão úteis quando inseridas no momento adequado ao paciente. Palavras-chave: Ejaculação inibida; Ps icoterapia, Terapia Sexual Transtornos Alimentares - Insatisfação Sexual e sobrepeso Psic. Esp. Carolina Costa Fernandes 34 Pretende-se discutir sobre aspectos da insatisfação sexual e sobrepeso nos indivíduos, tendo em vista que uma pessoa que apresenta sobrepeso pode desencadear problemas emocionais como baixa -estima, dificuldades na autoconfiança e no autoconceito, sofrimento, comportamentos de esquiva social proporcionando prejuízos em sua qualidade de vida. A imagem corporal do indivíduo representa como a pessoa se percebe no mundo e no seu meio social em um primeiro 33 34 [email protected] Instituto Paulista de Sexualidade – CEPES/ GEPIPS - [email protected] Terapia Sexual, XIII(1):2010 71 momento, que se for avaliado como algo negativo pode desencadear um conflito interno gerador de angústia, tristeza e ansiedade. A necessidade de ter um corpo perfeito devido aos pensamentos e crenças que são desencadeados frente o estereótipo de beleza imposto pela sociedade. O fato de crer não ser desejado e/ou ter uma aparência ideal pode diminuir sua libido e automaticamente apresentar uma insatisfação no âmbito sexual, como esquiva, aversão e ansiedade que podem prejudicar a resposta sexual de excitação e de orgasmo. Sendo assim a proposta é de trazermos para reflexão aspectos psicológicos, hormonais (fisiológicos) que o sobrepeso pode desencadear na sexualidade, quando um indivíduo apresenta conflitos consigo mesmo. É importante questionar ainda a influência do meio social e cultural frente aos padrões estéticos que podem desencadear a dificuldade de sentir bem-estar com o próprio corpo que precisam ser cuidadas e discutidas nesta mesa. É importante ainda compreender como a parceria entende a insatisfação sexual que ocorre em indivíduos com sobrepeso, assim como, facilitar uma melhor comunicação na relação para que haja mudança positiva no âmbito sexual e na qualidade de vida do casal. Pes quisas ressaltam que mulheres que sentem-se em um peso ideal apresentam melhor satisfação sexual e este ponto também deve ser discutido neste momento. Sistema de economía de fichas como reforzador de conductas adecuadas en mujeres con trastornos antisociales de la conducta y trastornos de la conducta alimentaria. Dra. Bertha Sonia Reyes Portocarrero35 OBJETIVO: Se desea dar a conocer el sistema de “economía de fichas” como aporte del análisis conductual aplicado en el ámbito del tratamiento residencial para mujeres. MÉTODO DE DESARROLLO: Se describe la forma cómo evolucionan positivamente las conductas en un grupo de mujeres con problemas conductuales diversos en la modalidad de tratamiento residencial. En pocas oportunidades podremos obtener respuestas que nos brinden una idea clara que nos de a conocer el verdadero estado en que se encuentra la persona, debido a ello; una forma de tener información precisa con frecuencia diaria es hacer la observación, registro y seguimiento de las conductas de las personas. Con respecto a los trastornos mencionados; se enunciarán los conceptos, características, tipos y tratamiento. Se detalla la problemática; síntomas que presentan las personas con trastornos antisociales de la conducta y trastornos de la conducta alimenta ria y de cómo éstos trastornos se ven identificados en conductas específicas que se trabajan a través de técnicas de cambio conductual; de la adquisición e 35 [email protected] Terapia Sexual, XII(1):2010 72 incremento de las conductas, el mantenimiento de conductas, así como también se pueden reducir, debilitar y eliminar las conductas. Se da a conocer el sistema de "economía de fichas", el establecimiento de valores, así como el manejo e importancia de las fichas en la vida cotidiana del hogar terapéutico. En cuanto a la “economía de fichas”; se planteará el concepto, sus componentes básicos, las recomendaciones para su uso, ventajas y desventajas, así como también se mencionará cómo funcionan las fichas como reforzadores. Finalmente, se hace mención de la importancia del equipo terapéutico en la observació n, registro y seguimiento de las conductas, así como el rol que desempeñan las compañeras residentes como coterapeutas. RESULTADOS: Es importante reconocer las conductas con las que llegó la residente al tratamiento, cómo se fueron descubriendo y aparecien do nuevas conductas hasta llegar al proceso de extinción de las mismas. CONCLUSIONES: Se manifiesta de qué manera el “sistema de economía de fichas” permite la extinción de las conductas inadecuadas así como la instalación de conductas adecuadas en mujeres con trastornos antisociales de la conducta y trastornos de la conducta alimentaria. También se mencionará la dinámica que rodea al manejo del “sistema de economía de fichas” para lograr la modificación de conducta, así como también se mencionarán las ventajas de la aplicación y sus limitaciones. TERAPIA COGNITIVA CONDUCTUAL DE BULIMIA y ANOREXIA NERVIOSA Dra. Jacqueline Lamboglia 36 Justificación: La Bulimia y la Anorexia Nerviosa constituyen desórdenes graves de la alimentación, cada vez más comunes y que pueden poner en peligro la salud y la vida de quienes los padecen. La TCC ha logrado encontrar la solución a muchos casos de Bulimia Nerviosa, con métodos probados con evidencia científica. En la Anorexia Nerviosa, también ha demostrado utilidad, a pesar de que la investigación científica se ha visto obstaculizada por el riesgo de pérdida de la vida del paciente en las situaciones más graves, en donde la hospitalización ha demostrado su efectividad. Objetivo: Explicar un esquema del modelo cognitivo de la bulimia en que se presentan los factores genéticos, psicosociales y culturales que influyen en la ingesta bulímica y su tratamiento. Breve Descripción del Contenido: Describiré la primera etapa de tratamiento que dura 8 semanas, dirigida a mejorar la frecu encia de atracones y mejorar el estado de ánimo que incluye cómo explicar al paciente sobre el modelo cognitivo de la bulimia nerviosa, hacer el 36 Ecuador - [email protected] m Terapia Sexual, XIII(1):2010 73 registro diario de alimentación, hacer el registro de peso semanal, cómo explicar los efectos dañinos de la conducta bulímica, prevención de sobre ingesta y atracones, prescribir un patrón alimentario correcto cada 4 horas, alternativas al atracón, al vómito y uso de purgas. La segunda etapa del tratamiento de también 8 semanas incluye la eliminación progresiva de la dieta, jerarquización de las comidas, reestructuración cognitiva, distinguir el hambre del deseo de comer y el deseo compulsivo de comer, experimentos conductuales, tratamiento de las distorsiones y de la repulsión a la autoimagen, entrenamiento en solu ción de problemas. La tercera etapa de seguimiento consiste en comprobar si las expectativas del paciente son realistas, que el paciente considere que elementos terapéuticos han sido más útiles, hacer un plan escrito para afrontar futuros problemas en la alimentación, no volver a hacer dieta a no ser que haya sobrepeso obvio o razones médicas. Terminaré hablando de la Anorexia nerviosa, el uso la hospitalización, el registro de pensamientos, la reestructuración cognitiva, el uso de reforzadores alternativos y los experimentos conductuales antes, durante y después de la hospitalización. TERAPIA COGNITIVA EN LA OBESIDAD Dr. Héctor Cevallos Romero 37 JUSTIFICACIÓN: La obesidad es una de las enfermedades más comunes en todas las partes del mundo donde hay suficientes fuentes de alimentación. Sus consecuencias van desde las dificultades en la respiración, aumento de las posibilidades de diabetes, hipertensión arterial, aumento de probabilidades de infarto cardiaco, accidentes cerebro vasculares, insuficiencia rena l, cáncer de colon hasta la muerte precoz. OBJETIVO: Describir las nuevas investigaciones sobre el uso de la terapia cognitiva en la obesidad, sobre todo las encontradas por Judith Beck para cambiar las convicciones obsoletas que nos llevan a la sobre inge sta de alimentos. DESCRIPCIÓN DEL CONTENIDO: Tipos de obesidad, diversos tratamientos, cambios en la forma de pensar gracias a la Terapia Cognitiva Comportamental, anotar las ventajas de perder peso, escoger dietas razonables, comer sentado, reconocer los logros, comer despacio y conscientemente, tener un compañero de dieta, preparar el ambiente, sacar tiempo y energía, programar un plan de ejercicio, buscar objetivos que se puedan cumplir, distinguir el hambre del deseo de comer y del deseo compulsivo de comer, planificar el primer día de dieta. Hacer un seguimiento de lo que se come, evitar comer lo que no se había planificado, dejar de comer más de la cuenta, cambiar la idea de lo que es 37 Ecuador - [email protected] Terapia Sexual, XII(1):2010 74 estar lleno, dejar de engañarse uno mismo, retomar el buen camino, prepararse para subir a la bascula. Tolerancia, aceptación de las injusticias, mantener el ánimo, identificar los pensamientos saboteadores, reconocer los errores de pensamiento, usar la técnica de las siete preguntas. Resistor el ofrecimiento de comida, ma ntener el control al comer afuera, decidir acerca del alcohol, preparándose para viajar, relación de las comidas con las emociones, resolución de problemas personales. Terapia Sexual, XIII(1):2010 75 Temas Livres TERAPIA COGNITIVA BASADA EN MINDFULNESS PARA LA DEPRESION Tito E. Cuentas38 Desde que se ha unido el pensamiento oriental, a través de las prácticas meditativas, con las epistemologías y la práctica psicológica occidental, la terapia cognitiva; en lo que podríamos llamar una tercera fuerza en las terapias conductuales como síntesis, se ha abierto paso nuevas perspectivas dentro de la intervención psicológicas en problemas y trastornos psicológicos. En esta oportunidad, el Dr. Jon Kabat Zinn ha puesto en marcha todo un trabajo riguroso y empírico para probar la efectividad de los procedimientos contemplativos de la meditación Zen budista en los problemas de salud mental como son el estrés, el dolor y las enfermedades, en especial aquellas que son agrupadas en los trastornos psicosomáticos. Por más de veinte años, trabajando en la Clínica de Reducción del Estrés del Hospital de Massachusetts, el Dr. Kabat Zinn viene demostrando que la sabiduría de la mente y del organismo a través de la meditación consciente y el prestar atención concentrada en la respiración, para empezar y en las distintas partes de nuestro organismo, para los niveles más complejos. Se viene demostrando ampliamente lo útil y efectivo para el proceso de sanación, no solo psíquico, sino también el físico. Mindfulness ha demostrado ser útil y efectivo en varios proble mas y trastornos psicológicos. Sin embargo, un procedimiento estándar no conseguía resultados significativos desde el punto de vista práctico. Pero cuando ha venido a formar parte de todo un programa integral, y como parte de él se utilizó Mindfulness a lo s trastornos de personalidad borderline, especialmente en el proceso de construcción de habilidades (Linehan, 1993) para enfrentar la falta de regulación emocional, el mejorar las habilidades de interacción social, el ganar ventajas de la aceptación y compromiso, y enriquecer la tolerancia a la ira, rabia y cólera; entonces hasta se ha visto con otras perspectivas filosóficas, como la dialéctica hegeliana; entonces se concebido la Terapia del Comportamiento Dialectico que en su principio fue específicamente dirigido a personas con trastornos borderline y ahora se aplica a personas adictas, aquellas que tienen problemas conductuales de comer, abuso familiar y de parejas. Etc. Por esto, deseamos compartir algunas experiencias de la administración de dichos pro cedimientos en la consulta privada. 38 Tito E. Cuentas, Psy.D. - Profesor de Psicología - Universidad Católica de Santa María, Arequipa – Perú. Terapia Sexual, XII(1):2010 76 “ANÁLISIS Y MODIFICACIÓN DE CONDUCTA EN EL ÁMBITO EDUCATIVO: HERRAMIENTAS PARA LA INTEGRACIÓN DE UN CHICO CON TRASTORNO DEL DESARROLLO A LA EDUCACIÓN SECUNDARIA” Lic. Ps. Francisco Rodríguez Nuñez39 Esta propuesta, que invita a reflexionar sobre la posibilidad de intervenciones en ámbitos distintos, se centra en el relato de una experiencia de Análisis y Modificación de Conducta realizada en una institución educativa (aunque en ocasionase también fuera de ella), que tuvo como finalidad promover la integración y adaptación de un chico con un Trastorno del Desarrollo a la enseñanza secundaria, ante las diferentes dificultades (conductuales, cognitivas, académicas, organizativas, sociales, etc.) que presentaba el alumno. Para llevar a cabo está intervención se hizo necesario articular un abordaje complejo basado en el análisis y modificación de conductas. El objetivo fue promover que el alumno se mantenga inmerso en el Sistema Educativo y en relación con pares, logrando acceder, según sus posibilidades, a los conocimientos previstos por Ciclo Básico, al incidir por medio de técnicas especificas en su organización y adaptación al sistema liceal, potenciar su desempeño académico y promover un adecuado vínculo con sus compañeros. El desarrollo de la intervención propiamente dicha implicó múltiples acciones psicoterapéuticas y psicopedagógicas combinadas, incluyendo abordajes tanto a nivel individual (en relación a sus conductas desadaptativas, dificultades en la organización, pens amientos rígidos y rumiaciones, carencia de habilidades sociales, prevención de crisis, etc.), como a nivel grupal, docente, institucional y familiar, realizadas dentro y fuera de la institución educativa, y tanto en situación de aula, como en distintas circunstancias de la vida cotidiana. La estrategia estuvo basada en las teorías del aprendizaje, los principios de modificación de conducta y en el modelo Cognitivo -Conductual, plasmados en diversas técnicas y prácticas puntuales adaptadas a la situación y a la realidad individual, grupal, institucional y social. Los resultados fueron altamente favorables, cumpliéndose los diversos objetivos planeados. Las principales conclusiones se centran en la incidencia del análisis y la modificación de las conductas, e ntendiendo está practica como un instrumento complejo, que abarca muchos niveles de acción simultáneos y que requiere conocimientos técnicos específicos para su implementación. Este tipo de abordaje, aparece entonces como posible 39 [email protected]; Sociedad Uruguaya de Análisis y Modificación de la Conducta –SUAMOC- Uruguay. Terapia Sexual, XIII(1):2010 77 solución frente a la neces idad de instrumentar acciones concretas para favorecer la integración al sistema educativo de chicos con dificultades especificas, pudiendo resultar de utilidad frente a casos similares e incluso para favorecer a distintos alumnos con dificultades menores, para que puedan superarlas de manera rápida y efectiva. Por lo tanto se considera que la experiencia desarrollada puede servir de base para otras intervenciones y como puntapié inicial para una serie de investigaciones y practicas sobre el tema. ACTITUDES HACIA EL USO DE LA VIOLENCIA EN EL MATRIMONIO, EN ADOLESCENTES Y ADULTOS JÓVENES QUE EJERCIERON MALOS TRATOS EN EL NOVIAZGO César Armando Rey-Anacona, Ph. D.40 Justificación Los malos tratos en el noviazgo afectan entre el 18 y el 32% de los adolescentes en los Estados Unidos (Howard & Wang, 2003). Un estudio realizado en Colombia informó que el 82.6% de los adolescentes y adultos jóvenes participantes había sido objeto de al menos una conducta de maltrato por parte de su novio o novia (Rey-Anacona, 2009). Las actitudes a favor de la violencia en la pareja podría relacionarse con este tipo de violencia, pero existen pocas investigaciones sobre el tema. Objetivo Comparar a un grupo de adolescentes y adultos jóvenes que ejerció malos tratos a su pareja en el noviazgo, con un grupo que adolescentes y adultos jóvenes que no había efectuado este tipo de actos, con respecto a su acuerdo o desacuerdo con frases referentes al uso de la violencia en el matrimonio. Método Se utilizó un diseño de casos y controle s, en el que participaron 902 estudiantes universitarios (417 varones y 485 mujeres), entre 15 y 35 años. El 85.6% de los participantes que reportó haber ejercido al menos una conducta de maltrato hacia su pareja, en el Cuestionario de Experiencias de Maltrato en la Pareja (Rey-Anacona, Mateus-Cubides & Bayona-Arévalo, 2010), fue comparado con el restante 14.4%, en el porcentaje de participantes que estuvo de acuerdo o en desacuerdo con 28 frases referentes al uso de malos tratos como estrategia de resolución de conflictos y la presencia de situaciones de desequilibrio de poder en el matrimonio, que se presentan en un cuestionario previamente validado a 40 Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia Avenida Central del Norte, Tunja, Colombia. Teléfono: (57 8) 7422175 Ext. 1032. Fax: (57 8) 7436219. Correo electrónico: [email protected]. Terapia Sexual, XII(1):2010 78 nivel de contenido y metodológico y con un alto grado de consistencia interna (alfa = .89). Resultados Los participantes que informaron haber ejercido al menos una conducta de maltrato a su pareja, estuvieron significativamente más de acuerdo con ocho de las 28 frases estudiadas (no hubo resultados a la inversa). Estas frases eran: a) “En ciertas situaciones se justifica que el esposo grite a su esposa”; b) “Es comprensible que un esposo insulte a su esposa si ésta no ha cumplido con sus deberes como madre”; c) “En ciertas situaciones se justifica que el esposo le prohíba a su esposa el trato con alguna persona, como un amigo o una amiga”; d) “En ciertas situaciones se justifica que la esposa grite a su esposo”; e) “La infidelidad del esposo es un motivo justificable para que su esposa le pegue”; f) “Es comprensible que una esposa insulte a su esposo si éste n o ha cumplido con sus deberes como padre”; g) “Es comprensible que una esposa eche de la casa a su esposo si éste no ha cumplido con sus deberes como padre” y h) “Es una obligación del esposo satisfacer sexualmente a su esposa”. Conclusiones La probabilidad de ejercer malos tratos en las relaciones de noviazgo se incrementa si se presentan actitudes que favorecen el uso de violencia marital y deberían ser blanco de los programas de tratamiento y de prevención de la violencia en el matrimonio. Referencias Howard, D. E., & Wang, M. Q. (2003). Risk profiles of adolescent girls who w ere victims of dating violence. Adolescence, 38, 1-14. Rey-Anacona, C. A. (2009). Maltrato en el noviazgo de tipo físico, psicológico, emocional, sexual y económico: Un estudio exploratorio. Acta Colombiana de Psicología, 12 (2), 27-36. Rey-Anacona, C. A., Mateus-Cubides, A. M., & Bayona -Arévalo, P. A. (2010). Malos tratos ejercidos por adolescentes durante el noviazgo: Diferencias por sexo. Revista Mexicana de Psicología, 27 (2), 169-181. Terapia Sexual, XIII(1):2010 79 EVALUACION DE LA CONDUCTA EN ESCENAS DE CRIMENES VIOLENTOS Juan José Danielli Rocca Cuando intentamos identificar e interpretar ciertos rubros de evidencia que serían indicativos del tipo de personalidad del individuo que comete un crimen determinado estamos frente a una evaluación de la conducta desarrollada durante un acto criminal; esta consiste en una descripción de las características psicológicas y conductuales que describen a la persona psicológicamente, identificando sus peculiaridad es y los patrones de su personalidad (trama de peculiaridades) que lo clasifican y lo distinguen de una forma singular de los integrantes de la población en general, que en términos conductuales se relacionan al condicionamiento operante, donde los reforza dores son la agresión, la tortura, el sufrimiento infringido a la víctima, la sensación de poder y control sobre la víctima, conductas que expresan estados psicológicos de organización (psicopatía) y/o desorganización (psicosis) psicológica d el o los sujetos perpetradores. La presentación de este trabajo tiene como objetivo, la difusión de esta nueva aplicación de la ciencia psicológica, ampliamente justificada por la gran aceptación en diversos países del mundo, desarrollada fundamentalmente aplicando una metodología explicativa de la lógica deductiva e inductiva, así como los enfoques clínicos, criminalísticos y estadísticos en la elaboración de perfiles criminales. Esta evaluación se orienta a proporcionar a los investigadores policiales la composición de la personalidad de sujetos desconocidos que obraron conductualmente en escenarios de crímenes violentos (violación sexual, tortura física, asesinatos, etc.) y que gracias a este tipo de intervención son conductualmente caracterizados. Existen fundamentalmente dos escuelas representativas de estudio de la conducta criminal desde la escena del crimen, la Escuela Americana a través de la Unidad de análisis de la conducta del FBI y la Escuela Inglesa liderada por el Psicólogo David Canter, creador de la psicología investigativa, ambas con propuestas divergentes en algunos aspectos pero que han contribuido en forma importante a esclarecer cientos de crímenes violentos, alcanzando gran reconocimiento en muchos países, de allí su difusión y su aplicación en muchas partes del mundo. Los perfiles psicológicos de criminales, basados en la escena del crimen, además de otras fuentes como testimonios, atestados y otros elementos de información son una técnica que permite describir, explicar, y predecir características psicológicas y sociodemográficas de la persona que ha cometido un crimen violento, constituye un nuevo método y aplicación que facilita resolver los casos más controvertidos y complejos por cuanto abarca aspectos y consideraciones no convencionales, orientándose a la detección e interpretación de indicios y evidencias psicológicas distintas al procedimiento ordinario, enfatizando en aspectos Terapia Sexual, XII(1):2010 80 como irracionalidad, fanatismo, emociones de rabia, odio, venganza, compasión, amor, etc. Producto de esta singular investigación obtenemos el perfil psicológico criminal del autor llamado perfil deductivo que no es otra cosa que el reconocimiento de patrones de comportamiento criminal y emocional durante la comisión del crimen, que permite identificarlo en términos conductuales, determinar su tipo de personalidad, establecer el motivo, así como otras acciones que realiza el sujeto para satisfacer sus fantasías y necesidades psicológicas, elementos que servirán para una detención rápida y juiciosa. IMPORTÂNCIA DE FATORES DE GRUPO PARA PSICÓLOGOS EM ARACAJU/SE: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO. Eline Prado Santos Feitosa41 A terapia grupal vem ganhando espaço na prática profissional de forma significativa. Este tipo de intervenção favorece a mudança de problemas, uma vez que o ambiente grupal favorece a modelação, a modelagem e a manutenção de padrões comportamentais funcionais. Para tanto, alguns fatores são necessários para o sucesso do processo terapêutico por serem considerados geradores do processo de mudança nos grupos. Estes fatores possibilitam a expressão da audiência positiva dos membros do grupo, assim como a emissão de padrões comportamentais que normalmente são punidos em outros ambientes. Com o objetivo de conhecer a importância dada por psicólogos que trabalham com grupos a esses fatores foi realizado um estudo descritivo e exploratório, no qual 26 psicólogos de Aracaju/SE indicaram a influencia dessas variáveis em uma escala likert de cinco pontos. Os resultados indicaram que a coesão, fator apontado na literatura como mais importante para o desenvolvimento terapêutico foi considerado como fundamental por apenas 38,5% dos respondentes, enquanto 11,6% a considerou como pouco importante ou dispensável. A coesão favorece a sensação de pertinência ao grupo por estar associado à alta taxa de controle positivo pelos membros e pelo terapeuta em detrimento ao controle aversivo. Neste sentido, a coesão favorece a emissão e instalação de comportamentos adequados, potencializa a modelagem de comportamentos novos, minimiza os comporta mentos de fuga ou esquiva de situações aversivas e favorece o autoconhecimento a partir das discriminações de comportamentos que têm maior probabilidade de serem reforçados em ambiente natural. 41 Universidade Tiradentes (UNIT). Janaína Bianca Barletta - Universidade Tiradentes (UNIT), Avenida Deputado Pedro Valadares, nº 650, Aracaju/SE, Brasil, Telefone: (79) 3043-5016, Fax: (79) 3214-2583, E-mail: [email protected]. Terapia Sexual, XIII(1):2010 81 A coesão também aumenta a probabilidade do sujeito revelar informações, já que estabelece uma relação de confiança entre os membros e terapeuta. Porém, apenas metade dos respondentes (50%) consideraram o compartilhamento de informações como fundamental e 30,8% apontaram a importância da auto revelação neste ambiente. O feedback foi considerado o fator mais importante pela maioria dos respondentes (76%), seguido pela motivação para mudança do participante (54,4%) e pela psicoeducação (52%). Estas variáveis favorecem a auto-observação de comportamentos inadequados, a re flexão e a identificação de contingências que estão evocando os eventos privados, além de reforçar e manter a motivação para a mudança. Apesar disto, a maioria (65,4%) dos respondentes desconsidera o comportamento imitativo como fator necessário no grupo. Vale ressaltar que a aprendizagem por observação baseada no grupo é um instrumento de grande eficácia e importância, por permitir a transmissão de comportamentos adequados e mais funcionais em diversas situações. Ainda que estes resultados sejam apenas exploratórios, sugerem o desconhecimento dos terapeutas de grupo sobre variáveis necessárias e fundamentais para o desenvolvimento positivo da intervenção. Além disso, esses resultados levantam a hipótese de que estes profissionais não estejam capacitados para esse tipo de intervenção ou que tenham pouca habilidade de condução do processo terapêutico grupal. Palavras chave: Fatores grupais, terapia de grupo, análise comportamental. INDICADORES COMPORTAMENTAIS DE DESATENÇÃO, HIPERATIVIDADE/IMPULSIVIDADE, APRENDIZAGEM E ANTISOCIAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE WILLIAMS. Mayra Fernanda Ferreira Seraceni42 Solange de Freitas Branco Lima 43 Ana Yaemi Hayashiuchi44 Rafaela Cristina Rimério 45 Gisele da Silva Baraldi46 Luiz Renato Rodrigues Carreiro 47 Maria Cristina Triguero Veloz Teixeira 48 42 [email protected] m [email protected] m 44 [email protected] 45 rafarimerio@hotma il.co m 46 [email protected] 47 [email protected] 43 Terapia Sexual, XII(1):2010 82 Justificativa: estudos anteriores destacam a necessidade de programas de avaliação e intervenção em pessoas com Síndrome de Williams (SW) cujos objetivos são melhorar habilidades de socialização, habilidades da vida diária, escolar e aumento de indicadores de qualidade de vida. Recomenda-se que, em crianças com desenvolvimento atípico sejam avaliadas competências de diferentes áreas com uso de instrumentos padronizados. No caso específico de síndromes genéticas associadas a deficiência intelectual, a complexidade de alterações neurocomportamentais demanda frequentemente que sejam efetuadas avaliações comportamentais objetivas antes de proce der com quaisquer intervenções. Desta forma, o estudo de indicadores de desatenção, hiperatividade e impulsividade em pessoas com Síndrome de Williams (SW) representa um desafio pela coexistência de comorbidades psiquiátricas e a deficiência intelectual. Um dos transtornos psiquiátricos de maior prevalência é o Transtorno de Déficit de Atençã o e Hiperatividade (TDAH). Objetivos: rastrear alterações comportamentais de desatenção, hiperatividade e impulsividade em crianças e adolescentes com Síndrome de Williams. Método: participaram do estudo sete crianças e adolescentes com diagnóstico ge nético de Síndrome de Williams. O instrumento de coleta de dados foi a Escala de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade – Benczik, respondida pelos professores. Os problemas avaliados foram déficit de atenção, hiperatividade/impulsividade, problemas de aprendizagem e comportamento anti-social. Resultados: os achados clínicos se concentraram na escala de déficit de atenção (média=69,57) e problemas de aprendizagem (média=68,57). Ambas médias se associaram a percentis acima de 85 e 90 respectivamente. Esses percentis são compatíveis com problemas de atenção típicos do TDAH. Conclusão: a partir destes achados a amostra estudada apresenta indicadores comportamentais de desatenção do tipo, não conseguir concentrado em uma tarefa durante muito tempo, distrair-se facilmente por estímulos alheios, não conseguir finalizar tarefas iniciadas na amostra os problemas de desatenção e aprendizagem mostram indicadores de uma possível comorbidade psiquiátrica do tipo TDAH. 48 Instituição: Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Endereço: Rua da Consolação, 896. Prédio 38- Térreo. Consolação. São Paulo, CEP: 01302-907. São Paulo – Brasil Telefone (55) (11) 2114-8179 / Fax (55) (11) 2114-8707 E-mail: [email protected] - Orientadora do Projeto Terapia Sexual, XIII(1):2010 83 Embora se trate de uma amostra restrita, estas a lterações encontradas exigem o desenvolvimento de programas de intervenção comportamental e cognitivo. Estes estão sendo desenvolvidos no próprio lócus das escolas regulares onde os pa rticipantes estão matriculados. Os projetos envolvem o desenvolvimento de treinamento psicoeducativos de professores para manejo comportamental e a estimulação cognitiva das crianças envolvidas. INSTRUMENTACIÓN DE UN PROGRAMA COGNITIVO CONDUCTUAL PARA INCREMENTAR EL BIENESTAR PSICOLÓGICO DENTRO DEL MARCO DE LA PSICOLOGÍA POSITIVA. Adriana G. Medina R.49 JUSTIFICACIÓN La Psicología Positiva es una ciencia que se encuentra en desarrollo y preámbulo del diseño y comprobación de técnicas y metodologías dirigidas al incremento del bienestar humano y calidad de vida. Siendo la Psicología Cognitivo Conductual un modelo con probadas victorias metodológicas que rescatan al sujeto del dolor psicológico proveyéndole de herramientas que lo fortalecen y subsanan, es de esperar que estos mismos principios puedan adicionalmente incrementar el bienestar psicológico. Apoyando con esto los planteamientos de Vera-Posek (2006) relativos a los retos que enfrenta la Psicología Positiva sobre la necesidad de generar programas de intervención y técnicas dirigidas a desarrollar los valiosos recursos que las personas, los grupos y las comunidades sin duda poseen. OBJETIVO Instrumentar un programa de intervención cognitivo -conductual que permita: 1. Aportar a la Psicología Positiva técnicas que han probado su efectividad en la investigación cognitivo conductual y que pudieran favorecer el incremento del Bienestar Psicológico. 2. Aportar conceptos teóricos sobre los aspectos cognitivo -conductuales que se infiere subyacen a algunas de las fortalezas y emociones positivas que conducen al Bienestar Psicológico. MÉTODO 49 Instituto de Terapia Cognitivo Conductual en Mexico www.terapiacognitivoconductual.com Dirección: Yosemite 29, Col. Nápoles, CP. 03810 - México, D.F. Teléfono (52) (55) 56 87 57 28 Correo: [email protected] / [email protected] Terapia Sexual, XII(1):2010 84 Se implementaronde acuerdo al principio de la intervención cognitivo conductual doce sesiones psicoeducativas con duración de tres horas, una vez por semana. En cada sesión se abarcaron prácticas, conceptos y técnicas básicas cognitivo -comportamentales incluyendo autores como Ellis (TREC), Beck (distorsiones cognitivas), Beck, J. (pensamientos de sabotaje), Bandura (autoeficacia), Meichenbaum (inoculación del estrés), Riso (perdón y pensamiento flexible), Lazarus (optimismo), Young (imaginación/emoción),D´Zurrila, y Nezu (solución de problemas), alineados al aprendizaje, fortalecimiento y desarrollo de algunos de los conceptosque laescuela Positivaha correlacionado al Bienestar Psicológico:flujo, perdón, gratitud, optimismo, juicio, generosidad, sentido del humor y espiritualidad (Seligman, 2004). Así mismo se introdujeron prácticas que la Psicología Positiva ha comprobado su correlación con el bienestar psicológico, como el aprendizaje y experiencia de flujo, incluyendo el placer y el disfrute (Csikszentmihalyi, 1997) ligando estos conceptos al proceso de atención e interpretación cognitiva; ejercicios de perdón, gratitud y amabilidad estudiados por Lyubomirsky (2008) y correlacionados a la salud psicológica considerando en el estudio los procesos cognit ivos que propician estas conductas; el optimismo (Seligman, 2006) partiendo del estilo explicativo del sujeto yla espiritualidad difundiendo los aportes de su práctica al bienestar psicológico. RESULTADOS El programa total como variable independiente del estudio demostró su eficacia cuando al término de la intervención se presentaron incrementos estadísticamente significativos en los niveles de bienestar psicológico del 100% de los sujetos del grupo experimental. Se infiere existe una relación positiva entre el programa instrumentado y el incremento del bienestar, ya que en el caso del grupo control que no lo recibió, los puntajes de BP se mantuvieron sin cambio alguno. CONCLUSIONES El programa instrumentado además de su aplicación como herramienta para incrementar el bienestar psicológico,consideramos puede también operar como un medio sistematizado para alcanzar objetivos de prevención de la salud y fomento de la calidad de vida que persigue la Psicología Positiva, así como cualquier otra línea que prete nda como fin el bienestar psicológico del ser humano. Terapia Sexual, XIII(1):2010 85 PERFIL DE IDOSOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, REGISTRADOS NO DISQUE-DENÚNCIA NO INTERIOR PAULISTA Pinto, Francine N.F.R.50 Barham, Elizabeth J.51 Atualmente a população idosa vem envelhecendo e co m isso o número de idosos que sofrem algum tipo de violência esta aumentando. A Violência doméstica pode ser explícita ou velada, literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil ou por parentesco na tural como pai, mãe, filhos, irmãos etc. Este é um problema de alta prevalência na população idosa e acontece devido a diversos fatores, como por exemplo: a influência de modelos de interações familiares inadequadas, vínculos afetivos pobres, alto nível de sobrecarga e estresse entre os familiares, dificuldade da família em se adaptar à depe ndência do idoso, entre outros. Diante disso o presente estudo teve como objetivo levantar o perfil do idoso que sofre violência doméstica e delinear qual o seu tipo mais comum entre os casos formalmente registrados. Para isso, foram analisados 712 prontuários de um serviço de disque -denúncia de uma cidade de médio porte do interior de São Paulo. Os resultados obtidos foram de que a maioria dos idosos sofria negligência (43%) ou abandono (42%), seguido de apropriação indébita (6%), maus tratos físicos (4%), auto-negligência (3%) e violência psicológica (2%). Quando levantado o perfil dos idosos que sofriam esses tipos de violência, foi possível observar que a maioria era d o sexo feminino, branco, viúvo e analfabeto. Sendo que os principais denunciados eram pessoas da família, em sua maioria os filhos. Observamos que apesar de a violência psicológica ter sido denunciada com baixa freqüência, ela está presente em todas as outras formas de violência. Esse levantamento deixou clara a importância de estudos sobre as demandas psicológicas que surgem na relação idoso -cuidador, estes com 50 Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos; Departamento de Psicologia, Universidade Federal de São Carlos Telefone: (16) 3351-8111 (PABX)/Fax: (16) 3361-2081 [email protected] 51 Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos; Departamento de Psicologia, Universidade Federal de São Carlos Rodovia Washington Luís, km 235 - SP-310 São Carlos - São Paulo - Brasil CEP 13565-905 Telefone: (16) 3351-8111 (PABX)/Fax: (16) 3361-2081 Terapia Sexual, XII(1):2010 86 o intuito de subsidiar o preparo de intervenções capazes de reduzir a prevalência de casos de violência contra idosos. Palavras-chave: Idoso, Violência doméstica, cuidador de idosos, demanda psicológica. PROGRAMA DE AUTOCONOCIMIENTO PARA REDUCIR LOS NIVELES DE ESTRÉS PERCIBIDO: UNA INVESTIGACIÓN CUASIEXPERIMENTAL César Eduardo Cuentas Carrera El propósito de esta investigación cuasiexperimental fue comprobar la efectividad del Programa de Autoconocimiento para reducir los niveles de estrés percibido, en comparación con un tratamiento placebo. Participaron 30 estudiantes de la Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurimac de la Facultad de Educación, comprendidos entre los 18 y 25 años de ambos sexos, 15 para el grupo experimental y 15 del grupo control. Se utilizo el Cuestionario de Estrés Percibido diseñado y validado para los fines correspondie ntes. Los resultados posttest confirmaron diferencias significativas entre ambos, el grupo control obtuvo un promedio de 37 y el grupo experimental de 30 reduciendo su nivel de estrés percibido de moderado a leve, y el control se mantuvo. Se concluye que el programa de autoconocimiento reduce los niveles de estrés percibido a un nivel significativo. Los objetivos que nos hemos planteado son: Evaluar el efecto del Programa de Autoconocimiento para reducir los niveles de estrés percibido. Instrumentar un programa de Autoconocimiento para reducir los niveles de estrés percibido, Efectuar comparaciones intragrupos e intergrupos con relación al estrés percibido. Verificar si las diferencias es entre ambos grupos son estadísticamente significativas. La metodología del Programa de Autoconocimiento esta estructurado en siete sesiones que se realizaron una por semana en un tiempo cronológico de dos horas cada una. Cada sesión se desarrolla en dos partes la primera en disminuir la acumulación de tensiones y movilizar bloqueos en las respuestas emotivas y la segunda a realizar el análisis de la situación actual y su autobiografía. Los sujetos aprenden a ponerse en disposición para comprenderse mediante: practicas de distensión, practicas psicofísicas, practicas de autoconocimiento, El contenido del Programa de Autoconocimiento se enmarca en: Relax Físico Externo y Análisis de la Situación actual; Relax Físico Interno y Análisis de la Situación actual; Postura corporal estado de animo y análisis de la situación actual; Relax mental y autobiografía; Estática corporal respiración; Ejercicio emotivo y autobiografía; Experiencia de Paz y Autobiografía; El Programa de Autoconocimiento esta Terapia Sexual, XIII(1):2010 87 basado en el libro titulado sistema de Auto liberación tiene como corriente principal a la Psicología del nuevo humanismo. Se ha comprobado que el programa de autoconocimiento reduce los niveles de estrés percibido porque actúa de forma integral en el sujeto tanto a nivel fisiológico, emotivo y cognitivo lo que ayuda a detectar los estímulos estresares con mayor atención, su aporte radica en el mejoramiento de las actitudes frente a la vida haciendo que el futuro pueda ser estructurado de una manera mas s aludable y con sentido de vida. A las conclusiones que se llego: La administración del programa de autoconocimiento reduce los niveles de estrés percibido de un nivel moderado a leve; La administración del tratamiento placebo no redujo significativamente los niveles de estrés percibido en el grupo control; Es importante tomar en cuenta un enfoque humanista en el tratamiento del estrés como el Programa de Autoconocimiento que se ha podido constatar; Se encontró una diferencia significativa a nivel estadístico entre el grupo control y el grupo experimental en sus promedios de estrés percibidos. Las sugerencias que se plantean son: Se realicen mas estudios de corte experimental para que se pueda dar propuestas innovadoras que den respuestas y generen cambios positivos que apoyen en la solución de problemáticos actuales. Que en futuras investigaciones se realicen con otro tipo de población a ver si existen variaciones de estrés percibido y beneficio el programa. PROGRAMACION NEUROLINGUISTICA o N.L.P EN EL PROCESO DE LA PSICOTERAPIA ACTUAL Virgilio Baldera Brenis52 Programación Neurolingüística Programación Neurolingüística o sus siglas en ingles N.L.P. es el nombre que Richard Bandler y John Grinder dieron al modelo que concibieron a partir de los trabajos de los mejores terapeutas allá por la década del 70. en California Estados Unidos. Este enfoque consiste en generar estrategias de cambio personal, así como identificar patrones y modelos de excelencia permitiéndonos conseguir resultados positivos tanto en uno mismo como aplicándolo en los demás. Su conjunto de sus Técnicas parten del presupuesto (uno de ellos es) que la persona ya dispone de los recursos necesarios para generar ese cambio, nuestra función como terapeutas es ayudarle a emplear esos recursos adecuados para el contexto adecuado. 52 Psicólogo - Programa CrecSer “Ser para Crecer” Terapia Sexual, XII(1):2010 88 Utilizando los principios de la N.L.P. es posible describir cualquier actividad humana de un modelo detallado que nos permite efectuar muchos cambios profundos y duraderos de una forma rápida y fácil. Por otro lado este enfoque terapéutico rompe con el paradigma en que la psicoterapia tenía que ser lenta, difícil, larga, dolorosa, para convertirse en un modelo efectivo, rápido, ecológico y duradero. La aplicación de estas técnicas no solo desde la teoría sino desde su aplicación en resoluciones de casos atendidos desde mi experiencia en práctica privada me permiten evidenciar que la técnica en N.L.P.se ha convertido en una herramienta en el proceso de psicoterapia tan efectiva como duradera. Tratamiento de Trastornos específicos de la pronunciación a partir de técnicas conductuales en niños de 6 a 7 años de una zona urbano marginal de Lima Alex Grajeda Montalvo53 Se aplican técnicas conductuales en el tratamiento de trastornos específicos de la pronunciación, los que también son conocidos como dislalias, en niños de 6 a 7 años de colegios estatales de la localidad de Condevilla. Esta localidad se encuentra ubicada en la zona urbano marginal del distrito de San Martín de Porres, en la provincia de Lima. De acuerdo al CIE 10 (versión electrónica 2005) los trastornos específicos de la pronunciación son trastornos específicos del desarrollo en el que la pronunciación de los fonemas por parte del niño está a un nivel inferior con respecto a su edad mental, pero el nivel es normal para la s demás funciones del lenguaje. Conductualmente se observan patrones alterados de pronunciación, modificándose, cambiándose u omitiendo los fonemas en la palabra pronunciada. En la investigación se utilizo un diseño intrasujeto de línea base AB. Al inicio de la investigación se evaluó a una muestra de 234 niños (135 niñas y 99 niños) a los cuales se les aplica el Test de Melgar (2001). Los resultados en esta fase muestran altos porcentajes de problemas tanto en varones como niñas, siendo mayor la frecuencia en los niños (37 % vs. 24 %). Entre los fonemas más deficitarios se observan el R, r, s y la d. Dado el alto porcentaje hallado se hacía necesaria la intervención psicológica utilizándose criterios científicos, por lo que, posteriormente fueron seleccionados al azar 27 niñas y 20 niños a los que se aplicaron técnicas conductuales de formació n y mantenimiento, entre las que destacan el contrato conductual, modelado, moldeamiento, el 53 Universidad Peruana Los Andes - [email protected] Terapia Sexual, XIII(1):2010 89 reforzamiento positivo, la instigación, la economía de fichas y el encadenamiento. Cada caso se trato individualmente seleccionándose reforzadores diferentes según cada historia conductual individual. Al inicio los padres firmaron un contrato conductual comprometiéndose a cumplir las instrucciones del Psicólogo, las cuales implicaban un horario definido de ejercicios, la observación y registro de la conducta de su menor hijo y la asistencia con el menor dos veces por semana al consultorio para que durante media hora se pudiera trabajar con el trastorno. Luego se elaboraron líneas base de cada niño y niña, las que luego del tratamiento se compararon con las líneas de control. Los resultados muestran la alta efectividad de las técnicas empleadas en el tratamiento de esta problemática lográndose reducir en un 100 % estos trastornos en los niños participantes. Palabras clave: Trastornos específicos del lenguaje, técnicas conductuales, niñez, urbano marginal. Terapia Sexual, XII(1):2010 90 Posteres O Processo de Psicoterapia com Desordem de Identidade de Gênero54 André Bertoldi55 Oswaldo Rodrigues Jr.56 Gisele Marie Rocha 57 Justificativa: O Processo Psicoterápico com pessoas com Desordens de Identidade de Gênero, anteriormente denominados de Transexuais, tem vários objetivos que vão do pré ao pós -cirurgia. O consenso sobre este transtorno é de que se caracteriza por uma forte identificação com o gênero oposto ao seu, por uma sensação de desconforto com o próprio sexo, o que é persistente, e por um sentimento de inadequação do papel social vivido atualmente. Aqui, cabe compreender a diferença entre identidade de gênero, ou seja, a compreensão entre ser homem e mulher, e orientação sexual que é a atração, o desejo sexual sentido por homens ou mulheres em relação ao próprio sexo ou ao sexo oposto. A psicoterapia além de auxiliar o paciente na construção de sua identidade estabelece entre os dois, psicoterapeuta e paciente, uma relação de confiança, a qual é es sencial para um tratamento bem sucedido e para o fortalecimento da autoestima do paciente. O objetivo inicial da Psicoterapia é poder promover um alivio dos sintomas angustiantes sejam eles vividos na família, sociedade ou trabalho. No início do processo, é possível avaliar se existem transtornos associados, sejam de personalidade ou transtornos gerados nessa dura e longa caminhada que se desenrola lentamente. O profissional capacitado ao atendimento de pessoas que sofrem de Desordens de Identidade de Gênero precisa preocupar-se com algumas questões importantes além dessas: reconhecer e identificar o diagnóstico; conhecer a história do sujeito desde sua infância; psicodiagnóstico incluindo também uma avaliação familiar, o qual pode gerar sérios prejuízos emo cionais e comportamentais se não bem compreendidos; buscar reduzir experiências de traumas, principalmente geradas na infância e adolescência; orientar tanto a família como o sujeito aos comportamentos e adequações de características ou modificações que vão acontecendo; apoio e compreensão na tomada de decisões. É na própria Psicoterapia que observações são realizadas para uma melhora global do sujeito. Com isso busca -se fazer com que o 54 Trabalho desenvolvido no Instituto Paulista de Sexualidade – www.inpasex.com.br – [email protected] 55 [email protected] 56 [email protected] 57 [email protected] Terapia Sexual, XIII(1):2010 91 paciente se dê conta do que ainda precisa mudar para sentir-se confortável. A fonoaudiologia é um recurso e uma possibilidade que deve ser abordada durante o tratamento. Homens e mulheres diferem na tonalidade vocal, principalmente após a puberdade pela ação hormonal. Dessa forma, é importante buscar também uma adequação voca l que seja condizente com todas as modificações e adequações que o paciente esta buscando através da fonoterapia. Outro aliado ao tratamento é a terapia hormonal que consegue trazer alivio de sintomas e um maior bem-estar para o paciente com Transtorno de Desordens de Gênero. Sua função é trazer alterações que sejam compatíveis com caracteres do gênero oposto. Algumas mudanças que ocorrem e são significativas são a amenorreia e a diminuição dos seios, bem como a diminuição de ereções espontâneas. O processo cirúrgico consiste na histerectomia (retirada do órgão sexual feminino), mastectomia (retirada de mamas) e reconstrução do pênis, para Transexuais masculinos e, em Transexuais femininos, a construção de uma vagina, aproveitando os tecidos do escroto para os grandes e pequenos lábios, a utilização da glande para a construção do clitóris e cirurgias plásticas para implante de mamas, considerados mais simples pela modernidade em que vem sendo feitos e pelo tempo que médicos já estão se utilizando dessa técnica. O pós-cirúrgico consiste na adequação sexual do paciente e no reconhecimento corporal e desse novo órgão genital que se “trans -forma” em sinônimo de vida digna e saudável (Rodrigues, Jr, 2009). Segue-se com isso a modificação de toda documentação para o nome desejado. O processo jurídico é também uma conquista e facilita a vida desse sujeito em termos de estudo, trabalho, sociedade, pois consegue expressar de forma significativa quem é, através da comparação entre real e simbólico. Antes, dificuldades em apresentar-se ou identificarse e depois, orgulho em poder fazê-lo sem constrangimento e humilhação. É necessário sempre pensar em algo a mais para poder cuidar da vida dessa pessoa que nos procura. É uma busca constante em adaptar uma vida toda e testar diversas possibilidades no meio atual. Método: Através da Psicoterapia é possível compreender como foi o desenvolvimento da história de vida dessa pessoas, suas experiências, a forma como pensa, age, compreende cada situação vivida e a partir daí, estabelecer um plano de tratamento adequado a cada pessoa. O desenvolvimento e aperfeiçoamento de habilidades sociais para que consiga sentir-se pertencente a sociedade é um elemento importante a ser trabalhado. Família, trabalho, estudos, enfim, organizar e cons truir socialmente esta pessoa para que consiga dar conta de todas as suas necessidades do dia-a-dia (Rodrigues Jr, 2009). Terapia Sexual, XII(1):2010 92 Geralmente essas pessoas abandonaram a família ou a família as abandonou por não conseguir suportar e/ou compreender tal condição. A sociedade, em geral, continua preconceituosa e muitas vezes, nem compreende o que de fato esta a sua frente: um ser humano. Assim, são expostos, vitimizados e ocupam um lugar inferior na sociedade. Muitos não conseguem um emprego por questões óbvias e preco nceituosas: aparência física masculina ou feminina não condizente com o nome exposto em qualquer documento de identificação. Quem consegue estabelecer um vínculo empregatício, acaba sofrendo ainda com o preconceito, seja pela forma como se veste, seja pela aparência física ainda desproporcional com sua almejada identidade. Conseguir se manter financeiramente é uma constante batalha vivida dia após dia, muitas vezes tendo que se submeter a prostituição, sendo a única forma encontrada para prover o próprio sustendo. Conclusões: Muitos pacientes com Transtorno de Identidade de Gênero que buscam ajuda, já aprenderam a lidar com as mais variadas situações. Desenvolveram habilidades para conseguir lidar com frustrações ou adaptações que tenham que fazer ao longo d a vida; outros, nem tanto. Estes são muito beneficiados com a psicoterapia logo no início, pois conseguem aliviar sua ansiedade e desenvolver habilidades, estratégias para lidar com situações cotidianas. Após a cirurgia, existe a preocupação do psicoterape uta com a adequação sexual dessa pessoa, podendo auxiliar no aprendizado e promover uma vida sexual satisfatória (Rodrigues Jr, 2009). A utilização de um vibrador é indicada durante certo tempo para que não oco rra o fechamento da neo-vagina. Após dar conta de todo sofrimento e adequação pré -cirúrgica, o conhecimento corporal e desse novo órgão genital se “trans -forma” em sinônimo de vida digna e saudável. Não significa que as pessoas queiram passar por um processo cirúrgico apenas com a finalidade sexual. É muito além disso. Envolve a questão corpo -mente: a dissonância existente entre esses dois é o que causa tanto incomodo, desconforto e sofrimento. A obrigatoriedade da frequência em um processo psicoterápico para transexuais se torna importante quando o ob jetivo não é somente a obtenção de um laudo psicológico favorável ao processo cirúrgico. Essa “des-construção” deve ser compreendida durante a psicoterapia, fazendo com que o paciente consiga perceber que, além disso, outras questões importantes devem ser vistas e trabalhadas durante o processo, que tende a durar no mínimo 2 anos. A atenção pós -cirúrgica associa-se com melhoras psicossociais (Meyer III e cols, 2001). Referências: Drumond, LB (s/d) Fonoaudiologia e Transgenitalização: a voz no processo de reelaboração da identidade social do transexual. Disponível em: Terapia Sexual, XIII(1):2010 93 http://w w w.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRA PSO/161.%20fonoaudiologia%20e%20transgenitaliza%C7%C3o.p df. Acesso em 10/09/2010. Meyer III, W; Bockting, WO; Peggy Cohen-Kettenis, P; Coleman, E; DiCeglie, D; Devor, H; Gooren, L; Hage, JJ; Kirk, S; Kuiper B; Laub, D; Law rence, A; Menard, Y; Monstrey, S; Patton, J; Schaefer, L; Webb, A; Wheeler, CC. The Harry Benjamin International Gender Dysphoria Association's Standards Of Care For Gender Identity Disorders, Sixth Version February, 2001. http://w w w.w path.org/documents2/socv6.pdf acessado em 05/08/2010. Miyai, KER (2010). Transexualismo. Disponível em: http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/view Article/2479 . Acesso em 10/09/2010. Rodrigues Jr., OM (2009). “Psicoterapia em Transexualidade”. in Vieira e Paiva (2009) Identidade Sexual e Transexualidade . São Paulo: Roca, 87-94. Silveira, E.M.C. (2006) De tudo fica um pouco: a construção social da identidade transexual. Disponível em: http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=18 . Acesso em 10/09/2010. Vieira, TR; Paiva, LAS (2009). Identidade Sexual e Transexualidade . São Paulo: Roca. Val, AC; Melo, APS; Grande -Fullana, I; Gómez-Gil, E (2010). Transtorno de identidade de gênero (TIG) e orientação sexual. Disponível em: http://w w w .scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516 44462010000200016. Acesso em 10/09/2010. Evidências de validade baseadas na estrutura interna da Escala de Autoeficácia Sexual Feminina Ítor Finotelli Júnior58 Oswaldo Martins Rodrigues Júnior 59 Diego Henrique Viviani60 Escala de Autoeficácia Sexual Feminina (EASF) foi construída segundo o modelo trifásico da resposta sexual humana (desejo, excitação e orgasmo) e as disfunções que ocorrem nessa função. Também foi elaborada, segundo a Escala de Autoeficácia Sexual–Função Erétil que 58 GEPIPS - Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade; Instituto Paulista de Sexualidade – www.inpasex.com.br; ABEIS – Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual; 60 Instituto Paulista de Sexualidade - GEPIPS 59 Terapia Sexual, XII(1):2010 94 utiliza o conceito de autoeficácia de Bandura para avaliar as crenças sobre o desempenho sexual em uma variedade de situações sexuais. A EASF contém 28 afirmativas sobre o comportame nto sexual (exemplo, “Obter prazer no contato sexual com o parceiro sem que haja penetração”), nas quais a pessoa deve assinalar na coluna 1 se acredita ser capaz ou não de realizar tal comportamento e quantificar na coluna 2 o grau de certeza de 10 a 100 (10 para “quase sem certeza” e 100 para “certeza absoluta”). Orientada para uso clínico, especificamente para avaliação das disfunções sexuais femininas, pode ser utilizada também para avaliação da evolução do tratamento e avaliação por pares (pela parceria). Dada à condição de ausência de estudos de evidências de validade na literatura com a EASF, a presente pesquisa buscou evidências de validade baseada na estrutura interna da escala. A amostra de conveniência foi composta por 237 mulheres de três locais diferentes, duas universidades e uma clínica de psicologia. As participantes das universidades corresponderam 54%. Para as restantes, todas estavam em processo de psicoterapia e terapia sexual e possuíam queixas de disfunções sexuais. As idades variaram entre 18 a 61 anos (M=29,64; DP=9,11), sobre estado civil, 46% eram casadas, 53% solteiras e 1% divorciadas. No tocante a escolaridade, 91% delas possuíam a partir de ensino superior incompleto. A aplicação foi realizada coletivamente nas universidades e individualmente na clínica, ambas ocorreram em locais apropriados com os cumprimentos éticos exigidos em pesquisa. Os dados coletados foram submetidos à análise fatorial exploratória e precisão. A fatorabilidade foi confirmada pela matriz de correlação, índice de adequação da amostra e teste de esfericidade de Bartlett. A extração por componentes principais com rotação varimax sugeriu seis fatores, entretanto, observou-se itens sem carga ou com carga em dois ou mais fatores. Diante do achado, optou -se em excluí-los e uma nova análise foi empregada. Para essa segunda, quatro fatores foram extraídos capazes de explicar 67,24% da variância, os critérios para extração foram autovalor>1,0, teste visual e a retenção de três itens com cargas iguais ou superiores a 0,4. A consistência interna por alfa Cronbach estimou a precisão da escala em 0,88, os fatores permaneceram entre 0,62 a 0,89. Para os resultados, a escala ficou composta de 19 itens e quatro fatores, a saber, Desejo -Excitação (sete itens); Capacidade de Penetração (cinco itens); Prazer Solitário (quatro itens) e Assertividade Sexual (três itens). As dimensões encontradas fornecem evidências de validade baseada na estrutura interna para o instrumento, segundo as descrições na literatura do modelo trifásico da resposta sexual. Espera-se que o novo formato da escala não somente cumpra os critérios psicométricos exigidos para um instrumento de medida, mas também possa auxiliar profissionais ligados à área da sexualidade na Terapia Sexual, XIII(1):2010 95 avaliação de pacientes, principalmente co m queixas de disfunções sexuais. Evidências de validade baseadas na relação com outras variáveis da Escala de Autoeficácia Sexual Feminina Ítor Finotelli Júnior61 Oswaldo Martins Rodrigues Júnior 62 Diego Henrique Viviani63 Segundo dados de um estudo que buscou evidências de validade na estrutura interna da Escala de Autoeficácia Sexual Feminina (EASF), quatro dimensões foram identificadas e denominadas de desejo -excitação, capacidade de penetração, prazer solitário e assertividade sexual. Os itens agrupados nessas dimensões fazem correspondência à literatura, pois são comportamentos sexuais executáveis a todas as mulheres e corroboram o modelo trifásico da resposta sexual humana. Ao lado disso, a união desses itens agruparam características comuns como a obtenção de prazer, a disponibilidade quanto a práticas sexuais e a adequação necessária para uma penetração vaginal. Além dessa evidência, considera -se importante para um instrumento de medida que ele também apresente informações na relação com construtos distintos para acrescer outras evidências quanto a sua validade. Justamente por tal consideração que este estudo buscou evidências de validade baseada na relação com outras variáveis para a EASF com instrumentos que avaliem depressão, ansiedade, desejo sexual, satisfação sexual e satisfação marital. A amostra foi composta por conveniência, ao todo participaram 183 mulheres de duas universidades e uma clínica de psicologia. Segundo o questionário inicial, as participantes foram dividas em dois grupos, mulheres sem queixas sexuais e mulheres com queixas sexuais. A quantidade de participantes para esses grupos correspondera m a 54% e 46%, respectivamente. Os grupos não diferiram estatisticamente com relação à idade, cuja média foi de 29 anos. Sobre estado civil, 60% eram casadas, 40% solteiras e a escolaridade em 88% dos casos foi a partir de ensino superior incompleto. Além da EASF, os instrumentos utilizados foram os Inventários Beck de Depressão (BDI) e Ansiedade (BAI), Inventário de Desejo Sexual (IDS-2), Escala de Satisfação Sexual Feminina (SSS-W) e Escala Fatorial de Satisfação com o Relacionamento de Casal (EFS-RC). A aplicação foi realizada coletivamente nas universidades e individualmente 61 GEPIPS - Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade; Instituto Paulista de Sexualidade – www.inpasex.com.br; ABEIS – Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual; 63 Instituto Paulista de Sexualidade - GEPIPS 62 Terapia Sexual, XII(1):2010 96 na clínica, ambas ocorreram em locais apropriados com os cumprimentos éticos exigidos em pesquisa. Para as análises, os escores dos instrumentos e suas dimensões foram computados e submetidos à correlação Pearson, ao nível de significância de 0,05. As correlações foram controladas segundo a divisão dos grupos, medida criada para minimizar os efeitos da variável queixa nas correlações. Os resultados apresentaram associação negativa moderada entre a dimensão assertividade sexual da EASF com BDI e BAI; positiva moderada entre as dimensões desejo -excitação e assertividade sexua l, além da própria EASF com SSS-W. Para as dimensões da EASF com as dimensões da SSS-W, correlações positivas moderadas foram encontradas entre prazer solitário com contentamento; capacidade de penetração e assertividade sexual com preocupação pessoal. Estimou-se forte associação positiva entre desejo -excitação da EASF com a dimensão desejo sexual diádico do IDS-2. Não foram encontradas associações da EASF com EFS-RC. De maneira geral para dados da literatura, afirma -se que essas associações forneceram evidências de validade para EASF e suas dimensões. Conclui-se que os construtos avaliados mantiveram as associações esperadas. De maneira específica, indicaram relevantes achados sobre a influência dessas variáveis na autoeficácia sexual feminina. Novos estudos deverão agregar os resultados aqui apresentados. ANÁLISE QUALITATIVA DE ENTREVISTAS COM ANALISTAS DO COMPORTAMENTO QUE ATENDEM PESSOAS SURDAS. Adriane Magalhães64 Marilia Ferreira da Silva 65 Thiago Pacheco de Almeida Sampaio66 Durante estágio curricular em Instituição de Ensino voltada à crianças que apresentam deficiência auditiva, surgiu o interesse das autoras em aprofundar o conhecimento sobre a atuação do psicólogo clínico com este público, visto que é um trabalho pouco divulgado. Os surdos têm um acesso diferente ao mundo, o que pode implicar em diferenças em relação aos clientes ouvintes na relação terapêutica. O objetivo geral da pesquisa foi analisar a relação terapêutica e as 64 Universidade São Judas Tadeu – São Paulo – Brasil – [email protected] 65 Universidade São Judas Tadeu – São Paulo – Brasil – mariliafsilvaa@g mail.co m 66 Universidade São Judas Tadeu – São Paulo – Brasil – [email protected] Terapia Sexual, XIII(1):2010 97 estratégias comportamentais que podem ser empregadas na clínica com as pessoas com deficiência auditiva . Foram entrevistadas duas terapeutas que se auto -denominavam comportamentais e atendiam pessoas com deficiência auditiva. Foi utilizado um roteiro de perguntas para entrevista semi-dirigida, contendo 11 questões abertas relacionadas ao tema e um gravador de áudio. As participantes foram selecionadas através de ferramentas de buscas da Internet, a partir do contato com instituições públicas ou privadas que prestam algum tipo de serviço à população que se pretendia investigar, bem como indicações de psicólogos do meio social dos pesquisadores. Foi empregado método qualitativo de análise do discurso do sujeito. Foram estabelecendo as seguintes categorias de análise, eleitas a posteriori, a partir da transcrição das entrevistas: Dificuldades na Relação Terapêutica; Especificidades da análise do comportamento aplicada ao surdo; Formação Profissional do Terapeuta; Lacunas existentes sobre o tema na literatura; Estratégias utilizadas pelos Analistas do Comportamento e Princípio de Atuação. Uma das participantes defendeu o “Bilingüismo” e a outra o “Oralismo” como principio de atuação na sessão terapêutica com as pessoas com deficiência auditiva, a interação com o paciente se dá gradativamente a partir de mínimas ações como o contato visual, gestos, expressão facial e o toque. Ambas relataram não haver diferenças relevantes entre um atendimento de pessoas com deficiência auditiva e um atendimento com ouvintes, a única diferença é a língua utilizada para a realização da sessão terapêutica. Os dados obtidos neste trabalho coincidem com a literatura no que se refere à ênfase atribuída pela abordagem comportamental na análise da função dos comportamentos em detrimento da topografia. As mudanças na conduta do terapeuta se restringem à linguag em utilizada com clientes surdos e as especificidades técnicas se limitam a este âmbito. O Oralismo e o Bilinguismo são meios possíveis de se estabelecer uma relação terapêutica efetiva e a opção entre um e outro método se relaciona às habilidades pessoais do terapeuta e de cada cliente, bem como ao posicionamento do terapeuta em relação a esse controvertido tema. Palavras-chave: Análise do Comportamento, Terapia Comportamental, Surdez. Terapia Sexual, XII(1):2010 98 COMPARAÇÃO DOS FENÓTIPOS COMPORTAMENTAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE PRADER-WILLI, SÍNDROME DE WILLIAMS-BEUREN E SÍNDROME DE DOWN Yara Garzuzi67 Maria Cristina Triguero Veloz Teixeira 68 JUSTIFICATIVA: No Brasil, são poucos os estudos que abrangem a temática dos fenótipos comportamentais em pessoas com síndromes genéticas. O conhecimento de padrões comportamentais associados a tais síndromes contribui para o planejamento de estratégias de avaliação, intervenção e manejo terapêutico padronizados, e para uma melho ria das práticas assistenciais. Este estudo aprese nta três síndromes genéticas cujo fenótipo comportamental comum é a presença da deficiência mental que se associa a padrões neurobiológicos, clínicos, comportamentais, sociais e psiquiátricos específicos a cada uma delas. OBJETIVOS: Descrever e comparar os principais padrões de comportamento de crianças e adolescentes com Síndrome de Prader-Willi (SPW), Síndrome de Williams-Beuren (SWB) e Síndrome de Down (SD). MÉTODO: A amostra foi composta por 68 crianças e adolescentes com diagnóstico para as síndromes. Desses participantes, 11 apresentavam diagnóstico citogenético-molecular para a SPW, 10 apresentavam diagnóstico clínico e/ou citogenético -molecular para a SWB, e 47 apresentavam diagnóstico clínico e/ou citogenético -molecular para a SD. Para a coleta de dados, utilizaram-se o Inventário dos Comportamentos de Crianças de 1½ a 5 anos (CBCL/1½–5) e o Inventário dos Comportamentos de Crianças e Adolescentes de 6 a 18 anos (CBCL/6– 18). RESULTADOS: Os principais resultados da comparação entre os grupos mostraram que, em relação a alterações de comportamento, o grupo com SPW obteve as maiores pontuações, seguido pelo grupo com SWB e pelo grupo com SD, respectivamente. Os principais padrões encontrados foram: Na SPW, problemas externalizantes, problemas sociais, problemas 67 Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Des envolvimento. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade Presbiteriana Mackenzie. Endereço: Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 365, cj04 – Paraíso – São Paulo/SP – Brasil – CEP 04004-030 – Telefone (55-11) 3051-3454 – e-mail: [email protected] m 68 Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade Presbiteriana Mackenzie. Endereço: Rua da Consolação nº 896, prédio 38, térreo – Consolação – São Paulo/SP – Brasil – CEP 01302-907 – Telefone (55-11) 2114-8179 – e-mail: [email protected] Terapia Sexual, XIII(1):2010 99 de pensamento e comportamento agressivo; na SWB, problemas sociais e de atenção; e, na SD, problemas totais. Observaram-se, ainda, diferenças estatisticamente significativas entre alguns desses padrões de resposta quando se compararam os grupos pareados por sexo e idade (SPW -SD e SWB-SD). CONCLUSÕES: As alterações encontradas principalmente nos grupos com SPW e SWB interferem de maneira considerável na adaptação social dessas crianças e adolescentes. Se essas alterações não forem tratadas, poderão configurar o desenvolvimento de fatores de risco para diversas comorbidades psiquiátricas com tendência à cronicidade. Por isso, fazem-se necessários a implementação de serviços públicos de saúde para o cuidado das alterações comportamentais e o auxílio do manejo familiar desses grupos de crianças e adolescentes. CORRELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS DE INTERNALIZAÇÃO E EXTERNALIZAÇÃO ENTRE PAIS E PROFESSORES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE WILLIAMS. Mayra Fernanda Ferreira Seraceni69 Solange de Freitas Branco Lima 70 Ana Yaemi Hayashiuchi 71 Maria Aparecida Fernandes Martin 72 Luiz Renato Rodrigues Carreiro 73 Maria Cristina Triguero Veloz Teixeira 74 Justificativa: A Síndrome de Williams (SW) apresenta um fenótipo comportamental caracterizado por déficits e excessos comportamentais nas áreas de sociabilidade, linguagem e comunicação. Há presença de comorbidades psiquiátricas, déficits cognitivos, falta de controle inibitório, dificuldades lingüísticas e estruturais, estereotipias comportamentias, desatenção, hiperatividade, entre outros. 69 [email protected] m [email protected] m 71 [email protected] 72 [email protected] 73 [email protected] 74 Orientadora do Projeto - E-mail: [email protected] Instituição: Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Endereço: Rua da Consolação, 896. Prédio 38- Térreo. Consolação. São Paulo, CEP: 01302-907. São Paulo – Brasil Telefone (55) (11) 2114-8179 - Fax (55) (11) 2114-8707 70 Terapia Sexual, XII(1):2010 100 Objetivo: Correlacionar os resultados entre pais e professores na identificação de problemas comportamentais de internalização e externalização em crianças e adolescentes com SW. Método: participaram do estudo 7 crianças e adolescentes com diagnóstico genético de Síndrome de Williams, média de idade de 8,85 e desvio padrão 1,46. Os instrumentos de coleta de dados foram os Inventários de Comportamentos de Crianças e Adolescentes de 6 a 18 anos - Child Behavior Checklist (CBCL/6–18) respondidos pelos cuidadores/responsáveis e o Teacher's Report Form (TRF/6–18) respondidos pelos professores. Os problemas de internalização avaliados foram ansiedade/depressão, queixas somáticas e isolamento/depressão e os de externalização foram o comportamento de violação de regras e o comportamento agressivo. Resultados: as respostas dos professores ao TRF/6-18 não acusaram escores T compatíveis com as faixas clínicas e limítrofes nas escalas avaliadas. Já, nas respostas das mães aos CBCL/618 identificaram-se problemas de comportamento de externalização e totais. A análise de correlação entre as escalas TRF e CBCL mostrou a existência de associação estatisticamente significativa entre a escala de problemas de externalização do TRF e as escalas do CBCL: problemas de internalização (r=-0,88, p=0,008) e problemas totais (r=-0,89, p=0,007). Estes coeficientes negativos indicam que, na medida em que os professores identificavam menores problemas comportamentais, os pais reconheciam maior número de alterações. Conclusão: os dados, embora preliminares, apontam para uma discordância em relação às avaliações efetuadas por pais e profes sores sobre as mesmas crianças. No caso, os pais identificam maior número de problemas e os professores não os identificam. Estes resultados precisam ser validados mediante a aplicação de outros métodos, por exemplo, a observação comportamental. Entretanto, todos os cuidadores e professores foram orientados em relação ao manejo de alterações de comportame nto nos contextos escolar e familiar, pois há necessidade de um acompanhamento multidisciplinar destas crianças e adolescentes, sobretudo porque muitas destas características podem interferir no desenvolvimento em geral e na inclusão escolar destas. Terapia Sexual, XIII(1):2010 101 Creencias obsesivas en los trastornos de ansiedad Lic. Rafael Kichic75 Lic. Pablo López76 Dr. Francisco Doria Medina 77 Justificación: Los modelos cognitivo-conductuales del trastorno obsesivo compulsivo (TOC) le asignan a las creencias disfuncionales un rol central en la etiología y mantenimiento del TOC (Frost y Steketee, 2002). Se ha propuesto que existe una clara relación entre los síntomas TOC y las creencias obsesivas si: los pacientes con TOC puntúan más alto en las medidas de creencias obsesivas compara dos con controles ansiosos, si cada subtipo de TOC está asociado con al menos una forma de creencia obsesiva, y si existe una congruencia entre el contenido de las creencias y los subtipos de TOC (Tolin et al., 2006). Investigaciones en muestras de pacientes anglosajones e italianos mostraron que las personas con TOC puntuaron más alto que los controles normales en cada subescala de la Obsessive Beliefs Questionnaire (OBQ) y de la Interpretation of Intrusions Inventory (III) (OCCWG, 2003; Sica et al., 2004). Tolin et al., (2006) encontraron que las comparaciones en las tres subescalas de la OBQ-44 arrojaron diferencias no significativas entre el grupo TOC y los controles ansiosos luego de controlar por ansiedad rasgo o depresión. Estudios que exploraron la relación entre las creencias obsesivas, medidas con la III, y los subtipos de TOC en muestras clínicas no encontraron correlaciones consistentes entre los puntajes de la III y los síntomas obsesivos. Objetivos: explorar estas relaciones en una muestra arge ntina de pacientes. Método: 25 pacientes adultos diagnosticados con TOC, 15 ansiosos sin TOC, y 21 controles comunitarios completaron medidas autoadministrables. La recolección de datos continua y será examinada en una muestra más amplia. El diagnóstico fue establecido con la SCID-I (60%) o en forma no estructurada por un experto. Resultados: se compararon los grupos mediante el uso de one -way MANOVA seguidos de comparaciones post hoc cuando eran apropiadas. 75 Clínica de Ansiedad y Estrés, Instituto de Neurología Cognitiva (INECO) e Instituto de Neurociencias Fundación Favaloro – Argentina e-mail: [email protected] / [email protected] / Tel (54 11) 4383-8222 76 Clínica de Ansiedad y Estrés, Instituto de Neurología Cognitiva (INECO) e Instituto de Neurociencias Fundación Favaloro - e-mail: [email protected] 77 Clínica de Ansiedad y Estrés, Instituto de Neurología Cognitiva (INECO) e -mail: [email protected] Terapia Sexual, XII(1):2010 102 Además, se usaron MANOVA para controlar por puntajes de depresión o ansiedad rasgo. Los pacientes con TOC puntuaron más alto en todas las subescalas de la III comparados con los dos grupos control (todos p's <.001). Los resultados se mantuvieron cuando se controló por depresión. Cuando se controló por a nsiedad rasgo las diferencias entre los controles ansiosos y los TOC se mantuvieron excepto en la subescala de control de los pensamientos, mientras que las diferencias con los controles comunitarios se volvieron no significativas para las tres subescalas de la III. Las correlaciones entre la III y las subescalas de la OCI-R o el Inventario de Padua revelaron solo algunas correlaciones significativas en la muestra TOC, predominantemente entre las subescalas de obsesiones del Padua y las creencias de control de los pensamientos. Conclusiones: nuestros resultados sugieren que la III distingue en forma válida los pacientes con TOC de los controles. Sin embargo, la especificidad de la III más allá de la relación específica entre las creencias de control y las obsesiones (tales como daño, sexo, o escrupulosidad) queda por ser investigada. Futuras investigaciones deberán examinar las propiedades de la III para determinar por qué diferentes estudios arrojan diferentes hallazgos. DESAMPARO APRENDIDO COM HUMANOS COM DIFERENTES INSTRUÇÕES Amilcar Rodrigues Fonseca Júnior 78 Tataína Iara Moreno Pickart 79 Maria Cristina Zago Castelli 80 O Desamparo Aprendido pode ser entendido como um fenômeno demonstrado experimentalmente e caracterizado por uma dificuldade de aprendizagem em sujeitos que passaram por uma história com eventos incontroláveis, geralmente aversivos. Tal efeito pode ser observado tanto em animais não-humanos quanto em humanos. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo verificar os efeitos de diferen tes instruções – instrução curta: Você irá desenvolver uma atividade em que estará exposto a intervalos de sons, sendo que, para tentar cessá -los você deverá identificar uma seqüência de dois números através do teclado numérico. A sua meta é desligar o som o mais rapidamente possível. E instrução longa sobre o fenômeno Desamparo Aprendido em humanos: 78 Centro Universitário Padre Anchieta - [email protected] Centro Universitário Padre Anchieta - [email protected] 80 Centro Universitário Padre Anchieta - [email protected] 79 Terapia Sexual, XIII(1):2010 103 Você irá desenvolver uma atividade em que estará exposto a intervalos de sons, sendo que, para tentar cessá -los você deverá identificar uma seqüência de dois números através do teclado numérico. Quando você acertar a seqüência numérica o som irá cessar imediatamente. Se você não conseguir acertar a seqüência numérica o som será interrompido automaticamente após um período. A sua meta é desligar o som o mais rapidamente possível. Os sujeitos (N=50) foram divididos em 5 grupos (N=10), sendo eles: Grupo Não-Tratado (NT), Grupo Instrução Curta – Controlável (ICC), Grupo Instrução Curta – Incontrolável (IC-I), Grupo Instrução Longa – Controlável (IL-C) e Grupo Instrução Longa – Incontrolável (IL-I). A instrução foi apresentada antes do início da fas e de tratamento do experimento. Todos os sujeitos, exceto os sujeitos do grupo NT, passaram pela fase de tratamento. Esta fase se deu da seguinte forma: os sujeitos foram expostos a estímulos aversivos sonoros, porém os sujeitos dos grupos controláveis podiam cessá -los digitando a sequência numérica “46” no teclado de um computador, enquanto os sujeitos dos grupos incontroláveis não podiam cessar o som. Os sujeitos dos grupo s incontroláveis foram acoplados aos sujeitos dos grupos controláveis, garantindo que todos os sujeitos foram expostos ao estímulo aversivo pelo mesmo tempo de duração de seus pares. Na segunda fase do experimento, todos os sujeitos realizaram uma mesma ta refa, que consistiu na resolução de 20 anagramas de cinco letras, embaralhados na ordem 3-4-2-5-1. Todos receberam uma mesma instrução antes de iniciála. Os sujeitos dos grupos IC-C e IC-I apresentaram um padrão semelhante daquele descrito na literatura. Os sujeitos dos grupos que receberam instrução longa apresentaram um padrão diverso: tanto os sujeitos do grupo IL -C quanto os sujeitos do grupo IL-I apresentaram latências altas durante toda a fase. Sendo assim, o uso da instrução curta se caracterizou co mo mais eficaz na produção do fenômeno do Desamparo Aprendido, se comparado ao uso da instrução longa. No entanto, novos experimentos que visem aprimorar o procedimento para estudar o Desamparo Aprendido e m humanos devem ser realizados. Terapia Sexual, XII(1):2010 104 Efectos de un programa de habilidades de interacción social en el autoconcepto y autonomía en un grupo de niños de 5to y 6to grado de primaria Lic. Gladys Aldana Primo 81 JUSTIFICACION: La presente investigación precisa la importancia de la enseñanza de habilidades socia les en el logro del autoconcepto y autonomía. Conscientes de que existiendo alumnos socialmente competentes en nuestros centros educativos, frecuentemente observamos alumnos con deficiencias en habilidades de interacción social, con amplia variedad de comportamientos maladaptativos y deficiencias para consolidar o iniciar relaciones con otras personas, de manera que son ignorados o rechazados por sus iguales, manteniéndose aislados evitando interactuar con los demás. Investigaciones realizadas establecen una relación entre niños con déficit en su comportamiento social y mayores probabilidades de presentar otros problemas en edades mayores, encontrándose en este tipo de alumnado la necesidad del uso de programas de enseñanza de las habilidades sociales que se trabajen en los centros educativos y de manera específica estos constructos, considerándose estos centros privilegiados para su intervención, por que las interacciones entre iguales cumplen un rol relevante en el desarrollo personal, en el autoconcepto y autonomía como uno de los más importantes resultados del proceso socializador y educativo para la integración de la personalidad del niño, posibilitando la motivación, el desempeño, la salud mental y la estructuración del sí mismo; mediante la influencia de personas significativas del medio familiar, escolar, social. OBJETIVO: Determinar el efecto de la enseñanza de habilidades sociales de interacción social en el desarrollo del autoconcepto y autonomía en un grupo de escolares de 5t0 y 6to grado de primaria MÉTODO: Investigación aplicada de diseño cuasi experimental, de intervención con grupo control no equivalente y de tipo ensayo clínico controlado no aleatorizado. Se utilizó el Programa de Enseñanza de Habilidades de Interacción Social (PEHIS), como variable independiente, y su relación en el logro del autoconcepto en niños escolares del 5to y 6to grado de educación básica regular como variable dependiente. La investigación, parte de las opiniones de profesores y otros profesionales competentes en el tema y consolida todo un marco conceptual evaluativo y procedimental con recursos, técnicas y estrategias que de manera sistemática favorezcan el desarrollo de su dimensión social mediante su interacción con su medio y con las personas de su entorno consolidando su proceso de socialización. 81 Universidad San Martin de Porres - Perú Terapia Sexual, XIII(1):2010 105 RESULTADOS: En la práctica de habilidades sociales para la adaptación e interacción, los niños adquieren mayores conocimientos de sí mismos y de los demás, forman paulatinamente su autoconcepto, mejora su autonomía y obtienen beneficios psicológicos, reforzando el sentido de autorespeto y confianza, aprendiendo a su vez de los demás por imitación a asumir el rol que le corresponde en la interacción. CONCLUSIONES: El programa de Habilidades de interacción social ha influenciado y existe estrecha relación entre el desarrollo de habilidades sociales con el autoconcepto y la autonomía en los niños que lo recibieron desarrollando habilidades para afrontar y resolver asertivamente las vivencias y conflictos que los cambios de las ed ades generan. ESCUELA DE PADRES EN EL SISTEMA EDUCATIVO FORMAL: ABORDAJE COGNITIVO-CONDUCTUAL Lucía Gerolami Dondo 82 JUSTIFICACIÓN La violencia constituye un problema grave. Estudios de UNICEF expresan que más del 70% de las familias uruguayas padece algún tipo de violencia. Con el objetivo de tratar esta problemática presento al Concejo de Educación Inicial y Primaria de la Administración Nacional de Educación Pública, este proyecto “Escuelas para padres”, proponiendo su implementación a nivel nacional en la educación formal. Se autoriza su instrumentación cómo plan piloto para evaluar posibilidades presupuestales. Al momento se pretende declarar este proyecto de interés educativo. Es una propuesta de AP S (Atención Primaria en Salud). OBJETIVOS El objetivo es promover salud en el vínculo familiar, para potenciar el bienestar y disminuir la violencia social. Pretende mejorar el vínculo paterno-filial, evitando relaciones de poder nocivas, abuso y maltrato, proponiendo como alternativa vincular la comunicació n asertiva, para contribuir a la construcción de una sociedad pacífica. Se trabajará desde el modelo cognitivo-conductual, en talleres, técnicas cognitivo conductuales, cambiando ideas irracionales y distorsiones cognitivas que subyacen a la comunicación pasiva y agresiva, autoestima inadecuada y a trastornos psicológicos. Esta innovación educativa, parte del estudio de 15 centros educativos públicos y privados de Uruguay. METODOLOGÍA 82 [email protected] m Terapia Sexual, XII(1):2010 106 Talleres de psicoeducación; Técnicas cognitivo - conductual para padres de niños de educación Inicial y Primaria. RESULTADOS He desarrollado talleres anuales sobre violencia, con padres e hijos en instituciones educativas, desde la Universidad de la República, en los cuales se evidenció la incidencia de los estilos parentales e n el desarrollo de la violencia. La reestructuración cognitiva permitió cambiar estilos parentales y modelos de crianza violentos naturalizados. Al finalizar la intervención se percibió un cambio positivo, aprendiendo a vincularse saludablemente. CONCLUSIONES 1. trabajar con padres resulta fundamental para cambiar conductas familiares, y especialmente los vínculos violentos. El cambio se logra por reestructuración cognitiva y técnicas cognitivo-conductuales. 2. Los padres manifiestan interés en participar de Escuela de padres. CONTRIBUIÇÕES DOS TESTES ISSL, QSG E IHS NO DIAGNÓSTICO CLÍNICO Sílvia Verônica Pacanaro83 Débora Pereira de Barros84 Milena de Oliveira Rossetti85 Rodolfo A. M. Ambiel86 Ivan Sant´Ana Rabelo 87 Irene A. de Sá Leme 88 No campo da saúde mental é crescente a necessidade de realizar avaliação psicológica para auxiliar a equipe multidisciplinar a obter uma melhor compreensão dos casos e oferecer um direcionamento para futuras intervenções junto ao paciente. Diante da necessidade de utilizar instrumentos precisos para auxiliar no diagnóstico de transtornos mentais, mostra-se a importância do uso de alguns instrumentos para auxiliar no processo de avaliação. 83 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda – [email protected] Universidade São Francisco – USF - [email protected] 85 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda – [email protected] 86 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda – [email protected] 87 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda – [email protected] 88 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda – [email protected] 84 Terapia Sexual, XIII(1):2010 107 Os instrumentos utilizados neste estudo de caso foram o Inventário de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), que visa identificar a sintomatologia de estresse que o indivíduo apresenta por meio de um modelo quadrifásico (alerta, resistência, quase -exaustão e exaustão); o Questionário de Saúde Geral de Goldberg (QSG), composto de 60 itens sobre sintomas psiquiátricos não psicóticos, que tem por objetivo identificar a severidade do distúrbio psiquiátrico relacionado ao stress psíquico, desconfiança no desempenho, desejo de morte, distúrbios do sono e distúrbios psicossomáticos e por último o Inventário de Habilidades Sociais (IHS) que avalia a qualidade do repertório de comportamentos apresentados nas relações interpessoais, sendo seus fatores ; Enfrentamento e auto-afirmação com risco, Auto-afirmação na expressão de sentimento positivo, Conversação e desenvoltura social, Auto exposição a desconhecidos e situações novas e Autocontrole da agressividade. Participou do estudo de caso, I.A.S., 48 anos, sexo feminino, nível superior completo, atua durante 15 anos da rede pública de Ensino no Interior do Estado de São Paulo. Foi realizado no primeiro encontro um levantamento dos dados sobre o histórico de vida da I.A.S., e no segundo encontro foi aplicado o ISSL, o QSG e o IHS. Observou-se por meio do ISSL que I.A.S. está na fase de resistência, no qual indica que a pessoa esta acumulando períodos prolongados de estressores que prejudicam o organis mo e causa desgaste de energia. Caso não for estabelecido o equilíbrio e os estressores permanecerem, os níveis de stress podem aumentar. A utilização do QSG possibilitou investigar que I.A.S. apresentou no item saúde geral, ausência de distúrbios que impossibilitam um funcionamento normal, sendo que pessoas nessas condições costumam apresentar boa percepção em diferentes aspectos familiar, social, profissional, entre outros. Sobre os resultados do teste IHS, I.A.S. obteve um bom repertório das habilidades sociais nos fatores Enfretamento e autoafirmação com risco e autocontrole da agressividade, sendo que I.A.S. apresentou um repertório médio inferior em autoafirmação na expressão de sentimento positivo e a desconhecidos e situações novas e um repertório altamente elaborado no fator relacionado a conversação e desenvoltura social. Pode-se concluir que neste caso a cliente apresenta uma capacidade em lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, mesmo atuando em um ambiente que provocam níveis elevados de stress. Observou-se que I.A.S. apresenta um repertório bem elaborado em habilidades sociais, o que pode vir a contribuir para o enfrentamento de problemas relacionados as áreas avaliadas. Psicoterapia Sexual – do diagnóstico ao tratamento – proposta organizada Terapia Sexual, XII(1):2010 108 Psychosexual therapy – from diagnosis to treatment – an organized proposal Oswaldo M. Rodrigues Jr.89 Diego H. Viviani Carla Zeglio Carolina C. Fernandes Giovanna Z. Lucchesi Angelo A. Monesi André Bertoldi A abordagem psicoterápica das queixas sexuais inicia -se com tratamentos de disfunção eretiva através da dessensib ilização sistemática com Joseph Wolpe na década de 1950 e desenvolve -se pelas décadas de 1960 e 1970 com reconhecimentos de outras queixas sexuais, necessitando de novas organizações para diagnósticos e tratamentos. A abordagem atual do Instituto Paulista de Sexualidade tem permitido formas facilitadas para diagnóstico e tratamento que apresentamos. O diagnóstico implicará o reconhecimento da queixa principal e de queixas secundárias, sexuais e não sexuais. O encaminhamento a médicos (ginecologista ou urologista) para avaliação física é sempre buscado em paralelo, quando o encaminhamento para a psicoterapia não veio de um médico que já procedeu às investigações orgânicas mais comuns à queixa do paciente. Diagnóstico psicossexual (Rodrigues Jr., 1995) Entrevista semi-estruturada com o queixoso Uso de instrumentos diagnósticos psicossexuais (Rodrigues Jr., 2009) - Inventários de Sexualidade (de acordo com a queixa principal) (Rodrigues Jr., OM, 2007) - Inventário Beck de Depressão (Rodrigues Jr. e cols., 2008a) - Inventário Beck de Ansiedade (Viviani e cols., 2008) - Inventário de Desejo Sexual (Finotelli Jr. e cols., 2008) - Escala de Auto-eficácia Sexual (Rodrigues Jr. e cols., 2008) - Testes psicológicos de personalidade (na necessidade de compreensão de características psiquiátricas para possível encaminhamento) Entrevista semi-estruturada com a parceria sexual do queixoso (Rodrigues Jr, 1995) Uso de instrumentos diagnósticos psicossexuais (Rodrigues Jr., 2009) - Inventários de Sexualidade (de acordo com a queixa principal) (Rodrigues Jr., OM, 2007) 89 Psicólogo (CRP 06/20610), psicoterapeuta sexual, Diretor do Instituto Paulista de Sexualidade – www.inpasex.com.br / [email protected] – São Paulo – SP - Brasil Terapia Sexual, XIII(1):2010 109 - Inventário Beck de Depressão (Rodrigues Jr. e cols., 2008a) - Inventário Beck de Ansiedade (Viviani e cols., 2008) - Inventário de Desejo Sexual (Finotelli Jr. e cols., 2008) - Escala de Auto-eficácia Sexual (Rodrigues Jr. e cols. 2008b) - Testes psicológicos de personalidade (na necessidade de compreensão de aspectos psiquiátricos – Rodrigues Jr.,1995, 2009) Além da queixa principal que traz o paciente à primeira consulta, outras questões sexuais que necessitarão de cuidados técnicos precisam ser reconhecidas. São problemas sexuais e psicológicos gerais. Problemas sexuais a serem reconhecidos (Rodrigues Jr., 2000, 2009) No homem: - inibição do desejo sexual - preferências sexuais extremadas/específicas/parafilias - hipersexualidade (compulsiva ou não) - disfunção eretiva - ejaculação rápida/precoce - inibição ejaculatória - anorgasmia - dispareunia (intra ou pós coito) - cefaléia pós-coital Na mulher: - inibição do desejo sexual - preferências sexuais extremadas/específicas/parafilias - hipersexualidade (compulsiva ou não) - Disfunção de excitação - vaginismo - anorgasmia - dispareunia (intra ou pós coito) - cefaléia pós-coital No casal: - inadequação sexual do casal Problemas psicológicos gerais a serem reconhecidos: - dificuldades no relacionamento conjugal (comunicação, solução de problemas) - falta de assertividade - falta ou baixa expressividade emocional - estados depressivos - estados de ansiedade - questões psiquiátricas Tratamento psicossexual (Instituto Paulista de Sexualidade 2001) O processo psicoterápico da sexualidade é uma psicoterapia com o enfoque na sexualidade, geralmente ocorrendo com sessões semanais de 50 minutos, preferencialmente com o casal, mas geralmente intercalando sessões individuais com o paciente foco da queixa principal ou que esteja mais afetado com a circunstância que o conduziu à psicoterapia. Terapia Sexual, XII(1):2010 110 Enquanto um processo focal, algumas técnicas mais comuns são utilizadas com maior freqüência, embora devam ser introduzidas em momento adequado com orientações considerando as diferenças individuais e de casal. Técnicas psicoterápicas usuais em psicoterapia sexual (Instituto Paulista de Sexualidade 2001) - suspensão do coito - técnicas de relaxamento - técnicas de comunicação verbal e não verbal - técnicas em treinamento assertivo - biblioterapia - banho terapia - Focalização Sensorial - masturbação dirigida - orientações psicopedagógicas Os processos psicoterápicos focalizados na sexualidade permitem uma solução crescente da queixa sexual ao longo das semanas, produzindo diminuição de ansiedades e do sintoma antes da finalização do processo psicoterápico. Costumeiramente o processo se estende desde alguns poucos meses (6-8) até alguns poucos anos (2-3). O psicoterapeuta tem papel ativo e condutor, facilitando com que o processo não estacione ou se perca (Instituto Paulista de Sexualidade, 2001). Nesta proposta a focalização é mais específica, permitindo o reconhecimento de queixas sexuais secundárias que poderiam produzir falhas na utilização de técnicas direcionadas à queixa principal, abreviando o processo, mas considerando os vários aspectos tanto da sexualidade quanto psicológicos, do individuo e do casal onde ocorre a vida sexual. Referências - Althof, S; Leiblun, S; Chever-Measson, M; Hartman, U; Levine, SB; McCabe, M; Plaut, M; Rodrigues, O; Wylie, K; Solsona Narbon, E; Thuroff, D; Vaughan, D; Wirth, M (2006): Psychological and Interpersonal Dimensions of Sexual Function and Dysfunction. J Sex Med, 2, 793-800. - Finotelli Jr, I; Silva, FRCS; Catão, EC; Rodrigues Jr, OM; Viviani, DH. (2008): Validação do Inventário de Desejo Sexual (IDS-2) em população clínica com queixas sexuais. Terapia Sexual, XI(1):113-114. (ISSN 1980-6124). - Instituto Paulista de Sexua lidade. Aprimorando a Saúde Sexual – manual de técnicas de terapia sexual. Summus Editora: São Paulo, 2001. - Rodrigues, J. R, O. M. (1995). Avaliação Psicológica na Disfunção Eretiva. Psicologia e Sexualidade. Rio de Janeiro: Editora Médica e Científica Ltda. Terapia Sexual, XIII(1):2010 - - - - 111 Rodrigues Jr., OM. Objetos do desejo, das variações de comportamento, perversões e desvios sexuais. Iglu Editora: São Paulo, 2 a edição atualizada e ampliada; 2000. Rodrigues Jr., OM. Inventários de Sexualidade. coleção de 4 volumes. São Paulo: Editora e Expressão e Arte, 2007. Rodrigues Jr., OM. Problemas Sexuais – conhecimento e solução para os casais. São Paulo: Biblioteca 24X7, 2008. Rodrigues Jr., OM (2009). Uso de instrumentos psicológicos para avaliação e processo terapêutico em sexualida de. Revista Brasileira de Sexualidade Humana, 20(1): 131-135. Rodrigues Jr, OM; Catão, EC; Finotelli Jr, I; Silva, FRCS; Viviani, DH. 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Terapia Sexual, XII(1):2010 112 Terapia Sexual, XIII(1):2010 Lista de Bibliotecas que recebem a Terapia Sexual Acade mia Paulista de Psicologia - São Paulo - SP APESC/UNISC - Biblioteca Central - Santa Cruz do Sul - RS Associação de Ensico Superior da Grande Florianópolis - São José - SC Be nemérita Universidad Autónoma de Puebla – Puebla – México Biblioteca do Campus da Saúde da UFMG – Belo Horizonte – MG Biblioteca da Faculdade de Ciências Humanas - Belo Horizonte – MG Biblioteca da Faculdade de Americana – Americana – SP Biblioteca Dr. Milton Soldani Afonso - Universidade de Santo Amaro - São Paulo - SP Biblioteca FCM - Cidade Universitária – Campinas - SP Biblioteca Mário de Andrade – São Paulo – SP Biblioteca Nacional - Setor de Catalogação - Rio de Janeiro – RJ Biblioteca Pe. Alberto Antoniazzi - PUC Minas - Belo Horizonte - MG Biblioteca Senador Jessé Pinto Freire / FACEX - Natal - RN Bireme - Biblioteca Regional de Medicina - São Paulo - SP Ce ntro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde – São Paulo - SP Ce ntro Universitário de Araraquara – Araraquara - SP De partamento de Bibliotecas Públicas - São Paulo – SP De pósito Legal – Rio de Janeiro – RJ Escola de Enfermagem da USP - São Paulo - SP Faculdade Católica de Uberlândia – Uberlândia - MG Faculdade Sudoeste Paulista – Avaré - SP Faculdade de Saúde Pública – FSP – USP – São Paulo - SP Faculdades Campo Re al Biblioteca Prof. Luiz Alberto Machado - Guarapuava – PR Faculdades Facel - Faculdade de Administração, Ciências e Letras - Curitiba – PR Fundação Educacional de Divinópolis - Divinópolis - MG. Fundação Helena Antipoff - Ibirité – MG Fundação Instituto de Ensino para Osasco – FIEO – Osasco - SP Fundação Universidade de Brasília - Brasília – DF Instituto do Coração – HCFMUSP – São Paulo – SP Instituto de Educação Superior de Manhuaçu – Manhuaçu - MG Instituto Presbiteriano Mackenzie - São Paulo - SP Instituto de Psicologia da USP – São Paulo - SP Instituto Sedes Sapientiae – Biblioteca Madre Cristina – São Paulo - SP UEFS - Unive rsidade Estadual de Feira de Santana - Feira de Santana - BA UFRJ/CFCH/Biblioteca - Rio de Janeiro - RJ Unive rsidade Paulista – UNIP – Biblioteca Central - São Paulo – SP PUC Minas – Belo Horizonte - MG PUCAMP –– Campinas – SP PUCRS – Porto Alegre - RS PUC -SP – São Paulo - SP UNESP – Biblioteca – Araraquara – SP UNESP – São José dos Campos - SP Unicapital – Biblioteca – São Paulo - SP UNINO VE – São Paulo - SP Unive rsidad Nacional Autónoma de México – México – DF Unive rsidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - São Paulo - SP Unive rsidade Católica de Brasília – UCB – Taguatinga – DF Unive rsidade de São Paulo - Instituto de Psicologia - São Paulo - SP Unive rsidade de Santo Amaro – São Paulo - SP 113 Terapia Sexual, XII(1):2010 Unive rsidad Miguel de Cervantes – Santiago - Chile Unive rsidade Católica de Pernambuco – Recife - PE Unive rsidade Estadual de Campinas - Faculdade de Educação – Campinas – SP Unive rsidade Estadual de Feira de Santana – Feira de Santana - BA Unive rsidade Fe deral de Minas Gerais - Campus da Saúde – Belo Horizonte - MG Unive rsidade Fe deral do Paraná - Biblioteca de Ciências da Saúde/Sede – Curitiba - PR Unive rsidade Fe deral de Pernambuco – Curitiba - PR Unive rsidade Fe deral do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro - RJ Unive rsidade Fe deral de Santa Catarina – Florianópolis - SC Unive rsidade Fe deral de Santa Maria – Santa Maria - SC Unive rsidade Fe deral de São Paulo – São Paulo - SP Unive rsidade Fe deral do Pará – Belém - PA Unive rsidade Fe deral do Rio Grande do Sul – Porto Alegre - RS Unive rsidade FUMEC – Belo Horizonte - MG Unive rsidade de Mogi das Cruzes - Mogi das Cruzes – SP Unive rsidade Óscar Ri bas – Luanda - Angola Unive rsidade Re gional Integrada - Campus de Erechim - Erechim - RS Unive rsidade Severino Sombra – Vassouras - RJ 114